Import�ncia e benef�cios do toque atrav�s Show da Shantala: acompanhamento de casos Importancia y beneficios del contacto a trav�s de Shantala: acompa�amiento de casos *Fisioterapeuta. Graduada pela Universidade de Passo Fundo, UPF. P�s-Graduada em Fisioterapia Neuro-funcional pela Universidade Tuiuti do Paran�. P�s-Graduanda em Fisioterapia Dermato-funcional pelo ISEPE/Passo Fundo. Professora Especialista do Curso Superior de Tecnologia em Est�tica e Cosm�tica ULBRA Campus Carazinho. Carazinho, RS **Acad�mica. Graduanda em Curso Superior de Tecnologia em Est�tica e Cosm�tica pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA Campus Carazinho. Carazinho. RS Anielle de Vargas* Priscila Fernanda Pereira** (Brasil) Resumo A Shantala � uma t�cnica de massagem oriunda da �ndia, transmitida de gera��o em gera��o, trazida para o ocidente pelo ginecologista franc�s Fr�d�rick Leboyer. Diversos autores afirmam que a pr�tica da massagem em beb�s traz in�meros benef�cios tanto para a m�e quanto para a crian�a. Nos primeiros meses de vida, estar bem pr�ximo � m�e tem enorme import�ncia, para o desenvolvimento sadio, mental, emocional e f�sico, a t�cnica favorece um canal de comunica��o entre m�e e beb� e procuramos atrav�s deste trabalho acompanhar mulheres em per�odo puerperal, explicando a import�ncia e os benef�cios ocasionados pelo toque com a pr�tica da Shantala, para aumentar o v�nculo m�e-beb� e fornecer qualidade de vida ao rec�m-nascido, pois ap�s o nascimento a massagem ser� a continua��o da rela��o �ntima entre a m�e e o beb�. Trata-se de um estudo de campo com amostragem estratificada e intencional. Para a compreens�o deste processo as participantes do grupo de gestantes atendidas pelo programa Primeira Inf�ncia Melhor (PIM) de Carazinho � RS que fizeram parte oficina de Shantala responderam a um question�rio para an�lise dos benef�cios da Shantala, nos meses de Outubro e Novembro de 2012. Ao t�rmino do estudo foi poss�vel verificar que a massagem Shantala promove melhora no que se referem ao comportamento f�sico e emocional, dos rec�m-nascidos, resultados estes, confirmados atrav�s dos relatos evidenciados pelas m�es. Unitermos: Shantala. Toque. Est�tica.EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 18, N� 184, Septiembre de 2013. http://www.efdeportes.com/1 / 1 1. Introdu��o Tocar � uma das principais maneiras de comunica��o, tornando-se ent�o um importante meio de estreitar os relacionamentos humanos, como o de m�e e filho. Ao menor contato pelo toque j� se observam algumas rea��es, e nos beb�s n�o se faz diferente, ainda quando embri�o j� � capaz de sentir, pois o tato � o primeiro dos cinco sentidos a se desenvolver nas esp�cies. Todo o ser humano necessita de contato, considerado como um dos sentidos essenciais, por sua import�ncia no desenvolvimento humano. Por meio do toque ocorre uma aproxima��o entre as pessoas, sentimos a presen�a do outro. Pelo contato corporal da m�e, a crian�a ter� seu primeiro contato com o mundo e a partir da� come�ar� a ter novas experi�ncias, este contato proporciona essencialmente seguran�a, calor e conforto. Uma entrega da m�e para seu filho, ao massagear o pequeno corpo transcende o contato f�sico. Os beb�s t�m necessidade de alimento, mas muito mais de ser amados e receber carinho (LEBOYER, 1995). Tocar � comunica��o, e esta comunica��o deve ser nutrida com carinho, amor e afeto. Com a id�ia de favorecer o que � fundamental para o rec�m-nascido: amor, carinho e contato, feito pela comunica��o entre m�e e filho, mais que uma massagem, � uma arte, um ato de amor. A preocupa��o que permite despertar e ampliar no beb� o que foi vivenciado no �tero materno, e tamb�m desenvolver ainda mais o v�nculo entre a m�e e o beb�, assim � a Shantala que al�m de ser uma massagem preventiva, restabelece o aconchego do ventre e a liga��o direta com a m�e. Como um carinho a Shantala � uma t�cnica simples e amorosa, mas com sequ�ncia e dire��o, realizada diariamente no beb� a partir do primeiro m�s de vida. Aumentando o v�nculo entre a m�e e o beb�, com os olhos e com as m�os. Atrav�s de suaves toques, com harmoniosos movimentos uma sabedoria oriental vem auxiliar o rec�m-nascido no seu desenvolvimento, a Shantala estimula diversos pontos do corpo, com benef�cios fisiol�gicos e emocionais e tamb�m um meio de acalmar e confortar. A massagem de Shantala favorece tanto a n�vel psicol�gico como f�sico, na medida em que propicia um di�logo de amor pelo toque. A massagem � uma arte original de �tocar com qualidade� de proporcionar descanso no corpo todo ou