Quais os perigos da introdução de espécies exóticas em um ambiente?

As espécies invasoras são espécies exóticas que se proliferam de maneira descontrolada, ameaçando o equilíbrio de um ecossistema. Definimos como espécies exóticas aquelas que estão fora do seu local habitual.

Por que as espécies invasoras reproduzem-se de maneira desgovernada?

As espécies invasoras não viviam naquela área, então, geralmente, não possuem predadores. A falta de inimigos naturais faz com que essas espécies reproduzam-se de maneira descontrolada, aumentando o tamanho da população. O aumento da população exótica afeta diretamente o ecossistema.

Quais são os problemas causados pelas espécies invasoras?

As espécies invasoras geralmente apresentam populações numerosas, que acabam conseguindo mais recursos que as populações menores. Isso faz com que essas espécies sobressaiam-se sobre as espécies nativas quando o assunto é competição por recursos, prejudicando o equilíbrio local. Não podemos nos esquecer ainda de que a espécie invasora, muitas vezes, alimenta-se dos organismos nativos, podendo causar até mesmo a extinção local de uma espécie.

Além do aumento da competição e predação, muitas espécies invasoras são responsáveis por disseminar doenças e pragas. Todos esses fatores fazem com que as espécies invasoras ocasionem reduções acentuadas nas populações e degradação considerável de habitat. Por essa razão, elas são consideradas umas das maiores ameaças atuais ao meio ambiente.

Como as espécies invasoras invadem uma área?

As espécies invasoras podem ocorrer de maneira totalmente natural, mas o mais comum é a introdução de espécies novas pelo homem. À medida que o homem se espalha pelo planeta, mais espécies são levadas de uma área para outra, seja de maneira acidental, seja de forma proposital. A introdução de novas espécies em uma área pode ser favorecida pelas grandes taxas de migrações, colonização de novas áreas e aumento da agricultura e pecuária, por exemplo.

Um caso real de espécie invasora: O caramujo-gigante-africano

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O caramujo-gigante-africano é uma espécie que foi introduzida no país no final da década de 1980 de maneira ilegal. Ele foi trazido para o Brasil como um substituto do escargot em uma feira que comercializou os animais a fim de que se iniciassem criações. Apesar da promessa de lucro, os caramujos não foram bem recebidos pelos consumidores, e o comércio do animal fracassou.

Ao perceber que a criação de caramujos não era rentável, os criadores soltaram os moluscos na natureza. Em virtude da falta de predadores, os moluscos espalharam-se pelo Brasil. Eles são encontrados atualmente em 439 municípios.

Esses animais, assim como a maioria das espécies invasoras, causaram danos ao ambiente. Eles atualmente são considerados pragas agrícolas, sendo responsáveis também pela destruição de jardins e hortas. Além disso, o caramujo-gigante-africano é responsável pela transmissão de doenças.

Por Ma. Vanessa dos Santos

Espécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com prejuízos à economia, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana.

É considerada exótica a espécie que está fora de sua área de distribuição natural. Uma parcela pode se proliferar e ameaçar o ecossistema local. Quando isso acontece, elas passam a ser consideradas “espécies exóticas invasoras” e viram sinônimo de problema.

A introdução de espécies exóticas em ambientes naturais pode ocorrer de diversas maneiras. Estão entre os motivos mais comuns o interesse comercial, transporte marítimo, tráfico de animais e transporte involuntário.

Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), as invasões biológicas já são a segunda maior causa de extinção de espécies em todo o planeta, atrás apenas da exploração comercial, que envolve caça, pesca, desmatamento e extrativismo.

Alguns exemplos

O javali é um exemplo de espécie exótica invasora. Causador de prejuízos na agricultura, foi trazido da Europa e do Uruguai para criação comercial nos anos 1990. Depois de os animais fugirem de seus criadouros e, às vezes, cruzando com porcos domésticos criados soltos, deram origem a uma população selvagem de animais.

Outro caso é o pinheiro americano, também trazido ao país por conta de interesses econômicos. A árvore tornou-se abundante nas regiões Sul e Sudeste. Em 2010, em Florianópolis (SC), pesquisadores notaram que os pinheiros que cresciam na região do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição estavam afetando as espécies nativas da restinga, vegetação que predomina na área do parque. Por serem árvores de crescimento rápido, os pinheiros consomem muita água do solo, o que prejudica as outras espécies do entorno.

Quais os perigos da introdução de espécies exóticas em um ambiente?

O pinheiro americano tornou-se invasor porque foi introduzido em ambientes naturais sensíveis e suas sementes espalham-se rapidamente. Por conta da ação do vento, cada semente pode percorrer até 60 quilômetros.

O mexilhão-dourado também é um problema. O molusco de água doce nativo da Ásia foi introduzido no Brasil por meio da água de lastro de navios cargueiro. Ele atrapalha o funcionamento das usinas geradoras de energia elétrica, pois suas colônias atingem densidades de mais de 100 mil indivíduos por metro quadrado e entopem tubulações. Pelo menos 50 hidrelétricas no Brasil já são afetadas pela espécie, segundo relatório do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) divulgado em outubro de 2017. Uma usina de pequeno porte contaminada pelo mexilhão-dourado pode ter um prejuízo diário de cerca de R$ 40 mil.

Conscientização

Pesquisadores salientam a importância de se conscientizar a população sobre o tema, uma vez que cortar árvores estrangeiras, como o pinheiro americano, e caçar animais como o javali não são ações vistas como benéficas.

Você pode executar algumas medidas para combater as espécies exóticas invasoras. Uma delas é, ao ter contato com algum animal silvestre, não toque nem aproxime-se dele, além de não alimentá-lo.

Com relação ao animais de estimação, não os abandone na natureza— nem mesmo os peixes ornamentais.

Ao pescar em águas contaminadas pelo mexilhão-dourado, lave os utensílios com água sanitária.

Não cultive árvores que não pertencem à flora local e, quando for viajar, não traga sementes ou plantas de fora do país na mala.

Nunca utilize substâncias químicas para eliminar espécies invasoras e elimine os focos de água parada que possam abrigar criadouros de mosquito Aedes Aegypti, transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Qual o risco das espécies exóticas invasoras para o ambiente?

As espécies invasoras são consideradas a segunda maior causa de extinção de espécies no planeta, afetando diretamente à biodiversidade, à economia e à saúde humana.

Qual é o problema das espécies exóticas no ambiente?

Elas proliferam sem controle e ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas e das espécies nativas, pois passam a transformar o ambiente a seu favor, representando riscos, inclusive, às pessoas.

Quais os riscos da introdução de espécies exóticas em um bioma?

Elas colocam em risco a biodiversidade e o equilíbrio do ecossistema. As espécies invasoras são espécies exóticas que se proliferam de maneira descontrolada, ameaçando o equilíbrio de um ecossistema. Definimos como espécies exóticas aquelas que estão fora do seu local habitual.

O que são espécies exóticas e porque a sua introdução em um ambiente é preocupante?

Espécies exóticas, não nativas ou introduzidas são aquelas que vivem fora da sua distribuição natural, em locais onde seria impossível encontrá-las sem a interferência humana. Praticamente todos os ecossistemas com os quais o homem mantém contato regular contêm seres vivos que foram transportados por ele.