Como ficam as visitas de pais separados?

Antes de mais nada, é oportuno ressaltar que tratando-se de visitação e regulamentação de guarda, o interesse do menor sempre deve ser levado como a circunstância mais importante. 

Assim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que a criança deve conviver com a família materna e paterna, mesmo nos casos em que ambos residam em locais distintos. 

A respeito da regulamentação de visitas, cada caso deve ser analisado isoladamente – justamente para identificar o melhor interesse do menor. 

Mas, de uma maneira geral, os tribunais têm entendido da seguinte maneira: 

  • Final de semana: serão alternados entre os genitores; 
  • Dia dos pais/dia das mães e aniversário: a criança passará com o homenageado, independentemente a quem pertença o dia de visita; 
  • Aniversário da criança: será alternado a cada ano entre os genitores;
  • Natal e ano novo: no ano que um passar o natal, o outro passa o ano novo e assim por diante;
  • Férias escolares: metade das férias com cada genitor. As quinzenas serão alternadas, quem ficou com a primeira quinzena ficará com a segunda no próximo ano. 

É importante verificar em quais situações a criança poderá dormir fora de casa. 

De um modo geral, a criança poderá dormir fora quando não for mais amamentada. No entanto, o apego da criança a um determinado cônjuge sempre deverá ser observado e se for o caso, ter visitas com períodos menores e feitas constantemente para fins de adaptação.  

E em caso de imprevisto nas datas das visitas? Como fica? 

Estamos falando de um ser humano e sobretudo, de uma criança, deve-se lembrar que imprevistos podem acontecer e por isso, é essencial que os genitores prezem sempre pelo bom convívio e desenvolvimento do menor.  

As ocorrências mais comuns são: 

  • a criança ficou doente num determinado dia; 
  • a criança tinha uma festinha de um amiguinho da escola e o outro genitor não abriu mão de trocar seu dia ou horário de visita;
  • um dos genitores têm um problema, pede para trocar o dia da visita e outro não aceita;

Quer saber mais? Deixe o seu comentário neste post, será um prazer orientá-lo! ✔

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Este é um guia completo a cerca da regulamentação de visitas após a separação, com ênfase em todos os direitos e deveres que os pais possuem. Tire todas as suas dúvidas abaixo. 1

Passar por um processo de divórcio geralmente é um tanto quanto complicado, ainda mais se há filhos frutos daquela união.

É necessário ponderar e saber até onde ir para não interferir no direito de convivência do pai ou da mãe.

Por isso, para que você entendesse tudo sobre a matéria, resolvemos tecer as principais informações a cerca do tema.

Continue na página e tire todas as suas dúvidas.

Resumindo:

  • A separação é o momento em que o casal decide não continuar mais a vida a dois, porém, para aqueles que possuem filhos a união ainda durará por alguns anos, e é preciso entender os direitos de cada cônjuge.
  • A principal pergunta feita pelo pai ou pela mãe após a separação é “como ficara o meu direito de visita”? O laço afetivo com os filhos não podem ser quebrado por conta do fim do relacionamento dos genitores.
  • Cada caso específico de guarda regulamentará as visitas conforme o caso concreto, com ambos os pais geralmente possuindo direito á ver seu filho, de acordo com a determinação judicial ou acordo em comum.

Traremos de forma clara como ficará estabelecida as visitas aos filhos de um casal separado.

O tema é valioso e rico em detalhes, vale a pena ler. Você também pode ver este vídeo para tirar suas dúvidas.

O que é o direito de visita?

O direito de família, que é um braço do direito civil, abarca todas as vertentes que incluem a união entre pessoas. Por conta disso, também fala sobre os frutos dessa união, no caso em tela: os filhos.

Portanto, quando duas pessoas casadas, decidem não continuar mais a relação, é necessário trazer o direito de família a este caso para analisar como será a convivência dos filhos com seus genitores.

Mas, afinal, o que é esse direito de visita?

Os pais, e quando digo pais englobo ambos, tem o direito de permanecer em convivência com o filho independente de quaisquer outros motivos. 2

Por isso, a visita nada mais é do que a regulamentação desse direito.

O judiciário entende que a convivência dos filhos com os pais contribuem na formação do seu futuro e caráter, sendo, dessa maneira, algo imprescindível.

Além disso a convivência também não se restringe apenas a visitação, e sim a participação de um, na vida do outro.

Não é possível que o pai apenas veja o filho a cada 15 dias. Mas sim que ele tenha integração dentro da sua vida, que possa ligar todos os dias, que vá à escola, que esteja presente nas apresentações que o filho fizer, que dê suporte não só financeiro, mas também emocional.

Como ficam as visitas de pais separados?
Saiba os tipos de guarda e quem fica com ela. (Foto: Diegocastro.adv.br)

Quem fica com a guarda dos filhos após a separação?

A guarda nada mais é do que o nome dado ao cuidado e convívio que a criança ou adolescente possuem com um dos pais.