em partes espec�ficas, � uma forma ampliada de toque que, uma vez corretamente desenvolvida e praticada dar� maior conhecimento e compreens�o do beb� (MONTAGU, 1988). Muitos s�o os benef�cios, a come�ar pelo aperfei�oamento da comunica��o com a m�e ou quem estiver fazendo a massagem, todo o processo beneficia tanto a crian�a como quem est� interagindo com ela (LIMA, 2004). O exerc�cio da massagem desenvolve em ambos, m�e e beb�, as suas sensibilidades atrav�s do tato compartilhado, despertando e criando uma lembran�a do sentido (BR�TAS; SILVA, 1998). Diante disso e da necessidade de esclarecimento dos principais aspectos que envolvem o toque no comportamento dos beb�s e a conex�o entre m�e e filho, o objetivo geral do estudo foi verificar atrav�s de relatos feitos pelas m�es quais s�o os benef�cios proporcionados pelo toque atrav�s da Shantala, no que diz respeito aos aspectos relacionados aos benef�cios do toque em rec�m-nascidos. Tendo como objetivos espec�ficos: acompanhar de maneira observacional um grupo de gestantes atendidas pelo Programa Primeira Inf�ncia Melhor (PIM) de Carazinho � RS, que fizeram parte da oficina de Shantala; analisar atrav�s do question�rio intitulado �diferen�as notadas nos beb�s ap�s aplica��o da massagem�, os benef�cios da t�cnica de Shantala; al�m de divulgar a profiss�o de Tecn�logo em Est�tica e Cosm�tica, disseminando a sua import�ncia na �rea da sa�de. 2. Shantala A massagem surgiu do conceito de contato f�sico e existe h� v�rios mil�nios como elemento das medicinas orientais. O toque � o contato primordial entre a m�e e o beb�, quando este ainda permanece no calor do �tero, flutuando no l�quido amni�tico. O toque feito com amor � a melhor forma de dar as boas vindas ao rec�m-nascido, al�m de aumentar o v�nculo afetivo entre m�e e filho, assegurando ao beb� um bem estar f�sico e mental (MAZON; ARA�JO, 2002). A pr�tica de massagear beb�s teve origem no Sul da �ndia, na regi�o de Kerala, inicialmente praticada pelos monges e depois se transformou em uma tradi��o, passado de m�e para filha, e assim continua por gera��es. Com o desenvolvimento da gesta��o as instru��es necess�rias eram dadas, para os devidos cuidados com seu futuro filho (CAMPADELLO, 2000). Trazida para o Ocidente pelo ginecologista franc�s Fr�d�rick Leboyer em meados dos anos 70, foi em uma viagem � �ndia que ele se encantou com uma m�e sentada no ch�o com seu beb� deitado sobre suas pernas que massageava com movimentos habilidosos e uma concentra��o impressionante. Maravilhado com a cena aproximou-se e pediu a mulher se poderia registrar aquele momento, a partir disto batizou a t�cnica com o nome da mulher: Shantala (PEREIRA, 1996). O ato de massagear crian�as � um gesto comum e faz parte do cotidiano e da cultura dos indianos, existindo uma cren�a no fato do beb� ser capaz de assimilar as sensa��es de harmonia e amor que a m�e transmite no momento da massagem (BR�TAS; SILVA, 1998). Al�m disso, Lima (2004) aponta ser uma massagem preventiva, que reestabelece o aconchego do ventre e a liga��o direta com a m�e. A particularidade da massagem de shantala consiste na intensa e sentida passagem de amor da m�e para o filho, por leves toques e manipula��es em seu corpo (CAMPADELLO, 2000). Como um sistema cuja seq��ncia estimula automaticamente v�rios pontos meridianos, a shantala consegue influenciar beneficamente todos os �rg�os da crian�a, harmonizando ou ativando se caso estiverem desvitalizados (VICTOR e MOREIRA, 2004). Turner e Nanayakkara (1997) mencionam � shantala enquanto toque terap�utico proporciona a estimula��o cut�nea e o desenvolvimento psicomotor da crian�a. O toque estimula a pele que produz enzimas necess�rias � s�ntese prot�ica, tamb�m ocorre � produ��o de subst�ncias que ativam a diferencia��o de linf�citos T, respons�veis pela imunidade celular, e ativa a produ��o de endorfinas, neurotransmissores respons�veis pelas sensa��es de alegria e bem estar. Composta por uma s�rie de movimentos pelo corpo todo, exigindo aten��o e dom�nio, a shantala afeta diretamente os sistemas nervoso, circulat�rio, musculoesquel�tico e os processos bioqu�micos e fisiol�gicos que tamb�m s�o regulados pelos mesmos sistemas (UMEMURA et. al , 2010). Dentre esses efeitos Campadello (2000) ressalta a t�cnica de shantala excelente para:
A partir de um di�logo corporal, a massagem abre uma via de comunica��o, proporcionando uma experi�ncia rica em est�mulos sens�rio-motores, como ternura, seguran�a e aprendizagem, consistindo numa linguagem universal onde o beb� bem compreende (BR�TAS; SILVA, 1998).
