Qual era o interesse da Igreja Católica no processo de colonização?

postado em 22/12/2015 06:00

Qual era o interesse da Igreja Católica no processo de colonização?

Quando os europeus tomaram conhecimento dos territórios americanos, a Igreja Católica logo chegou a uma conclusão: com a cristianização do Velho Continente, o diabo havia se refugiado no Novo Mundo, e, por isso, era preciso combater Satã, convertendo as almas ingênuas dos indígenas. A tarefa coube aos jesuítas, membros da ordem religiosa Companhia de Jesus admirados na época por sua capacidade ;civilizadora;.

Durante muito tempo, historiadores enxergaram a catequização indígena como uma mera imposição, na qual o cristianismo era forçado na cultura nativa. Essa visão, contudo, passou, nos últimos anos, por um aprimoramento, e, atualmente, sabe-se que os índios foram capazes de, em certa medida, adaptar a religião europeia à própria cultura, em um esforço de ;diálogo intercultural;. Buscando desvendar como aconteceu esse contato de valores e crenças, o historiador Francismar Alex Lopes de Carvalho, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), estuda desde 2013 as missões Maynas e Mojos, criadas nos atuais territórios do Equador e da Bolívia, respectivamente, a serviço da Espanha.

A partir de documentos inéditos, obtidos em arquivos e bibliotecas de Espanha, Itália, Portugal e Estados Unidos, o pesquisador descreveu e analisou como povos da floresta amazônia absorveram a cultura ocidental. O trabalho resultou nos artigos Imagens do demônio nas missões jesuíticas da Amazônia espanhola, publicado na revista Varia Historia, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Estrategias de conversión y modos indígenas de apropiación del cristianismo en las misiones jesuíticas de Maynas, aceito no Anuario de Estudios Americanos, de Sevilha (Espanha).

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 A presença da Igreja Católica no Brasil. Do descobrimento à república. O Projeto Educação desta sexta-feira (12) traz dicas de história.

O Brasil é a maior nação católica do mundo. De acordo com o IBGE, 64% dos brasileiros se consideram católicos. A igreja tem raízes profundas em nossa sociedade.

"Toda essa relação entre catolicismo, igreja, cotidiano brasileiro, costume, família, constituições, é uma relação que vai se estabelecendo aos poucos na própria história do Brasil. A prática do catolicismo, de uma forma mais ortodoxa, é uma coisa, mas a presença do catolicismo na nossa vida cotidiana, ela é quase que um exercício de rotina, faz parte naturalmente dos costumes do povo brasileiro. O que seria do povo brasileiro sem os santos? Os santos são os companheiros, eles estão presentes em nosso dia a dia. Os santos fazem parte das nossas famílias, estão presentes na rotina do povo brasileiro", explica Lula Couto, professor de história do Brasil.

Às vezes esses hábitos religiosos se manifestam sem que a gente perceba. "É num gesto, ao passar diante de uma igreja e fazer o pai nosso. É num gol que o atleta faz o pai nosso. É numa oração quando você pensa em alguém", comenta.

A igreja não influenciou apenas a cultura, a crença dos brasileiros. Ela também esteve presente em momentos importantes da história do país, desde a chegada dos portugueses, passando por revoluções, ditaduras, até os dias de hoje.

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O catolicismo foi trazido por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses. Na época, o estado controlava a atividade eclesiástica. Sustentava a igreja, nomeava bispos e párocos e concedia licenças.

"A própria chegada dos portugueses é uma chegada acompanhada de um evento religioso. Os portugueses que vêm pra cá, eles não vêm apenas com interesse político, interesse econômico, há o interesse de evangelizar, expandir a fé católica. Não é à toa que uma das imagens mais importantes na esquadra de Cabral, logo quando Cabral vem aqui ao Brasil é a celebração da nossa primeira missa", diz Couto.

A igreja também foi atuante na época da independência. "Da nossa independência, por exemplo, muitas lideranças religiosas, lideranças católicas, deram a sua vida na luta por esse processo como Frei Caneca, símbolo da luta democrática aqui em Pernambuco. Então a igreja também se adapta a esse Brasil independente", exemplifica.

No Brasil republicano, a igreja deixou de ser uma instituição oficial, do estado. O país foi proclamado um estado laico, com liberdade religiosa. Mas os padres católicos continuaram atuando na sociedade brasileira.

"Mesmo sendo estabelecido um estado laico, quando a igreja deixa de ser uma instituição oficial, uma instituição do estado, nós temos grandes representantes da Igreja Católica, a própria Igreja Católica atuando na sociedade brasileira. Figuras como Dom Helder Câmara, por exemplo, aqui em Pernambuco, figuras importantes na época do regime militar, que foram sem dúvida, figuras que resgataram a necessidade da democracia, do direito, do direito à liberdade, do direito à fala, o direito ao questionamento", explica o professor.

A igreja ajudou a construir o país que o Brasil é hoje. "A Igreja Católica está enraizada na nossa cultura, assim como a nossa fala, assim como a nossa música, assim como a influência indígena, africana, portuguesa, nos nossos comportamentos. O Brasil seria muito diferente se não houvesse a presença da Igreja Católica e do catolicismo", finalizou Couto.

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Quais os interesses da Igreja Católica na colonização?

Resposta. expandir o cristianismo e catequizar os nativos americanos.

Qual era o interesse da Igreja Católica na colonização do Brasil?

A Igreja católica teve uma participação na formação econômica, social e religiosa do Brasil colônia, e neste contexto esteve ligada a escravização de índios e negros.

Qual era o objetivo da Igreja Católica com as grandes navegações?

A Igreja Católica estava se sentindo ameaçada com as ondas da Reforma Protestante e precisava conquistar novos fiéis. Uma forma de justificar as Grandes Navegações era a questão da busca de novas pessoas que fariam parte do mundo cristão, por isso, muitos as chamavam de Expansão de Fé.

Qual era o interesse da Igreja Católica em relação à expansão marítima?

A Igreja Católica tinha interesse nas expansões marítimas porque devido ao fato da Reforma Protestante na Europa ter diminuído muito o número de fiéis (que se tornaram protestantes), os católicos queriam expandir o catolicismo para terras novas visando aumentar o número de fiéis e seguidores.