Qual é a causa mais importante para a formação dos blocos econômicos?

BLOCOS ECONÔMICOS

INTRODUÇÃO

Os países se organizam economicamente, atraídos pela perspectiva de ganhos na forma de blocos econômicos. Assim nasceram a UE, NAFTA, MERCOSUL, Arca e muitos outros. Atualmente, todos os continentes estão em processo de integração econômica.

O principal grupo econômico ao qual o Brasil pertence é o Mercosul, ou MERCOSUL. Apesar das assimetrias e constrangimentos, o grupo reuniu dois ex-rivais sul-americanos - Brasil e Argentina - e criou uma forma de engajamento internacional para seus integrantes.

Além de grupos formais como o MERCOSUL, que é objeto de direito internacional, os esforços diplomáticos brasileiros têm levado o país a participar cada vez mais ativamente de fóruns internacionais de discussão, como o grupo BRICS do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os países do BRICS surgiram de forma peculiar: esses países sentaram-se à mesa de negociações depois de se tornarem marcas no mercado financeiro. A iniciativa da Rússia de reunir os primeiros-ministros de alguns países só apareceu anteriormente em publicações econômicas e seções de jornais. Em comum, as perspectivas de crescimento econômico estão acima da média mundial. Interesses, história e cultura formam uma descontinuidade da diferença.

Os estudiosos são céticos quanto à união de nações díspares e distantes. Sobre o assunto, os professores Alfredo da Mota Menezes e Pio Penna Filho argumentam que é difícil acreditar que países distantes buscarão uma forma de integração. Para Antonio Jorge Ramalho, no entanto, o ambiente criado pelo BRICS inclui uma agenda de cooperação, diálogo e reconciliação entre as nações, primeiro na esfera econômica e depois na esfera política.

Problema

Qual é a importância dos Blocos Econômicos para o desenvolvimento dos seus membros e para a economia global?

Objetivo Geral

Identificar a importância dos Blocos Econômicos para o desenvolvimento dos seus membros e para a economia global.

Objetivos específicos

  • Conceituar blocos econômicos

    • Identificar os fatores que contribuem para sua formação;

    • Apontas as vantagens e desvantagens da formação dos blocos econômicos

Justificativa

Nos negócios, a globalização significa operar em escala internacional para fornecer ou produzir bens e serviços. Quase todos os bens que usamos são feitos de peças provenientes de todo o mundo.

Um bloco comercial é outra potencial barreira ao comércio internacional. Um bloco comercial é um grupo de países que trabalham juntos para fornecer acordos especiais para negociação. Isso promove o comércio entre países específicos dentro do bloco.

Comércio internacional tem algumas barreiras potenciais que podem dificultar o comércio das empresas com alguns países. As duas principais barreiras comerciais são tarifas e blocos comerciais.

Desta forma, o estudo se justifica pela importância que o assunto tem para o crescimento econômico regional e, consequentemente, global.

BLOCOS ECONÔMICOS

Os blocos econômicos, são um tipo de acordo intergovernamental, muitas vezes parte de uma organização intergovernamental, onde barreiras ao comércio são reduzidas ou eliminadas entre os Estados participantes. A maioria dos blocos comerciais estão definidos por uma tendência regional e podem ser classificados de acordo com seu nível de integração econômica.

Os blocos econômicos surgiram da necessidade de desenvolver a economia de determinados países, por meio da integração econômica dos mesmos em prol de interesses comuns. O comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países-membros.

Governança Global

Normalmente, esses blocos consistem em países vizinhos ou países com laços culturais ou comerciais. Essa é a nova tendência mundial, principalmente no atual processo de globalização dos mercados, com cada vez mais comércio entre os blocos econômicos. Economistas afirmam que estar fora do bloco econômico é isolar do mundo dos negócios (ARAÚJO, 2009).

Para a maré do multilateralismo, é preciso adequar as normas e regras do comércio mundial aos ideais do livre comércio e seus benefícios para o bem-estar econômico, evitando restrições, acordos regionais preferenciais e desvios de comércio. Nesse sentido, o comércio internacional é o caminho da integração do comércio mundial. No entanto, inicialmente, os benefícios da integração serão regionais e dependerão do grau de integração entre os países membros. Esse grau de integração será resultado de uma série de fatores, como a localização geográfica dos países, o nível de desenvolvimento econômico e as relações políticas, econômicas e culturais desses países, bem como o grau de harmonia na criação de instituições. Interferir no funcionamento dos grupos (ZERBIELLI et. al., 2006).

Com o estabelecimento do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), os primeiros blocos econômicos regionais formados em um padrão semelhante ao modelo atual no mundo de hoje aconteceram no final da Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, a ideia de integração econômica baseada em economias supranacionais começou a ganhar força na Europa Ocidental (BATISTA, 2010).

