Quais são os principais fatores responsáveis pela baixa taxa de crescimento demográfico?

Queda da natalidade na Europa

Data: 14 de outubro de 2016

Nas últimas décadas, tem ocorrido uma crescente queda da natalidade na Europa. Essa mudança traz impactos a toda a população.

O continente europeu tem experimentado nas últimas décadas uma queda expressiva do número de nascimentos. A queda da natalidade na Europa é resultado de diversos fatores e reflexo das condições socioeconômicas e educacionais da maior parte dos países europeus.

O declínio dos nascimentos fez com que os países europeus alcançassem taxas de natalidade tão baixas que impossibilitaram a manutenção de seu atual nível populacional. As taxas de fecundidade (filhos por mulher em idade fértil) na Europa alcançaram a média de 1,52 filhos. O necessário para manter a população é 2,1 filhos por mulher. Diversos fatores econômicos e culturais são responsáveis pela construção desse quadro. Vejamos algumas das principais causas para o declínio dos nascimentos no continente europeu.

Causas da queda das taxas de natalidade e fecundidade

  • Casamentos tardios: os casais optam por trocar alianças depois de concluir o ensino superior e da estabilização financeira e profissional. Isso faz com que também tenham filhos mais tarde. Como o período reprodutivo feminino é limitado, muitos casais acabam tendo apenas um filho ou optam por não tê-lo.

  • Alto custo de criação dos filhos: as despesas com saúde, educação e lazer têm feito muitos europeus reavaliarem sua vontade de gerar descendentes. A necessidade de diminuir o padrão de vida para custear a criação de um filho tem feito muitas pessoas optarem por não ter mais filhos.

  • Entrada da mulher no mercado de trabalho: essa ocorrência provocou inúmeras transformações, entre elas a diminuição das taxas de fecundidade. A dificuldade de conciliar a vida profissional com as tarefas domésticas e as atividades familiares tem impactado diretamente o número de nascimentos no continente europeu.

  • Nível de escolaridade: reflete-se diretamente no número de filhos por mulher. Como o continente europeu tem as mais altas taxas de escolarização, as mulheres acabam por ter mais conhecimento sobre anticoncepção e maior acesso aos métodos contraceptivos. Com isso, podem decidir se, quando e quantos filhos terão.

A consequência direta da redução no número de nascimentos na Europa é o agravamento do envelhecimento populacional no continente e a consequente falta de mão de obra para o trabalho. Por isso, muitos países estão buscando superar a xenofobia e encarar como uma solução para ambas as partes a abertura dos países para imigrantes de países da Ásia, América Latina, África e Leste Europeu.

Fonte: Brasil Escola. Por Por Amarolina Ribeiro

Índice

Introdução

A teoria da Transição Demográfica explica uma mudança específica na dinâmica demográfica, que é a queda acentuada das taxas de fecundidade, de natalidade e de mortalidade. Essa teoria foi proposta considerando-se as relações entre o crescimento populacional e desenvolvimento socioeconômico.

Essa oscilação só ocorre uma vez em cada país e acontece alinhada ao processo de desenvolvimento urbano-industrial. Portanto, o desenvolvimento econômico e a modernização das sociedades são os principais fatores responsáveis pelas mudanças nas taxas de natalidade e de mortalidade, refletindo no crescimento populacional.

É importante salientar que da mesma forma que os países se desenvolveram de formas diferentes, a Transição Demográfica também não ocorre da mesma maneira entre as diversas sociedades. Além disso, esse fenômeno acarreta em mudanças importantes nas estruturas populacionais.

📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚

Fases da Transição Demográfica

A teoria da Transição Demográfica foi criada pelo americano Warren Thompson no fim da década de 1920, com o objetivo de contestar a Teoria Demográfica Malthusiana. De acordo com a teoria de Thompson a população não possui um crescimento acelerado, mas sim um crescimento que possui oscilações periódicas, que alternam em crescimentos e desacelerações demográficas e até mesmo períodos de estabilidade.

