MAGALHÃES JÚNIOR (R.) . — D. Pedro II e a Condessa de Barral. Editôra Civilização Brasileira S. A. Rio de Janeiro, 1956. 436 pp. (Primeiro Parágrafo do Artigo) Este livro contém a correspondência de D.Pedro II com a Condessa Barral e de
Pedra Branca, a formosa baiana Dona Luisa Margarida Portugal de Barros, casada com o francês, Conde de Barral. Downloads
Não há dados estatísticos. COSTA, J. C. D. Pedro II e a Condessa de Barral. Revista de História, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 552-553, 1956.
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v12i26p552-553. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/65487. Acesso em: 12 out. 2022. Resenha Bibliográfica LicençaAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Todos conhecemos os retratos do austero imperador D. Pedro II. As barbas brancas e longas e a fisionomia fechada. Este é o monarca. Mas e o homem, seria igualmente severo? Graças às pesquisas no riquíssimo acervo do Museu Imperial de Petrópolis, sabemos, hoje, que o rosto rigoroso se abria em sorrisos quando via uma única pessoa: Luísa Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Barral.
Ambos viveram uma longa e intensa história de amor por mais de 30 anos. Conheceram-se quando ela veio de Salvador, onde sua família possuía imensos engenhos de açúcar, para servir de aia às filhas do imperador, Isabel e Leopoldina. Na época, as meninas eram pequenas e tinham que ser educadas à europeia. Ou seja, D. Pedro queria que falassem línguas estrangeiras, soubessem tocar piano e rabeca, que soubessem se comportar à mesa ou fazer conversa em reuniões sociais. Ora, Luísa viveu toda a
sua mocidade em Paris. Além de conhecer bem a Europa, através da qual viajara com seus pais, ela serviu na Corte francesa. Foi aia da princesa Francisca de Joinville, irmã de D. Pedro, a quem acompanhava em festas e recepções oferecidas pelo rei Luís Felipe de Bourbon. Tinha assim todo o conhecimento sobre os hábitos da aristocracia somado à elegância de quem morou, durante anos, na capital da moda europeia. Luísa não era bonita e tinha mais nove anos do que D. Pedro. Mas era senhora de
mil graças. Sabia como encantar. Nela, tudo era sedução: o perfume, a maneira de arrumar os cabelos e sobretudo, de conversar entretendo o imperador. Separada do marido que voltou para a França, ela e D. Pedro se apaixonaram. Este amor proibido – o adultério podia ser punido com a morte, nestes tempos – foi vivido no palácio de São Cristóvão e no de Petrópolis. E a convivência era íntima. Em torno da mesa de estudos, do almoço ou do jantar os olhares se entrosavam. Os braços se roçavam na
análise de um mapa e as mãos se cruzavam sobre um mesmo livro. O romance se tecia e o perigo também. Afinal, ele se desenrolava dentro do Paço, no lar, às vistas da enfadonha D. Teresa Cristina. Os dois sabiam ser dissimulados e hábeis. Ele ousava, ela concedia. Os versos feitos pelo imperador, também não deixavam dúvidas quanto ao sentimento que compartilhavam: “Quantas vezes com a mais doce maldade O relógio fatal eu desandava E um teu sorriso logo indicava Que em tal quiseras ter cumplicidade Se por querermos mais, cessava a harmonia Também custava pouco reatá-la E assim o dia era igual a outro dia” Até o final da vida trocaram correspondência, onde ele se referiria a estes como os “tempos felizes”. Saudoso, reclamava: “quem me dera poder passar um instantinho ao menos do tempo em que estudávamos juntos”. Referia-se a “tudo que foi e será sempre nosso”. Ou declarava, “Diga-me se alguém já lhe quis mais do que eu e se não devemos nos regozijar de tamanha felicidade? ”. Referia-se com insistência “às esperadas visitas ao Chalet Miranda” e ao “Hotel Orléans”, onde se encontravam e assinava-se “para você tudo do seu, de sempre”. Uma linda história de amor, escondida entre as páginas de história política, social e econômica nos tempos do Império. Mas como já demonstraram tantos historiadores, fora e dentro do Brasil, os sentimentos também merecem uma história. – Mary del Priore A jovem Luísa, que conquistaria o severo imperador. Como foi o relacionamento de Dom Pedro Segundo com a Condessa de Barral?A Condessa do Barral voltou à França em 1865, após cumprir a missão como preceptora: ambas as princesas se casaram. Mas o romance com Dom Pedro II continuou à distância, em cartas apaixonadas. E durou 34 anos, até o final da vida dos dois, que morreram em 1891: ela de pneumonia e ele por complicações de diabetes.
O que aconteceu com Dom Pedro e A Condessa de Barral?A Condessa de Barral viveu seus últimos dias na Europa, até falecer, em janeiro de 1891, vítima de pneumonia quando tinha 74 anos. Se houve ou não um romance entre eles, a nós não cabe o tema, mas fica a curiosidade de que Pedro faleceu alguns meses depois, também em Paris.
Quem foi o filho de Dom Pedro II com a Condessa de Barral?Horace Dominique de Barral, o filho da condessa com seu marido Eugène também aparece na novela da Globo.
Quem foi a Condessa de Barral na vida de Dom Pedro Segundo?Leopoldina do Brasil, é conhecida por ter sido amante do imperador D. Pedro II do Brasil e uma das mais vivazes figuras da corte do rei Luís Filipe I da França. Na França, era por casamento, Condessa de Barral, e no Brasil, Condessa da Pedra Branca.
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