Como foi marcado o absolutismo inglês durante o reinado da dinastia Tudor?

Mediante a resolução destes exercícios sobre o absolutismo inglês, você poderá verificar seus conhecimentos sobre a formação do Estado Moderno Inglês no século XVI. Publicado por: Cláudio Fernandes

(PUC-RS) Responda à questão com base nas afirmativas sobre a formação do Estado Moderno na Inglaterra.

I. O fracasso da Reforma Protestante no século XVI atrasou o processo de centralização político-administrativa na Inglaterra, poia a Igreja preservou seu poder econômico no país ao longo do período, apoiando o poder privado da alta natureza.

II. A burguesia e os chamados cavaleiros apoiavam a política centralizadora dos Tudor no século XVI, pois eram grupos sociais particularmente favorecidos pela estabilidade política.

III. O período elizabethano, que se iniciou em 1558, marcou a consolidação do absolutismo monárquico na Inglaterra, com a supressão legal do Parlamento e a imposição da teoria sobre a origem divina do poder real.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que:

a) apenas a I está correta.

b) apenas a II está correta.

c) apenas a I e a III estão corretas.

d) Apenas a II e a III estão corretas.

e) A I, a II e a III estão corretas.  

A Guerra das Duas Rosas acabou contribuindo para o fortalecimento da monarquia absolutista da Inglaterra. Isso aconteceu principalmente porque:

a) o Parlamento foi restaurado e os poderes do rei permaneceram enfraquecidos.

b) houve uma aliança fundamental entre as famílias aristocráticas dos York e dos Lancaster.

c) a dinastia dos Lancaster passou a controlar a corte inglesa.

d) a dinastia Tudor começou a ter apoio popular com a ocupação do trono por Henrique VII.

e) a dinastia Tudor foi alijada do poder pelos York. 

Entre as principais ações do monarca Henrique VIII (1491-1547), no período do absolutismo inglês, consta:

a) o fomento à industrialização das cidades britânicas.

b) a conversão ao islamismo.

c) a criação da Igreja Anglicana, sobrepondo-se à autoridade da Igreja Católica.

d) o apoio às medidas contrarreformistas empreendidas pela Igreja Católica.

e) a submissão integral ao poder do Parlamento. 

(UECE) A Revolução de 1688, na Inglaterra, representou:

a) a diminuição do poder exercido pelo Parlamento.

b) a extinção do poder aristocrático com a adoção do voto popular.

c) o restabelecimento do poder dos reis católicos, durante várias décadas.

d) a derrota do absolutismo, tornando o Parlamento soberano político da nação.

e) a consolidação do poder soberano, que podia suspender a execução das leis, em caso de guerra. 

respostas

Letra B

Grande parte da população britânica, sobretudo a baixa nobreza e a burguesia ascendente, passou a dar apoio à casa aristocrática dos Tudor, que assumiram o poder após a Guerra das Duas Rosas, que deflagrou uma onda de crise social e econômica na Inglaterra.

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Letra D

Após a Guerra das Duas Rosas, travada entre as famílias York e Lancaster, a situação política e econômica da Inglaterra ficou abalada. Nessa nova ambiência, a casa aristocrática dos Tudor conseguiu eleger para o trono inglês o rei Henrique VII, com grande apoio da população, começando assim o absolutismo inglês. 

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Letra C

O rei Henrique VIII criou a Igreja Anglicana com o objetivo de definir sua linha sucessória a partir da possibilidade de um novo casamento – fato que a Igreja Católica não admitia. Esse gesto configurou o poder que o rei tinha sobre as outras instâncias de poder, incluindo o clero. 

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Letra D

Com a Revolução Gloriosa de 1688, a Inglaterra conseguiu restabelecer o poder do Parlamento e afastar de sua base política a força imperativa da figura do rei. 

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Como foi marcado o absolutismo inglês durante o reinado da dinastia Tudor?

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

Atualizado a 04/08/2010, às 13h57.

O absolutismo vigorou na Inglaterra entre os séculos 16 e 17, sendo os reinados de Henrique 8° e Elizabeth 1ª os mais importantes desse período.

Em contraste com o absolutismo francês, na Inglaterra os conflitos religiosos levaram ao enfraquecimento do monarca. Além disso, desde o século 13 já existia uma constituição na Inglaterra - portanto, mais de 500 anos antes de a primeira carta magna francesa ser aprovada. A constituição inglesa previa quais eram as prerrogativas do rei e qual o papel do parlamento.

Embora o soberano tivesse seu poder limitado pela atuação do parlamento, esse fato não impediu a emergência do absolutismo na Inglaterra. Mas, de forma muito particular, em virtude da existência de um parlamento que legislava, por exemplo, sobre questões fiscais e religiosas - o que não ocorria na França na mesma época -, o modelo que existiu ali mesclou a centralização política na figura do rei com a descentralização do poder.

A derrota na Guerra dos Cem Anos

A Inglaterra perdeu a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) para a França, o que lhe custou o enfraquecimento da monarquia, de seu exército e uma grave crise econômica, decorrente dos gastos de um conflito militar tão longo.

À Guerra dos Cem Anos seguiu-se uma disputa em torno do trono inglês, chamada de Guerra das Duas Rosas (1455-1485). Em meados do século 16, a Inglaterra era governada por Henrique 6°, da dinastia Lancaster.