Para saber com quem a criança ficará após a separação dos genitores é necessário saber qual a modalidade de guarda que vai ser instituída nesse caso.

Há 3 modalidades de guarda no Brasil:

Guarda unilateral

Na guarda unilateral, como a própria nomenclatura informa o poder de cuidado e vigilância é fornecido ou ao pai e a mãe. É como se apenas um deles pudesse ser considerado como responsável principal. 3

Guarda compartilhada

Na guarda compartilhada a responsabilidade é dada tanto a mãe, quanto o pai.

Nessa modalidade de guarda as decisões a cerca da vida da criança devem ser feitas de forma igualitária, porém, ele continua residindo apenas em uma casa, e na outra possui somente o direito de visita. 4

Guarda alternada

A guarda alternada não é aceita pelo ordenamento brasileiro, apesar de fazer muito sucesso em outros países como é o caso da Alemanha.5

Aqui a criança ficaria de forma alternada sob a responsabilidade do pai e da mãe. Ex.: residiria 1 mês com o pai, depois ficaria 1 mês inteiro com a mãe.

A justificativa para a recusa desse tipo de guarda pela doutrina e jurisprudência é que eles analisam ser maléficos essa formação de convívio familiar para a criança.

Pois bem, entendendo o modelo de guarda utilizado, aí sim podemos dizer com quem o filho passará a residir após a separação.

Em regra, o direito de convívio é da mãe. Mas isso pode ser mudado quando:

  • A mãe assim desejar;
  • Quando for comprovado que o pai possui melhores condições para a criação da criança
  • Quando comprovado que mãe realiza alienação parental
  • Ou, quando comprovado que a mãe realiza mãos tratos para com o filho.

Analise todas essas opções, converse com o seu advogado e tenha mais convicção sobre a guarda do seu filho.

Dica: Leia também nosso artigo aprendendo como mudar o seu nome após o divórcio.

Como ficam as visitas de pais separados?
Saiba as principais dúvidas dos nossos leitores. (Foto: Diegocastro.adv.br)

Quais são os direitos que o pai possui nas visitas?

O pai possui todo os direitos de pertencer à vida e ao dia a dia do filho.

E para que isso fosse realizado, o Código Civil traz a matéria de forma expressa em seu artigo 1.589 6.

Há então a opção da visitação livre (o pai ver o filho no momento que quiser) e a visitação com dias marcados.

A regulamentação dessas visitas fica a cargo dos pais, mas caso não entrem em consenso o juiz decide.

Os horários de visita não foram cumpridos corretamente, o que fazer nesse caso?

Quem nunca soube história de um pai que buscou o filho no seu dia de visita e não retornou com a criança? Ou que a mãe não entregou ao pai o filho no horário estabelecido?

A guarda e os horários de visita são procedimentos regulamentados pela decisão do magistrado responsável pelo processo de guarda.

Portanto, se você se os horários impostos não forem cumpridos corretamente, isso implica automaticamente em descumprimento de ordem judicial.

Direito violado: O que fazer?

Mande por algum meio escrito (pode ser por whatsApp, e-mail, telegrama, facebook) uma mensagem informando que os horários não estão sendo cumpridos conforme o estabelecido, isso valerá como meio de prova para mostrar ao juiz.

Na pior das hipóteses, se por exemplo, a parte não devolver o filho no horário e dia estabelecidos, você poderá entrar com um pedido de busca e apreensão do menor.

Mas enfatizo, a convivência harmônica entre os pais é o melhor presente que um pode receber. Antes de tomar alguma atitude por meio judicial, converse com a outra parte para entender o que ocorreu.

Avós e o direito de visita

Você sabia que o direito de visita não é dado somente ao pai ou a mãe? Isso mesmo, outros parentes próximos possuem o direito de conviver na vida da criança ou do adolescente, que é o caso dos avós, mas também dos tios, padrinhos etc.

Algumas mães por conta de desentendimentos, ou pela separação com o marido, acabam não convivendo mais com os avós paterno da criança (isso pode ocorrer de forma inversa também) e proíbem a relação entre essas duas partes.

Ocorre que, no passado, os avós ingressavam no judiciário para pleitear o direito de visita, porém, não tinha nenhuma norma que regulamentasse a matéria, ficando a cargo total do entendimento do magistrado no caso concreto.

Mas esse cenário mudou, em 2011 houve uma alteração do código civil em seu artigo 1.518, parágrafo único. 7

Agora o entendimento não fica a cargo somente do magistrado, o direito a visita dos avós é consagrado e apenas é preciso analisar para observar que os interesses do menor estão sendo resguardados.

Filhos que moram longe de um dos pais, como ficam as visitas?

A grande preocupação dos pais ou mães que passam a residir longe dos filhos é em relação ao direito de visita.

Como fica esse direito a convivência nesses casos específicos?

A melhor opção nesses casos é o acordo entre os genitores para que possam buscar as melhores formas de convívio. Em alguns casos, o acordo é em separar as férias, sendo todas as férias exclusivas da parte que está longe.