Os primeiros blocos econômicos surgiram no final da década de 1940, na Europa do pós-guerra. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa foi devastada e fortemente influenciada pelo mercado norte-americano, que representava uma ameaça às economias europeias vulneráveis durante a expansão econômica (ARAÚJO, 2009).

Com a desintegração da União Soviética e do bloco econômico socialista, os Estados Unidos e outros países capitalistas abandonaram o medo do "espectro do comunismo" e da Guerra Fria e iniciaram uma verdadeira guerra comercial para buscar o controle dos principais mercados consumidores. A experiência anterior do capitalismo já existe, ou seja, o Mercado Comum Europeu, que evoluiu para a União Europeia, e há muitas evidências hoje. Diante dessa realidade, a América Latina vem experimentando sua integração comercial desde a década de 1960 (PETRY, 2008).

Os blocos econômicos existentes no mundo são classificados de acordo com os acordos estabelecidos entre eles e podem ser divididos em:

  • Zona de Livre Comércio: reúne os países por meio de acordos comerciais especificamente projetados para reduzir ou eliminar tarifas entre os estados membros da UE. Uma zona de livre comércio só é considerada quando pelo menos 80% das mercadorias são comercializadas com isenção de impostos. O principal exemplo é o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que consiste nos Estados Unidos, Canadá e México.

  • União Aduaneira: este é um estágio de integração mais avançado. Além do cancelamento mútuo de tarifas, os países também formulam as mesmas tarifas de importação e exportação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio internacional fora da UE. A união aduaneira exige que pelo menos 85% do comércio seja totalmente isento de tarifas de importação e exportação entre os países membros. Embora abra fronteiras para bens, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores. O principal exemplo é o Mercosul (Mercosul), formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são países vinculados ao MERCOSUL, ou seja, participam do livre comércio, mas não da união aduaneira (BATISTA, 2010).

  • Mercado Comum: Concebido para permitir a livre circulação de pessoas, bens, capitais e serviços. O único exemplo é a União Europeia, que, além de eliminar tarifas domésticas e adotar tarifas comuns em mercados fora da UE, permite a livre circulação de pessoas, mão de obra, capital e diversos serviços entre países. - Estados-Membros. Com a adição de 10 países em maio de 2004, a UE é composta por 27 estados membros. Em 2007, a Romênia e a Bulgária também aderiram à UE.

  • União econômica e monetária: consiste nos países da União Europeia que adotaram o euro como moeda única em 1º de janeiro de 2002. Os países da UE que usam o euro são: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha.

Em todos os modelos de integração supranacional, há redução ou eliminação de tarifas ou direitos de importação entre os Estados membros. Consequentemente, os países que compõem esses blocos (áreas de livre comércio, uniões aduaneiras, mercados comuns ou uniões econômicas e monetárias) adotaram desde o início tarifas de importação mais baixas para diversos bens (BATISTA, 2010).

Assim, no contexto corporativo e social de um país que compõe um bloco, há vencedores e perdedores. Mas, apesar desses efeitos, de modo geral, os blocos econômicos atuaram sem maior envolvimento social na tomada de decisões. Estes são tomados por governantes e elites econômicas. No que diz respeito à UE, na maioria dos países as decisões mais importantes são tomadas após consulta à população através de referendos. Esse processo não ocorre em outras partes do mundo, exceto na União Europeia (BATISTA, 2010).

O Espaço Econômico Europeu (EEE) nasceu de uma série de acordos entre a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e os Estados membros da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), com exceção da Suíça (da qual não pode participar devido a uma oferta de referendo), e os 380 milhões de consumidores criam uma zona de livre comércio.

Assim, este movimento constitui uma extensão do mercado comunitário livre. O Espaço Económico Europeu foi criado para permitir aos países parceiros da Comunidade Europeia beneficiar das vantagens do mercado único e foi o primeiro passo para a adesão à UE da Áustria, Suécia e outros. Finlândia.

A EFTA foi instituída pela Convenção de Estocolmo de 4 de janeiro de 1960, tendo como primeiros parceiros a Áustria, Dinamarca, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).

A EFTA emergiu como oponente da Comunidade Econômica Européia (CEE), pois seus estados membros buscavam evitar o que consideravam pesados ​​compromissos econômicos e institucionais, enquanto o Reino Unido buscava total liberdade econômica sem compromissos institucionais significativos, Áustria, Suécia e Suíça. defender a soberania política.

À medida que a Comunidade Europeia se fortaleceu, a EFTA perdeu a maior parte de seus membros, com Áustria, Dinamarca, Portugal, Suécia, Reino Unido e Finlândia se juntando ao maior grupo, que aderiu em 1986.

Hoje, a EFTA está limitada a uma aliança de quatro países, nomeadamente Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. De referir que a Noruega assinou um tratado de adesão à UE, no entanto, através de referendos, o povo norueguês rejeitou por duas vezes estas propostas de adesão do país à UE.

