A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás

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Teoria Cin�tica dos Gases

�NDICE

Introdu��o

Modelo para um G�s Ideal

Press�o

Temperatura

Energia Interna

Equiparti��o da Energia

Calor

Equivalente Mec�nico do Calor

Calor Espec�fico

Capacidades T�rmicas dos Gases

For�as Intermoleculares

Equa��o de Van der Waals

Constante a de Van der Waals

Constante b de Van der Waals

Gases Reais

Isoterma Real

Mudan�a de Fase

Estados Metaest�veis

Diagrama de Fases

Calor Latente

Condu��o

Convec��o

Radia��o

Dilata��o dos S�lidos

Introdu��o

     Os gases n�o t�m formas permanentes nem volumes definidos porque tendem a preencher completamente os recipientes onde s�o colocados. Os gases t�m alta compressibilidade e nas mesmas condi��es exercem aproximadamente a mesma press�o.

     A teoria cin�tica explica de modo satisfat�rio essas e outras propriedades dos gases a partir de um modelo microsc�pico em que um g�s � descrito como composto de um grande n�mero de part�culas em cont�nuo movimento, colidindo umas com as outras e com as paredes do recipiente.

     Como o volume ocupado pelas part�culas � muito menor do que o volume do recipiente, as for�as exercidas pelas part�culas umas sobre as outras s�o muito pouco efetivas. Isso explica a alta compressibilidade do g�s e a tend�ncia que as part�culas t�m de ocupar todo o volume dispon�vel.

     A press�o do g�s � compreendida em termos da taxa de transfer�ncia da quantidade de movimento das part�culas para as paredes do recipiente por causa das colis�es e a temperatura, em termos da energia cin�tica m�dia das part�culas.

     A teoria cin�tica � uma teoria microsc�pica em que as leis da mec�nica newtoniana s�o consideradas verdadeiras em escala molecular. Mas como um g�s � descrito como composto de um n�mero extremamente grande de part�culas, n�o se pode pretender especificar as posi��es e as velocidades de cada uma dessas part�culas e tentar aplicar as leis de Newton para calcular os valores individuais das grandezas f�sicas de interesse.

     Ao inv�s disso, procedimentos estat�sticos s�o usados para calcular valores m�dios. De qualquer forma, o que se mede experimentalmente s�o valores m�dios e os resultados da teoria concordam muito bem com os dados experimentais.

Modelo para um G�s Ideal


     Todo modelo � uma constru��o imagin�ria que incorpora apenas as caracter�sticas consideradas importantes para a descri��o do sistema f�sico em quest�o.

     Estas caracter�sticas s�o selecionadas intuitivamente ou por conveni�ncia matem�tica.

     A validade de um modelo � determinada pela experimenta��o.

     O modelo da teoria cin�tica para um g�s ideal se baseia nas seguintes hip�teses.

     A caracter�stica mais importante desse modelo da teoria cin�tica � que as mol�culas, na maior parte do tempo, n�o exercem for�as umas sobre as outras, exceto quando colidem.

     Para justificar essa caracter�stica considere-se o seguinte.

     Segundo a lei das press�es parciais de Dalton, a press�o total de uma mistura de gases � a soma das press�es que cada g�s exerceria se os demais n�o estivessem presentes. Isto significa que s�o desprez�veis as for�as entre as mol�culas de um g�s e as mol�culas dos outros gases da mistura.

     Agora, pensando em um g�s como uma mistura de dois gases id�nticos, pode-se concluir que s�o desprez�veis as for�as entre suas pr�prias mol�culas.

     Assim, todas as propriedades macrosc�picas �bvias de um g�s s�o conseq��ncias prim�rias do movimento das suas mol�culas e � por isso que se fala em teoria cin�tica dos gases.

     As conseq��ncias mais importantes desse modelo cin�tico s�o as rela��es:

     PV =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
N { � m[v
2]}

     � m[v 2] =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
kT

onde P representa a press�o, V, o volume, T, a temperatura Kelvin, N, o n�mero de mol�culas do g�s, k, a constante de Boltzmann, e [v2], o valor m�dio dos quadrados dos m�dulos das velocidades de transla��o.

     A primeira express�o relaciona a press�o do g�s � energia cin�tica m�dia de transla��o das suas mol�culas.

     A segunda express�o relaciona a temperatura absoluta (Kelvin) a essa mesma energia cin�tica m�dia.

     Se a press�o de um g�s aumenta (a volume constante), a energia cin�tica m�dia de suas mol�culas aumenta e, tamb�m, a sua temperatura.

Press�o

     A express�o que relaciona a press�o de um g�s ideal � energia cin�tica m�dia de transla��o das suas mol�culas:

     PV =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
N { � m[v 2]}


pode ser deduzida pela teoria cin�tica porque esta relaciona a press�o do g�s �s vari�veis microsc�picas do movimento das suas mol�culas considerando a press�o exercida pelo g�s sobre as paredes do recipiente que o cont�m como devida aos choques de suas mol�culas contra estas paredes.
     Como a press�o � a mesma em todas as paredes do recipiente, basta considerar a press�o em uma �nica parede. Assim, considere-se uma mol�cula de massa m que se move em um recipiente c�bico.

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás

     A dist�ncia d, percorrida no intervalo de tempo Dt, e n', o n�mero de colis�es da mol�cula contra a parede em quest�o durante o mesmo intervalo de tempo Dt, s�o:

     d = vXDt

e


     n' = d / 2L = v
XDt / 2L

onde vX � o m�dulo da componente da velocidade da mol�cula ao longo do eixo x e L, o comprimento da aresta do cubo.

     Se Dt' � o intervalo de tempo entre duas colis�es sucessivas:


     
Dt' = 2L / vX

o m�dulo da for�a que a parede exerce sobre a mol�cula em uma colis�o �:

     F' = ma = m [ ( - vX ) - ( vX ) ] / Dt' = - 2mvX / Dt'

     Pela terceira lei de Newton, o m�dulo da for�a exercida pela mol�cula sobre a parede em uma colis�o �:

     F = - F' = 2mvX / Dt' = mvX2 / L

e o m�dulo da for�a total sobre a parede devido a todas as N mol�culas �:

     FT = m ( v1X2 + v2X2 + ... + vNX2 ) / L = mN [vX2] / L

onde [vX2] � o valor m�dio dos quadrados dos m�dulos das componentes das velocidades das mol�culas do g�s ao longo do eixo x.

     Sendo A = L2 a �rea da parede considerada, a press�o do g�s sobre essa parede �:

     P = FT / A = mN [vX2] / V

onde V � o volume do recipiente.

     Mas, v2 = vX2 + vY2 + vZ2. E como existe, no recipiente, um n�mero muito grande de mol�culas que se movem de maneira completamente aleat�ria:

     [vX2] = [vY2] = [vZ2]

e
     [v
2] = 3 [vX2]

e se pode escrever:

     PV =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
N { � m[v 2]}

     Aqui, mN = M � a massa do g�s e [v 2] � o valor m�dio do quadrado das velocidades moleculares.
     Esta express�o relaciona a press�o de um g�s ideal com a energia cin�tica m�dia de transla��o das suas mol�culas.