Já em opções onde o filho tem uma idade boa, como 12 anos, é possível que ele possa realizar viagens sozinho, e assim consiga passar um ou dois finais de semana com o pai ou a mãe que está longe.

As companhias aéreas disponibilizam esse serviço de cuidado com a criança, colocando-o dentro da aeronave e o retirando de lá com segurança.

A melhor maneira nesse caso, é o acordo entre as partes.

Porém, com a modernidade, existem decisões jurisdicionais recentes que concedem ao genitor que está longe o direito de ver o filho durante tantas horas, ou dias da semana por meio de videoconferência, não é legal isso?

Trazer a tecnologia para ajudar as relações familiares, uma forma de melhorar o mundo.

Uma mãe pode proibir o pai de ver o filho?

Alguns términos de relacionamento criam entre as partes verdadeiras guerras que acabam influenciando diretamente na vida dos filhos.

Dessa maneira, infelizmente, é comum que algumas mães desejam ou tentem proibir os pais de olharem suas crias.

E lhe adianto desde logo que não, não é possível proibir o pai de ver o seu filho.

Alias, esse é o tema muito discutido no momento e pode fazer até com o pai entre com uma ação de alienação parental contra a genitora que tomar tais atitudes.

E, se comprovada a alienação, a mãe pode perder a guarda da criança.

As únicas hipóteses permitidas pelo ordenamento jurídico que façam com que um pai não possa ver o seu filho são nos casos de comprovado mãos tratos daquele com este e em caso de adoção, porque pela lei quem adotou é que possui o direito de pai.

Lembrem-se, mesmo que o relacionamento tenha acabado ou terminado da pior maneira possível, os filhos nada têm a ver com isso.

Eles necessitam do convívio dos dois genitores. Isso influenciará diretamente na sua segurança de mundo, na inteligência emocional e nas suas atitudes.

Qual a duração do pedido de guarda compartilhada?

O pai ou a mãe que não possuem a guarda da criança podem entrar com uma ação com o pedido denominado de guarda compartilhada.

Como explicado um pouco acima, na guarda compartilhada a criança continua morando com apenas um dos genitores, mas ambos os pais possuem o direito de tomar decisões a cerca da vida do filho.

Esse pedido é feito mediante um processo judicial. É necessário a contratação de um advogado especializado na área.

Após a entrada da ação, será marcada uma audiência para ouvir as partes, analisar as provas e ver se a guarda compartilhada é a melhor solução para aquele caso. Sempre pensando no bem estar dos menores envolvidos no processo.

Em média, após a audiência, esse pedido demora de 4 a 6 meses para ser concedido ou não pelo magistrado. 8

Leia também nosso artigo de como anular um casamento.

Avós podem pagar pensão aos netos?

Sim. Os avós podem pagar pensão aos netos, mas é necessário entender as peculiaridades que esses casos possuem.

Chamados de alimentos avoengos, a pensão dos avós aos netos não é uma regra.

O dever de alimento para com o filho é do pai e da mãe.

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Os alimentos avoengos possuem, portanto, um caráter suplementar, ou seja, apenas serão impostos caso os pais não tenham condições de forma alguma, ou tenham poucas condições.

Para você, advogado, que está lendo a matéria, a interposição de ações contra os pais e os avós simultaneamente não é possível.

Lembre-se que o pedido de pensão é feito primeiro ao genitor/genitora, caso esse comprove não possuir condições é que chamará para o polo da ação os avós.

Outra opção que também pode ensejar o pagamento de pensão pelos avós é no caso de o pai ou a mãe estarem presos, e para não comprometer o sustento do filho, a obrigação subsidiária é imposta.

Gostou do tema? Ficou mais informado sobre o assunto? Não esquece de compartilhar com os amigos. 

IMPORTANTE: O Artigo acima foi escrito e revisado por nossos advogados. Ele tem função apenas informativa, e deve servir apenas como base de conhecimento. Sempre consulte um advogado para analisar seu caso concreto.

Quantas vezes na semana o pai tem direito de ver o filho?

Quantos dias o pai tem direito às visitas? No caso de haver um consenso entre os pais, eles podem definir os dias e as horas da visita ao filho. No entanto, caso não haja um acordo, o juiz deve avaliar a rotina dos pais e decidir os dias e horário para as visitas.

Como funcionam as visitas de pais separados?

O direito à visita do pai ou da mãe, que não tenha a guarda do filho, é assegurado pela Lei de Alienação Parental, que consta no artigo 1598 do Código Civil. Um acordo entre as partes pode ser feito entre os cônjuges de maneira verbal ou pode ser fixado pelo juiz.

Como funciona o direito de visita do pai?

De acordo com o art. 1.589 do Código Civil, “o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”.

Quanto tempo dura a visita do pai?

Após o primeiro ano a criança fica ainda mais independente da genitora podendo ser ampliada a visitação de algumas horas nos finais de semana para, no mínimo, um dia inteiro com o genitor até completar um ano e meio ou dois e, posteriormente, aumentar para o final de semana inteiro.