O que e o processamento de produtos para saúde?

27 de agosto, 2015

O que e o processamento de produtos para saúde?
O Café da Manhã Anahp desta quarta-feira (26) abordou o tema “Processamento de Produtos para Saúde: Desafios e Evidências”. Organizado pela Anahp e Johnson&Johnson Medical Brasil, o evento contou com a apresentação de Ana Maria Ferreira de Miranda, Diretora Executiva do NASCECME – Núcleo de Assessoria, Capacitação e Especialização em Central de Material e Esterilização.

Durante sua apresentação, Ana Maria abordou a legislação vigente referente ao processamento de materiais, o processamento de materiais potencialmente contaminados com Prions, além de cuidados gerais no processamento de materiais.

Também destacou uma pesquisa internacional, publicada em 2015, em que foram analisadas as práticas de reprocessamento de instrumentos cirúrgicos de 26 hospitais em 9 diferentes países de média e baixa renda para averiguar o nível de eficácia de esterilização dos equipamentos nesses hospitais. Foram detectadas falhas no tempo de exposição dos equipamentos e pressão, aspectos básicos, que ocasionaram consequente erro no processo e risco aos pacientes.

“Infelizmente, em países com esse perfil, caso também do Brasil, geralmente dispomos de apenas um recurso tecnológico, na maioria das vezes autoclave à vapor, mas este equipamento precisa atender a requisitos básicos que garantam sua eficácia. Mesmo diante de restrições econômico-financeiras e estruturais, compete aos profissionais responsáveis pelo processamento garantirem a eficácia e, por conseguinte, a segurança do processo para usuários e pacientes”, disse.

Outra preocupação diz respeito às endotoxinas, por vezes negligenciada no processamento, mas sabidamente causa recorrente de casos de infecções por PPS (produto para saúde).

Ana Maria ainda alertou para os diversos casos de infecções causadas pelo processamento inadequado de duodenoscópios, que recentemente levaram à morte de diversos pacientes de hospitais dos Estados Unidos. Ela citou o ECRI Institute, que listou o ‘Top 10 Health Technology Hazards for 2015’, posicionando o “reprocessamento inadequado dos endoscópios e instrumentos cirúrgicos” como o 4º item mais alarmante em seu ranking.

Para Ana Maria, investir na qualificação da equipe e na infraestrutura do hospital são as melhores maneiras de evitar esse tipo de problema e recomenda a criação de uma área de Contingências para Falhas.

“Se há preparo para compreender o foco da falha e pensar em melhorias, o problema não volta. Evita-se retrabalho e desgaste da imagem da CME como prestador de serviço”, afirmou.

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O que e o processamento de produtos para saúde?

Processamento de produtos para saúde: como deve ser feito?

O processamento de produtos para saúde envolve algumas práticas que visam garantir a segurança do paciente e do profissional.

De forma geral, boa parte dos materiais utilizados no dia a dia dos hospitais devem ir para o devido descarte, no entanto, outros podem ser processados e reutilizados desde que sejam devidamente descontaminados e preparados para o reúso. 

Geralmente, os materiais que podem ser processados são os utilizados em cirurgias, procedimentos e alguns tipos de exames, inclusive as roupas dos profissionais.

Processar os materiais envolve um conjunto de ações estabelecidas que são diretamente associadas à limpeza, desinfecção e esterilização, visando impedir a contaminação cruzada entre os produtos sujos com os limpos.

Nessa hora, a equipe de profissionais que realiza o processamento deve cumprir as normas vigentes que norteiam as boas práticas de processamento de produtos para a saúde, bem como para o descarte dos materiais que não serão mais utilizados.

Continue a leitura e conheça as técnicas legais para padronizar o processo de materiais hospitalares.

Quais as boas práticas do processamento de produtos?

As boas práticas estão dispostas na Resolução – RDC/ANVISA nº 15, de março de 2012, que estabelece os seguintes passos para o processamento de produtos para saúde:

  • recepção ou entrega dos mesmos,
  • limpeza,
  • secagem,
  • análise da integridade e funcionalidade,
  • desinfecção,
  • esterilização,
  • armazenamento,
  • distribuição.

Quando se fala de boas práticas do processamento de produtos para saúde, se refere a um conjunto de técnicas que devem ser adotadas e aplicadas visando garantir que todas as etapas acima citadas sejam devidamente seguidas pela unidade médico-hospitalar.

A instituição também deverá obedecer aos critérios de limpeza e desinfecção dos ambientes hospitalares, visando evitar a contaminação e os riscos de infecção hospitalar. 

Em todas as etapas se faz necessário o uso dos devidos EPIs pelos profissionais que irão realizar cada processo de limpeza, desinfecção, esterilização e entre outros.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão regulador que estabelece as boas práticas e as diretrizes para a segurança e qualidade dos serviços de saúde, inclusive no que se refere às boas práticas para o processamento de produtos.

Importância de seguir as boas práticas

Ao seguir as boas práticas dispostas na RDC 15, primeiro você estará cumprindo os critérios legais para o processamento de produtos.

Todas as etapas do processamento de produtos têm a função de descontaminar os materiais e deixá-los devidamente preparados para serem utilizados novamente, tanto no diagnóstico como em procedimentos, exames e tratamentos do paciente.

Também envolve o processo do devido descarte EPIs e de tudo aquilo que não pode mais ser utilizado nas atividades de atendimento do hospital.

Ao seguir as boas práticas, a empresa garante alguns diferenciais ao seu serviço, como:

  • maior segurança para os profissionais da saúde e para os pacientes,
  • maior qualidade nos trabalhos efetuados,
  • economia financeira para a instituição.

Como evitar infrações

Para evitar infrações no que diz respeito ao processamento de produtos para saúde, basta aplicar as diretrizes da RDC/ANVISA nº 15.

Também é preciso que toda a equipe de profissionais utilize os EPIs devidos em todos os processos.

Da mesma forma que é essencial utilizar soluções de qualidade para efetuar cada uma das etapas estabelecidas pela ANVISA.

Na hora de providenciar os insumos de limpeza, desinfecção e esterilização, conte com fornecedores idôneos, especializados em atender estabelecimentos que prestam serviços à saúde.

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Processamento de Artigos Hospitalares.
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Secagem: Parte importante do processamento de artigos hospitalares. ... .
Estocagem: ... .
Descontaminação: ... .
Desinfecção:.

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2. Artigos críticos são: a) aqueles destinados aos procedimentos invasivos na pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular. b) aqueles destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente.