Qual movimento cultural foi desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650?

Chama-se Renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650 - portanto no final da Idade Média e na Idade Moderna. O termo sugere que, a partir do século XIV, a Europa assistiu a um súbito reviver dos ideais da cultura Greco-romana. Muito mais que isso: nesse período,ocorreram, no campo das artes plásticas, da literatura e das ciências, inúmeras realizações que superaram essa herança. O ideal do humanismo foi, sem dúvida, o móvel de tais realizações e tornou-se o próprio espírito do Renascimento, e pode ser entendido como a valorização do ser humano e da natureza em oposição ao divino e ao sobrenatural. O artista do Renascimento buscou expressar a racionalidade e a dignidade do ser humano.

ARQUITETURA

A principal característica da arquitetura do Renascimento foi a busca de uma ordem e de uma disciplina que superassem o ideal de infinitude do espaço das catedrais góticas.

Um dos arquitetos que primeiro projetaram edifícios que traduzem esse ideal foi Filippo Brunelleschi. Ele foi pintor, escultor e arquiteto, além de dominar conhecimento de Matemática e geometria. Foi como construtor, porém, realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença - conhecida também por Igreja de Santa Maria Del Fiore.

PINTURA e ESCULTURA

No final da Idade Média e no Renascimento, predomina a tendência a uma interpretação científica do mundo. O resultado disso nas artes plásticas, e sobretudo na pintura, são os estudos da perspectiva segundo os princípios da matemática e da geometria. O uso da perspectiva conduziu a outro recursos, o chiaroscuro, ou "claro-escuro", que consiste em representar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, o que reforça a sugestão de volume.

Para Piero della Francesca a pintura não tem por função principal representar um acontecimento. As cenas que ele retrata servem de suporte para a represenção de um composição geométrica. Para ele a pintura resulta da combinação de figus e do uso de áreas de luz e sombra.

Sandro Botticelli é considerado o artista que melhor expressou, por meio do desenho, um ritmo suave e graciosos para s figuras pintadas. Seus temas - tirados tanto da Antiguidade grega como da tradição cristã - forma escolhidos segundo o potencial de expressar seu ideal de beleza (Nascimento de Vênus).

Leonardo da Vinci era dotado de um espírito versátil, que o tornou capaz de pesquisar e trabalhar em diversos campos do conhecimento humano. Na pintura, produziu pouco, em relação à todo o seu trabalho artístico: o afresco da Última ceia, e cerca de quinze quadros, entre os quais se destacam Monalisa, Anunciação e Virgem e o Menino.

Michelangelo Buonarroti trabalhou na pintura dos afrescos do teto da Capela Sistina, Vaticano. Para essa obra, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento, como A criação do Homem. O Davi de Michelangelo tem uma expressão desconhecida na escultura até então. Contém uma força interior que não aparece no humanismo idealizado pelos gregos. Sua criatividade também manifestou-se em outros trabalhos, como a Pietá.

O Renascimento Cultural foi um movimento laico (não eclesial), racional e científico ocorrido na Europa entre os séculos XIV e XVI, que influenciou profundamente o mundo ocidental desde então. Mas em que consistia este movimento e por que foi tão importante?

A importância do Renascimento se deu principalmente pelo fato de ter sido apresentado como uma ruptura com o mundo medieval que estava agonizando na Europa, pautando suas características na cultura greco-romana da Antiguidade Clássica. Dessa forma, o Renascimento foi uma ruptura com a Idade Média, mas que dependeu do trabalho de muitos eruditos deste período para florescer, devido ao trabalho de preservação e reprodução das obras dos pensadores da Antiguidade.

Em contraste com a Idade Média, que produziu uma cultura profundamente religiosa, o Renascimento tinha como elemento central o Humanismo, que valorizava o ser humano, a criação privilegiada de Deus. Dessa forma, o Renascimento pregava o antropocentrismo, que consistia em entender o universo tendo o homem como seu centro, e não mais Deus, como pregado pelo teocentrismo medieval. Frente a esse entendimento do mundo, o homem deveria usar sua razão para conhecer a natureza e as demais coisas existentes. A razão seria ainda um dom de Deus, que aproximava o homem dele através da criatividade e da genialidade, assemelhando as capacidades de ambos, já que Deus criou o homem, o homem poderia criar uma infinidade de coisas.

O Renascimento se desenvolveu primeiramente em algumas cidades italianas, propagando-se posteriormente para o resto da Europa, esse movimento se desenvolveu em várias áreas do conhecimento. Na ciência, destacaram-se Nicolau Copérnico (1473-1543), Giordano Bruno (1548-1600) e Galileu Galilei (1564-1642) pelo desenvolvimento da teoria heliocêntrica, cuja ideia se baseava na centralidade do Sol no universo. Essa ideia era contrária a da igreja que acreditava desde a Antiguidade que a Terra era o centro do universo. Essa concepção ilustrou o renascimento científico, retirando a explicação do mundo e da natureza das mãos da igreja, buscando explicações através de experimentos e do uso da razão.

Na arquitetura, destacou-se Filippo Brunelleschi, que passou a utilizar o cálculo matemático como base de projetos de construção, retomando aspectos arquitetônicos greco-romanos. Na área da política e da organização do Estado, temos Nicolau Maquiavel (1469-1527), que escreveu O Príncipe, uma obra em que ele deu orientações de como um monarca deveria governar para manter um poder forte e centralizado. O termo maquiavélico surgiu do nome desse pensador, apesar de hoje se referir a um aspecto negativo.

Na Literatura, vários foram os escritores que se destacaram, como Dante Alighieri (1265-1321) com a obra A Divina Comédia, Erasmo de Roterdã (1466-1536) com o Elogio da Loucura, Rabelais com Gargantua e Pantagruel, William Shakespeare com muitas peças teatrais, dentre vários outros.

Mas a área da produção artística que mais enche os olhos dos observadores contemporâneos são as pinturas e as esculturas produzidas no período. Pode-se destacar Leonardo da Vinci, com uma grande variedade de atividades, sendo a principal obra a Monalisa. Tem-se ainda Sandro Botticelli, com a genial obra Nascimento de Vênus, em que mistura elementos pagãos e religiosos, nessa obra sua busca pela beleza alcançou o ponto máximo. Há ainda Michelangelo Buonarotti, que trabalhou como pintor e escultor, sobressaindo o teto que pintou na Capela Sistina, no Vaticano, e a escultura Pietá, em que Maria tem nos braços seu filho Jesus. Por fim, pode-se ainda falar de Piter Brueghel, que retratava temas do cotidiano da sociedade, incluindo festas populares e os homens do povo, como é possível ver na tela Dança dos Camponeses, de 1568.


Por Tales Pinto
​Graduado em História

Qual o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650?

Chama-se Renascimento o movimento cultural desenvolvido na Europa entre 1300 e 1650.

Como se desenvolveu o Renascimento entre 1300 e 1650?

Entre os anos de 1300 e 1650, a arte renascentista desenvolve-se na Itália. Naquele momento, as artes estavam submissas aos dogmas e pensamentos católicos. Portanto, afirma-se que o Renascimento foi um período revolucionário em que os artistas buscavam um maior entendimento sobre a humanidade, a natureza e o mundo.

Qual foi o movimento cultural ocorrido na Europa no século?

O Renascimento foi um movimento cultural que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna.

O que é o movimento do Renascimento?

O Renascimento foi o primeiro grande movimento artístico, científico, literário e filosófico da modernidade. O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna.