Qual personagem folclore é conhecido como protetor das florestas brasileiras

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O curupira.

É um ser da floresta mais conhecido como protetor da mata ele protege os bichos e a floresta tem cabelos da cor do fogo e olhos avermelhad...

O Curupira é um personagem do folclore brasileiro, que não existe, pois é uma história inventada pelo povo.

Dizem que o Curupira é um anão, com os pés virados para trás, cabelos de fogo e olhos arregalados, que mora na floresta e faz travessuras.

Esse anão fica bravo quando homens e caçadores aparecem em nossas matas para eliminar os animais e vender suas peles, destruir a vegetação, derrubar árvores, fazer queimadas, etc. Por seus bem feitos à fauna e flora do Brasil, o anão é considerado o protetor das florestas.

Mais informações: escolakids.uol.com.br

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Por Redação | 17/07/2021 | Tempo de leitura: 5 min

FOLCLORE Conhecido por muitos, o curupira é um ser mítico que protegia a floresta contra caçadores e contra aqueles que derrubavam as árvores; data de hoje (17) celebra o personagem do folclore brasileiro

Hoje (17), é o Dia da Proteção às Florestas ou Dia do Protetor das Florestas, popularmente conhecido como Curupira. Por isso, a Folha da Região relembra a história deste importante personagem do Folclore Brasileiro.

LENDA

Diz a lenda que o Curupira é um anão de cabelos vermelhos e pés virados para trás. Em alguns lugares dizem que ele é careca, em outros que tem dentes verdes ou corpo cabeludo. A descrição física pode variar de acordo com a região, mas a primeira imagem é a mais conhecida. E mesmo ele sendo pequeno, destaca-se sua força física.

O Curupira é um ser mítico que protege as florestas contra caçadores e contra quem pretende desmatá-las. Sua lenda tem origem nos povos indígenas, sendo muito famosa no Norte do Brasil, sobretudo no Amazonas e no Pará.

De acordo com as histórias, ele aterrorizava os caçadores com seu assovio ensurdecedor, às vezes se disfarça de presa para atraí-los mata adentro. Tudo para que eles se percam na floresta e não saibam como sair de lá.

Em algumas situações, chega a torturar estas pessoas. Vale lembrar que as punições são só para quem destrói a floresta por prazer. Quem caça ou derruba árvores por sobrevivência não é punido por ele.

A história ainda conta que o Curupira costuma raptar crianças, as levam para a floresta e só as devolvem sete anos depois. Outra característica é sua curiosidade. A lenda diz que muitos caçadores fazem um novelo com cipó e escondem bem a ponta. Curioso ao extremo, ele fica entretido com o novelo e o caçador consegue fugir.

É um habitante nato das florestas, por isso é muito difícil de ser encontrado. Seus pés virados para trás confundem quem tenta localizá-lo, já que as pegadas invertem o caminho.

ORIGEM

A palavra curupira vem do tupi-guarani e promove divergências entre os especialistas a respeito de seu significado. A definição mais conhecida é "corpo de menino", mas existem outras como "coberto de pústulas" ou "pele de sarna".

Não há comprovação da origem, mas a lenda do Curupira é bastante antiga, havendo menção a esta desde o século XVI. O padre jesuíta José de Anchieta o mencionou em uma carta, em 1560:

É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios e que os brasis (indígenas que habitavam o Brasil) chamam corupira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles

Outros relatos estão ligados ao jesuíta português Fernão Cardim, em 1584, ou ao padre Simão de Vasconcelos, em 1663 e ao padre João Daniel, em 1797. Essas menções reforçam o fato de que a lenda era bastante conhecida e difundida pelo país.

Os estudiosos falam que a medida que o mito foi se espalhando, ele ficou conhecido por outros nomes, como "caapora". A caapora é mais conhecida como caipora e é muito relacionada ao curupira e também ao saci-pererê, por causa da quantidade de semelhanças entre as lendas.

Estudiosos apontam que o mito surgiu entre os nauas, povo indígena que habitava a região do Acre. O mito foi transmitido para outros povos, como caraíbas e os tupi-guarani. Pode ter relação com seres de outras culturas, como o Chudiachaque, dos incas. Na Venezuela é o Máguare.