     Este resultado continua verdadeiro mesmo levando-se em conta as colis�es entre mol�culas. Nas colis�es el�sticas entre part�culas id�nticas existe a troca das velocidades. Assim, se uma mol�cula � desviada de sua trajet�ria antes de colidir com a parede, outra toma o seu lugar.

     E o resultado �, tamb�m, independente da forma do recipiente. Dado um recipiente qualquer, pode-se imaginar no seu interior uma regi�o c�bica e, para esta, vale a demonstra��o dada acima. E como a press�o � a mesma em todos os pontos do recipiente se o g�s est� em equil�brio, a press�o calculada tamb�m vale para as paredes, qualquer que seja a sua forma.

Temperatura

     A express�o que relaciona a temperatura absoluta do g�s ideal � energia cin�tica m�dia de transla��o das suas mol�culas pode ser deduzida da seguinte forma.

     A press�o de um g�s ideal est� relacionada � energia cin�tica m�dia de transla��o das suas mol�culas pela express�o:

     PV =

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N { � m[v 2] }

     Sendo Na o n�mero de Avogadro, k, a constante de Boltzmann, e n, o n�mero de mols do g�s, como N = nNa e Na = R / k, a express�o acima pode ser escrita:

     PV = nR ( 2 / 3k ){ � m[v 2] }

     Para que esta express�o, dada pela teoria cin�tica, esteja conforme a equa��o de Clapeyron PV = nRT, deve ser verdade que:

     

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
kT = � m[v 2]

ou seja, a energia cin�tica m�dia das mol�culas de um g�s ideal deve ser diretamente proporcional � temperatura absoluta deste g�s.

     Costuma-se dizer que a temperatura � uma medida da energia cin�tica m�dia das mol�culas do g�s.
     Conforme a lei zero da termodin�mica, a temperatura deve estar relacionada com uma grandeza f�sica que caracterize o estado de um g�s e que seja igual para dois gases quaisquer que se encontrem em equil�brio t�rmico. Assim, � a energia cin�tica m�dia do movimento de transla��o das mol�culas do g�s que possui esta propriedade excepcional.

     Se as energias cin�ticas m�dias das mol�culas de dois gases s�o iguais, n�o existe, em termos m�dios, qualquer fluxo de energia entre esses gases.

Energia Interna

     A soma de todas as energias cin�ticas e energias potenciais de todas as part�culas que constituem o sistema em quest�o � chamada energia interna do sistema.

     No caso de um g�s ideal, a energia interna � simplesmente a soma das energias cin�ticas das mol�culas que o constituem.

Equiparti��o da Energia


     No modelo cin�tico para um g�s ideal, cada mol�cula possui apenas movimento de transla��o.

     Como este movimento pode ser decomposto em tr�s movimentos ortogonais, afirma-se que cada mol�cula tem tr�s graus de liberdade.

     Por outro lado, da express�o:

     

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
kT = � m[v 2]

pode-se ver que, para cada grau de liberdade de transla��o, cada mol�cula tem uma energia � kT.

     Assim, a energia interna de um g�s ideal, isto �, a soma das energias cin�ticas das N mol�culas que o constituem, pode ser escrita:

     U = N { � m[v2]} = 3N { � kT}

     Para a descri��o dos gases reais, principalmente quanto aos seus calores espec�ficos, � necess�rio levar em conta outros graus de liberdade como, por exemplo, os graus de liberdade de rota��o (para mol�culas n�o esf�ricas) e de vibra��o (para mol�culas n�o r�gidas).

     Se o resultado acima for estendido a estes outros graus de liberdade, pode-se enunciar o teorema de equiparti��o de energia:

     A cada grau de liberdade de cada mol�cula, qualquer que seja a natureza do movimento correspondente, est� associada uma energia � kT.

Calor

     Calor � o processo de transfer�ncia de energia de um corpo a outro (ou de uma regi�o a outra dentro do mesmo corpo) exclusivamente devido � diferen�a de temperatura entre eles.

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     O processo espont�neo de transfer�ncia sempre ocorre do corpo de maior para o de menor temperatura.
     O corpo A tem sua energia interna diminu�da e o corpo B tem sua energia interna aumentada.
     N�o faz sentido afirmar-se que os corpos possuem calor. Eles t�m, isto sim, energia interna. A grandeza associada � energia interna � a temperatura.

     Tendo em vista a defini��o de calor dada acima, deve ficar claro que n�o s�o apropriadas as seguintes express�es, encontradas nos textos did�ticos tanto do ensino m�dio quanto do ensino superior: calor do corpo, fluxo de calor e troca de calor.

Equivalente Mec�nico do Calor


     No experimento de Joule, um certo corpo A, caindo de uma altura h, faz girar um sistema de h�lices no interior de um l�quido.

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     Como resultado, a energia interna do l�quido aumenta e aumenta, tamb�m, a sua temperatura.
     Igualando essa quantidade de energia que entra no l�quido pelo trabalho mec�nico com a quantidade de energia que, pelo calor, provoca a mesma varia��o de temperatura, tem-se a rela��o entre o joule e a caloria, rela��o esta chamada, por quest�es hist�ricas, de equivalente mec�nico do calor:

     1 cal = 4,185 J

     A caloria � definida como a quantidade de energia necess�ria para elevar a temperatura de um grama de �gua de 14,5 0C para 15,5 0C.

Calor Espec�fico

     Se o processo de troca de energia entre um corpo e a sua vizinhan�a � causado por diferen�a de temperatura e faz variar a temperatura do corpo, o processo � chamado de calor sens�vel.
     Nesse caso, pode-se associar � subst�ncia que constitui o corpo as propriedades que, por raz�es hist�ricas, s�o chamadas de calor espec�fico e capacidade t�rmica molar.
     Sendo Q a quantidade de energia que flui da vizinhan�a para o corpo de massa m e
DT, a correspondente varia��o de temperatura do corpo, define-se o calor espec�fico pela express�o:

c = Q / mDT

     O calor espec�fico representa a quantidade de energia necess�ria para elevar de 1 0C a temperatura de 1 g da subst�ncia considerada.

     O calor espec�fico depende da temperatura ao redor da qual a varia��o DT � medida. Mas, por quest�es did�ticas, aqui se considera o caso em que o calor espec�fico � constante no intervalo de temperatura que define DT.

     Exemplo

     Mistura-se 2 litros de �gua a 20

0C com 8 litros de �gua a 50 0C. Calcule a temperatura final da mistura no equil�brio t�rmico.

Pela defini��o de calor espec�fico, o corpo de 8 litros de �gua perde uma quantidade de energia:

     Q =

- cmA ( TF- TA ) = - c ( 8 kg ) ( TF- 50 0C )


e o corpo de 2 litros de �gua ganha uma quantidade de energia:


     Q' = cmB ( T
F- TB ) = c ( 2 kg ) ( TF- 20 0C )


onde c representa o calor espec�fico da �gua. Se n�o existe perda de energia, Q = Q' e um pouco de �lgebra leva ao resultado T
F = 44 0C.

     O calor espec�fico definido pela express�o Q = cm DT varia grandemente de uma subst�ncia para outra. Mas, tomando-se amostras com o mesmo n�mero de part�culas, isso n�o acontece. Por isso, define-se alternativamente a capacidade t�rmica molar:

     Cm = Q / nDT

onde n � o n�mero de mols da subst�ncia que comp�e o corpo.

     Como exemplo, a tabela abaixo mostra calores espec�ficos e capacidades t�rmicas molares para algumas subst�ncias met�licas s�lidas ou l�quidas � temperatura ambiente.

Subst�ncia

c (cal / g 0C)

Cm (cal / mol 0C)

Alum�nio

0,215

5,82

Chumbo

0,031

6,40

Cobre

0,092

5,85

Ferro

0,112

6,26

Merc�rio

0,033

6,60

Prata

0,056

6,09

Capacidades T�rmicas dos Gases


     Estritamente falando, a capacidade t�rmica molar (assim como o calor espec�fico) depende das condi��es nas quais a energia flui da vizinhan�a para o corpo em quest�o.

     Ent�o, define-se as capacidades t�rmicas molares a press�o constante e a volume constante, respectivamente, pelas express�es:

    Cmp = Qp / nDT


    C
mv = Qv / nDT

     Pela primeira lei da termodin�mica, a varia��o da energia interna de um certo sistema por efeito da troca de uma quantidade Q de energia na forma de calor e de uma quantidade W na forma de trabalho �:

     DU = Q - W


de modo que, para um g�s ideal num processo a press�o constante:

     Qp = DU + PDV = DU + nRDT

e como, para um processo a volume constante, Qv = DU, segue-se que:

     Qp / nDT = Qv / nDT + R

e da�:

     Cmp = Cmv + R

     Esta rela��o vale para gases ideais.

     De qualquer modo, para todas as subst�ncias, a capacidade t�rmica molar a press�o constante � sempre maior do que a capacidade t�rmica molar a volume constante, embora o valor da sua diferen�a dependa da subst�ncia em quest�o.

     Isto pode ser entendido levando-se em conta que, para a mesma quantidade de energia que � absorvida por um corpo, a temperatura se eleva mais no caso em que o volume do corpo permanece constante porque, ent�o, o corpo n�o perde energia realizando trabalho contra a vizinhan�a.

     Pela express�o acima, calculando a capacidade t�rmica molar a volume constante de um g�s com comportamento ideal pode-se obter a capacidade t�rmica molar a press�o constante desse mesmo g�s.

     A capacidade t�rmica molar a volume constante pode ser calculada pela teoria cin�tica.

     A quantidade de energia Q fornecida ao g�s na forma de calor aumenta sua energia interna de uma quantidade Q = DU. Se, nesse processo, o volume do g�s permanece constante, pode-se escrever:

     C

mv = DUv / nDT

     Gases de Mol�culas Esf�ricas

     Para gases cujas mol�culas podem ser consideradas esf�ricas, cada mol�cula tem tr�s graus de liberdade de transla��o.

     A simetria esf�rica significa que n�o tem sentido falar na rota��o da mol�cula e, sendo assim, n�o se pode considerar qualquer grau de liberdade de rota��o.

     Ent�o, a energia interna do g�s deve ser dada por:

     U = 3N { � kT} =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
nRT


     A primeira igualdade decorre do teorema de equiparti��o da energia e a segunda, das rela��es

N = nNa e Na = R / k.

     Ent�o, como n e R s�o constantes:

     DU =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
nRDT

ou seja:


     C
mv = 3R / 2

     Cmp = 5R / 2

     Tomando R

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
2 cal / mol K vem:

     Cmv

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
3 cal / mol K

     Cmp

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
5 cal / mol K

    Gases de Mol�culas Biat�micas

     Para gases cujas mol�culas s�o biat�micas e podem ser consideradas r�gidas, cada mol�cula tem cinco graus de liberdade, tr�s de transla��o e dois de rota��o.

     Assim:

     U =

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
nRT

e
     C
mv = 5R / 2

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
5 cal / mol K

     Cmp = 7R / 2

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
7 cal / mol K

   Gases de Mol�culas Poliat�micas

     Para gases cujas mol�culas s�o poliat�micas e podem ser consideradas r�gidas, cada mol�cula tem seis graus de liberdade, tr�s de transla��o e tr�s de rota��o.


     Assim:

     U = 3nRT

e
     C
mv = 3R

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
6 cal / mol K

     Cmp = 4R

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
8 cal / mol K

     Tabela de Capacidades T�rmicas Molares

     Esses dados (em cal / mol 0C) valem para temperatura de 20 0C e press�o de 1 atm.

G�s

Cmp

Cmv

Cmp- Cmv

He

4,97

2,98

1,99

Ar

4,97

2,98

1,99

H2

6,87

4,88

1,99

N2

6,95

4,96

1,99

Cl2

8,29

6,15

2,14

CO2

8,83

6,80

2,03

SO2

9,65

7,50

2,15

C2H6

12,35

10,30

2,05

     Essa tabela mostra que o modelo de esfera r�gida � um bom modelo para as mol�culas de h�lio e arg�nio na temperatura de 20

0C. Tamb�m o modelo de haltere r�gido � um bom modelo para mol�culas de hidrog�nio e nitrog�nio nessa mesma temperatura. Na verdade, para a maioria dos gases monoat�micos e biat�micos, os valores das capacidades t�rmicas molares est�o pr�ximos dos obtidos para gases ideais.

    Para alguns gases biat�micos como o cloro, por exemplo, e para a maioria dos poliat�micos, os valores das capacidades t�rmicas molares s�o maiores do que os previstos. Isto significa que o modelo de mol�cula r�gida n�o � apropriado, ou seja, mesmo a 20 0C, os choques intermoleculares causam vibra��es nas mol�culas e os correspondentes graus de liberdade devem ser levados em conta.

     Por outro lado, gases como o hidrog�nio e o nitrog�nio, que parecem se adaptar perfeitamente ao modelo de mol�cula r�gida a essa temperatura, podem ter outro comportamento a temperaturas mais altas.

     Lei de Dulong-Petit

     Cada �tomo de um s�lido tem seis graus de liberdade, tr�s associados � energia cin�tica e tr�s associados � energia potencial de intera��o com os �tomos vizihos.

     Se o teorema de equiparti��o da energia vale para um s�lido a altas temperaturas, vem:

     U = 3nRT

     Cmv = 3R

     Esta �ltima � a express�o matem�tica da lei de Dulong-Petit, que vale para s�lidos a altas temperaturas.

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     A figura representa a capacidade t�rmica molar a volume constante para o cobre s�lido.

For�as Intermoleculares


     As mol�culas exercem atra��o umas sobre as outras quando separadas por dist�ncias da ordem de alguns angstroms e a intensidade destas for�as diminui rapidamente � medida que as dist�ncias intermoleculares aumentam.

