Pedro i do brasil maria ii de portugal

Pedro i do brasil maria ii de portugal
D. Maria II de Portugal, por John Simpson, 1837.

Conheça a extraordinário trajetória de vida de D. Maria II, a única rainha europeia nascida nas Américas, que ascendeu ao trono português após uma guerra civil que durou dois anos e dividiu a nação.

D. Maria II de Portugal foi a única rainha europeia nascida nas Américas. Ela veio ao mundo em 4 de abril de 1819 no Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, como filha mais velha de D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal e sua primeira esposa D. Leopoldina da Áustria.

Ainda bebê D. Maria foi batizada como católica na Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro e na ocasião foi carregada nos braços pelo próprio avô, o Rei D. João VI de Portugal que também se encarregou de sua consagração a Nossa Senhora.

Logo após nascer D. Maria recebeu o título de Princesa da Beira por ser filha do herdeiro do trono português, mas após 1822 foi intitulada Princesa Imperial do Brasil. Em 7 de setembro desse ano seu pai cortou relações com Portugal proclamando oficialmente a Independência do Brasil.

D. Maria perderia o título de Princesa Imperial do Brasil em dezembro de 1825 quando seu irmão caçula D. Pedro II nasceu. Por ser filho homem, de acordo com a Constituição de 1825, cabia a ele a responsabilidade de governar o Brasil num futuro próximo.

De acordo com o relato da própria D. Leopoldina em carta enviada ao pai, o Imperador Francisco I da Áustria, o nascimento da filha fora complicado. O trabalho de parto durou cerca de seis horas e a cabeça da criança era muito grande dificultando a passagem pelo canal vaginal.

De qualquer maneira D. Maria cresceu para se tornar uma mulher forte e saudável. Ela só sofreria com problemas de saúde já no fim da vida devido a problemas relacionados a obesidade.

Também sabemos que D. Maria desde pequena demonstrou ser dona de uma personalidade forte e era firme e enérgica quando necessário. Ela era profundamente consciente de seu status social, mas isso não impedia que ela mantivesse contato com as camadas mais baixas da sociedade.

Em 2 de maio de 1826, com apenas 7 de idade, D. Maria se tornaria rainha de Portugal após a abdicação de D. Pedro de seus direitos sobre a coroa portuguesa. No entanto, o reinado de D. Maria não seria fácil. Além disso, em 11 de dezembro daquele mesmo ano, sua mãe faleceria vítima de infecção generalizada.

Apenas dois anos depois de ascender ao trono em 11 de junho de 1828 a jovem rainha sofreu um golpe de Estado por parte de seu tio caçula D. Miguel, que com o apoio dos setores mais conservadores da sociedade portuguesa tomou o trono português.



D. Miguel era um homem de ideais católicas e tradicionalistas que se opunha a a implantação de políticas de cunho liberal. Ele acreditava fervorosamente na eficiente da monarquia absolutista.

Ele também não aceitava a outorgação da Carta Constitucional portuguesa de 1826, que fora redigida pelo pai de D. Maria, que havia ascendido ao trono português sob o nome de D. Pedro IV.

Durante seu reinado de seis anos D. Miguel gozou de períodos de grande popularidade especialmente entre o povo, mas seus exércitos não foram capazes de resistir aos avanços dos generais de seu irmão D. Pedro, que em 1831 havia abdicado do trono do Brasil e partido para a Europa para lutar em nome de D. Maria.

Após a vitória de D. Pedro na chamada Guerra Civil Portuguesa D. Miguel se viu forçado a abdicar em favor de D. Maria através da Convenção de Evoramonte em 26 de maio de 1834.

Aos 33 anos D. Miguel deixou de ser rei e aos 15 anos D. Maria se tornou a segunda mulher a governar.

Em 24 de setembro daquele mesmo ano D. Maria sofreria a morte de seu pai, que faleceria em Queluz de tuberculose. Como se isso não bastasse em 28 de março do ano seguinte seu marido Augusto de Beauharnais também faleceria.

Como D. Maria II necessitava gerar filhos que herdassem a coroa em dentro de pouco tempo uma nova união foi arranjada para a monarca. Em 1 de janeiro de 1836 teve lugar o casamento por procuração da rainha portuguesa com o príncipe alemão Fernando de Saxe-Coburgo-Gota.

Juntos o casal conceberia doze filhos, incluindo D. Pedro V que sucederia a mãe no trono português em 1853. D. Maria faleceria no Palácio das Necessidades aos 34 anos, vítima de seu último parto. Sua dificuldade em dar à luz aliada à sua obesidade foram fatores decisórios para sua morte prematura.

Por coincidência ou não seu primeiro marido também havia falecido no Palácio das Necessidades.

Quem sucedeu Maria II de Portugal?

A 15 de novembro de 1853, treze horas após o início do trabalho de parto do nado morto infante D. Eugénio, o 11.º filho, Maria II morreu. Sucedeu-lhe o filho mais velho – Pedro V.

Qual rainha ficou louca?

Maria I, apelidada de "a Piedosa" e "a Louca", foi a Rainha de Portugal e Algarves de 1777 à 1815, e também Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir do final de 1815 até sua morte. A partir de 1792, seu filho mais velho, João, atuou como regente do reino em seu nome devido à sua doença mental.

Quem tomou o trono de Portugal da filha de D Pedro I d Maria da Glória?

João assumiu a regência do Reino de Portugal a partir de 13 de julho de 1799, diante da doença de sua mãe, D. Maria I (1734-1816). Após a morte da rainha, em 20 de fevereiro de 1816, o príncipe passou a ser chamado de D. João VI – rei de Portugal, do Brasil e de Algarves; o primeiro que toda a América conhecera.

Quem foi Maria primeira de Portugal?

Maria I se tornou a primeira rainha de Portugal e Algarves de 1777 até 1815, e posteriormente, Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir de 1815 até sua morte, em 1816.