3. Metodologia Esta pesquisa visou trabalhar com m�todos das ci�ncias sociais, particularmente com o m�todo comparativo, com n�vel de pesquisa descritiva e delineamento baseado no estudo de campo com amostragem estratificada e intencional. A popula��o do estudo foi constitu�da por seis indiv�duos do g�nero feminino, que estavam no per�odo puerperal, participantes da Oficina de Shantala do PIM do Munic�pio de Carazinho � RS. A sele��o da amostra ocorreu atrav�s de convite informal e intencional, atrav�s de contatos com as pessoas respons�veis pelo programa. Para a colabora��o na pesquisa, as participantes foram selecionadas de acordo com os crit�rios de inclus�o ao estudo, os quais foram: ter idade acima de 18 anos; estar no per�odo de puerperal; ser atendida pelo programa PIM; ter tempo dispon�vel para realiza��o da entrevista; aceitar a participa��o na pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para o desenvolvimento do estudo, consideramos os aspectos �ticos referentes � pesquisa envolvendo seres humanos, o presente estudo foi submetido � avalia��o e aprova��o pelo Comit� de �tica em Pesquisa (CEP) em Seres Humanos da ULBRA Canoas via Plataforma Brasil, sob protocolo n�mero 101.660. A coleta de dados foi realizada entre os meses de Outubro e Novembro de 2012 ap�s a aprova��o do projeto de pesquisa e como instrumento de coleta utilizou-se um question�rio adaptado de Costa et al. (2010), composta por oito questionamentos, sobre a percep��o das diferen�as observadas nos beb�s ap�s aplica��o da massagem Shantala. A t�cnica foi realizada pelas m�es durante a oficina do PIM. A aplica��o do Question�rio aconteceu nas depend�ncias do PIM, localizado na Rua Silva Jardim, 1413, Carazinho - RS Ap�s a realiza��o da pesquisa os dados foram tabulados em programa Microsoft Windows Excel 2010. Os resultados foram discutidos e mensurados atrav�s de uma an�lise descritiva, tendo por base os conhecimentos abordados na revis�o e apresentados na forma de gr�ficos, com o objetivo de visualizar melhor os resultados alcan�ados com a realiza��o da pesquisa. Tamb�m se utilizou do processo etnogr�fico os quais algumas falas advindas dos relatos foram utilizadas para contextualizar os resultados e discuss�o do presente trabalho. 4. An�lise dos dados e discuss�o dos resultados Ap�s o t�rmino da coleta de dados foi poss�vel observar os benef�cios que a Shantala proporcionou nos rec�m-nascidos, tais como: a diminui��o das c�licas e a melhora no funcionamento intestinal, o sono mais tranq�ilo e o aumento do v�nculo entre m�e e filho. Os resultados est�o embasados nas refer�ncias bibliogr�ficas encontradas e no levantamento dos dados mais significativos. Para descri��o dos relatos as m�es foram nominadas aleatoriamente de: m�e 1 (M1), m�e 2 (M2), m�e 3 (M3), m�e 4 (M4), m�e 5 (M5) e m�e 6 (M6).