     Em outras palavras, as for�as intermoleculares t�m alcances muito curtos.

     Quando as mol�culas est�o muito pr�ximas umas das outras, elas se repelem e a intensidade desta for�a de repuls�o aumenta muito rapidamente � medida que diminui a separa��o intermolecular.
     Estas caracter�sticas das for�as intermoleculares s�o representadas indiretamente pela curva da energia potencial de um par de mol�culas em fun��o da dist�ncia entre seus centros de massa.

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás


     A figura mostra as curvas de energia potencial para tr�s gases inertes.
     Como, a 20
0C, kT

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
253 x 10-4 eV, o valor da energia potencial � bem menor que o valor de kT para temperaturas ordin�rias, desde que as mol�culas n�o estejam muito pr�ximas umas da outras.
     E pelo fato de as mol�culas estarem em geral bastante separadas a press�es ordin�rias, a energia potencial m�dia de intera��o � muito menor do que a energia cin�tica m�dia e, em conseq��ncia, � esta �ltima que � grandemente respons�vel pelo comportamento observado dos gases.
     Isso explica o sucesso do modelo cin�tico dos gases

Equa��o de Van der Waals

     Define-se g�s ideal, termodinamicamente, como o g�s cujas propriedades est�o relacionadas pela equa��o PV = nRT e, cineticamente, como o g�s cujas mol�culas n�o interagem entre si e t�m apenas energia cin�tica de transla��o.

     Os gases reais t�m comportamento que se desvia do ideal.

     A mais conhecida equa��o de estado para gases reais � a equa��o de Van der Waals: [ P + a( n / V )2 ]( V - nb ) = nRT

onde a e b, chamadas constantes de Van der Waals, s�o par�metros ajust�veis caracter�sticos de cada g�s em particular.

     A tabela abaixo mostra os valores de a (em Jm3 / mol2) e b (em 10-5 m3 / mol ) para alguns gases.

G�s

a

b

He

0,0035

2,37

Ne

0,0214

1,71

Kr

0,2351

3,98

Xe

0,4246

5,10

Ar

0,1358

3,22

H2

0,0248

2,66

O2

0,1378

3,18

N2

0,1409

3,91

CO2

0,3640

4,27

H2O

0,5507

3,04

Cl2

0,6580

5,62

CH4

0,2280

4,28

     Pode-se observar, nesta tabela, que as constantes a e b para os gases h�lio, ne�nio e hidrog�nio t�m valores muito baixos, indicando um comportamento muito pr�ximo do ideal na fase gasosa.
     A equa��o de Van der Waals pode ser pensada como derivada da equa��o dos gases ideais levando-se em conta as for�as intermoleculares de atra��o e repuls�o.
     As for�as de atra��o se anulam mutuamente para mol�culas no interior da massa gasosa, mas n�o para mol�culas junto � parede do recipiente. Portanto, sobre essas mol�culas existem for�as resultantes dirigidas para dentro da massa gasosa.

     A press�o P do g�s � igual a press�o ideal P* menos um termo de press�o p associado a estas for�as: P = P* -p.

     Este termo p deve ser proporcional ao n�mero de mol�culas junto � parede (p ~ n / V) e tamb�m proporcional ao n�mero de mol�culas do interior da massa gasosa que solicitam as mol�culas de junto � parede (novamente p ~ n / V), onde n � o n�mero de mols e V, o volume do recipiente que cont�m o g�s.

     Assim, p ~ ( n / V )2 e pode-se escrever:


[1]   P* = P + a( n / V )
2


     Por outro lado, entre as mol�culas de um g�s ideal n�o existem for�as de repuls�o. Assim, n�o se pode falar em volume pr�prio para as mol�culas.

     Em outras palavras, cada mol�cula do g�s ideal tem a sua disposi��o todo o volume do recipiente.
     Para levar em conta as for�as de repuls�o entre as mol�culas, ou seja, seu volume pr�prio, deve-se levar em conta que o volume V* (aquele dispon�vel para o movimento das mol�culas) � igual ao volume V do recipiente menos um termo nb, associado ao volume exclu�do e correspondente ao volume pr�prio das mol�culas do g�s. Aqui, n � o n�mero de mols e b, o covolume, ou seja, o volume exclu�do por mol de mol�culas.

     Assim:

     V* = V

- nb


     Substituindo P* e V* na equa��o de estado dos gases ideais, P*V* = nRT, o resultado � a equa��o de estado de Van der Waals.


     Exemplo

     Sejam duas amostras, uma de oxig�nio e outra de vapor d��gua, com iguais temperaturas, volumes e n�meros de mol�culas.

     Se essas amostras fossem consideradas como gases ideais, elas teriam a mesma press�o.

     Para o oxig�nio e o vapor d��gua, a constante a de Van der Waals vale, respectivamente, 0,1378 e 0,5507. Se as amostras fossem consideradas como gases de Van der Waals, pela express�o [1] se poderia concluir que o vapor d'�gua deveria ter a press�o menor.

Constante a de Van der Waals

     A constante a de Van der Waals est� associada �s for�as de atra��o entre as mol�culas do g�s e quanto mais alto o seu valor, mais intensas s�o essas for�as.

     Numa rea��o qu�mica, algumas liga��es qu�micas s�o quebradas nas mol�culas reagentes e outras s�o formadas para constituir os produtos, envolvendo energias entre 50 e 100 kcal / mol ou entre 200 e 400 kJ / mol.

     As for�as intermoleculares, que causam as atra��es e repuls�es entre mol�culas sem quebra ou forma��o de novas liga��es qu�micas, envolvem energias entre 0,5 e 10 kcal / mol ou entre 2 e 40 kJ / mol.

     As for�as intermoleculares s�o essencialmente de natureza el�trica e est�o relacionadas com as propriedades termodin�micas das subst�ncias nas suas diferentes fases de agrega��o (l�quida, s�lida e gasosa).

     Na fase gasosa, as mol�culas est�o constantemente em movimento e muito separadas umas das outras. Na fase s�lida, as mol�culas est�o muito pr�ximas umas das outras e s� podem se mover ao redor dos pontos que definem a rede cristalina. Na fase l�quida, as mol�culas est�o pr�ximas umas das outras mas podem se movem por dist�ncias maiores.

     A intensidade das for�as intermoleculares de atra��o determina em que fase a subst�ncia se encontra para uma dada press�o e uma dada temperatura.

     O estado de uma dada amostra de subst�ncia muda quando muda sua temperatura ou press�o.

     A temperatura pode ser pensada como uma medida da energia m�dia associada a cada grau de liberdade de cada mol�cula. Quanto mais energia � fornecida � amostra da subst�ncia considerada, mais aumenta a energia m�dia associada a cada grau de liberdade e mais aumenta a sua temperatura.

     Com o aumento da energia das mol�culas, mais elas tendem a se afastar umas das outras contra o efeito das for�as intermoleculares de atra��o.