Em 1461, o rei foi deposto por Eduardo 4°, da casa de York. Este governou a Inglaterra por cerca de 9 anos, quando Henrique 6° tornou a assumir o trono inglês, embora brevemente. Já em 1471, com sua morte, Eduardo 4° voltou ao poder, governando até 1483. Foi substituído por Eduardo 5°, que reinou por alguns meses apenas, e por Ricardo 3°, até seu falecimento em 1485. Com o apoio da dinastia de Lancaster, que havia sido tirada do poder pelos York, Henrique 7°, da casa de Tudor, foi coroado rei. Este se casou com Elizabeth de York, filha mais velha de Eduardo 4°, unificando os grupos rivais e, assim, encerrando a Guerra das Duas Rosas.

Henrique 8° e Elizabeth 1ª

O casamento de Henrique 7° pôs fim a um conflito interno que durou mais de três décadas e enfraqueceu a nobreza da Inglaterra. O herdeiro do trono, Henrique 8°, coroado em 1509, é considerado o primeiro e um dos mais importantes reis do período absolutista inglês.

O fortalecimento da monarquia sob o governo de Henrique 8º é sempre associado à reforma religiosa ocorrida na Inglaterra por volta de 1530 - que deu origem à Igreja Anglicana. Até então, a Igreja Católica sempre teve grande influência política e poder econômico no país, sendo, inclusive, proprietária de inúmeras porções de terra.

Durante o reinado de Henrique 8° esse cenário modificou-se radicalmente. Foram vários os fatores que levaram à reforma: o rei buscava esvaziar o poder papal na Inglaterra; a nobreza tinha interesse nas grandes extensões de terra pertencentes à Igreja; o monarca desejava usar essas propriedades como moeda de troca pelo apoio político da nobreza no parlamento. Por fim, questões pessoais, ligadas à negativa do papa em autorizar Henrique 8° a se separar de sua esposa, como era do interesse do rei, foram o estopim para a reforma. O rei se tornou o chefe da Igreja na Inglaterra, ao invés do papa.

Pouco mais de uma década separou o governo de Henrique 8° do de Elizabeth 1ª. Nesse intervalo, a Inglaterra teve dois reis coroados: Eduardo 6° e sua irmã paterna, Maria 1ª - esta, filha de Henrique 8° com Catarina de Aragão, de quem o rei quis se separar, como de fato o fez após a reforma.

Eduardo deu continuidade à política religiosa de seu pai, que foi interrompida por Maria 1ª. Filha de espanhola - e casada, à época, com Felipe 2º, rei da Espanha, país de maioria católica -, a rainha perseguiu os protestantes ingleses, naquilo que representou um breve revés à reforma anglicana.

Com sua morte, em 1558, Elizabeth 1ª, filha do segundo casamento de Henrique (o rei teve seis esposas), foi coroada rainha. Seu governo representou a consolidação da reforma e o fortalecimento do poder real. Ao mesmo tempo, implementou uma política econômica fundamentada no mercantilismo, estimulou o desenvolvimento da marinha inglesa (tal como fizera seu pai) e iniciou a colonização da América do Norte.

Foi no governo de Elizabeth também que ocorreu o chamado "cercamento". As terras passaram a ser utilizadas como pasto para ovelhas, de onde se obtinha a lã, matéria-prima para a manufatura de tecidos. Os camponeses expulsos das terras migraram para as cidades, num movimento que está na origem da Revolução Industrial.

Revolução Gloriosa

Sem herdeiros diretos, a morte da rainha, em 1603, abriu uma longa crise política, que se estendeu por mais de oito décadas. Nesse período, a Inglaterra teve inclusive uma curta experiência republicana. Além da mudança de dinastia (de Tudor para Stuart), outro aspecto marcante desse período foi o fortalecimento da burguesia nacional e o aumento das tensões sociais provocadas pelo crescimento das cidades, consequência dos cercamentos.

Golpes, ditadura, restauração política - tudo isso fez daquele período uma fase extremamente agitada, que só foi encerrada no final do século 17, com a Revolução Gloriosa. Era o fim do absolutismo e o começo da monarquia constitucional na Inglaterra.

Como o absolutismo inglês que ocorreu durante a dinastia ficou marcado?

O Absolutismo Inglês iniciou-se com a dinastia Tudor (1485-1603) e encerrou com o fim do governo de Jaime II em 1688, quando Guilherme de Orange invadiu a Inglaterra, jurou o Bill of Rights (Declaração dos Direitos) e instaurou a monarquia parlamentar em substituição à monarquia absolutista.

O que marcou o absolutismo inglês?

O período elizabethano, que se iniciou em 1558, marcou a consolidação do absolutismo monárquico na Inglaterra, com a supressão legal do Parlamento e a imposição da teoria sobre a origem divina do poder real.

O que marcou a dinastia Tudor?

A Dinastia Tudor: Henrique VIII O reinado de Henrique VIII foi marcado pelo rompimento com a Igreja Católica e a consequente criação da Igreja Anglicana, em que o rei seria também o chefe religioso.

Por que o absolutismo na Inglaterra durante a dinastia Tudor é absolutismo de fato?

O absolutismo na Inglaterra foi marcado por uma importante diferença quando comparado às outras monarquias europeias. Desde 1215, o poder do rei estava limitado pela Carta Magna. Desta forma, além da nobreza e da Igreja, os reis ingleses tinham que levar em conta o Parlamento quando governavam.