Como era a América antes da chegada dos europeus

Nessa atividade você irá aprender sobre os usos, costumes e saberes dos povos que habitavam a América antes da chegada dos europeus.

Questão 1: Para realizar o exercício você deve acessar o link, assistir ao vídeo e responder as questões em seu caderno. Lembre-se, você pode assistir ao vídeo quantas vezes achar necessário:

A América antes dos europeus – História – 7º ano – Ensino Fundamental – Canal Futura – YouTube

a) Explique como se davam as relações de trabalho das sociedades pré-colombianas.

b) Como se organizava a agricultura nas sociedades pré-colombianas? Qual alimento era considerado especial?

c) Explique de que forma os povos pré-colombianos demonstravam temor e gratidão aos deuses que cultuavam.

d) Explique as formas que estas sociedades desenvolveram para registrar e transmitir a outras pessoas os seus saberes.

Questão 2: Observe os mapas e realize o exercício:

Como era a América antes da chegada dos europeus

Como era a América antes da chegada dos europeus

a) No seu caderno elabore um quadro em que nele conste as civilizações Asteca, Maia e Inca. Neste quadro escreva os nomes dos países atuais nos quais estas civilizações se desenvolveram.

b) Após o estudo realizado escreva um texto sobre os povos pré-colombianos e seu legado para a humanidade. Se quiser você pode desenhar ou mesmo escrever uma HQ, use a criatividade e mãos à obra!

Ao contrário dos relatos de muitos europeus da época, quando Cristóvão Colombo desembarcou em nosso continente ele não era pouco habitado. Viviam por aqui entre 40 e 60 milhões de pessoas. Eram falados cerca de 1.200 idiomas, agrupados em 120 famílias linguísticas, segundo estimativas que aparecem no livro de Charles C. Mann 1491 – Novas revelações das Américas antes de Colombo.

Reportagem especial da BBC News Brasil, baseada em uma seleção feita com a ajuda de antropólogos e arqueólogos, mostra as maiores e mais influentes culturas da região antes da chegada dos espanhóis e portugueses.

Charles C. Mann relata que o chamado “novo mundo” era um lugar complexo, diverso e fascinante. Já existiam estruturas sociais quase democráticas, além do manejo de florestas e o domínio da engenharia e da matemática.

Já o arqueólogo americano Kurt Anschuetz, especialista na agricultura de povos pré-colombianos, destaca a domesticação e a manipulação genética de plantas. Ele considera essa a tecnologia mais impressionante desenvolvida pelos indígenas na América.

No choque entre dois mundos que se seguiu à chegada de Colombo, muitas das formas de vida e das estruturas existentes foram rapidamente destruídas, deixando perguntas que os especialistas ainda tentam responder. Esse é um dos motivos pelos quais é difícil obter informações sobre todos os que viviam na América pré-colombiana.

Em alguns casos, foram deixadas mais evidências arqueológicas das diversas sociedades. Em outros, como no caso dos povos da Amazônia, descobertas mais recentes estão mudando completamente o que se acreditava sobre a vida no continente.

O termo “descobrimento da América” é utilizado para a chegada dos espanhóis ao continente americano, em 12 de outubro de 1492. Isso aconteceu por meio da expedição liderada pelo navegante genovês Cristóvão Colombo. Essa expedição não foi idealizada com a proposta de chegar-se a terras desconhecidas, mas sim ao continente asiático.

A chegada dos espanhóis à América deu início ao processo de colonização do continente americano e também à disputa por terras com os portugueses. Apesar das evidências, Colombo nunca acreditou que tinha chegado a um novo continente. Apesar do feito, os espanhóis não foram os primeiros europeus a chegaram à América, pois os vikings tinham feito isso no século X.

Acesse também: Entenda como os espanhóis conquistaram a América dos nativos

Tópicos deste artigo

A América foi descoberta pelos europeus?

O uso do termo “descobrimento” para fazer-se menção à descoberta da América foi, e ainda é, arduamente debatido pelos historiadores. A maioria deles considera que o uso do termo “descobrimento” não é apropriado, uma vez que a expedição de Cristóvão Colombo não estava à procura de novas terras, mas sim da Ásia.

A ideia do descobrimento da América foi algo que surgiu posteriormente, ou seja, foi uma interpretação realizada acerca dos eventos relacionados à expedição de Colombo. O historiador Edmundo O’Gorman afirma que a primeira menção à ideia de descobrimento aconteceu na primeira metade do século XVI e foi publicada em um livro escrito por Gonzalo Fernández de Oviedo.

Com base no escrito de Oviedo, a ideia de descobrimento ganhou força e consolidou-se. Apesar disso, uma discussão trazida por alguns historiadores trata da concepção de que a América não precisava dos europeus ou da chegada deles aqui para existir, uma vez que o continente já existia em si e era habitado por milhões de habitantes que formavam diferentes sociedades, algumas delas com alto grau de sofisticação.

Por conta dessas discussões, muitos historiadores tratam de usar outras conceitos para explicar esse acontecimento de 1492. Uns falam em “conquista da América”, outros em “invasão da América”, e ainda outros termos usados são “chegada”, “invenção” ou até mesmo “achamento”.

Colombo liderou a primeira expedição europeia a chegar à América?

Como era a América antes da chegada dos europeus
Local onde ficava o assentamento construído pelos vikings na América do Norte, no final do século X.

A expedição de Colombo não foi a primeira expedição europeia a chegar à América. Os primeiros europeus a chegarem a esse continente foram os vikings, liderados por Leif Eriksson, um explorador que liderou uma expedição com 35 homens, no final do século X, e chegou à região da Terra Nova, atual Canadá. Entretanto, os vikings, diferentemente dos espanhóis e portugueses, não tiveram sucesso na tentativa de estabelecerem um assentamento na América.

Acesse também: Hans Staden - os relatos de um alemão que esteve no Brasil no século XVI

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Grandes navegações

A chegada de Colombo à América em 1492 é um dos momentos mais significativos das grandes navegações. O século XV foi um momento de “quebra de fronteiras”, pois o homem começou a explorar o Oceano Atlântico. Os europeus não tinham ideia do que encontrariam navegando a oeste do Atlântico, mas, nesse século, pouco a pouco os mistérios foram sendo desvendados.

As grandes navegações foram, portanto, as explorações realizadas pelas embarcações europeias no Oceano Atlântico. Um primeiro fator importante nesse sentido foi uma melhoria tecnológica que permitiu o desenvolvimento de embarcações mais apropriadas à navegação marítima, além de uma série de instrumentos terem auxiliado na navegação e localização dos que navegavam.

No entanto, a navegação marítima não era realizada com motivo de exploração pela exploração. Ela tinha um forte interesse econômico, ou seja, só houve incentivo para essas expedições porque, por meio delas, um ganho econômico significativo poderia ser obtido via abertura do comércio de especiarias na Índia.

Esse interesse por novas rotas comerciais marítimas foi motivado, principalmente, pelo fechamento de rotas tradicionais que passavam por Constantinopla. Como a antiga capital bizantina estava nas mãos dos otomanos desde 1453, esse caminho foi barrado para os europeus cristãos.

O país pioneiro na exploração atlântica foi Portugal, pois esse país ibérico reunia uma série de condições que permitiram o investimento nesse empreendimento. Portugal tinha um reino politicamente estável, não estava em guerra, tinha um comércio em crescimento e uma localização geográfica que incentivava a exploração do oceano.

Os espanhóis entraram tardiamente nesse processo, sobretudo porque passaram longo tempo do século XV lutando contra os mouros no sul da península e porque a unificação dos reinos cristãos lá aconteceu de maneira tardia. Para não ficarem atrás dos portugueses, os reis espanhóis decidiram financiar um genovês, Cristóvão Colombo, para que fosse à Índia.

Expedição de Colombo

Como era a América antes da chegada dos europeus
Em 12 de outubro de 1492, a expedição liderada por Cristóvão Colombo chegou a uma ilha que faz parte das Bahamas atualmente.

Cristóvão Colombo era um navegante genovês que iniciou sua carreira na década de 1470. Ele acreditava na ideia da esfericidade da Terra, e, desde a década de 1480, tinha mantido contatos com portugueses, ingleses e franceses à procura de investimento, mas foram os espanhóis que, em 1492, decidiram financiar sua expedição, composta por três embarcações.

Como defendia a esfericidade da Terra, Colombo afirmava que era possível alcançar a Índia navegando-se pelo oeste. O que ele não sabia, no entanto, era que no meio do caminho havia um continente desconhecido dos europeus e que a travessia seria muito mais longa do que ele esperava. De toda forma, no dia 3 de agosto de 1492, Niña, Pinta e Santa María zarparam da Espanha rumo ao oeste.

Ao longo da viagem, Colombo teve problemas com os marinheiros porque eles se angustiaram com a demora em encontrar terra. Como Colombo acreditava que a Terra era menor do que era e que o Atlântico era estreito, ele deduziu que terra seria encontrada depois de algumas semanas, e os marinheiros agarraram-se a essa promessa.

De toda forma, a viagem seguiu, e os espanhóis avistaram terra no dia 12 de outubro de 1492. Eles haviam chegado a uma ilha no Caribe chamada pelos índios de Guanahani, mas Colombo renomeou-a como San Salvador. Os historiadores não sabem ao certo que ilha foi essa, mas sabem que ela fica nas Bahamas.

Colombo seguiu explorando a região e chegou à ilha que ficou conhecida como Hispaniola. Lá ele conheceu um dos chefes locais, Guacanagari, mantendo o contato pacífico e o recebimento de presentes. Durante sua permanência em Hispaniola, uma das embarcações naufragou, e Colombo recebeu permissão de Guacanagari de construir um forte chamado Navidad, deixando nele 39 homens.

Apesar de ter sido tratado de maneira amigável, Colombo sequestrou alguns nativos (homens, mulheres e crianças) para levarem-nos à presença dos reis espanhóis. Ele registrou em seu diário de viagem sobre os nativos poderem ser usados como servos e convertidos ao cristianismo.

Depois, Colombo esteve na ilha de Cuba, renomeou-a de Juana, mas esse nome não se popularizou. Retornou para a Espanha, desembarcando lá em meados de 1493, sendo recebido como um herói. Apesar de tudo que viu, Colombo não acreditou que tinha chegado a um continente desconhecido. Ele acreditou estar na Índia, e, por isso, nomeou os locais de “índios”.

Leia mais: Capitanias hereditárias - a administração portguesa na sua colônia na América

Colonização da América

Como era a América antes da chegada dos europeus
Ruínas de La Isabela, o segundo assentamento fundado por Cristóvão Colombo em Hispaniola.

Com a chegada dos espanhóis à América, negociações diplomáticas foram utilizadas para garantir-se a posse das terras. Após quase dois anos, portugueses e espanhóis chegaram a um acordo chamado de Tratado de Tordesilhas. Assinado em 1494, esse tratado determinou que uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde definiria o que seria terra da Espanha e o que seria terra de Portugal.

Na segunda viagem de Colombo, em 1493, os espanhóis enviaram para a América o total de 17 embarcações. Iniciava-se o esforço espanhol para realizar-se a colonização americana. Os dois primeiros assentamentos criados por Colombo (Navidad e Isabela) fracassaram, mas a colonização nas ilhas caribenhas vingou.

Logo os espanhóis iniciaram a exploração econômica do local e uma incessante procura por ouro. Os nativos foram os maiores prejudicados, pois, vítimas das doenças trazidas pelos europeus, escravizados e maltratados, foram mortos aos milhões em poucas décadas de presença espanhola.

Como era América antes dos europeus?

Ao contrário do que fizeram parecer muitos relatos de europeus na época, o continente era muito povoado e abrigava sociedades dinâmicas, cuja sofisticação, em muitos casos, não tinha paralelo na Europa. Nas Américas viviam entre 40 e 60 milhões de pessoas, segundo estimativas mais recentes.

Como viviam os povos americanos antes da chegada dos europeus?

Muito antes da chegada de Cristóvão Colombo, a América já era ocupada por vários povos, que viviam de variadas formas, as quais iam da organização tribal - como os povos que habitavam a região onde hoje é o Brasil – até vastos impérios, como era o caso dos astecas, que se localizavam na região conhecida como Mesomérica ...

Como era o território brasileiro antes da chegada dos europeus?

Os índios sobreviviam da caça, da pesca, do extrativismo e da agricultura. Nem esta última, porém, servia para ligá-los permanentemente a um único território. Fixavam-se nos vales de rios navegáveis, onde existissem terras férteis. Permaneciam num lugar por cerca de quatro anos.