     Assim, se a press�o � mantida constante, a eleva��o da temperatura pode levar a subst�ncia da fase s�lida para a fase l�quida e da fase l�quida para a fase gasosa.

     O aumento da press�o tem um efeito oposto porque, � medida que as mol�culas se aproximam cada vez mais umas das outras, mais efetivas se tornam as for�as de atra��o.

     Se a temperatura � mantida constante, o aumento da press�o pode levar a subst�ncia da fase gasosa para a fase l�quida e da fase l�quida para a fase s�lida.

     Por outro lado, � medida que a magnitude das for�as intermoleculares aumenta, mais energia � necess�ria para afastar as mol�culas umas das outras.

     Para uma amostra de uma dada subst�ncia, as mudan�as da fase s�lida para a fase l�quida e da fase l�quida para a fase gasosa ocorrem �s custas do fornecimento de certas quantidades de energia. Estas quantidades de energia est�o diretamente relacionadas �s intensidades das for�as intermoleculares nas fases s�lida e l�quida.

    Como a energia interna est� diretamente relacionada � temperatura, quanto mais intensas as for�as intermoleculares mais altos ser�o os pontos de fus�o e de ebuli��o.

Constante b de Van der Waals

     A constante b de Van der Waals est� associada �s for�as intermoleculares de repuls�o, que se tornam importantes quando as mol�culas est�o muito pr�ximas umas das outras.

     As principais contribui��es a esse efeito v�m da repuls�o eletrost�tica entre os el�trons e, para dist�ncias menores ainda, da repuls�o entre os n�cleos dessas mol�culas.

     Essas for�as intermoleculares de repuls�o determinam a dificuldade de compress�o de um l�quido ou um s�lido.

     Assim, indiretamente, a constante b est� associada ao tamanho pr�prio das mol�culas do g�s.


     Raio At�mico e Molecular

     Considere-se as mol�culas como esferas r�gidas de raio R e volume v, isto �, v = 4pR3 / 3.

     A dist�ncia de maior aproxima��o entre duas mol�culas � 2R. Ent�o, a metade do volume da regi�o esf�rica de raio 2R deve ser igual ao volume exclu�do por mol�cula:

     v' = � [ 4p ( 2R )3 / 3 ] = 4v

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás


     E o volume exclu�do por mol, representado pelo par�metro b da equa��o de Van der Waals, fica dado por:


     b = 4vNa

onde Na � o n�mero de Avogadro.

    As express�es acima permitem escrever, para o raio das mol�culas:

     R = [ 3b / 16p Na ]1/3


     Exemplo

     O g�s h�lio � um g�s nobre e, por isso, � constitu�do n�o por mol�culas, mas por �tomos. Para esse g�s:

     b = 2,37 x 10-5 m3 / mol

     Pode-se estimar o raio dos �tomos de He considerando-os como esferas r�gidas. Ent�o, pela express�o acima:

     R

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[ 3 ( 2,37 x 10-5 m3 / mol ) / 16p ( 6,02 x 1023 / mol ) ]1/3
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1,33 x 10
-10 m
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1,33
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     Assim, por exemplo, um valor alto para a constante a de Van der Waals pode significar um alto ponto de ebuli��o.

Gases Reais

     A dist�ncia m�dia percorrida por uma mol�cula entre duas colis�es sucessivas � chamada livre caminho m�dio.

     � medida que o volume do recipiente cresce, com a temperatura constante, o livre caminho m�dio das mol�culas se torna cada vez maior e as for�as intermoleculares se tornam cada vez menos efetivas.

     � medida que a temperatura cresce, com o volume constante, a energia cin�tica m�dia das mol�culas cresce e as for�as intermoleculares se tornam cada vez menos efetivas porque o tempo de colis�o diminui.

     Assim, o comportamento de um g�s real se aproxima do comportamento de um g�s ideal para baixas press�es e/ou altas temperaturas.

     A alta compressibilidade de um g�s � explicada pelos pequenos volumes pr�prios das mol�culas relativamente ao espa�o dispon�vel para o seu movimento.

     A lei de Boyle-Mariotte e a lei de Charles valem para gases ideais. Em outras palavras, valem para um g�s real na medida em que ele se comporta como ideal.

     Pela teoria cin�tica compreende-se que a press�o aumenta � medida que o volume diminui (lei de Boyle-Mariotte) porque as mol�culas colidem com maior freq��ncia com as paredes do recipiente, e que a press�o aumenta com o aumento da temperatura (lei de Charles) porque a eleva��o da temperatura aumenta a velocidade m�dia das mol�culas e, com isso, aumenta tanto a freq��ncia das colis�es com as paredes quanto as transfer�ncias de momentum (quantidade de movimento).

     O sucesso da teoria cin�tica mostra que a massa e o movimento s�o as �nicas propriedades moleculares respons�veis pelas leis de Boyle-Mariotte e de Charles.

     No modelo cin�tico descrito acima, o volume pr�prio das mol�culas � inteiramente desprezado comparado ao volume dispon�vel para o seu movimento e, tamb�m, as for�as coesivas entre as mol�culas s�o consideradas sem efeito.

    Assim, os comportamentos dos gases reais que se desviam do comportamento predito pelas leis de Boyle-Mariotte e de Charles d�o indica��es da exist�ncia de for�as entre mol�culas de tamanho finito e de suas intensidades.

     Se for colocado em um gr�fico PV / RT � temperatura constante, contra a press�o, a lei de Boyle-Mariotte fica representada por uma linha horizontal.

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     A figura mostra o caso de tr�s gases a 0
0C.

     A forma das curvas para o oxig�nio e o di�xido de carbono pode ser entendida do seguinte modo.

     As for�as intermoleculares s�o efetivas quando as mol�culas est�o relativamente pr�ximas umas das outras e ficam assim por um intervalo de tempo suficiente para que as for�as atuem [deve-se lembrar que D(mv) = FDt].

     Se as for�as s�o efetivas, o resultado � que as mol�culas chegam mais perto umas das outras do que no caso de n�o serem efetivas.

     A press�es baixas, as for�as n�o s�o efetivas porque as mol�culas est�o muito afastadas.

     E a temperaturas elevadas, mesmo com altas press�es, as for�as tamb�m n�o s�o efetivas porque as mol�culas, movendo-se muito depressa, n�o permanecem um tempo suficiente pr�ximas uma das outras.

     Para baixas temperaturas, � medida que a press�o � aumentada a partir de zero, as mol�culas come�am a ser comprimidas em volumes cada vez menores e as for�as intermoleculares, tornando-se efetivas, agem de forma a tornar as mol�culas mais pr�ximas umas das outras.

     Assim, a densidade do g�s cresce a uma taxa maior do que a taxa causada apenas pelo aumento da press�o. O produto da press�o pelo volume decresce porque o volume diminui mais rapidamente do que o aumento de press�o.

     Quando o volume pr�prio das mol�culas come�a a ficar importante frente ao volume dispon�vel para o seu movimento, ocorre um efeito oposto.

     A medida que as mol�culas s�o agrupadas em um volume cada vez menor, o seu volume pr�prio vai se tornando cada vez mais significativo em rela��o ao volume do recipiente e o espa�o dispon�vel para o seu movimento decresce.

     O dobro de mol�culas, por exemplo, s� podem ser espremidas no que � realmente menos da metade do volume apenas por uma press�o que � mais do que duplicada, e o produto PV cresce com a press�o.

     Deste modo, para press�es suficientemente altas e temperaturas suficientemente baixas, as for�as coesivas assumem um papel dominante. Se elas s�o mais importantes do que as tend�ncias cin�ticas das mol�culas, o g�s pode perder suas propriedades caracter�sticas e se condensar num l�quido ou um s�lido.

Isoterma Real

     Dada a isoterma de Van der Waals para uma certa temperatura, a correspondente isoterma real para a mesma temperatura e os correspondentes pontos de descontinuidade associados �s transi��es de fase podem ser localizados pelo crit�rio de Maxwell.

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     A figura mostra, no plano PV, uma isoterma de Van der Waals (ABB*EC*CD) e a correspondente isoterma real (ABECD). Para localizar a isoterma real em rela��o � isoterma de Van der Waals pode-se fazer uso do crit�rio de Maxwell:


     �rea A1 = �rea A2


     Pela primeira lei da termodin�mica,
DU = Q - W. Ent�o, para um processo c�clico:DU = 0

     Q = W

     Por outro lado, para um processo revers�vel, a varia��o da entropia � dada por:

     DS = S [ DQ / T ]

     Ent�o, para um processo c�clico revers�vel, DS = 0, e se a temperatura T for constante:

     SDQ = Q = 0

     Como Q = W, segue-se que W = 0 para um processo c�clico revers�vel e isot�rmico.

     O ciclo BECC*EB*B � isot�rmico e revers�vel e, assim, o trabalho realizado, medido geometricamente pela correspondente �rea no diagrama P-V, deve ser nulo.

     Mas os ciclos EB*BE e EC*CE s�o descritos em sentidos opostos, de modo que as respectivas �reas associadas t�m sinais contr�rios. Como a �rea total � zero, os valores absolutos das �reas destes dois ciclos devem ser iguais. Esse � justamente o crit�rio de Maxwell.

Mudan�a de Fase

     As isotermas de Van der Waals s�o curvas cont�nuas. Portanto, n�o podem representar as transi��es de fase de vapor para l�quido e de l�quido para vapor, que se sabe serem transi��es descont�nuas.

     Em outras palavras, a equa��o de Van der Waals n�o contempla diferen�as estruturais entre l�quidos e gases.

     Na temperatura de liquefa��o, por exemplo, a press�o deixa de aumentar com a redu��o do volume, enquanto existir l�quido no sistema.

     A liquefa��o de um g�s com uma diminui��o isot�rmica de volume, por exemplo, se d� da seguinte maneira.

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     No estado A, o sistema tem um volume VA. Toda subst�ncia que constitui o sistema est� na fase gasosa.

     Diminuindo o volume do sistema de VA at� certo volume VB, a press�o aumenta at� o valor PS.

Em todos os estados da curva AB, a subst�ncia permanece na fase gasosa.

     Com a diminui��o do volume a partir de VB, a press�o permanece constante em PS, mas come�am a aparecer gotinhas de l�quido no sistema. A quantidade de l�quido vai aumentando at� que o volume do sistema atinja o valor VC.

     Se no estado B toda subst�ncia est� na fase gasosa, no estado C toda subst�ncia est� na fase l�quida.

     Como os l�quidos s�o quase incompress�veis, posteriores redu��es de volume a partir de VC s� podem ocorrer com grandes aumentos de press�o.

     A press�o PS, correspondente aos estados sobre o segmento BC, se chama press�o de vapor do l�quido ou press�o de satura��o do vapor. A esta press�o e na temperatura T considerada, coexistem em equil�brio as fases l�quida e gasosa.

Estados Metaest�veis

     Os estados correspondentes aos pontos da curva B*C* s�o inst�veis. Aqui, com o aumento da press�o, o volume cresce.

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     Se a subst�ncia for colocada em algum desses estados, um acr�scimo infinitesimal de press�o, por exemplo, originado por uma flutua��o estat�stica (inevit�vel) do sistema, ocasiona um acr�scimo de volume e este, por sua vez, outro acr�scimo de press�o, e assim, sucessiva e espontaneamente, at� que o sistema atinja o estado B*, a partir do qual a depend�ncia do volume com a press�o � a usual.

     Pela mesma raz�o, um decr�scimo infinitesimal de press�o leva a subst�ncia espontaneamente ao estado correspondente ao ponto C*.

     Os estados correspondentes aos segmentos BB* e C*C s�o metaest�veis e podem ser alcan�ados sob condi��es especiais.

     Os estados associados ao segmento BB* s�o estados de vapor supersaturado ou super-resfriado, com a subst�ncia totalmente na fase gasosa. Os correspondentes estados de equil�brio a esta temperatura e para um volume dado correspondem ao sistema com parte da subst�ncia na fase l�quida.

     Os estados correspondentes ao segmento C*C s�o estados de l�quido superaquecido, com a subst�ncia totalmente na fase l�quida. Os correspondentes estados de equil�brio a esta temperatura e para um volume dado correspondem ao sistema com parte da subst�ncia na fase gasosa.

     Um estado de vapor supersaturado � observado, por exemplo, quando um vaso fechado com ar e vapor d'�gua � rapidamente resfriado, desde que tenham sido removidos todos os tra�os de poeira do ar e n�o existam cargas el�tricas livres. Depois de algum tempo, apesar de tudo, aparecem gotinhas de l�quido nas paredes do vaso, indicando que o vapor supersaturado se decomp�s em vapor saturado e �gua.

Diagrama de Fases

     Desenhando v�rias isotermas reais no plano P-V e unindo os pontos de descontinuidade, o resultado � a chamada curva de satura��o.

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     Para temperaturas crescentes, os patamares correspondentes (BC, B*C*, etc.) s�o cada vez menores, terminando por se reduzir a um ponto, o ponto cr�tico (PC). Ao ponto cr�tico corresponde o estado cr�tico (PC, VC, TC) da subst�ncia em quest�o.

     Para temperaturas T > TC, n�o � mais poss�vel liquefazer o g�s, por maior que seja a press�o exercida sobre o sistema (mantendo a temperatura constante).

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     A isoterma cr�tica e a curva de satura��o dividem o plano P-V em quatro regi�es cujos pontos representam estados de g�s, de vapor seco, de l�quido e de mistura heterog�nea de l�quido com vapor saturado em equil�brio. O plano P-V assim dividido � o que se chama de diagrama de fases.

Calor Latente


     Se a energia recebida ou perdida por um corpo na forma de calor n�o causa varia��o de sua temperatura (
DT = 0), como nas mudan�as de fase, por exemplo, diz-se, por motivos hist�ricos, que existe calor latente.

