Dê 5 exemplos de atletas do atletismo brasileiro que ganhou medalha na história das olimpíadas

A Olímpiada de Tóquio 2020 acaba neste domingo (8), mas isso não é motivo para parar de acompanhar os atletas. Os competidores estão bastante presentes nas redes sociais, especialmente o Instagram, em que dividem um pouco da rotina de treinos e os bastidores por trás de feitos históricos — como a primeira medalha olímpica da ginástica feminina brasileira, por Rebeca Andrade, ou o recorde de mais jovem brasileira a conquistar uma medalha nos Jogos, alcançado por Rayssa Leal.

Além dos conteúdos relacionados ao esporte, os atletas têm usado bastante a Internet para interagir com o público, fazer depoimentos emocionados e, claro, postar muitas dancinhas. Desde o início dos Jogos, os nomes de destaque do esporte brasileiro estão ganhando milhões de seguidores. Confira cinco nomes de peso dessa Olimpíada do Japão que estão bombando nas redes sociais, segundo dados da plataforma de análise Social Blade.

Rayssa Leal, a fadinha do skate, é uma das atletas que mais bombaram nas redes sociais na Olimpíada — Foto: Reprodução/Instagram

1. Ítalo Ferreira

Ítalo Ferreira fez história ao levar a medalha de ouro na estreia do surfe em Olimpíadas — e o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Tóquio. O potiguar, de 27 anos, saiu do mar de Tsurigasaki carregado nos ombros pelos integrantes da equipe e caiu nas graças do público brasileiro. Desde o dia 27 de julho, quando se tornou campeão olímpico, o surfista já ganhou mais de 1,8 milhão de seguidores no Instagram (@italoferreira), em que soma 2,9 milhões de fãs.

O ouro mundial não é uma novidade para Ítalo, que também foi o campeão do último campeonato da Liga Mundial de Surfe (WSL), ocorrido em 2019. Em 2021, o brasileiro está em segundo lugar na competição, que acontece por pontos corridos em sua maior parte. O campeonato será decidido em um mata-mata e entre 9 e 17 de setembro, e Ítalo Ferreira é um dos poucos com chances de derrotar o também brasileiro Gabriel Medina, líder do ranking.

Nascido em Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, Ítalo começou a surfar com 8 anos de idade. Não foi em uma prancha, mas sim na tampa de isopor emprestada pelo pai Luiz Ferreira, vendedor de peixe. O menino ainda tinha que ter cuidado para não quebrar a "prancha" e estragar o instrumento de trabalho do pai, que, junto com a família, foi quem bancou as inscrições em campeonatos durante os longos anos sem patrocínio.

A relação com a família, especialmente com a avó, sempre foi o alicerce do atleta. Assim que saiu do mar após o ouro olímpico, em entrevista ao SporTV, Ítalo caiu no choro ao lembrar da avó, Dona Mariquinha:

"Eu queria que a minha avó estivesse viva para ver isso. Para ver o que eu me tornei e o que eu consegui fazer"

Ítalo Ferreira leva primeiro ouro brasileiro da Olimpíada de Tóquio — Foto: Reprodução/Instagram

2. Rayssa Leal

Se é para falar de feito histórico, o nome da vez é Rayssa Leal. Ao levar para casa a prata na categoria street do skate, no dia 26 de julho, a fadinha do skate, de 13 anos, tornou-se a pessoa mais jovem a receber uma medalha olímpica pelo Brasil. Ela também foi a mais jovem medalhista dos Jogos Olímpicos em 85 anos, e a sétima mais nova a conseguir o feito em toda história da competição. Isso em um esporte que, assim como o surfe, teve sua primeira aparição em Olimpíadas na edição atual.

Como se não bastasse a condecoração, Rayssa ainda tem carisma e simpatia de sobra. O resultado foi um sucesso avassalador. Apenas no dia da vítória, a adolescente ganhou 3,3 milhões de seguidores no Instagram (@rayssalealsk8). A conta, que até o dia anterior somava 1,1 milhão de fãs, hoje passa de 6,6 milhões seguidores. Os admiradores da atleta puderam inclusive usar o filtro de fadinha em sua homenagem.

Não é preciso dizer que a trajetória de Rayssa Leal começou cedo. Como muitos sabem, a sensação do skate ganhou o apelido de "fadinha" após um viralizar um vídeo em que ela aparecia fantasiada fazendo a manobra chamada heelflip. Na época com sete anos, Rayssa teve seu nome conhecido entre lendas do skate como Tony Hawk, que compartilhou o clipe no Twitter.

Assim começava o caminho de Rayssa da cidade de Imperatriz, no Maranhão, para o mundo. A criança, que tinha começado a praticar o esporte havia um ano, chegou às competições já alcançando bons resultados. Com apenas 11 anos, ela ganhou a etapa de Los Angeles da SLS 2019 e conseguiu o vice-campeonato mundial. No ano seguinte, foi indicada ao Prêmio Laureus, espécie de "Oscar do Esporte", e atualmente é a segunda colocada no ranking mundial.

Rayssa Leal, a fadinha do skate, é a mais jovem medalhista olímpica brasileira da história — Foto: Reprodução/Instagram

3. Rebeca Andrade

Rebeca Andrade saiu de Tóquio com duas medalhas: ouro no salto e prata na ginástica artística individual geral. Com esses resultados, a jovem de 22 anos virou nada menos que a brasileira com a melhor campanha na história dos Jogos Olímpicos. Além de ser a primeira medalhista olímpica na ginástica artística feminina do Brasil, ela é a primeira brasileira a subir no pódio mais de uma vez na mesma edição dos Jogos.

