Dor de cabeça e estômago embrulhado o que pode ser

Um problema muito comum no verão preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com as estatísticas da entidade, uma a cada 10 pessoas ficam doentes todos os anos no mundo por causa da intoxicação alimentar.

A intoxicação acontece quando ingerimos água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus ou parasitas, que se multiplicam com maior facilidade em ambientes de pouca higiene e altas temperaturas. O mal-estar costuma passar em pouco dias, mas pode se complicar dependendo do agente causador.

A bactéria Salmonella, por exemplo, pode levar à desidratação aguda. Já a que causa botulismo é capaz de afetar nosso sistema nervoso e até levar à morte.

Por isso, ao sinal de qualquer sintoma, é importante procurar um médico para que ele identifique que tipo de germe está causando a intoxicação e para que você consiga tratar, logo, o problema.

Sintomas mais comuns da intoxicação alimentar

  • Diarreia

A diarreia causada pela intoxicação alimentar costuma ser aquosa. Isso significa que o corpo vai liberar uma quantidade de água muito alta junto às fezes. É por isso que uma parte importante do tratamento é a hidratação: precisamos beber muito líquido para repor o que perdemos.

Em casos de intoxicação alimentar grave, a diarreia persiste por mais de três dias. Outro indicador preocupante é a presença de sangue nas fezes.

  • Dores e cólicas abdominais e intestinais

Dor abdominal, dor de estômago ou dor na barriga são sintomas comuns da intoxicação alimentar. Elas podem acontecer em qualquer parte da barriga e podem ser um sintoma de outras condições médicas.

Repare na região do abdômen onde a dor está aparecendo, se ela é constante ou se vai e vem. O médico provavelmente vai te perguntar sobre isso para fazer um bom diagnóstico.

  • Náuseas, enjoos e vômitos

A intoxicação alimentar acontece porque seu corpo ingeriu algo que o faz mal. Assim, é natural que o organismo tente expelir esse germe indesejado. Isso pode provocar a sensação de estômago embrulhado e vômitos. Um sinal de que a intoxicação alimentar é grave é a presença de sangue no vômito.

Se você se sentir enjoado, repasse mentalmente as refeições dos últimos dias e pode ser que você identifique o que foi que te fez mal.

Outros sintomas que também são comuns em casos de intoxicação alimentar são , calafrios, dor de cabeça, flatulência, mal-estar e perda de apetite.

Intoxicação alimentar grave

Nos casos mais agudos da doença, além de sangue nas fezes e no vômito, podem ocorrer também febre acima de 38º, visão dupla, e sintomas de desidratação (sede excessiva, boca seca, fraqueza e tonturas).

A intoxicação alimentar tem mais chances de se complicar em gestantes, crianças, idosos ou pessoas que estão em tratamento de outras doenças e, por isso, estão com o sistema imunológico temporariamente fragilizado.

Previna-se

Segundo o Ministério da Saúde, os alimentos que mais causam intoxicação alimentar no Brasil são:

  • Ovos crus;
  • Frutos do mar;
  • Enlatados;
  • Maionese;
  • Queijos;
  • Saladas cruas ou frutas;
  • Carnes mal passadas;
  • Água;
  • Sorvetes.

Para reduzir as chances de ingerir alimentos contaminados, é necessário ter cuidados na higiene e na preparação das refeições:

  • Lave as mãos antes, durante e depois do preparo dos alimentos, depois de ir ao banheiro ou tocar em objetos sujos ou animais;
  • Lave e desinfete frutas e legumes antes das refeições com hipoclorito de sódio;
  • Lave as superfícies e utensílios usados para preparar alimentos com água quente e detergente;
  • Assegure-se de que alimentos quentes sejam sempre mantidos em temperaturas acima de 60º e alimentos frios, sempre abaixo de 5º;
  • Evite ingerir alimentos que ficaram muito tempo sob temperatura ambiente;
  • Confira prazo de validade, etiqueta, aparência, consistência e odor dos alimentos antes de comprá-los;
  • Evite qualquer alimento cru ou mal cozido;
  • Evite alimentos ou água de procedência duvidosa.

Se você se identificar com qualquer sintoma que possa indicar uma intoxicação alimentar, pode procurar o Pronto Atendimento 24h do Hospital Semper. Temos um corpo clínico qualificado para identificar o que está causando a intoxicação e qual a melhor forma de tratá-la. Conte com a gente!

O enjoo, também chamado de náuseas, é o sintoma que faz com que ocorra a ânsia de vômito e quando este sinal é constante pode indicar condições específicas, como a gravidez e uso de determinados medicamentos, como a quimioterapia, por exemplo.

