Qual a importância dos carboidratos lipídios e proteínas para o nosso organismo?

Se elegêssemos uma frase que praticamente todos os vegetarianos já ouviram, provavelmente seria “cuidado! Você não vai conseguir proteína suficiente para atender às necessidades do seu corpo”!

Embora muito comum, essa pergunta expressa como a população, de forma geral, tem uma concepção equivocada sobre a quantidade necessária desse nutriente para garantir a nossa saúde.

Por isso, neste artigo resolvemos desmistificar um pouco esse tema. Assim como já fizemos com os carboidratos, falaremos sobre a importância desse nutriente, alimentos com alta concentração de proteínas e as consequências tanto da carência quanto do excesso no consumo.

Ficou interessado em saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura!

O que são proteínas?

A proteína é considerada um macronutriente, ou seja, um nutriente de importância fundamental para o funcionamento do corpo. Geralmente, as pessoas aprendem que sua função é formar os tecidos estruturais do organismo.

Isso significa que a proteína é a principal matéria-prima que o corpo utiliza para formar ossos, músculos, pele, cabelos e outros órgãos. No entanto, esse macronutriente tem ainda outras funções. Entre elas, destacamos a composição de enzimas, hormônios e anticorpos.

Os alimentos com maior concentração de proteínas estão listados na imagem a seguir:

Qual a importância dos carboidratos lipídios e proteínas para o nosso organismo?

Do que são formadas as proteínas?

As proteínas são formadas por aminoácidos, que são moléculas que se combinam para formar esse macronutriente. Esses aminoácidos conseguem se alinhar sequencialmente de milhares de formas diferentes, compondo proteínas diversas.

Nosso corpo consegue fabricar sozinho 12 tipos de aminoácidos. Como não precisamos de alimentos para obtê-los, eles são chamados de não-essenciais. No entanto, outros 8 aminoácidos só podem ser obtidos por meio da alimentação. Eles são conhecidos como essenciais.

De forma resumida, didática e bastante simplista, poderíamos comparar os aminoácidos a 20 diferentes peças de Lego. Quem “brinca” com essas peças — neste caso, o nosso organismo — pode combiná-las em diversas sequências. Cada uma dessas formações distintas é uma proteína.

Qual é a importância da alimentação na síntese de proteínas?

Em uma alimentação saudável e diversificada, as pessoas conseguem obter todos esses 8 aminoácidos essenciais. Com isso, o corpo tem condições de produzir a proteína necessária para seu bom funcionamento.

Porém, quando a alimentação não proporciona aminoácidos em quantidade e diversidade suficiente, o corpo atrasa ou interrompe a síntese das proteínas, o que traz uma série de prejuízos ao organismo.

Alguns dos sinais de carência de proteínas são a fadiga, queda de cabelo e problemas digestivos, como gases e constirpação. Porém, ainda mais grave é o enfraquecimento do sistema imunológico, que faz a pessoa ficar doente com frequência e a redução da massa muscular.

Diante disso, as pessoas começaram a se perguntar: existem alimentos “completos”, que proporcionam todos esses 8 aminoácidos de uma só vez e podem nos ajudar a consumir a quantidade ideal de proteínas? Estudos mostram que as carnes e seus derivados contêm essas substâncias, que serão complementadas pelas outras 12 que o nosso organismo produz.

À primeira vista, então, o consumo de carne parece ser uma excelente solução, certo? Não é exatamente isso que os estudos mostram. Veja o porquê nos próximos tópicos.

Vantagens e desvantagens da proteína animal

A única verdadeira vantagem da carne animal é o fato de que, com um único alimento, a pessoa consegue consumir os 8 aminoácidos essenciais. Também existem aqueles que alegam que ela promove o crescimento, porém essa característica não é exatamente um benefício, como veremos adiante.

O fato é que, quando comparamos a vantagem do consumo de proteína animal com os riscos que ela acarreta, percebemos que a relação custo-benefício dessa escolha não é nada favorável à saúde. Entenda o porquê!

1. O alimento de origem animal extrapola nossa necessidade de proteína

O consumo ideal de proteína equivale a 10% do nosso gasto energético. Portanto, uma pessoa que consome 1500 calorias diariamente deveria obter 150 dessas calorias vindas de proteínas. Embora essa necessidade varie de pessoa para pessoa, para a maioria de nós 50 g diárias são suficientes.

Com o consumo de carne e outros alimentos de origem animal, esse limite é ultrapassado facilmente. Apenas um bife de 100 gramas oferece 30 g de proteína.

Portanto, se analisarmos que uma pessoa come facilmente essa quantidade (ou até mais) em um almoço, percebemos que nossa ingestão diária de proteína ultrapassa o dobro ou o triplo dessa recomendação.

Esse risco aumenta ainda mais quando as pessoas optam por uma dieta low carb. Por falta de informação, não é incomum elas compensarem a retirada do carboidrato com a ingestão de uma quantidade maior de proteínas.

2. O excesso de proteínas é tão (ou mais) prejudicial que sua falta

E o que acontece com a proteína que consumimos em excesso? Nosso corpo não consegue metabolizá-la, ou seja, aproveitá-la de forma adequada para a construção de tecidos. Em vez disso, o excedente causa uma série de danos ao organismo.

Aliás, um dos principais efeitos negativos do excesso de proteína está relacionado a uma “vantagem” que já mencionamos: elas promovem o crescimento das células.

Ao contrário do que as pessoas imaginam, isso não é um benefício. Estudos realizados em laboratório e também com seres humanos mostraram que esse incentivo ao crescimento funciona também com os tumores.

A conclusão foi a seguinte: quando as pessoas consomem apenas a proteína necessária para sua sobrevivência, a atividade enzimática diminui. Assim, quando a pessoa tem um câncer em estágio de formação, essas células alteradas recebem uma quantidade menor de carcinógenos.

O resultado é que essas células cancerígenas não conseguem se multiplicar rapidamente, ou seja, elas crescem lentamente. Por isso, quem não consome proteínas em excesso tem chances menores de desenvolver um câncer.

Já no segundo estágio de formação do câncer, as pesquisas também mostram resultados surpreendentes. Para que as células precursoras do câncer (pré-tumores) se desenvolvam, elas precisam de proteínas.

Porém, o organismo foi projetado para funcionar de maneira sábia. Por isso, primeiro o corpo utiliza as proteínas ingeridas para atender às nossas necessidades. Somente o excesso fica livre para ser usado para pré-tumores em crescimento.

Portanto, consumir apenas a proteína necessária, sem excessos, é uma das formas mais eficientes de impedir o desenvolvimento do câncer. Por outro lado, exagerar na quantidade de proteína alimenta também os pré-tumores, favorecendo seu crescimento.

3. A proteína animal desencadeia o câncer com mais facilidade que a vegetal

Como já dissemos, existem diferentes tipos de proteínas, formadas pelas combinações diversas dos aminoácidos. Também mostramos que o excesso de proteína favorece o desenvolvimento do câncer.

No entanto, o que faltou dizer foi que a proteína usada nos estudos citados anteriormente foi a caseína, de origem animal.

Quando os pesquisadores estudaram pessoas que utilizavam proteínas de origem animal, o resultado foi completamente diferente. Mesmo quando a ingestão diária de proteínas do trigo e da soja ultrapassava a recomendação, não houve um crescimento dos pré-tumores e do câncer.

4. O excesso de proteína animal também está associado a outras doenças

O excesso de proteínas de origem animal que caracteriza o cardápio ocidental traz ainda muitos outros riscos à saúde. Seu consumo está associado ao aumento de casos de uma série de doenças:

  • problemas cardíacos;
  • obesidade;
  • formação de cálculos;
  • imunidade baixa;
  • aumento do mau colesterol (LDL);
  • artrite;
  • doenças autoimunes;
  • osteoporose;
  • distúrbios digestivos;
  • doenças degenerativas.

Alternativas à proteína animal

Se a proteína animal traz tantos riscos, por que as pessoas insistem em utilizá-la? Em parte, o alto consumo é causado pela pretensa praticidade. Afinal, basta jogar um bife na frigideira para conseguir os tais aminoácidos essenciais.

Além disso, existem fatores culturais muito fortes. Desde pequenas, as pessoas se habituam a comer carne. Por isso, o paladar se acostuma com o sabor e elas sentem falta desse alimento.

Porém, não podemos ignorar que muitas pessoas estão dispostas a mudar seus hábitos para conquistar saúde. Mesmo entre essas, a adoção de uma dieta vegetariana não acontece porque elas acreditam em um mito: o de que as proteínas vegetais são incompletas ou inferiores.

Na verdade, os estudos mostram que essa crença é infundada. A classificação da proteína animal como superior foi baseada principalmente em um estudo feito com ratos. No laboratório, foi constatado que eles cresciam muito mais quando consumiam esse tipo de alimento.

Realmente, é fato que a proteína animal promove um crescimento maior. No entanto, isso não significa que essa “vantagem” representa um ganho em saúde. Como já mencionamos, as mesmas substâncias que promovem o crescimento das células acelera o desenvolvimento de tumores.

Portanto, se o objetivo é manter a saúde, a velocidade de crescimento dos tecidos definitivamente não é um bom critério para classificar uma proteína como superior ou inferior. Manter níveis altos do hormônio do crescimento (IGF-1) na fase adulta estimula o desenvolvimento de câncer, doenças cardíacas e alterações no colesterol.

Além disso, o que sabemos hoje é que uma alimentação vegetariana, especialmente quando é diversificada, proporciona todos os aminoácidos que precisamos para a síntese adequada de proteína.

Alimentos como cereais não refinados e vegetais verdes, amarelos ou alaranjados também têm as quantidades de aminoácidos que precisamos para suprir as necessidades do organismo.

E agora, entendeu qual é a importância da proteína? Viu quais são as fontes desse tipo de alimento, bem como as vantagens e desvantagens das proteínas de origem animal? Quer saber mais sobre esse tema?

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Qual a importância dos carboidratos lipídios e proteínas?

Carboidratos, lipídios e proteínas são macronutrientes presentes nos alimentos para o fornecimento de calorias/energia. A energia é utilizada para as funções vitais do organismo: respiração, circulação, síntese proteica, renovação celular e trabalho físico.

Qual a importância dos carboidratos e das proteínas?

O corpo vai usar todos os artifícios para manter essas células alimentadas, pois o suprimento de glicose não pode parar. A diminuição ou a ausência de carboidratos na alimentação, o organismo passa a usar as proteínas para produzir energia, causando possível perda da massa muscular.

Qual a importância dos carboidratos para o nosso organismo?

A importância dos carboidratos é muito grande, eles têm como principal função o fornecimento de energia para que nós possamos respirar, pensar, caminhar, correr, digerir, entre outras funções importantes que o organismo exerce. Isso mesmo! Os carboidratos nada mais são do que uma fonte de energia para o nosso corpo.

Qual a importância dos lipídios para o nosso corpo?

Reserva de energia, isolante térmico, ácidos graxos, componente das membranas celulares, transporte de nutrientes e vitaminas lipossolúveis, isolante que permite a condução do impulso nervoso, protege contra impactos, precursor de hormônios, melhora sabor e textura de alimentos.