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Pré-visualização | Página 3 de 6e diversificadas. No construtivismo, o erro é possível e necessário, isto é, faz parte do processo. Na verdade, o erro não interessa o que interessa são as ações física e mental. Erro e acerto são detalhes dessas ações. Portanto, dentro dessa perspectiva, a avaliação escolar deve distinguir o tipo de erro cometido pela criança, fornecendo-lhe, assim, condições de superá-los. É claro que o professor não pode construir pela criança as suas estruturas do pensamento necessárias à solução das situações-problema que lhe são colocadas, mas pode criar um ambiente de sala de aula propicio ao diálogo que leve a criança a justificar as razões pelas quais adotou um padrão de ação. Trata-se de tornar o erro um observável para a criança, a fim de que esta tome consciência do mesmo. Leia o seguinte enunciado: No processo de ensino da leitura e da escrita, o professor deve ter clareza de quando pode propor desafios diferenciados para que o aluno possa avançar no seu desenvolvimento. Nesse contexto, o docente precisa saber quando deve iniciar o ensino das convenções ortográficas e gramaticais. Em que momento desse progresso da escrita do discente o mestre poderá notar que ele já pode apresentar desafios ortográficos e gramaticais sistematizados? Por que deve fazê-lo nesta etapa? As crianças, justamente na idade em que ingressam no Ensino Fundamental, estão numa fase muito rica do ponto de vista das aprendizagens. Sendo assim, utilizar esse potencial a favor do processo de alfabetização é, geralmente, muito interessante. Vale ressaltar que não se trata de obrigar, mas sim de lhe propor reflexões e desafios possíveis para a sua idade e conhecimento que possui. Essa é, sem dúvida, uma prática que favorece o processo natural de aprendizagem. Uma vez compreendida a lógica do sistema de escrita alfabético, ao aluno poderão ser apresentados outros desafios que lhe permitam refinar o seu conhecimento sobre a escrita e sobre a leitura. Entre tais conhecimentos, é possível destacar a escrita com letra cursiva e a reflexão sobre questões ortográficas e gramaticais. Porém, é importante se certificar de que o aluno está preparado, pois uma criança que ainda não compreendeu o funcionamento do sistema de escrita, isto é, que ainda não escreve alfabeticamente, terá muito mais dificuldade em avançar na direção dessa compreensão se não puder realizar análises das letras no contexto. 8 Leia o texto a seguir: Ao colocar em discussão as práticas educativas tradicionais, as quais questionam um aluno de postura passiva e sem espaço para se desenvolver de forma crítica e reflexiva, afirmamos que o processo educativo não é uma prática isolada de outras instâncias da sociedade. Sendo assim, pode estar a favor de determinados interesses políticos. No caso de ensino da escrita e da leitura, qual motivo justifica uma prática educativa, que não valorize o desenvolvimento do pensamento reflexivo do aluno? Naquele momento histórico era interessante que o ensino da leitura e da escrita permanecesse na esfera da codificação e decodificação, bastava que as pessoas compreendessem o que era esperado delas e soubessem cumprir ordem, pois não havendo espaço para discussões, reflexões e críticas, qualquer opinião contrária à do poder vigente poderia ser compreendida como rebeldia e punida com sanções severas que serviam de modelo para desencorajar outras pessoas que poderiam pensar da mesma maneira. Cada um deveria conhecer e acatar passivamente o seu papel e o seu lugar na sociedade. Um segundo aspecto relevante é que muitas pesquisas sobre como o aluno aprende e, consequentemente, o que favorece essa aprendizagem não haviam sido difundidas no meio docente. Mesmo aquelas que já tinham obtido resultados que poderiam contribuir para uma prática pedagógica mais eficiente ainda não haviam sido amplamente divulgadas e discutidas por vários motivos. Leia o texto a seguir: “(...) frente à leitura na escola, parece necessário que o professor se pergunte com que bagagem as crianças poderão abordá-la prevendo que esta bagagem não será homogênea. Esta bagagem condiciona enormemente a interpretação que se constrói pelos seus interesses, expectativas, vivencias... Por todos os aspectos relacionados ao âmbito afetivo e que intervém na atribuição de sentido ao que se lê” – Solé. A citação diz respeito a qual tipo de conhecimento? Explique. Diz respeito ao conhecimento prévio da criança. São constituídos das experiências vivenciadas pelos