     O calor latente � definido por:


     
L = Q / m


onde Q representa a quantidade de energia recebida ou perdida na forma de calor pelo corpo de massa m durante a mudan�a de fase (a temperatura constante).


     Exemplo

     Um bloco de gelo de 50 g � tirado de um congelador a 0

0C e colocado em um ambiente a 25 0C. Calcule a quantidade de energia na forma de calor que o corpo absorve at� atingir o equil�brio t�rmico com o ambiente sabendo que o calor latente de fus�o para o gelo vale 80 cal / g e o calor espec�fico da �gua, 1 cal / g 0C.

     Sendo Q1 a energia absorvida pelo gelo na mudan�a de fase e Q2 a energia absorvida pela �gua a 0 0C ao ser aquecida at� 25 0C, vem:


     Q1 = mL = 50 g ( 80 cal / g ) = 4.000 cal


     Q2 = mc
DT = 50 g ( 1 cal / g 0C ) ( 25 0C ) = 1.250 cal


e para a energia total:


     Q = Q1 + Q2 = 5.250 cal

Condu��o

     A transfer�ncia de energia de um ponto a outro por efeito de uma diferen�a de temperatura pode se dar por condu��o, convec��o e radia��o.

     Condu��o � o processo de transfer�ncia de energia atrav�s de um meio material, mas sem transporte de mat�ria, por efeito de uma diferen�a de temperatura.


     Atividade Experimental

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás

Condutividade T�rmica


     Sejam, num certo meio material, os pontos P1, com temperatura T1, e P2, com temperatura T2 (menor do que T1), de modo que sejam pequenas tanto a dist�ncia de separa��o,
Dx, quanto a diferen�a de temperatura, DT = T1 - T2.

     Devido � diferen�a de temperatura, existe transfer�ncia de energia de P1 para P2.

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás


     O fluxo de energia de P1 para P2, ou seja, a quantidade infinitesimal de energia (Q) por unidade de �rea e por unidade de tempo, que passa atrav�s de uma superf�cie perpendicular de �rea A, � proporcional � diferen�a de temperatura e inversamente proporcional � dist�ncia entre os pontos P1 e P2:

     Q / ADt = - kDT / Dx

     O sinal negativo expressa o fato de que a energia flui sempre da regi�o de maior temperatura para a de menor temperatura, ou seja, o fluxo de energia Q / ADt � positivo na dire��o em que a temperatura diminui.

     A constante de proporcionalidade positiva k, caracter�stica do meio, � chamada condutividade t�rmica.
     Materiais diferentes t�m condutividades diferentes. A tabela abaixo apresenta os valores da condutividade t�rmica para alguns materiais.

Material

k (kcal / s m 0C)

Cobre

9,2 x 10-2

Alum�nio

4,9 x 10-2

A�o

1,1 x 10-2

�gua

1,3 x 10-4

Vidro

2,0 x 10-4

Madeira

2,0 x 10-5

Corti�a

1,0 x 10-5

Ar

5,7 x 10-6

     Os metais s�o bons condutores de energia na forma de calor. Os l�quidos s�o maus condutores (embora possam transferir energia por convec��o). Tamb�m s�o maus condutores o vidro, a madeira e a porcelana. Os piores condutores s�o os gases.

     Embora os tecidos das roupas e cobertores sejam maus condutores (ou seja, isolantes t�rmicos), � principalmente o ar entre as camadas de tecido que impede o corpo de perder energia na forma de calor.

 A Ma�aneta e a Porta


     Com uma das m�os, toca-se a ma�aneta met�lica, e com a outra, toca-se a prancha de madeira de uma porta.

     No equil�brio t�rmico, a ma�aneta e a prancha t�m a mesma temperatura, que se sup�e seja menor do que a temperatura das m�os.

     A ma�aneta, sendo met�lica, � melhor condutora de energia do que a prancha de madeira. Assim, no mesmo intervalo de tempo, a m�o que toca a ma�aneta perde mais energia do que a m�o que toca a prancha. E quanto �s sensa��es t�rmicas, a ma�aneta parece mais fria do que a prancha de madeira.


     Barra Homog�nea


     Seja uma barra homog�nea de comprimento L e se��o reta de �rea A, com uma das extremidades mantida numa temperatura T1 e a outra, numa temperatura T2, com T1 maior do que T2.

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás


     Devido � diferen�a de temperatura, existe transfer�ncia de energia da extremidade com temperatura T1 para a extremidade com temperatura T2.

     No regime estacion�rio e desprezando a perda de energia atrav�s da superf�cie lateral da barra, a varia��o da temperatura com a posi��o ao longo da barra (eixo x) � constante.

     Ent�o, a temperatura de qualquer ponto da barra n�o depende do tempo t, mas s� de sua posi��o ao longo da barra. E tomando dois pontos separados por uma pequena dist�ncia Dx e cujas temperaturas diferem por um pequeno DT, pode-se escrever:


     
DT / Dx = - ( T1 - T2 ) / L

e
     Q /
Dt = kA ( T1 - T2 ) / L


     Esta �ltima express�o mostra que a corrente de energia, Q / dt, � a mesma em qualquer ponto da barra. Esse resultado era de se esperar porque vale para regime estacion�rio, ou seja, um regime no qual n�o pode existir ac�mulo ou perda de energia em qualquer ponto.

Convec��o

     A convec��o � o processo de transfer�ncia de energia atrav�s do movimento de mat�ria, por efeito de uma diferen�a de temperatura.

     A convec��o ocorre tipicamente nos fluidos.


     Atividade Experimental

     Se uma certa por��o do fluido � aquecida, sua densidade diminui pelo aumento do volume e, com isso, eleva-se em rela��o ao resto da massa de fluido porque o m�dulo do empuxo fica maior do que o m�dulo do seu peso.

     Uma por��o de fluido da vizinhan�a, numa temperatura mais baixa, ocupa o espa�o deixado e sendo, por sua vez, aquecido, tamb�m se eleva.

     Isso se repete com outras por��es de fluido e aparece, na massa total do fluido, correntes de convec��o.

     Posi��o do Congelador

     No interior dos refrigeradores dom�sticos, o congelador est� posicionado no alto. O ar na sua vizinhan�a, estando a uma temperatura mais baixa, � mais denso e, por isso, se movimenta para baixo, originando correntes de convec��o.

Radia��o

     A radia��o � o processo de transfer�ncia de energia por ondas eletromagn�ticas. Assim, pode ocorrer tamb�m no v�cuo.

     Embora todas as radia��es do espectro eletromagn�tico transportem energia, as radia��es infravermelhas, em particular e por motivos hist�ricos, s�o chamadas ondas de calor.

     Um meio material pode ser opaco para uma determinada radia��o e transparente para outra.

     O vidro comum, por exemplo, � transparente � luz (radia��o eletromagn�tica vis�vel) e opaco �s radia��es infravermelhas.

     Efeito Estufa


     O conjunto das radia��es eletromagn�ticas monocrom�ticas emitidas pelo Sol e suas correspondentes intensidades � o que se chama de espectro solar.