Também costumam relacionar com uma lenda do Paraguai e da Argentina, que é sobre o curupi, conhecido como o protetor das florestas e dos animais, porém também um ser com grande apelo sexual.

A lenda do curupira aterrorizava os indígenas, os relatos dos cronistas portugueses de séculos passados demonstram isso. Os indígenas consideravam que cadáveres que fossem encontrados na floresta eram de pessoas alvo do curupira, porque ele poderia matar os que a prejudicavam.

Indígenas davam presentes para agradá-lo, como flechas, penas e outros artifícios produzidos por eles e, principalmente, fumo e cachaça, que dizem serem os preferidos dele.

Para os índios e os bandeirantes, o Curupira era considerado uma criatura perigosa, demoníaca, maliciosa, muito temida. Isso porque esse personagem esteve associado a muitos casos de violência, abusos sexuais, rapto de crianças e horror psicológico.

HERÓIS

O Curupira é uma lenda e não há provas de que ele já tenha existido. Contudo, existem muitos "curupiras" que, ao longo da história, defenderam e defendem arduamente as florestas.

É o caso de Chico Mendes, que levantou bandeira e realizou diversos trabalhos na luta contra a destruição da Amazônia. Em virtude disso, gerou revoltas e ameaças e foi assassinado em 1988.

Outra figura conhecida é a missionária Dorothy Stang, que lutou para proteger a floresta amazônica da ação de madeireiros, grileiros e fazendeiros e acabou perdendo a vida em uma emboscada em 2005.

Brasil afora, existem diversos ativistas, biólogos, ambientalistas, professores e outros profissionais que se posicionam e lutam diariamente contra a destruição das florestas, também enfrentando ameaças, violência e desrespeito com a natureza.

ARTE

Neste ano, a Netflix lançou a série brasileira "Cidade Invisível". A trama aborda o fiscal ambiental Eric (Marco Pigossi) na busca pelos reais motivos da morte de sua esposa. No caminho ele se depara com seres mitológicos do folclore brasileiro.

Na série, a mata que os seres vivem está sendo vendida para a realização de construções. Nisto, eles fogem para a cidade do Rio de Janeiro e vivem disfarçados de pessoas comuns.

O Curupira (Fábio Lago) vive disfarçado de mendigo cadeirante com o nome de Iberê. Suas pernas ficam cobertas para tampar os pés virados. Ele aparece na série de uma forma mais adulta e vingativa com objetivos definidos para defender as florestas.

*Maryla Buzati, estudante de jornalismo e estagiária da redação da Folha da Região.

FOLCLORE Conhecido por muitos, o curupira é um ser mítico que protegia a floresta contra caçadores e contra aqueles que derrubavam as árvores; data de hoje (17) celebra o personagem do folclore brasileiro

Hoje (17), é o Dia da Proteção às Florestas ou Dia do Protetor das Florestas, popularmente conhecido como Curupira. Por isso, a Folha da Região relembra a história deste importante personagem do Folclore Brasileiro.

LENDA

Diz a lenda que o Curupira é um anão de cabelos vermelhos e pés virados para trás. Em alguns lugares dizem que ele é careca, em outros que tem dentes verdes ou corpo cabeludo. A descrição física pode variar de acordo com a região, mas a primeira imagem é a mais conhecida. E mesmo ele sendo pequeno, destaca-se sua força física.

O Curupira é um ser mítico que protege as florestas contra caçadores e contra quem pretende desmatá-las. Sua lenda tem origem nos povos indígenas, sendo muito famosa no Norte do Brasil, sobretudo no Amazonas e no Pará.

De acordo com as histórias, ele aterrorizava os caçadores com seu assovio ensurdecedor, às vezes se disfarça de presa para atraí-los mata adentro. Tudo para que eles se percam na floresta e não saibam como sair de lá.

Em algumas situações, chega a torturar estas pessoas. Vale lembrar que as punições são só para quem destrói a floresta por prazer. Quem caça ou derruba árvores por sobrevivência não é punido por ele.

A história ainda conta que o Curupira costuma raptar crianças, as levam para a floresta e só as devolvem sete anos depois. Outra característica é sua curiosidade. A lenda diz que muitos caçadores fazem um novelo com cipó e escondem bem a ponta. Curioso ao extremo, ele fica entretido com o novelo e o caçador consegue fugir.