Com uma população de 12 milhões de habitantes, o grupo tem um PIB de US$ 416,713 bilhões, exportações de US$ 122,2 bilhões e importações de US$ 110,5 bilhões. A 2 de Maio de 1992, na cidade do Porto, Portugal, a EFTA e a União Europeia assinaram um acordo para a criação do Espaço Económico Europeu (EEE), um acordo capaz de aumentar não só o comércio com a União Europeia, mas também o comércio com o União Europeia. Seus quatro estados membros participam de outros programas da UE.

A União Europeia é um bloco econômico, político e social de 28 países europeus que participam de um projeto de integração política e econômica. Os Estados-Membros são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Países Baixos) , Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia. Macedônia, Croácia e Turquia estão em fase de negociação. Esses países são politicamente democráticos e têm o Estado de direito.

De acordo com a teoria econômica que trata desse fenômeno, para melhor compreender o processo, é preciso ter em mente os níveis ou etapas de integração. A primeira fase é a formação de uma zona de comércio livre, depois uma zona aduaneira, depois um mercado comum, culminando numa união económica e política de facto [para o conceito de nível de integração, ver Glossário: integração, nível]. A União Europeia consolidou sua união econômica adotando uma moeda única - o euro - e estabelecendo o Banco Central Europeu, que pode moldar a política macroeconômica para seus países membros. Uma união política de fato pode ser estabelecida se os estados membros adotarem um tratado constitucional (NAIME, 2005).

Os quatro pilares dessa integração são o livre fluxo de bens, o livre fluxo de serviços, o livre fluxo de pessoas e, finalmente, o livre fluxo de capital. Cada um desses pilares é coberto à medida que o nível de integração se aprofunda. Por exemplo, na primeira etapa - livre comércio - há a livre circulação de mercadorias. Com o mercado comum, a UE alcançou os quatro pilares, e em sua fase final - união econômica e política - a integração dos quatro pilares ocorre quando as comunidades formulam políticas em múltiplas áreas (NAIME, 2005).

As propostas de unificação foram feitas logo após a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de reconstruir os países atingidos como forma de estabilizar as relações entre as nações, evitando assim novas guerras, como as que devastaram a Europa na primeira metade do século XX. Ao formalizar a discussão de interesses divergentes a nível institucional, pretende consolidar o debate político de forma a evitar futuros confrontos bélicos e reduzir perdas e desgastes nos países europeus. Essa ideia foi reforçada após um discurso de Winston Churchill, chefe do governo britânico, aos "Estados Unidos da Europa" (NAIME, 2005).

Em 1951, os três países do Benelux - Bélgica, Holanda (Países Baixos) e Luxemburgo - formaram a Comunidade Económica do Carvão e do Aço (CECA) com a Alemanha Ocidental, França e Itália ao abrigo do Tratado de Paris para assegurar e gerir as reservas de carvão e aço. foi um importante insumo para o desenvolvimento industrial europeu da época. Este foi o primeiro passo para a unificação dos países europeus (NAIME, J., 2005).

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Amanda Vasconcelos. Blocos econômicos. 2009. Disponível em: https://docplayer.com.br/8731611-Blocos-economicos-amanda-vasconcelos-de-araujo-2o-ano-4-tarde-sala-402-prof-fernandes.html

BATISTA, J. C. Os efeitos das políticas industriais para o setor de produtos eletrônicos. Ns do Brasil, Revista de Economia Política, 2010, vol 30, nº 1 (117), pp 112-123, jan-mar/2010.

NAIME, J. A economia dos Estados Unidos após 11 de setembro. Cenários. PUC Minas: Conjuntura Internacional. Belo Horizonte. PUC Minas, 2005.

PETRY, Almiro. Globalização e blocos econômicos. Universidade Do Vale Do Rio Dos Sinos Formação Humanística Eixo: América Latina, São Leopoldo, 2018. Disponível em: http://www.projeto.unisinos.br/humanismo/al/blocos. Acesso em: 3 ago. 2019.

ZERBIELLI, J., et.al. O papel de instituições na formação de Blocos Econômicos. 14, nº.27, nov., 2006.

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Como se formam os blocos econômicos?

Todo bloco econômico é fruto de um acordo intergovernamental e, geralmente, surgem devido às afinidades regionais que facilitam e privilegiam as trocas econômicas entre si. Em sua maioria são formados por países vizinhos ou por algo que os una geograficamente, como o Oceano Pacífico.

Quais são os principais objetivos da formação desses blocos?

A formação dos blocos econômicos tem como principal objetivo estabelecer condições para dinamizar e intensificar a economia num mundo globalizado. Essas organizações realizam a redução e/ou eliminação das barreiras fiscais, impostos de importação e exportação entre os países integrantes do bloco.

Qual é o principal objetivo de um bloco econômico?

Os blocos econômicos são uniões entre países que visam ao desenvolvimento econômico entre os membros. Os países associados têm vantagens no cenário econômico mundial. Os blocos econômicos são associações realizadas por países em prol do desenvolvimento social, político e econômico de seus membros.