A referência histórica base utilizada por Thompson na criação dessa teoria foi o período da Revolução Industrial e por consequência, o estabelecimento da sociedade moderna. Em períodos antecessores a esse, as taxas de mortalidade e natalidade eram constantemente elevadas, o que acarretava em certa estabilidade demográfica.

Entretanto, com a urbanização, ocorreu uma grande melhoria nas condições de vida, resultando a elevação da expectativa de vida e consequentemente, a queda das taxas de mortalidade. Essa combinação da variação entre esses índices demográficos foi responsável pelo súbito aumento da população em um curto período de tempo

🎓 Você ainda não sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓

Devido às variações entre as taxas de natalidade e mortalidade, considera-se que a Transição Demográfica possui quatro fases, considerando o desenvolvimento em que as sociedades se encontram:

1ª Fase 

Também conhecida como Pré-Transição, a primeira fase da Transição Demográfica é marcada por elevadas taxas de natalidade e mortalidade, o que culminou em um pequeno crescimento populacional. Essa fase caracteriza populações que se concentram no meio rural, onde não há as facilidades da vida urbana.

taxa de natalidade se apresenta elevada nessa porque o planejamento familiar é praticamente nulo. Além disso, pelo fato da maioria das sociedades serem rurais nesse período de Pré-Transição, o grande número de filhos representava grande quantidade de mão-de-obra disponível para os trabalhos familiares.

A alta taxa de mortalidade dessa fase deve-se ao baixo desenvolvimento da medicina, às péssimas condições sanitárias e às constantes guerras e epidemias ocorridas durante esse período.

A primeira fase da Transição Demográfica ocorreu na Europa desde o surgimento das primeiras civilizações até o meio do século XVIII. No Brasil, o período Pré-Transição perdurou até a década de 1940. Atualmente, não há países no mundo que encontram-se nessa fase.

2ª Fase

Na segunda fase da Transição Demográfica, a taxa de natalidade se manteve elevada enquanto a taxa de mortalidade apresenta uma queda. A combinação desses fatores levou à um grande crescimento populacional, que ficou conhecido como explosão demográfica.

Nos países europeus, essa fase está estritamente relacionada com a Revolução Industrial, período no qual surgiram tratamentos para doenças, as condições sanitárias e médico-hospitalares melhoraram e se produzia alimentos em larga escala. A segunda fase da Transição Demográfica também marca o início da urbanização e da superação da condição rural. 

Atualmente, o Haiti e alguns países africanos são exemplos de nações que se encontram nessa fase.

3ª Fase

Na terceira fase da Transição Demográfica, a taxa de mortalidade se manteve baixa e a taxa de natalidade passa a ser menor também. O crescimento vegetativo ocorre, mas é em menor velocidade do que na segunda fase.

consolidação da vida na cidade em detrimento à vida rural é uma característica marcante dessa fase. A queda na taxa de natalidade pode ser explicada pelo fato de que anteriormente, os filhos - que serviam como mão-de-obra nos trabalhos familiares -, passam a representar altos gastos.

Além disso, com o crescente ingresso da mulher no mercado de trabalho, não só tornou mais difícil para ela ter muitos filhos, como também menos desejável, uma vez que outros objetivos passaram a fazer parte de suas preocupações diárias. Neste período surgem também a maioria dos métodos contraceptivos, que auxiliarão em um planejamento familiar melhor.

Neste período encontram-se a maior parte dos países subdesenvolvidos industrializados, como o Brasil, Índia e México.

4ª Fase

A quarta fase da Transição Demográfica é resultado da continuação das tendências da fase anterior, ou seja, a taxa de natalidade que apresentava quedas se estabiliza em valores baixos e a taxa de mortalidade (que apresenta quedas desde a segunda fase) continua baixa também. Com isso, o crescimento vegetativo da população também é baixo.

Essa fase é marcada pelo envelhecimento da população, pelo fato da idade média nos países que passam por esse período ser relativamente alta. Esse envelhecimento se deve à elevada expectativa de vida (que é estritamente relacionada com a baixa mortalidade), associada com o pequeno número de filhos por casal.

Quando um país se encontra nessa fase, considera-se que sua Transição Demográfica foi encerrada. O Japão, a Noruega e a Suécia são exemplos de nações de se encontram neste grupo.

Fases da Transição Demográfica e suas características.

Apesar de o modelo de Transição Demográfica apresentada por Thompson descrever apenas quatro fases, atualmente estuda-se a possibilidade de uma quinta fase, onde há uma diminuição na população absoluta. Essa diminuição se deve a uma queda ainda maior na taxa de natalidadeque chega a ficar menor que a taxa de mortalidade, o que gera um crescimento vegetativo negativo. Este fenômeno pode ser prejudicial aos países e já pode ser observado na Alemanha, na Itália e na Lituânia.

Plano de estudo gratuito para o Enem

A preparação para o Enem exige muito do estudante. Afinal, a prova cobra conteúdos vistos ao longo de todo o ensino médio. Por isso, vale a pena ter uma ajudinha extra nos estudos. 

Pensando nisso, a Quero Bolsa está oferecendo gratuitamente o Plano de Estudos Enem de Boa. O material é composto por indicações diárias de temas para estudar, juntamente com textos, vídeo-aulas e exercícios de grandes vestibulares com resolução. Para baixar sem pagar nada, basta clicar aqui.

Exercício de fixação

UEPB/2007

“Acompanhando uma tendência mundial, o crescimento da população brasileira vem diminuindo nas últimas quatro décadas. [...] Além de estar crescendo menos, a população brasileira também apresenta outra característica: o envelhecimento.” Este processo de mudanças no perfil da população brasileira, que é denominado “transição demográfica”, tem como características: 

I - O aumento da longevidade e da queda da fecundidade e da mortalidade, sobretudo, com o progresso da medicina e das condições sanitárias.

II - A diminuição do número de filhos por famílias em razão das transformações econômicas e sociais que levaram a mulher ao mercado de trabalho. 

III - A mudança no desenho da pirâmide etária brasileira que passa a apresentar base mais estreita e topo mais largo. 

IV - O aumento da participação dos homens na pirâmide etária, que passaram a viver mais que as mulheres, as quais se tornaram mais expostas à mortalidade por homicídios e acidentes. 

Estão corretas apenas as proposições: 

A I, II e III.

B III e IV.

C I, III e IV.

D II e III.

E I, II e IV.

Quais os fatores que fazem diminuir o crescimento demográfico?

A urbanização, o aumento do custo de vida nas cidades e a maior inserção da mulher no mercado de trabalho conduziram a uma queda na taxa de natalidade no Brasil a partir de então, o que culminou na lenta diminuição do crescimento vegetativo da população.

Quais fatores levaram a uma diminuição do crescimento demográfico brasileiro?

A razão fundamental da queda das taxas de crescimento populacional no Brasil foi a diminuição da taxa de fecundidade (média de número de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos), que caiu de 6,3 filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, o que significa que as famílias brasileiras estão diminuindo.

Quais foram os principais fatores da baixa taxa de crescimento demográfico durante o período da história da humanidade?

Durante alguns períodos da história da humanidade, como a idade Média, guerras e epidemias foram os principais fatores da baixa taxa de crescimento demográfico. Desse modo, até o século XVIII, a população mundial cresceu em ritmo moderado.

Que fatores ajudam a explicar o baixo crescimento demográfico no continente?

Resposta. A entrada da mulher no mercado de trabalho, a criação de métodos contraceptivos e a planejamento familiar foram fatores que contribuíram para o baixo crescimento demográfico europeu.