SERVI�OS: POPULA��O AINDA CONFUNDE PREVID�NCIA E SA�DE Show INSS � Previd�ncia e SUS � assist�ncia m�dico-hospitalar De Belo Horizonte (MG) - H� mais de 10 anos o antigo Minist�rio da Previd�ncia e Assist�ncia Social (MPAS) passou por uma reforma, quando a �rea de sa�de, o antigo Inamps, foi para o Minist�rio da Sa�de. Mesmo assim, ainda hoje, muitas pessoas confundem essas �reas t�o importantes para o bem-estar da popula��o brasileira. Atualmente, compete ao Minist�rio da Previd�ncia Social, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), conceder benef�cios aos seus contribuintes em caso de doen�a, invalidez, morte e idade avan�ada, al�m de dar prote��o � maternidade. Ao Minist�rio da Sa�de cabe oferecer assist�ncia � sa�de por meio do Sistema �nico de Sa�de (SUS), entre outras atribui��es. O INSS mant�m, ainda, servi�os de per�cia m�dica, al�m da reabilita��o de trabalhadores que est�o vinculados � Previd�ncia Social, o que n�o deve ser confundido com atendimento m�dico. Interna��es, conv�nios com hospitais ou qualquer outro servi�o na �rea da sa�de p�blica s�o de responsabilidade do SUS. Outra diferen�a significativa entre os dois �rg�os � que o cidad�o, para ter direito aos benef�cios previdenci�rios, deve contribuir para o INSS. J� a assist�ncia m�dica do SUS � garantida a todo cidad�o, de qualquer idade, sem a necessidade de contribui��o. O Minist�rio da Sa�de - por meio do SUS, que tem uma rede de hospitais p�blicos e privados em todo o pa�s - faz parcerias com estados e munic�pios para desenvolver a��es de preven��o a doen�as e oferece assist�ncia ambulatorial e hospitalar com acesso universal, gratuito e igualit�rio para a popula��o. Os servi�os de sa�de do SUS n�o guardam qualquer v�nculo com o INSS. Hist�ria - A partir de 1977, Previd�ncia e Sa�de ficaram reunidas, com a cria��o do Sistema Nacional de Previd�ncia e Assist�ncia Social (Sinpas), controlado pelo MPAS. Faziam parte desse sistema, entre outros, os institutos respons�veis pela assist�ncia m�dica (Inamps) e pela Previd�ncia Social (INPS e Iapas). Nessa �poca, s� os contribuintes do INPS tinham direito aos servi�os do Inamps. Somente no in�cio dos anos 90, com a regulamenta��o do que estava previsto na Constitui��o de 1988, INPS e Iapas deram lugar ao INSS, consolidando a id�ia de que Previd�ncia Social � uma forma de seguro, diferentemente da sa�de e da assist�ncia social. Na mesma �poca, foi criado o SUS, para cuidar apenas da �rea da sa�de. A Assist�ncia Social, tamb�m dever do Governo Federal, tem por objetivo amparar, inclusive financeiramente, os cidad�os que n�o t�m condi��es de manter a pr�pria subsist�ncia. Ela existe para proteger a fam�lia, a maternidade, a inf�ncia, a adolesc�ncia, a velhice e a pessoa portadora de defici�ncia, independentemente de contribui��o � Seguridade Social. Cabe � Assist�ncia Social a formula��o de pol�ticas de natureza assistencial, sendo executadas pelos seus �rg�os estaduais. Dentre as suas a��es est�o a isen��o da contribui��o patronal para as empresas consideradas filantr�picas e o pagamento de benef�cios para aqueles que comprovarem insufici�ncia de renda. Os benef�cios em dinheiro podem ser pagos como amparos assistenciais, inclusive os da Lei Org�nica da Assist�ncia Social (Loas) e pens�es vital�cias mensais. Os primeiros s�o devidos aos portadores de defici�ncia, incapacitados para o trabalho e para a vida independente, e aos idosos maiores de 65 anos. Essas pessoas devem comprovar que possuem uma renda familiar per capita inferior a 25% do sal�rio-m�nimo As pens�es s�o concedidas �s v�timas da S�ndrome de Talidomida, aos seringueiros e seus dependentes e �s v�timas da hemodi�lise de Caruaru. Apesar de n�o ser vinculado com a Assist�ncia Social, o INSS � encarregado de efetuar a concess�o e o pagamento do Loas, em raz�o de sua vasta rede de ag�ncias, da estrutura operacional e da capacita��o t�cnica de suas equipes. O instituto conta ainda com conv�nios banc�rios em praticamente todos os munic�pios brasileiros, facilitando o atendimento aos cidad�os. O dinheiro para o pagamento desses benef�cios assistenciais � fornecido pelo fundo de Assist�ncia Social � conta do Minist�rio da Fazenda, n�o sendo, portanto, utilizados recursos provenientes das contribui��es dos segurados da Previd�ncia. Fonte: MPS. Na época do Inamps, antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso à Saúde era limitado. O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma referência em se tratando de políticas públicas, estudado e replicado em diversas partes do mundo. Entre seus princípios estão a universalidade (direito de todos, sem discriminação), integralidade (atuação em diversas vertentes como prevenção, tratamento e reabilitação) e equidade (atendimento de acordo com as necessidades de cada paciente) no serviço público. A Lei 8.080 de 1990 instituiu e formalizou o SUS, que vinha sendo idealizado e discutido desde as definições sobre Saúde na Constituição Federal de 1988. No artigo 196 da Constituição consta: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Veja também: Assista aqui à apresentação do dr. Drauzio sobre o SUS, em O Sistema #03 Como era a saúde pública no Brasil antes do SUS?Antes de existir o SUS, a saúde pública era responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, o Inamps. De acordo com a professora Lígia Bahia, doutora em Saúde Pública e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sua criação foi resultado de duas circunstâncias: “O acúmulo de discussões anteriores [sobre o sistema de saúde] e a atuação de técnicos que realizaram uma reforma burocrática sem oposições”. Criado em 1977, o Inamps era ligado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, e fornecia atendimento com uma ressalva: somente era atendida a população formada por aqueles que trabalhavam em empregos formais e contribuíam com a Previdência Social (ou, seja, aqueles que tinham a popular “carteira assinada”). Pessoas que não estavam em empregos formais não tinham acesso a serviços de saúde como temos hoje, por meio do SUS. Para se ter uma ideia, pessoas desempregadas representavam 7,1% da população economicamente ativa em 1984, segundo dados do IBGE. Essa parcela era obrigada a recorrer ao sistema privado ou aos poucos serviços municipais, estaduais e de instituições assistencialistas, como Santas Casas de Misericórdia ou hospitais universitários. Segundo Hêider Aurélio Pinto, médico sanitarista e mestre em Saúde Coletiva, essa saúde “exclusiva” para os trabalhadores surgiu de uma pressão de indústrias e grandes empresas do País para que seus funcionários não perdessem dias de trabalho e que, caso doentes, pudessem retornar ao serviço com mais agilidade. Ou seja, era uma política com viés econômico, e não pelo bem-estar do cidadão. O Inamps dividia os gastos com saúde entre o empregador, o governo e a população. “Saúde não era considerada um direito, era um problema individual”, afirma o médico. Já o que era de “interesse pessoal” – como doenças não transmissíveis ou uma perna quebrada, por exemplo – era, simplesmente, problema de cada um.
Seguindo essa lógica, o Ministério da Saúde financiava, nos municípios, campanhas de vacinação e controle de epidemias, como hanseníasee tracoma. Serviços de apoio às gestantes, desde o acompanhamento pré-natal até o desenvolvimento inicial da criança, também entravam no rol do “interesse público”. Municípios e Estados que possuíam capacidade orçamentária podiam atender a população por meio de seus próprios postos de saúde ou hospitais, além dos serviços básicos. Aqueles com menos dinheiro ficavam limitados às campanhas financiadas pelo Governo Federal. Saúde para todos?O Inamps entra em declínio no final dos anos 1980, por pressão de movimentos por uma reforma sanitarista no País, e por constituir um sistema cuja conta não fechava: a arrecadação não cobria os gastos. De acordo com a professora Lígia Bahia, a corrupção teve papel fundamental. “Houve inúmeros escândalos relacionados a fraudes de prestadores privados. Secundariamente, mas também importante, situa-se a democratização do acesso aos serviços públicos e a compreensão de que todos pagamos impostos, mesmo aqueles que não têm carteira de trabalho e que sempre representaram um contingente muito expressivo de trabalhadores no Brasil.” Em 1993, o Inamps foi extinto com a Lei n° 8.689, em meio a um processo gradual de implementação da saúde pública integral e universal que vinha sendo construída antes mesmo da criação do SUS, por meio de uma série de projetos que culminaram no sistema que conhecemos hoje. “Com a criação do SUS, a Saúde deixa de ser um problema individual e se torna um bem público”, reforça Hêider. Qual a diferença entre INAMPS e INPS?Em 1990, o INPS se fundiu ao Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) para formar o Instituto Nacional de Seguridade Social. O INAMPS, que funcionava junto ao INPS, foi extinto e seu serviço passou a ser coberto pelo SUS, este sistema tem uma avaliação e repercussão mundial.
Qual é o significado de INAMPS?Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) vigorava antes da criação do SUS e foi extinto pela lei federal 8.689, em 1993.
Qual a importância do INPS e INAMPS para a evolução das políticas de saúde pública no Brasil?O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência (Inamps) tinha a responsabilidade de prestar assistência à saúde de seus associados, o que justificava a construção de grandes unidades de atendimento ambulatorial e hospitalar, como também da contratação de serviços privados nos grandes centros urbanos, onde ...
Qual a diferença do INPS para o INSS?Ele é um órgão federal e foi fundado em 1990, pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello. A partir do Decreto nº 99.350, o INSS surgiu com a junção de dois outros institutos: o Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) e o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
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