Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

Graduada em Medicina Veterinária (UFMS, 2009)

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O hormônio antidiutérico, também conhecido como arginina-vassopressina (AVP) ou apenas vasopressina, é um hormônio que foi identificado e sintetizado em 1954 por Vigneaud.

A vasopressina é um nonapeptídeo com características básicas (pH 10,9), com peso de 1228kDa. Possui uma ligação sulfídica entre os resíduos de cisteína nas posição 1 e 6, formando um anel. A presença da aspergina na posição 5 , prolina na posição 7 e glicina na posição 9 são imprescindíveis para o seu desempenho biológico.

O ADH é oriundo de um pré-hormônio com 168 aminoácidos. Este polipeptídeo apresenta uma sequência de peptídeo sinal, que tem como função assegurar a incorporação do pré-pró-hormônio nos ribossomos das células nervosas (neurônios) dos núcleos supra-óptico e para-ventricular do hipotálamo. A retirada da sequência de peptídeo sinal origina o pró-hormônio com 145 aminoácidos que é transportado em grânulos neurossecretórios por meio do trato supra-óptico-hipofisário. Esse pró-hormônio sofre, por sua vez, sucessivas ações de endopeptidases, exopeptidases, monooxigenases e liases, originando três polipeptídeos: a vasopressina, a vasopressina-neurofisina II e um glicopeptídeo denominado copeptina.

Este hormônio possui meia-vida de 17 a 35 minutos. A ligação do ADH a receptores específicos estimula a contração de células musculares lisas na parede dos vasos sanguíneos. A ligação em outros tipos de receptores irá induzir o aumento da permeabilidade das células tubulares renais e, consequentemente, a reabsorção de água.

A principal função do ADH é controlar a osmolalidade e o volume dos líquidos corporais. Os neurônios secretores são ativados em conseqüência do aumento na pressão osmótica ou redução da pressão hidrostática sanguínea. A liberação desse hormônio suscita um potente efeito vasoconstritor, fazendo com que a retenção de água aumente, atuando como hormônio antidiurético. O aumento da permeabilidade dos túbulos coletores e dos ramos espesso ascendente da alça de Henle, resultante da exposição das aquaporinas na membrana apical, possibilita a difusão da água encontradas nas células dos túbulos para a região medular do rim.

O ADH atua na adeno-hipófise simultaneamente com o hormônio liberador de corticotrofina (CHR), determinando a liberação de hormônio adenocorticotrófico (ACTH). Adiabetes insípida pode ser resultante da falta de secreção de ADH ou por ausência de receptores renais para o ADH. Outro tipo raro dessa diabetes tem sido descrita durante a gestação e é causada por uma excessiva degradação do ADH por uma enzima sintetizada na placenta.

Outra disfunção que pode vir a ocorrer é a hiponatremia, conseqüente da falta de supressão da secreção de ADH. Há uma redução da osmolaridade do plasma associada ao aumento da concentração urinária em indivíduos com função renal e adrenal normais. As etiologias podem ser diversas, como: lesões na cabeça, abscesso cerebral, meningite, encefalite, ou associadas a tratamentos com ADH ou análogos, bem como certos fármacos.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vasopressina
http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n4/a19v47n4.pdf
Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária – Helenice de Souza Spinosa, Silvana Lima Górniak e Maria Martha Bernardi; 4° edição. Editora Guanabara Koogan, 2006.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/hormonios/hormonio-antidiuretico-adh/

EXCREÇÃO

Muitas são as reações químicas que ocorrem a cada segundo dentro de nossas células. Em algumas situações, os produtos formados por uma primeira reação servem como substrato para que a segunda ocorra. Já em outros casos, há a formação de subprodutos tóxicos que devem ser eliminados para que nosso corpo não sofra as consequências. Estes subprodutos, como o gás carbônico e a amônia, são as excretas.

Neste módulo daremos atenção especial às excretas nitrogenadas: amônia, ureia e ácido úrico. Como a primeira é extremamente tóxica e demanda uma grande quantidade de água para ser eliminada, a maioria dos organismos terrestres investe energia em processos capazes de transformá-la em ureia ou ácido úrico. Nós conseguimos produzir as três formas, porém eliminamos majoritariamente a ureia por ser um intermediária em toxicidade e gasto de água e energia.

Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário humano é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Os rins recebem o sangue através do sistema circulatório e o filtram, retirando as excretas nitrogenadas e outras substâncias que se encontram em excesso, produzindo a urina. Os ureteres conduzem este produto da filtração renal até a bexiga que o armazena até que chegue o momento de eliminação através da uretra.

Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

Cada rim possui milhares de néfrons que atuam como unidades funcionais filtradoras. Assim, o sangue que chega aos rins através de artérias atinge os néfrons por arteríolas que se embolam e originam o glomérulo renal. Este glomérulo extravasa a parte líquida do sangue juntamente a várias substâncias (água, vitaminas, glicose, hormônios, sais, excretas nitrogenadas, etc) formando o filtrado glomerular.

O filtrado glomerular, depois de recolhido pela cápsula néfrica (cápsula de Bowman), passará por uma série de canais conhecidos, respectivamente, como: túbulo contorcido proximal, alça néfrica (alça de Henle) e túbulo contorcido distal, até atingir, por fim, o ducto coletor.

Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

Durante a passagem por essa série de canais, o filtrado glomerular perde algumas de suas substâncias que são devolvidas ao sangue. Desta forma, moléculas importantes como as de alguns sais, vitaminas, hormônios e água não são completamente eliminados com a urina.

Ao atingir o ducto coletor, a urina já está formada. Em sua composição ainda há água, sais e, principalmente, ureia.

CONTROLE HORMONAL

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Dois hormônios atuam de maneira importante no controle do sistema excretor (urinário): hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) e aldosterona. O primeiro é produzido no hipotálamo e, através da circulação sanguínea, atinge os néfrons promovendo o aumento da reabsorção de água e, consequentemente, reduzindo o volume urinário. O segundo, por outro lado, é sintetizado pelas suprarrenais e atua nos rins promovendo maior retenção de sais minerais.

Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

É importante ressaltar que, apesar de terem as funções apontadas anteriormente, estes hormônios também ajudam a controlar a pressão sanguínea. Um efeito direto do ADH, por exemplo, é aumentar o volume de líquido nos vasos sanguíneos ou, em outras palavras, aumentar a quantidade de sangue circulante. A aldosterona atua de maneira mais indireta. Ao elevar a taxa de sais na circulação ela favorece a captação de líquidos e acaba chegando ao mesmo resultado que a vasopressina.

Como o hormônio antidiurético ADH controla a quantidade de água eliminada pela urina?

Um cuidado particularmente importante quanto a estes hormônios diz respeito à ingestão de bebidas alcoólicas, uma vez que o etanol inibe a produção de ADH. Assim, quanto mais um indivíduo bebe, menos secreta este mensageiro, e maior é a vontade de urinar. Como consequência da eliminação excessiva de água pode haver desidratação severa que leva à ressaca.

Como é feito o controle da secreção de ADH?

CONTROLE DA SECREÇÃO DO ADH Fisiologicamente, variações de 2% na Posm ativam neurônios especializados e osmoticamente sensíveis (osmorreceptores), localizados no hipotálamo anterior, que estimulam a secreção do ADH e esse aumenta a reabsorção de água nos túbulos coletores renais.

Como o ADH promove a reabsorção de água?

O outro hormônio, que também trabalha na reabsorção de água, é o ADH, produzido pelo hipotálamo e liberado pela neurohipófise. “Ele atua diretamente na reabsorção de água, por osmose, aumentando a quantidade de uma proteína, chamada aquaporina, nos túbulos renais.”

Como age o ADH quando o corpo é submetido à desidratação?

Em poucas palavras, é nessa hora que o hormônio ADH entra em ação justamente para nos proteger no momento de “suadeira”, regulando a retenção de água no organismo. Ele é liberado quando o corpo é desidratado e impede a vontade de fazer xixi para que não fiquemos desidratados.

O que ocorre com o hormônio ADH quando a quantidade de água do corpo for excessiva?

O hormônio antidiurético (ADH) regula o teor de água no corpo humano, determinando o controle da reabsorção de água nos túbulos renais. Assim, quando o suprimento de água do corpo for excessivo, espera-se encontrar no sangue: a) pouco ADH, o que reduz a reabsorção de água.