É um habitante nato das florestas, por isso é muito difícil de ser encontrado. Seus pés virados para trás confundem quem tenta localizá-lo, já que as pegadas invertem o caminho.

ORIGEM

A palavra curupira vem do tupi-guarani e promove divergências entre os especialistas a respeito de seu significado. A definição mais conhecida é "corpo de menino", mas existem outras como "coberto de pústulas" ou "pele de sarna".

Não há comprovação da origem, mas a lenda do Curupira é bastante antiga, havendo menção a esta desde o século XVI. O padre jesuíta José de Anchieta o mencionou em uma carta, em 1560:

É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios e que os brasis (indígenas que habitavam o Brasil) chamam corupira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles

Outros relatos estão ligados ao jesuíta português Fernão Cardim, em 1584, ou ao padre Simão de Vasconcelos, em 1663 e ao padre João Daniel, em 1797. Essas menções reforçam o fato de que a lenda era bastante conhecida e difundida pelo país.

Os estudiosos falam que a medida que o mito foi se espalhando, ele ficou conhecido por outros nomes, como "caapora". A caapora é mais conhecida como caipora e é muito relacionada ao curupira e também ao saci-pererê, por causa da quantidade de semelhanças entre as lendas.

Estudiosos apontam que o mito surgiu entre os nauas, povo indígena que habitava a região do Acre. O mito foi transmitido para outros povos, como caraíbas e os tupi-guarani. Pode ter relação com seres de outras culturas, como o Chudiachaque, dos incas. Na Venezuela é o Máguare.

Também costumam relacionar com uma lenda do Paraguai e da Argentina, que é sobre o curupi, conhecido como o protetor das florestas e dos animais, porém também um ser com grande apelo sexual.

A lenda do curupira aterrorizava os indígenas, os relatos dos cronistas portugueses de séculos passados demonstram isso. Os indígenas consideravam que cadáveres que fossem encontrados na floresta eram de pessoas alvo do curupira, porque ele poderia matar os que a prejudicavam.

Indígenas davam presentes para agradá-lo, como flechas, penas e outros artifícios produzidos por eles e, principalmente, fumo e cachaça, que dizem serem os preferidos dele.

Para os índios e os bandeirantes, o Curupira era considerado uma criatura perigosa, demoníaca, maliciosa, muito temida. Isso porque esse personagem esteve associado a muitos casos de violência, abusos sexuais, rapto de crianças e horror psicológico.

HERÓIS

O Curupira é uma lenda e não há provas de que ele já tenha existido. Contudo, existem muitos "curupiras" que, ao longo da história, defenderam e defendem arduamente as florestas.

É o caso de Chico Mendes, que levantou bandeira e realizou diversos trabalhos na luta contra a destruição da Amazônia. Em virtude disso, gerou revoltas e ameaças e foi assassinado em 1988.

Outra figura conhecida é a missionária Dorothy Stang, que lutou para proteger a floresta amazônica da ação de madeireiros, grileiros e fazendeiros e acabou perdendo a vida em uma emboscada em 2005.

Brasil afora, existem diversos ativistas, biólogos, ambientalistas, professores e outros profissionais que se posicionam e lutam diariamente contra a destruição das florestas, também enfrentando ameaças, violência e desrespeito com a natureza.

ARTE

Neste ano, a Netflix lançou a série brasileira "Cidade Invisível". A trama aborda o fiscal ambiental Eric (Marco Pigossi) na busca pelos reais motivos da morte de sua esposa. No caminho ele se depara com seres mitológicos do folclore brasileiro.

Na série, a mata que os seres vivem está sendo vendida para a realização de construções. Nisto, eles fogem para a cidade do Rio de Janeiro e vivem disfarçados de pessoas comuns.

O Curupira (Fábio Lago) vive disfarçado de mendigo cadeirante com o nome de Iberê. Suas pernas ficam cobertas para tampar os pés virados. Ele aparece na série de uma forma mais adulta e vingativa com objetivos definidos para defender as florestas.

*Maryla Buzati, estudante de jornalismo e estagiária da redação da Folha da Região.

Qual personagem folclore é conhecido como o protetor das florestas brasileiras?

Quem é que protege a floresta?

Quem é o Curupira protege?

Quem é o protetor da floresta e dos animais?