A prata veio primeiro, no dia 29 de julho, ao som de Baile de Favela. A performance contagiante e vitoriosa rendeu à atleta um ganho de cerca de 800 mil seguidores no Instagram (@rebecarandrade) em um só dia. Depois, com o ouro do salto no dia 1º, Rebeca Andrade mais que quadruplicou seu número de seguidores; dos 500 mil de antes da Olimpíada, a conta no Instagram agora registra 2,3 milhões de pessoas acompanhando a carreira de sucesso.

O início, com apenas quarto anos, foi por meio de um projeto social da Prefeitura de Guarulhos, em São Paulo, onde nasceu. Para frequentar os treinos, a menina tinha que caminhar uma hora a pé. O talento e a determinação de Rebeca renderam-lhe o apelido de "Daianinha de Guarulhos", em homenagem a Daiane dos Santos, que se tornou amiga e grande apoiadora da atleta.

Já em seu primeiro campeonato profissional, aos 13 anos, a paulista venceu o Troféu Brasil de Ginástica Artística, demonstrando o futuro brilhante que teria pela frente. Em 2015, aos 16 anos, Rebeca fez sua estreia na Copa do Mundo de Ginástica e mais uma vez conseguiu medalha, desta vez de bronze. A lista de conquistas não deve parar com a Olimpíada de Tóquio, assim como o sucesso nas redes sociais.

Rebeca Andrade, primeira brasileira a ganhar duas medalhas em uma mesma edição olímpica — Foto: Reprodução/Instagram

4. Hugo Calderano

Hugo Calderano ganhou destaque por ter colocado o Brasil na melhor posição do tênis de mesa da história das Olimpíadas. O carioca chegou às quartas de final, realizadas no dia 28 de julho, quando foi derrotado de virada pelo alemão Dimitrij Ovtcharov. Até então, o melhor desempenho do Brasil tinha sido na Rio 2016, quando o país saiu da competição nas oitavas.

Desde a estreia nos Jogos, no dia 23, a conta @hugocalderano do Instagram vem disparando em número de seguidores. Até então, o mesa-tenista tinha 98 mil seguidores; hoje, esse número passa de 146 mil. Nos dois dias em que Hugo disputou partidas (27 e 28), seu perfil na rede social ganhou mais de 32 mil novos fãs. O brasileiro é o atual sétimo colocado no ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, na sigla em inglês).

O jovem de 25 anos começou a treinar com oito anos, no Rio de Janeiro, sua cidade natal. Aos 14, ele se mudou para São Caetano do Sul, em São Paulo, para treinar junto com os integrantes da seleção brasileira de tênis de mesa. O primeiro grande feito da carreira foi aos 17 anos, quando Hugo foi o mais novo mesa-tenista a ganhar uma etapa do circuito mundial da ITTF. No mesmo ano, 2013, ele também foi o primeiro a vencer etapas nos circuitos mundiais juvenil e adulto.

Hugo Calderano, sétimo lugar no ranking mundial de tênis de mesa, colocou esporte em evidência durante os Jogos Olímpicos — Foto: Reprodução/Instagram

5. Douglas Souza

Douglas Souza virou o jogador de vôlei com mais seguidores do mundo no Instagram. O ponteiro da seleção masculina, de 25 anos, alcançou 3,2 milhões na rede social (@douglasouza), em que faz sucesso por postar vídeos descontraídos e interagir muito com os admiradores.

A marca de 1 milhão de seguidores foi alcançada dia 21 de julho, pouco antes do início dos Jogos Olímpicos. Um dos grandes responsáveis foi o vídeo em que ele testa a cama de papelão reciclado da vila olímpica sambando no colchão. Postado dia 20, o filme viralizou e fez com que o atleta se tornasse um queridinho instantâneo desta edição dos Jogos.

Douglas é muito aberto sobre seu relacionamento com o namorado Gabriel Campos e levanta a bandeira LGBTQIA+. Ele foi o primeiro da seleção masculina brasileira a revelar ser homossexual, contrariando um estigma ainda grande no meio esportivo. Suas lives incluem tópicos como namoro, dia a dia na vila e bastidores do vôlei.

Não é só de rede social que vive a carreira de Douglas, nascido em Santa Bárbara d'Oeste, interior de São Paulo. O jogador, que começou a carreira por conta de uma recomendação médica para tratar de bronquite, já ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio 2016, com apenas 20 anos. Com uma bagagem que inclui ouro na Copa do Mundo 2019 e ouro na Copa dos Campeões de 2017, Douglas é apontado como o próximo líder da seleção.

Douglas Souza viralizou com vídeo sambando na cama da vila olímpica de Tóquio — Foto: Reprodução/Instagram

Quais os medalhistas brasileiros do atletismo na história olímpica?

Na história dos Jogos, o Brasil tem três campeões olímpicos no atletismo (Joaquim Cruz, Maurren Maggi e Thiago Braz), e um bicampeão olímpico (Adhemar Ferreira da Silva).

Quais atletas brasileiros foram destaques no atletismo?

O Atletismo do Brasil em Mundiais.
1º Alison dos Santos – 400 m com barreiras – 46s29 (recorde sul-americano).
3º Letícia Oro Melo – salto em distância – 6,89 m..
4º Thiago Braz – salto com vara - 5,87 m..
5º Darlan Romani – arremesso do peso – 21,92 m..
6º Caio Bonfim – 20 km marcha – 1h19min51..

Quem foi o primeiro medalhista do atletismo brasileiro?

Ele ganhou a primeira medalha olímpica do atletismo brasileiro, com 1,98 m, no salto em altura. Ganhou ainda medalhas de bronze nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México-1955 nos 200m e no salto em altura. José Telles foi uma estrela nos anos 1950. A versatilidade era notável.