Diferença entre doença aguda é crônica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença ou morte em menos de três meses.

A maioria das doenças agudas caracteriza-se em várias fases. O inicio dos sintomas pode ser abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioração até um máximo de sintomas e danos, fase de plateau, com manutenção dos sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperação com desaparecimento gradual dos sintomas, e a convalescência, em que já não há sintomas específicos da doença mas o indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças. A fase de recuperação podem ocorrer as recrudescências, que são exacerbamentos dos sintomas de volta a um máximo ou plateau, e na fase de convalescência as recaídas, devido à presença continuada do factor desencadeante e do estado debilitado do indivíduo, além de (novas) infecções.

As doenças agudas distinguem-se dos episódios agudos das doenças crónicas, que são exacerbação de sintomas normalmente menos intensos nessas condições.

Exemplos de doenças agudas[editar | editar código-fonte]

  • A maioria das infecções por vírus, bactérias, como por exemplo Constipação/Resfriado, gripe, infecções gastrointestinais, pneumonia, meningite.
  • Trauma físico
  • Infartes, hemorragias e outras condições cardiovasculares.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Doença crônica
  • Diferença entre doença aguda é crônica
    Portal da saúde

Notas e Informações

CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE E O CUIDADO DE ENFERMAGEM

Maria Célia de Freitas1 1 Professor da Universidade Estadual do Ceará. Pós-graduanda de Mestrado em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 2 Orientador. Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Maria Manuela Rino Mendes2 1 Professor da Universidade Estadual do Ceará. Pós-graduanda de Mestrado em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 2 Orientador. Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Nos dias atuais, o binômio saúde e doença não têm sido centrado, unicamente, nos aspectos biológicos, mas sim relacionados às características de cada sociedade, onde tanto a concepção de saúde e doença quanto o doente são considerados dentro do contexto social (MINAYO 1991, p.233).

O processo de construção do conhecimento e seus recentes avanços tecnológicos e científicos sobre tal natureza de fenômenos têm-se ampliado, influenciando a visão dos profissionais de saúde, entre eles as enfermeiras, sobre o quadro em que muitas "doenças" se apresentam em estado irreversível; assim, necessitam rever posturas para o cuidado, adotando tanto inovações tecnológicas quanto estratégias humanísticas de modo equilibrado.

CARTANA (1997, p.234) fortalece o conceito de doença enquanto, fenômeno social e cultural, onde atuam fatores biológicos e ambientais, sociais, evidenciados através de mudanças transitórias ou permanentes na complexa estrutura das pessoas em comunidades.

A mudança permanente, que se prolonga no decorrer da vida, denominada "condição crônica", tem forte impacto nas relações com o ambiente físico e social, expresso por novo estilo de vida.

A enfermeira, ao assumir o cuidado de pessoas em "condição crônica", deve diferenciar o que é objetivo para si e a situação real em que vivem essas pessoas e famílias, considerando fatores culturais, religiosos, sociais e psicológicos nas condutas expressas, que demanda atenção profissional.

Dessa forma, é perceptível a complexidade das múltiplas situações, para viabilizar atenção à saúde dessas pessoas. Desde o tratamento que é contínuo, e em determinadas ocasiões muito invasivo, doloroso e provoca efeitos indesejáveis, à recidivas no quadro, com as complicações que exigem hospitalizações prolongadas e onerosas.

No exercício cotidiano da enfermeira faz-se necessário que sejam reconhecidos os fatores desencadeantes das condições "agudas" e "crônicas", que permitam indicar as estratégias adequadas para prestar atenção, quer nos momentos de dependência total, quer nos de independência.

PHIPPS et al. (1995, p.226) afirmam que "doença aguda" produz sintomas e sinais pouco depois da exposição à causa, de curso rápido, a partir da qual há normalmente total recuperação ou um fim abrupto em morte; com referência à "doença crônica", esta produz sintomas e sinais num período variável de tempo, de curso prolongado, havendo apenas recuperação parcial.

Observa-se, portanto, que condições "aguda" e "crônica" são similares, apenas, no enfrentamento do problema de saúde; dependendo da severidade do estado e dos resultados alcançados, será sempre um desafio para o doentes, famílias e sociedades.

O Quadro 1, demonstra condições "aguda" e "crônica" conforme fatores relacionados.

