Quais são as reações que a vacina da gripe pode causar?

Você costuma gripar todos os anos por supor que a vacina da gripe dá reação no corpo? Então, está mais do que na hora de você compreender como ela funciona.

A gripe em si é causada pelo vírus Influenza, que pode ser subdividido em tipos A, B e C, sendo que, regularmente, é feita uma vigilância sanitária nos hemisférios norte e sul para averiguar possíveis mutações do vírus.

Por ser uma infecção viral muito comum no Brasil, a gripe sempre liga um alerta quanto a outras complicações respiratórias, de modo que manter a imunidade forte é ideal para fugir de doenças.

Para proteger sua família, acompanhe a leitura e veja as principais informações a respeito da vacina da gripe para se prevenir da melhor maneira possível!

Essa é uma pergunta que boa parte das pessoas já deve ter feito antes mesmo da aplicação, não é mesmo?! A resposta é simples, mas não gera preocupações.

A vacina da gripe dá reação sim, mas isso varia de pessoa para pessoa, sendo que os sintomas mais comuns são dor e vermelhidão no local aplicado.

Vale ressaltar que a dor localizada tende a surgir por conta da forma de aplicação (subcutânea ou intramuscular), só que esse incômodo costuma sumir em 48 horas.

Claro que é interessante mencionarmos que possíveis inchaços também são comuns, bem como uma febre baixa, mas nariz entupido e dor no corpo não são característicos.

No caso da febre, por exemplo, pode ocorrer entre 6 e 12 horas após a aplicação e durar até dois dias, no entanto, esse sintoma acomete menos de 10% dos vacinados.

As reações podem surgir desde lactentes até a faixa etária dos idosos, mas é uma vacina segura e que não provoca gripe na pessoa, pois o vírus usado é inativado.

Quem pode tomar a vacina da gripe?

É uma vacina bastante segura para diversos nichos da população, especialmente aqueles que se enquadram em grupos de risco para infecções respiratórias.

As pessoas com diabetes, asma e hipertensão, por exemplo, devem tomar a vacina para evitar possíveis complicações no organismo por conta do vírus Influenza. 

Quem faz uso de medicamentos ou está em processo de quimioterapia não enfrenta qualquer contraindicação, inclusive os medicamentos não interferem na eficácia.

No caso das grávidas, a vacina é bem recomendada, afinal, elas fazem parte do grupo de risco pelo fato de serem mais vulneráveis a ter complicações durante a gestação

Os idosos acima de 60 anos também são incentivados a tomar a vacina, uma vez que o sistema imunológico deles é mais frágil para produzir anticorpos por si só.

De maneira geral, a imunização contra o vírus Influenza é recomendada para os seguintes públicos, seja na rede pública de saúde, seja na rede privada:

  • profissionais de saúde;
  • povos indígenas;
  • portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos;
  • crianças a partir de seis meses;
  • adultos acima de 55 anos;
  • gestantes e mães no pós-parto;
  • pessoas com deficiência;
  • professores de escolas públicas e privadas;
  • adultos privados de liberdade ou adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas;
  • profissionais de salvamento e forças de segurança;
  • caminhoneiros, portuários e profissionais de transporte coletivo.

Como funciona essa vacina?

Como havíamos adiantado, o vírus incorporado na substância da vacina é inativado, isto é, ele possui proteínas suficientes para desencadear a produção de anticorpos.

A vacina consiste em acostumar o nosso corpo com a presença do Influenza, de modo que os nossos anticorpos neutralizem o vírus de forma eficaz quando for preciso.

Os efeitos costumam dar as caras entre duas e três semanas depois do processo de vacinação, cujo pico de anticorpos ocorre por volta de quatro a seis semanas.

Quando for a primeira imunização, as crianças entre seis meses e nove anos de idade tomam uma dose dividida em duas aplicações com intervalo de um mês.

Maiores de nove anos de idade até os idosos tomam apenas uma dose, mas lembrando que a aplicação é anual pelo fato de o Influenza se modificar com frequência.

No Brasil há duas versões disponíveis: a trivalente na rede pública (que protege contra dois tipos de vírus A e um do B) e a tetravalente na rede particular (que protege contra dois do A e dois do B).

Ela protege contra o coronavírus?

É sempre importante enfatizarmos que a vacina da gripe tem sua eficácia apenas contra o vírus Influenza, porém não tem quanto ao Sars-Cov-2, o coronavírus. 

A relação entre as duas doenças é indireta, no entanto, com a imunização da gripe, pode-se minimizar possíveis complicações decorrentes da COVID-19.

Ou seja, se a pessoa proteger o organismo contra o vírus da gripe, a tendência é fortalecer o sistema imunológico para não sofrer tanto no contato com o coronavírus.

Essa vacinação ajuda os profissionais de saúde durante a triagem, pois uma vez informada a imunização, pode-se descartar os sintomas causados pelo Influenza.

Felizmente, as pesquisas a respeito de vacinas específicas para a COVID-19 obtiveram resultados em tempo recorde, sendo que as principais são:

  • Coronavac — de origem chinesa, feita com o vírus inativo para estimular os anticorpos. Tem 100% de eficácia em casos graves e 78% em casos leves, sendo que a eficácia geral é de 50,38% para não adoecer;
  • AstraZeneca — produzida pela Universidade de Oxford, utiliza a tecnologia do vetor viral não replicante, isto é, um vírus vivo que é incapaz de se reproduzir, mas favorece a produção de anticorpos. A eficácia média é de 70%;
  • Pfizer — o imunizante é criado por meio da replicação de sequências de RNA mediante engenharia genética, gerando uma cópia do vírus não nociva. A eficácia anunciada em parceria com a empresa alemã BioNTech é de 95%;
  • Moderna — também utiliza a tecnologia de RNA mensageiro para copiar o vírus de forma não nociva e, assim, desencadear a reação das células do nosso corpo. Os resultados da fabricante demonstraram uma eficácia de 94,1%;
  • Sputnik V — assim como a AstraZeneca, essa vacina russa utiliza do vetor viral para estimular os nossos anticorpos na batalha contra a doença. A eficácia do imunizante é de 91,6% em relação às manifestações sintomáticas;
  • Janssen — já a vacina da empresa Johnson & Johnson é baseada em um tipo de vírus que causa um resfriado simples, mas que não se replica e nem gera resfriados em si. Aplicada em dose única, a vacina tem eficácia global de 66%.

A vacina da gripe tem contraindicação?

Voltando ao foco do texto, apesar de ser recomendada para diversos grupos da população, a vacina da gripe dá reação e tem algumas contraindicações pontuais.

Se você apresentar sintomas de COVID-19, por exemplo, é mais indicado aguardar uma melhora total, a fim de não haver confusão com as reações adversas da vacina.

Além disso, não se recomenda a aplicação em pessoas com alergia grave a algum componente da vacina ou mesmo que tiveram reações alérgicas em doses anteriores. 

Vale lembrar que hospitais ou centros de saúde, seja público, seja privado, estão completamente proibidos de administrar doses em recém-nascidos.

Faltam estudos entre a subpopulação até 6 meses, mas se a mãe recebeu a vacina durante a gestação ou logo depois do parto, pode passar anticorpos para o bebê. 

É uma vacina à base de lactose?

Dependendo do fabricante, a vacina da gripe pode conter uma parcela pequena de açúcares, tal como a famosa lactose, mas que não representa perigo algum.

Vale ressaltar que a intolerância à lactose é diferente da alergia à proteína do leite, identificada como lactoalbumina, portanto uma coisa não tem a ver com a outra.

A intolerância em si é ocasionada por um processo gastrointestinal, ou seja, mediante a ingestão de alimentos que contém lactose na composição.

Sendo assim, as pessoas intolerantes podem receber a vacina da gripe normalmente, uma vez que o contato da substância com o sangue não causa problemas.

Como funciona a campanha de vacinação no Brasil?

Este ano, a campanha de vacinação da gripe no Brasil ocorrerá entre 12 de abril e 9 julho, a fim de imunizar a população no período que costuma ser o mais frio do ano. 

Basicamente, o Ministério da Saúde divide a campanha em três etapas distintas quanto ao público-alvo, sendo preenchidas da seguinte maneira:

  • 1ª etapa — trabalhadores da área da saúde, crianças, gestantes e mulheres no pós-parto;
  • 2ª etapa — idosos com 60 anos ou mais e professores das redes públicas e privadas;
  • 3ª etapa — pessoas com deficiências permanentes, pessoas com comorbidades, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, caminhoneiros, portuários, membros do exército e forças de segurança, funcionários do sistema prisional, adultos privados de liberdade e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas.

Além disso, como é de praxe em toda campanha de vacinação, escolhe-se também um sábado como Dia D para acelerar o processo de imunização.

Para tanto, postos de saúde, shoppings, estações de metrô, parques e outras localidades servirão como foco de vacinação, cuja data ainda será estabelecida.

Lembrando que a vacina já está disponível na rede particular. Clique aqui e confira a reportagem da EPTV sobre o assunto.

Por fim, mais do que saber se a vacina da gripe dá reação, a mensagem que fica com o texto é a importância de cuidar muito bem da saúde, sendo relevante sempre ter atenção com a higiene e manter uma vida equilibrada para não gripar fácil.

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Quais as reações da vacina da gripe 2022?

Possíveis reações adversas da vacina da gripe Reações muito comuns: dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção; dor muscular; mal-estar; cansaço; perda de apetite; irritabilidade; agitação; sonolência.

Quanto tempo a vacina da gripe pode dar reação?

As reações esperadas após a vacinação contra a gripe são dor ou inchaço no local da injeção, além de febre e mal-estar. Estas reações podem ocorrer até 72 horas da vacinação.

O que acontece depois de tomar a vacina da gripe?

Após a aplicação da vacina, é normal adquirir a gripe. Muitas vezes, os sintomas que ocorrem nos primeiros dias, após a vacinação, são decorrentes de resfriados (que já estavam incubados) e que apresentam sintomas mais leves como dor de garganta, coriza e febre baixa.

É normal ficar gripado depois de tomar a vacina da gripe?

Vacina de gripe não causa sintomas de gripe. Como qualquer vacina, pode dar dor no local, inchaço, febre, mal-estar e dor de cabeça.