Talarico (2008) diz que, para as m�es, o sono do beb� � o momento em que se recupera e restabelece a vitalidade necess�ria, e tamb�m reconhecem as repercuss�es que a massagem promove aos beb�s, lembrando que a pr�tica da Shantala auxilia na melhora e na qualidade do sono. Diferen�a no comportamento social Na investiga��o quanto ao comportamento social do beb�, relacionado com a pr�tica da massagem, mais da metade da amostra notou diferen�a no comportamento social. Seguem os dados conforme o Gr�fico 3. Gr�fico 3. Percebeu-se diferen�a no comportamento social? Fonte: Coleta de dados entre os meses de Outubro e Novembro de 2012. Carazinho. RS. Conforme podemos constatar no gr�fico acima, 67% das m�es disseram que com o decorrer da aplica��o da massagem, o comportamento social dos beb�s, mesmo que com suas mais simples formas de comunica��o, foi percebido devido � socializa��o com as pessoas de seu conv�vio. A sensa��o de tocar e ser tocado conforme Davis (1991) � uma pot�ncia mesmo que por poucos segundos, � extraordin�rio. Faz com que as pessoas sintam-se melhor e integram estas boas percep��es com outros est�mulos. Somos dependentes do toque desde a vida intra-uterina. Os beb�s quando choram s�o consolados com um colo, recebendo uma car�cia ou beijados. Este conforto proporcionado pelo toque permanece at� a vida adulta. Procuramos por ele como consolo, bem como nos comunicarmos, propagar solidariedade e percorrer pelo Mundo. Concordando com Braun (2007) o toque � muito poderoso e, se utilizado de maneira apropriada, traz resultados extremamente positivos � experi�ncia humana. Kavanagh (2005) menciona que o toque por meio da massagem traz in�meros resultados e ainda ressalta que atrav�s dos benef�cios que ela proporciona aos beb�s e crian�as, pode prolongar-se por todo o seu crescimento Diferen�a no desenvolvimento motor Verificou-se que no quesito sobre o desenvolvimento motor foram percebidas diferen�as para grande parte da amostra. Os demais dados seguem conforme o Gr�fico 4. Gr�fico 4. Apresentou diferen�a no desenvolvimento motor? Fonte: Coleta de dados entre os meses de Outubro e Novembro de 2012. Carazinho. RS. Das m�es entrevistadas 83% relataram que houve diferen�a no desenvolvimento motor dos rec�m-nascidos e apenas 17% n�o perceberam a diferen�a neste importante quesito investigado. A partir dos dados percebe-se que os efeitos que a Shantala promove no beb�, s�o a amplia��o da respira��o, d� no��o de limites corporais, fortalece os m�sculos e articula��es, prepara o beb� para engatinhar e andar e alivia as tens�es entre as v�rtebras, ocasionadas pelo fato de passar muito tempo deitado. Proporcionando ainda equil�brio, harmonia e relaxamento para m�e e o beb� (SOUZA, 2011). Al�m de estimular o relaxamento muscular e a flexibilidade das articula��es, ajuda o beb� a endireitar e alongar os membros (KAVANAGH, 2005). �... sua coordena��o est� mais forte, espicha as pernas e abre bem seus bra�os...� (M3). A crian�a quando massageada sente-se amada, assim fica segura, aliviar� tens�es localizadas, e consequentemente ir� relaxar, ter� um desenvolvimento motor muito melhor, resultando em uma crian�a calma tranq�ila e ao mesmo tempo ativa e inteligente (SANT�ANNA, 2003). Br�tas e Silva (1998) ressaltam que a massagem proporciona experi�ncias sensoriais que maximizam a consci�ncia do corpo atrav�s da mem�ria corporal, e entre a rela��o m�e e filho, onde a crian�a toca e � tocada, auxilia o desenvolvimento do t�nus muscular e da coordena��o motora, fazendo com que o beb� desenvolva a capacidade de desfrutar uma experi�ncia do funcionamento corporal. Nos primeiros meses de vida, os beb�s recuperam-se de sua posi��o fetal e para isso estendem os m�sculos, abrem as articula��es e coordenam os movimentos, assim a massagem � fundamental nesta fase, uma vez que contribua em uma for�a de coes�o ajudando na