Observa-se que tanto a "aguda" quanto "crônica" apresentam pluralidade de fatores, predominando na crônica a continuidade e prolongamento do cuidado, exigindo adaptação, readaptação e gastos no cotidiano das pessoas.

O cuidado nessas condições deverá considerar o processo de enfrentamento e adaptação pessoal, familiar e comunitária, as experiências prévias; existência de situações similares, tradição cultural e princípios religiosos, na definição diagnóstica e intervenção.

LAZARUS & FOLKMAN (1984, p.44) afirmam que mecanismos de enfrentamento são esforços cognitivos e comportamentais, para gerenciar demandas internas e/ou externas, que mudam continuamente, avaliadas quanto ao uso de recursos.

CRUZ (1998, p.23-24) ilustra a "doença crônica" com comportamentos de crise e choque, com o reconhecimento do diagnóstico, podendo resultar em episódios agudos. A família ajuda a reorganizar os recursos materiais e emocionais para suportar e superar a situação. A raiva e o ressentimento acompanham esses momentos, podendo direcionar-se à família e/ou profissionais. Num outro momento um pacto com Deus e promessas para obter a cura sem dor e evitando a morte. A passividade e/ou depressão sobrevêm, seguidas pela aceitação da realidade e da morte. É relevante a esperança nesse percurso.

Essas respostas referidas não abrangem a diversidade do processo de enfrentamento, que podem apresentar intensidade e tempo variáveis, em outra seqüência ou simultânea. A falta de informações adequadas ou intercorrências podem dificultar a adaptação e aceitação da realidade.

A enfermagem deve reconhecer esses processos, diante da doença, para realização do cuidado. Dessa forma, ela utiliza métodos e estratégias de trabalho que auxiliem no direcionamento dos cuidados e incentivos à adoção de atitudes positivas diante de doenças e condições crônicas de saúde.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

01. CARTANA, M.H.F.; HECK, R.M. Contribuição da antropologia na enfermagem: refletindo sobre a doença. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 6, n. 3, p. 233-240, 1997.

02. CRUZ, J.de la. El paciente, la familia y el equipo de salud frente a la enfermedad crónica. Actual.Enferm., v. 1, n. 4, 1998.

03. LAZARUS, R.; FOLKMAN, S. Stress appraisal, and coping. Trad. Luiz Villas Boas. New York: Springer, 1984.

04. MINAYO, M.C.S. Abordagem antropológica para avaliação de políticas sociais. Rev. Saúde Pública. São Paulo, v. 25, n. 3, p. 233-238, 1991.

05. MURROW, E.J.; OGLESBY, F.M. Acute and chronic illness: similarities, differences and challenges. Orthopaedic Nursing, v. 15, n. 5, p. 47-51, 1996.

06. PHIPPS, W.L. et al. Enfermagem médico-cirúrgica: conceitos e práticas clínicas. Lisboa: Lusodidacta, 1995. cap. 13, p. 225-246. Doença crônica.

  • 1

    Professor da Universidade Estadual do Ceará. Pós-graduanda de Mestrado em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

    2

    Orientador. Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

  • 1 Professor da Universidade Estadual do Ceará. Pós-graduanda de Mestrado em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 2 Orientador. Professor Doutor do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

    O que é pior agudo ou crônico?

    As principais diferença entre dor crônica e aguda estão no tempo de duração e na origem/causa. Enquanto a dor aguda pode ser causada por um choque ou corte, desaparecendo quando o corpo se recuperar, a dor crônica, por ser indício de uma doença mais grave, podendo perdurar por anos e até mesmo não ser curada.

    Quais são as doenças agudas?

    Doença aguda – As doenças agudas são aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença ou morte em menos de três meses. As doenças agudas distinguem-se dos episódios agudos das doenças crônicas, que são exacerbação de sintomas normalmente menos intensos nessas condições.

    O que é um paciente agudo?

    Os pacientes agudos são potenciais usuários dos sistemas de urgência e emergência. É urgência quando a situação requer atendimento rápido, no menor tempo possível. É emergência quando há ameaça iminente à vida. O tratamento de agudos tende a ser mais oneroso e sofrido do que o dos crônicos.

    Quais são as fases da doença aguda?

    Fase aguda: é a fase da doença que surge após a infecção onde os sintomas clínicos são mais nítidos (febre alta, parasitemia elevada, etc.). É um período de definição: o paciente se cura, passa para a fase crônica ou morre.