Publicado Terca, 26 de abril de 2016 às 12:02 Localizadas entre a boca, o nariz e a garganta, as amígdalas são grandes aliadas do nosso sistema imunológico. São formadas por tecido linfoide, o mesmo tecido das adenóides. Elas desenvolvem a função de produzir anticorpos para o combate aos micro-organismos causadores de doenças da mucosa respiratória e do aparelho digestório, que invadem nosso corpo pelo ar ou pelos alimentos. Conheça abaixo o que é mito ou verdade sobre essas estruturas protetoras de acordo com a opinião do o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci. Toda dor de garganta é sinal de amigdalite. Mito! Apesar da amigdalite ser uma grande responsável pelo desconforto na garganta, as infecções também podem acometer toda a região da faringe. Por isso, a cirurgia para retirar
as amígdalas não garante que os incômodos de garganta sumirão. É comum que pacientes que operam as amígdalas possam ter episódios de faringites: estas infecções são causadas por vírus na grande maioria das vezes e são muito frequentes na população geral. Fumar pode desencadear problemas nas amígdalas. Verdade! Fumantes e até pessoas que entram em contato com a fumaça
do cigarro (contém mais de 4.700 substâncias tóxicas) com frequência têm maior chances de desenvolver amigdalite, que nada mais é do que uma infecção das amígdalas. Muitos problemas nas amígdalas podem prejudicar seu funcionamento. Verdade! Se elas sofreram muitas agressões por causa de infecções de repetição sua capacidade de funcionar diminui, ou seja, elas estão presentes, mas não exercem nenhuma atividade positiva, podendo ser
extraídas. A retirada das amígdalas é indicada em todos os casos de problema no local. Mito! A remoção cirúrgica só é realizada em episódios específicos que não respondem ao tratamento clínico e causam grande desconforto ao paciente (caso da amigdalite caseosa) e/ou acontecem várias vezes ao ano, as chamadas amigdalites de repetição. Retirar as amígdalas faz mal e diminui a
imunidade. Mito! Não há nenhum mal em viver sem as amígdalas. A função delas é completar um conjunto de defesa do organismo, porém, é muito mais grave conviver com uma dificuldade de respiração do que sem elas no corpo. As amígdalas têm com função primordial a proteção da nossa via aérea superior. Porém, existem outros mecanismos de defesa também com essa função. Portanto, quando as amígdalas são retiradas, estes outros mecanismos suprem esta
função, mantendo a defesa do organismo protegida! Retirar as amígdalas engorda. Verdade! Após a cirurgia o paciente pode passar a comer mais porque a deglutição torna-se mais fácil e o olfato e o paladar, mais apurados. Ela também minimiza o seu gasto energético, que antes acontecia com a respiração trabalhosa e com os processos inflamatórios.
Quem tira as amígdalas fica com imunidade baixa?Ao entrarem em contato com vírus e bactérias durante a respiração, elas emitem um alerta para o organismo produzir anticorpos e combater os agentes invasores. Apesar dessa função, extrair as amídalas não interfere significativamente no sistema imunológico nem traz malefícios à saúde.
O que acontece com quem não tem amígdalas?De maneira geral, a retirada das tonsilas palatinas não tem efeitos significativos no sistema imunológico, pois as defesas do organismo são reforçadas por outros órgãos. Porém, estudos afirmam que a cirurgia aumenta o risco de infecções respiratórias e causa outras consequências de longo prazo.
Quem não tem amígdalas pode ter infecção de garganta?Sim!! A remoção das amigdalas faz com que você não tenha mais amigdalite, mas outras partes da garganta podem inflamar e causar dor. A inflamação da faringe, por exemplo, causa as famosas faringites, e quem não tem amigdala não está livre delas.
Tem pessoas que não têm amígdalas?Este resultado já tinha sido visto em animais, mas pesquisadores americanos, ao analisarem uma paciente sem amígdalas, perceberam que o mesmo acontece com os humanos. – Não existem muitos humanos com esse tipo de dano cerebral – ponderou Justin Feinstein, autor do estudo e neuropsicólogo da Universidade de Iowa, EUA.
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