Alguns problemas de saúde também podem causar enjoo constante como labirintite, refluxo gastroesofágico, ansiedade e intolerância alimentar e o tratamento para melhorar este sintoma depende da indicação de um médico. Nos casos em que o enjoo constante está associado ao surgimento de outros sintomas, como sangramento pela boca e febre, deve-se procurar atendimento médico imediatamente.

Desta forma, as principais causas de enjoo constante podem ser:

1. Gravidez

Durante a gravidez ocorrem várias alterações hormonais, como o aparecimento da gonadotrofina coriônica, conhecida como hCG, o aumento do estrogênio e da progesterona e essas alterações levam ao surgimento de mudanças no corpo, como dor no seio, e também provocam sintomas como aversão a cheiros fortes, tonturas e enjoo constante.

O enjoo constante causado pela gravidez, ocorre principalmente entre a 7ª e 10ª semana, no entanto, pode durar por mais tempo, sendo que em alguns casos esse sintoma dura até o final da gravidez.

O que fazer: para melhorar os sintomas de enjoo constante durante a gravidez é importante ficar menos tempo com estômago vazio, evitando o jejum prolongado e tamb​​​​​​ém é necessário fazer o consumo de alimentos mais leves, menos gordurosos e evitar ingestão de líquidos nas primeiras duas horas após acordar.

Se o enjoo constante provoca vômitos e não passa é recomendado consultar o obstetra para indicar medicamentos antieméticos apropriados para grávidas. E ainda, a água com gengibre é um remédio natural indicado para grávidas que têm enjoo constante. Saiba melhor como aliviar o enjoo com gengibre.

2. Labirintite

A labirintite é uma inflamação que ocorre no nervo do labirinto, órgão que fica dentro da orelha, por causa de infecções por vírus, bactérias, fungos ou devido alguma lesão na região do ouvido. Esta condição também pode ser desencadeada pela ingestão de certos tipos de alimentos ou por viagens de barco, provocando sintomas como enjoo constante, sensação de tontura e zumbido no ouvido.

O diagnóstico de labirintite deve ser feito por um médico otorrinolaringologista através da história de saúde da pessoa, assim como do exame físico e da realização de exames como audiometria.

O que fazer: o tratamento para labirintite é recomendado pelo otorrinolaringologista e consiste no uso de medicamentos antieméticos, para aliviar o enjoo e a tontura e também pode ser feito com mudança dos hábitos alimentares, evitando alimentos que aumentam a inflamação e as tonturas, como açúcar e bebidas alcoolicas. Veja o que fazer para evitar as crises de tontura da labirintite.

3. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é uma condição que acontece quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago e até para o boca, levando ao aparecimento de sintomas como enjoo constante, sensação de queimação na garganta ou no estômago, tosse seca e dor no peito. Veja outros sintomas de refluxo em adultos e bebês.

Este tipo de refluxo pode ocorrer porque a válvula que fica no esôfago não é capaz de impedir que o conteúdo do estômago retorne e isto surge quando a pessoa tem hérnia de hiato, por exemplo. Para diagnosticar o refluxo gastroesofágico é necessário consultar um gastroenterologista que irá solicitar exames, como endoscopia e pHmetria.

O que fazer: após confirmado o diagnóstico o médico poderá indicar um tratamento baseado no uso de medicamentos para diminuir a acidez do estômago, para melhorar a motilidade do esôfago e acelerar o esvaziamento do estômago. Neste caso, também deve-se evitar a ingestão de bebidas ricas em cafeína e o consumo de alimentos picantes.

4. Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que se caracteriza por ser recorrente e que piora quando a pessoa fica estressada, não se alimenta ou fica muito tempo em contato com a luz e odores muito fortes. Além da dor na cabeça, que pode ser pulsátil, a enxaqueca pode estar associada a enjoo constante, vômitos, tonturas e sensibilidade à luz.

Esta condição acontece principalmente com mulheres e as causas ainda não são bem definidas, porém surge devido a alterações no fluxo de sangue cerebral. Veja mais sobre as principais causas da enxaqueca.

O que fazer: quando os sintomas de dor de cabeça e enjoo forem constantes, por mais de 72 horas é recomendado procurar atendimento de um clínico geral ou neurologista para indicar o tratamento mais adequado que pode ser com medicamentos analgésicos, para aliviar a dor, e remédios específicos para enxaqueca, como o zolmitriptano. As crises também podem ser reduzidas com hábitos alimentares saudável, não ingestão de alimentos fortes e sessões de acupuntura.

Veja um vídeo com outras dicas de como evitar as crises de enxaqueca:

5. Ansiedade

A ansiedade trata-se de uma preocupação excessiva com situações que não aconteceram ou pelo medo exagerado que algum evento negativo ocorra. Esse sentimento pode causar sintomas físicos como aumento dos batimentos do coração, cansaço excessivo, enjoo constante e até dores musculares.

Para melhorar estes sintomas e reduzir a ansiedade é necessário mudar os hábitos do dia-a-dia, como praticar atividade física, fazer técnicas de relaxamento e meditação, realizar técnicas de aromaterapia, por exemplo. Veja mais o que fazer para combater o estresse e a ansiedade.

O que fazer: se mesmo com as mudanças de hábitos a pessoa se sentir ansiosa e continuar tendo enjoo constante e outros sintomas é necessário procurar ajuda de um profissional de psicologia, para realização de psicoterapia e consultar um psiquiatra, pois em casos mais graves o tratamento é baseado no uso de medicamentos ansiolíticos.

6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos podem levar ao aparecimento de enjoo constante, principalmente aqueles de uso contínuo como os antidepressivos, como sertralina e fluoxetina. Os corticoides, antibióticos e anti-inflamatórios tendem a aumentar a acidez do estômago e isto também pode causar enjoo constante.

Os medicamentos utilizados na quimioterapia e a realização de radioterapia para tratamento de câncer também podem causar enjoo constante e por isso, nestes casos, o médico já receita remédios antieméticos antes mesmo das sessões, para evitar que esses enjoos sejam muito fortes.

O que fazer: se ao tomar remédios a pessoa sentir enjoo constantemente é necessário consultar um clínico geral para verificar qual tratamento mais adequado e não deve-se abandonar o tratamento, principalmente o tratamento com antidepressivos, pois os efeitos colaterais tendem a sumir com o passar do tempo, inclusive o enjoo constante.

7. Intolerância alimentar

A intolerância alimentar é uma condição que ocorre quando o corpo reage a determinados tipos de alimentos e essa reação provoca sintomas físicos que podem ser enjoo constante, diarreia, inchaço e dor na barriga. Esta condição é diferente de alergia alimentar, pois em uma alergia o corpo leva a reações imediatas, como tosse, vermelhidão e coceira na pele.

Algumas pessoas podem desenvolver intolerância à lactose, por exemplo, que é o açúcar presente no leite de vaca e muito comum em diversos tipos de alimentos. Confira melhor como identificar a intolerância à lactose.

O que fazer: se uma pessoa observar que sente enjoo constante após comer ou beber algum tipo de alimento é recomendado consultar um médico gastroenterologista para confirmar o diagnóstico de intolerância alimentar, que pode ser feito por meio de exames de sangue. O tratamento para intolerância alimentar, consiste principalmente na retirada do alimento da dieta ou no uso de enzimas, como a lactase, que ajuda o corpo a absorver o açúcar do leite de vaca.

A seguir veja um vídeo com dicas importantes do que comer em caso de intolerância à lactose:

Quando ir ao médico

Geralmente, a presença do enjoo constante não indica doenças muito graves, no entanto, é importante procurar atendimento médico o quanto antes, se além deste sintoma surgem outros sinais como:

  • Sangramento pela boca;
  • Vômitos em excesso;
  • Febre;
  • Fraqueza;
  • Falta de ar;
  • Dor no peito.

Estes sinais podem indicar outros problemas de saúde mais graves, como alterações no estômago e coração e por isso requerem que a pessoa se consulte o mais rápido possível com um médico.

O que pode ser estômago embrulhado e dor de cabeça?

Refeições pesadas ou ficar sem comer muito tempo. A dor de cabeça proveniente do estômago está relacionada diretamente a refeições pesadas e é mais comum após o consumo de determinados alimentos e bebidas, como chocolates, café, chás, bebidas carbonatadas e comidas picantes, por exemplo.

Estou com dor de cabeça e ânsia de vômito o que pode ser?

Enjoo e vômito são os principais sintomas da Cefaleia Migrânea. Essa cefaleia é um dos tipos de dor de cabeça mais recorrentes. Caracterizada pela dor de cabeça unilateral, de duração e intensidade variáveis, a Cefaleia Migrânea pode ser causada pela inflamação dos vasos sanguíneos.

Como é a dor de cabeça causada pelo estômago?

Ana Santoro - A dor de cabeça de origem estomacal vem acompanhada de sintomas gastrointestinais como azia e queimação, por exemplo. Ela, muitas vezes, se dá logo após uma refeição mais pesada, quando também ocorre o aparecimento de algum desconforto gástrico.