alunos e, como a experiência de cada um é única, também os saberes prévios devem considerar essa perspectiva. As discussões que antecedem a abordagem de um tema, as considerações iniciais antes da leitura de um determinado texto, as hipóteses levantadas e as antecipações com base nas informações contidas num livro, por exemplo, são formas de mobilizar os conhecimentos prévios dos alunos, de modo que eles contribuam para a 9 compreensão do que será lido. Para tanto, o professor é quem deve promover essas discussões com os alunos. Leia o texto a seguir: No processo de leitura, podemos afirmar que há procedimentos e estratégias que são utilizados na prática, mas não os ensinamos aos leitores iniciantes e talvez e não façamos pelo simples desconhecimento, de sua importância, de sua relevância na formação do aluno. Além disso, há o fato de que tais estratégias, na maioria das vezes são utilizadas quase que intuitivamente e, como nos adverte Solé: “Pode ser um pouco difícil explicar isso, pois você, como todos os leitores experientes, utiliza as estratégias de forma inconsciente”. Os recursos que utilizamos na leitura são elementos fundamentais no processo desenvolvimento da competência leitora, visto que podem ser compreendidos como forma eficiente de se conseguir um intento e a compreensão do que esta sendo lido. Cite duas estratégias importantes para o processo de leitura e discorra sobre elas. Previsão/antecipação – Análise dos elementos-chave que compõem o texto que será lido, tais como título, subtítulo, ilustrações, nome do autor etc., com vistas a aproximar-se do assunto que será tratado. O título de um texto, a análise das ilustrações contidas na capa, bem como a leitura da sinopse que pode vir na aba do livro ou na contra capa, são fundamentais para que possamos compreender do que trata a obra. Vale lembrar que, no decorrer da leitura, essas informações podem ou não ser confirmadas. Inferência – Capacidade de ler o que não está escrito, obter informações contidas nas entrelinhas, articular informações apresentadas no texto com outras que se referem aos conhecimentos de âmbito cultural, levando o leitor a uma compreensão para além daquela descrita no texto. Podemos entender como inferência a ação por meio da qual o leitor supõe a existência de uma informação não explícita no texto. A inferência é importante porque nos permite ler e compreender além daquilo que foi escrito. Mais uma vez, cabe a questão dos conhecimentos prévios. Isto quer dizer que o que estamos lendo articula-se com aquilo que sabemos. Tal constituição é única e individual, motivo por isso não podemos esperar que a compreensão de um texto seja exatamente a mesma para todos que o leem. Quando falamos em inferência, precisamos considerar que nem sempre ela é confirmada durante ou após a leitura de um texto. 10 Verificação – Análise de elementos que permitem o confronto entre as previsões e até inferências realizadas no decorrer da leitura e a apresentação dos fatos no texto, com vistas a possibilitar ao leitor a compreensão adequada do tema desenvolvido. A verificação é uma estratégia que nos permite voltar Quais são os conhecimentos prévios necessários?Um terceiro aspecto relevante são os tipos de conhecimento prévio: conhecimento intuitivo, científico, linguístico, enciclopédico, procedimental, entre outros. Sendo assim, não podemos falar em ter ou não ter conhecimento prévio de forma taxativa.
O que é conhecimento prévio na leitura?O conhecimento prévio possibilita a relação do aluno com o que será ensinado e deve ser aproveitado pelo professor. Essa prática didática, de acionar o conhecimento prévio, muito discutida em reuniões pedagógicas e de pais, não é apenas uma escolha que reflete a escuta do professor, é muito mais que isso.
Qual a importância dos conhecimentos prévios para o processo de leitura?Nesse capítulo, a autora aborda a importância do conhecimento prévio,para a compreensão de um texto. Ou seja, ela quer dizer que quanto mais se sabe,se apreende informações, e quanto mais se vive experiências de mundo, mais oindivíduo se tornará capaz de interpretar um texto durante sua leitura.
O que significa conhecimento prévio necessário?Explicação: Conhecimentos prévios são os saberes ou as informações que temos guardados em nossa mente e que podemos acionar quando precisamos. Dito dessa forma, parece simples: temos informações disponíveis, que recuperamos quando queremos. No entanto, a situação é bem mais complexa do que isso.
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