coordena��o muscular e preparando o beb� para executar atividades e habilidades f�sicas de forma coordenada como menciona Walker (2000). Ao analisar os relatos, que seguem, verificamos que as m�es observaram os in�meros benef�cios que a pr�tica da Shantala pode proporcionar. Percep��o dos benef�cios � sa�de do beb� no que diz respeito ao al�vio de c�licas e ao funcionamento intestinal As m�es foram questionadas sobre alguns benef�cios que a massagem pode gerar ao beb�, dentre eles, foi indagado se perceberam melhora no al�vio de c�licas e funcionamento do intestino. Abaixo os relatos das m�es:
Atrav�s dos relatos foi poss�vel verificar uma diminui��o nos sintomas das c�licas e significante melhora no funcionamento intestinal. Leboyer (1998) descreve que a massagem age na normaliza��o dos movimentos perist�lticos, resultado da estimula��o proporcionada pelo toque ritmado sobre a barriga do beb�. Como a massagem realizada na barriga, movimenta os conte�dos do est�mago para o duodeno, auxilia na libera��o do intestino e combate, desta forma, a constipa��o cr�nica e devido ao relaxamento do trato intestinal, contribui para o al�vio de c�licas abdominais (CRUZ, 2008). Souza (2011) relata que os movimentos da regi�o abdominal facilitam o funcionamento do intestino e a elimina��o dos gases, ocasionando um al�vio para as c�licas. Ao fazer a massagem em sentido hor�rio e na dire��o do peito para baixo faz com que os movimentos acompanhem o caminho das fezes e gases no intestino, aliviando assim qualquer ten�s�o ali existente. Sentimento da m�e durante a massagem O sentimento da m�e perante seu beb� durante a massagem da Shantala foi tamb�m investigado, com o seguinte questionamento: �O que voc� sentiu ao massagear seu beb�? As m�es relatam que:
Como se observa nas falas, o sentimento da m�e ao tocar em seu beb� � relatado como um momento particular entre os dois, sendo aproveitado por ambos. Quanto mais tempo voc� passa com seu beb�, mais voc� aprender� a perceber do que ele gosta, do que ele n�o gosta o que ele quer e suas emo��es. Quando isso ocorrer, voc� e seu beb� ter�o um entendimento maior e os dois crescer�o com mais proximidade (SOUZA, 2011). Para Kavanagh (2010), a massagem consiste no ato de compartilhar a linguagem do toque, beneficiando assim tanto o massagista quanto o massageado, sendo uma comunica��o em duas dire��es. A massagem fortalece o desenvolvimento de la�os afetivos e auxilia na forma��o da rela��o calorosa e positiva entre a crian�a e os pais (DOMENICO e WOOD, 1998). Tamb�m Souza (2011) observa que a liga��o emocional existente entre m�e e filho � muito maior que uma troca de interesses, pois o v�nculo se constitui respondendo tanto no fator f�sico como no emocional, e isto, � uma grande influ�ncia para a crian�a em seu investimento emocional. Ao tocar, as m�es s�o contempladas com alguns benef�cios, Br�tas (1999) descreve os seguintes: treinamento de sua acuidade de observa��o, percep��o das necessidades da crian�a, estimula��o da capacidade de se moldar de acordo com o di�logo corporal estabelecido com o beb�, conhecimentos acerca do desenvolvimento psicomotor, felicidade na comunica��o, al�m de prazer, intera��o e apego emocional. O toque A investiga��o quanto ao �toque� � de suma import�ncia na Shantala uma vez que o toque � uma das necessidades b�sicas do ser humano. Braun (2007) relata que em todas as culturas, assim como entre os animais, ele est� presente. Usado na comunica��o e como forma de aprendizado tamb�m proporciona conforto e aumenta a autoestima. Muitas pesquisas cient�ficas apontam o toque como indispens�vel para o crescimento, desenvolvimento e fun��o imunol�gica, tornando-se essencial a sobreviv�ncia. As m�es foram indagadas da seguinte forma: �Como voc� interpreta o toque como um exerc�cio de carinho em seu beb�? Podemos acompanhar os resultados nos relatos que seguem.
Nas falas acima podemos perceber que as m�es interpretam o toque de uma maneira especial, entendendo que atrav�s dele os dois, m�e e filho, est�o sendo beneficiados. A sensa��o do tato acontece em decorr�ncia ao menor contato ativando os terminais nervosos adequados retransmitindo mensagens sensoriais ao longo da coluna vertebral para o c�rebro. � atrav�s do sentido do tato que a nossa pele recebe as impress�es sensoriais reagindo assim ao contato (DAVIS, 1991). Por meio do toque, acontece uma aproxima��o entre os indiv�duos. Sentimos a presen�a do outro e firmamos compromissos. Tocar � uma das principais formas de comunica��o, pois se constitui em um meio poderoso de estreitamento dos relacionamentos humanos, como no v�nculo m�e-filho (MONTAGU, 1998). Para Voormann e Dandekar (2004) todo ser humano precisa de contato carinhoso, esta necessidade por contato, aconchego e calor v�m de tempos imemor�veis. Davis (1991) descreve que todos n�s ao nascermos, temos diversas necessidades, entre tantas, as do contato f�sico permanecem em constante intensidade. O contato f�sico n�o � somente um est�mulo agrad�vel, mas sim uma necessidade biol�gica. Kavanagh (2005) menciona que o toque por meio da massagem traz in�meros resultados e ainda ressalta que atrav�s dos benef�cios que ela proporciona aos beb�s e crian�as, pode prolongar por todo o seu crescimento. Benef�cios observados com a massagem de Shantala Muitos s�o os benef�cios proporcionados pela massagem, sendo eles f�sicos ou emocionais, ocasionando principalmente o bem-estar para o beb�. Notar que uma simples t�cnica pode favorecer um ser t�o amado, que � um filho, � de grande valia. Como descrevem as m�es: �... o sono � mais tranquilo, as c�licas diminu�ram muito, o intestino funcionou melhor e percebi tamb�m que ela parece mais calma...� (M1). �... de noite s� coloco ela no ber�o que ela dorme tranquila at� a madrugada, quando acorda, � para mamar e j� dorme de novo...� (M2). �... ele ficou mais calmo, tranquilo, n�o chora quando sai do colo...� (M6 ).Nas express�es acima constatamos que a Shantala realmente proporciona benef�cios para o beb�, conforme o que as m�es notaram, auxiliou no al�vio das c�licas, no funcionamento intestinal. Al�m disso, beb�s ficaram mais calmos e tiveram um sono melhor. Mais que uma t�cnica de massagem, a Shantala � uma arte, um ato de amor. Muitos s�o os benef�cios da t�cnica, um deles � o aperfei�oamento da comunica��o com a m�e ou quem estiver realizando a massagem, visto que o processo favorece tanto a crian�a quanto quem interage com ela (LIMA, 2004). A Shantala favorece tanto a n�vel psicol�gico quanto f�sico, na medida em que propicia um di�logo de amor atrav�s do toque, agindo tamb�m na preven��o de disfun��es org�nicas tais como: c�licas, pris�o de ventre, nas articula��es auxiliando um desenvolvimento motor mais r�pido e � extremamente relaxante, pois o toque suave diminui eficientemente os fatores do estresse (SANT�ANNA 2003). Br�tas (1999) apresenta a massagem como uma chance para que a m�e tome conhecimento e aprenda a linguagem do corpo do beb�, os ritmos de comunica��o e os limites para a estimula��o, pois � no contato entre os seres que surgem as rela��es, ocorrendo possibilidades de trocas afetuosas, aprendizagens, descobertas e aumento do v�nculo que foi iniciado durante a gesta��o 5. Considera��es finais A partir dos objetivos propostos e resultados obtidos, foi poss�vel elaborar as considera��es finais deste estudo. No que se menciona aos efeitos f�sicos, observou-se no decorrer do trabalho, e foram confirmados pelos relatos das m�es, que a qualidade do sono dos beb�s melhorou, tornando-se mais tranquilo. Quanto �s c�licas, a massagem propiciou al�vio e subsequente melhora no funcionamento intestinal. Durante a aplica��o da Shantala, atrav�s dos relatos das m�es, verificou-se que o comportamento de todos os beb�s se deu de maneira tranquila e que para as m�es tornava-se um momento de intera��o e de grande emo��o, pois atrav�s de suas m�os podiam passar para seus filhos muito mais amor e carinho. Desta forma, � importante destacar que durante o per�odo de desenvolvimento desta pesquisa, p�de-se compreender a import�ncia do toque para o ser vivo, especialmente nesta fase da vida, em que mais se necessita do contato f�sico para o desenvolvimento. Al�m disso, foi poss�vel compreender que a massagem Shantala auxilia a fortalecer o v�nculo afetivo entre m�e e filho, numa rela��o pura e calorosa, que vai ajudar a crian�a a desenvolver a sua autoimagem. O poder das m�os � indiscut�vel, o tato, diluindo todas as tens�es, o calor humano, assim teremos, futuros adultos mais equilibrados, mais harmonizados com o mundo e consigo mesmo. Esta pesquisa contribuir� como ponto de partida e de refer�ncia para novos estudos de cunho experimental, onde profissionais da est�tica podem e devem sempre buscar novas alternativas, enaltecendo a import�ncia deste estudo que aborda o toque como uma transmiss�o de carinho. Refer�ncias
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