     As radia��es eletromagn�ticas na por��o vis�vel do espectro carregam cerca de 43% da energia total proveniente do Sol. As radia��es eletromagn�ticas na por��o infravermelha carregam cerca de 49% e as radia��es eletromagn�ticas na por��o ultravioleta carregam cerca de 7% dessa energia.

     A atmosfera absorve as radia��es nas por��es infravermelha e ultravioleta e deixa passar as radia��es na por��o vis�vel do espectro. Estas radia��es chegam, portanto, at� a superf�cie terrestre (oceanos, solo e vegetais), onde s�o absorvidas.

     Com a absor��o das radia��es na por��o vis�vel do espectro pela superf�cie terrestre, a temperatura dessa superf�cie aumenta e ela, por sua vez, passa a emitir, para a atmosfera, radia��es eletromagn�ticas na por��o infravermelha.

     As mol�culas da atmosfera que absorvem as radia��es eletromagn�ticas na por��o infravermelha, tanto aquelas provenientes diretamente do Sol quanto aquelas provenientes da superf�cie terrestre, re-emitem essas radia��es em todas as dire��es. Assim, a radia��o emitida para o espa�o exterior � reduzida e a temperatura da superf�cie terrestre e da camada da atmosfera mais pr�xima � mantida em n�veis apropriados para a exist�ncia da vida.

     Essas absor��es, emiss�es e re-absor��es, pela atmosfera, das radia��es eletromagn�ticas na por��o infravermelha do espectro, respons�veis pela perman�ncia de certa quantidade de energia na atmosfera, � o que se chama de efeito estufa.

     Na verdade, n�o s�o todos os gases da atmosfera que participam do efeito estufa. N�o participam, por exemplo, os gases mais abundantes, o oxig�nio (O2) e o nitrog�nio (N2). Participam, sim, principalmente o di�xido de carbono (CO2), o vapor d'�gua (H2O), o metano (CH4) e o �xido nitroso (N2O).

Dilata��o dos S�lidos

     Quando a temperatura de um s�lido varia, ocorrem varia��es de comprimento em todas as suas dimens�es. Essas varia��es de comprimento dependem da varia��o da temperatura, da forma do s�lido e da subst�ncia de que ele � feito.

Dilata��o Linear


     A varia��o de qualquer dimens�o de um s�lido com a temperatura se chama dilata��o t�rmica linear.

     Seja uma das dimens�es de um s�lido, de comprimento L0 � temperatura T0 e comprimento L � temperatura T.

     Assim, DL = L - L0 representa a varia��o de comprimento e DT = T - T0, a varia��o de temperatura.

     A lei da dilata��o linear diz que DL / DT � proporcional a L0 e se pode escrever:

     DL / DT = a L0

     Esta express�o define o coeficiente de dilata��o linear a, associado � subst�ncia de que � feito o s�lido em quest�o. Da�:


    
 L = L0 ( 1 + aDT )


     A tabela abaixo apresenta os coeficientes de dilata��o linear para algumas subst�ncias.

Subst�ncia

a (10-6 / 0C)

Gelo

51

Alum�nio

23

Cobre

17

Ferro

12

Vidro

9


     Para entender o aumento da separa��o m�dia dos �tomos de um s�lido com o aumento da temperatura, considere-se a curva que representa a energia potencial de intera��o entre dois �tomos adjacentes em fun��o da dist�ncia entre eles.

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás


     A curva � assim�trica: cai rapidamente at� o m�nimo e, da�, cresce mais devagar, com o aumento da separa��o interat�mica.

     Com o s�lido numa temperatura T1, a energia de cada par de �tomos � E1 e, nessas condi��es, um �tomo oscila em rela��o ao outro com amplitude A1.

     Com o aumento da temperatura do s�lido de T1 para T2, a energia de cada par de �tomos aumenta para E2 e um �tomo passa a oscilar em rela��o ao outro com amplitude maior A2.
     Esse aumento na amplitude das oscila��es at�micas n�o explica o aumento na dist�ncia m�dia entre os �tomos e, portanto, n�o � a causa da dilata��o.

     Paralelamente a esse aumento na amplitude das oscila��es at�micas, a dist�ncia m�dia entre os �tomos aumenta, passando de r1 para r2, por efeito da assimetria da curva que representa a energia potencial de intera��o em fun��o da dist�ncia entre �tomos adjacentes. Este �ltimo fator � que � o respons�vel pela dilata��o.


     Dilata��o Superficial e Volum�trica

     De modo an�logo ao coeficiente de dilata��o linear, pode-se definir o coeficiente de dilata��o superficial, b, e o coeficiente de dilata��o volum�trico, g.

     Nos s�lidos isotr�picos, a varia��o percentual no comprimento � a mesma em todas as dire��es e se tem, com muito boa aproxima��o:

     b

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
2a

     g

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
3a

     Para mostrar que b

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
2a considere-se uma superf�cie retangular de �rea A0 e dimens�es L10 e L20 � temperatura T0 e �rea A e dimens�es L1 e L2 � temperatura T.

     Desta forma, A0 = L10L20 e A = L1L2.

     Usando L1 = L10 ( 1 + aDT ) e L2 = L20 ( 1 + aDT ), vem:


     A = A0 [ 1 + 2
aDT + a2 ( DT )2 ]


     Agora, como
a2 << a, pode-se desprezar o termo quadr�tico e escrever:


     A = A0 [ 1 + 2
aDT ]

e da�, b

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
2a.

     Para mostrar que g

A energia interna de um gás é a medida da energia cinética média das partículas do gás
3a pode-se usar um procedimento an�logo


     Exemplo

     Uma esfera met�lica atravessa, sem folga, um orif�cio circular numa chapa met�lica.

     Aquecendo-se a esfera, ela se dilata e n�o pode mais atravessar o orif�cio.

     Aquecendo-se n�o a esfera, mas a chapa met�lica, esta se dilata, aumentando, tamb�m, o di�metro do orif�cio. Desse modo, a esfera atravessa o orif�cio com folga.

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Este site foi atualizado em 25/01/11

O que vem a ser a energia interna de um gás?

Energia interna de um sistema (U) é a soma das energias cinética e potencial das partículas que constituem um gás. Esta energia é uma característica do estado termodinâmico e deve ser considerada como mais uma variável que pode ser expressa em termos de pressão, volume, temperatura e número de mols.

Qual é a diferença entre a energia cinética é a energia interna de um gás?

A diferença entre energia cinética e energia interna de um gás está baseada em que a primeira é a energia que tem a molécula do gás e a segunda é a energia que o gás tem em forma global.

É correto afirmar que a energia interna de uma dada quantidade de um gás perfeito não é função exclusiva de sua temperatura?

Contudo, concluímos, logo acima, que a energia interna de uma amostra de gás ideal não depende do seu volume. Portanto, a energia interna de uma amostra de gás ideal só depende da sua temperatura.

Qual é a variação de energia interna do gás durante o processo?

Quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia interna . Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna . E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero .