Qual é o melhor método para impedir a exploração do Bluetooth?

São cada vez mais comuns e presentes no nosso dia os dispositivos bluetooth, mas o que você sabe a respeito?

De onde vem o nome, o que é, como surgiu, quais as diferenças entre as diferentes versões, são algumas das curiosidades relacionadas ao Bluetooth e que esclareceremos no post de hoje.

O que é Bluetooth?

Resumidamente, é uma tecnologia para estabelecer comunicação sem fio – portanto, um padrão wireless – entre diferentes dispositivos e que faz uso de ondas de rádio, porém de curto alcance e com baixo consumo de energia.

A rádio frequência utilizada é tipicamente na faixa 2,4 gigahertz, mais especificamente dentro do range de 2400 megahertz até 2483,5 mega-hertz.

Em termos de consumo e tomando um celular como exemplo, manter o Bluetooth ligado em tempo integral, representa um consumo adicional médio da ordem de 2% da carga da bateria.

Mas nem sempre foi assim. Foi adotado o Bluetooth Low Energy (BLE) em 2010 e que consiste de uma implementação que consome 10% menos energia em relação ao Bluetooth original.

O tipo de rede sem fio formado pelo bluetooth, diferentemente da rede wireless que usamos para nos conectarmos à Internet, via roteador Wi-Fi por exemplo, é o que se conhece por rede WPAN e que significa rede pessoal sem fio (Wireless Personal Area Networks)

Qual a diferença entre Wi-Fi e Bluetooth?

Apesar de conexões Wi-Fi também não usaram cabos ou fios para comunicação entre dois ou mais dispositivos, há mais diferenças do que similaridades entre o Wi-Fi e o Bluetooth.

Sem nos aprofundarmos em aspectos técnicos, há importantes diferenças entre ambos:

  • O Wi-Fi é geralmente destinado a transmissão de maiores volumes de dados, com maior largura de banda e maior velocidade que o Bluetooth;

  • Os protocolos de segurança e autenticação entre dispositivos, são diferentes;

  • Comparativamente ao bluetooth, o consumo de energia do Wi-Fi é superior;

  • O hardware necessário aos dois tipos de comunicação, é distinto um do outro;

  • Redes Wi-Fi, dependendo da frequência de operação, podem ter alcance 200% superior ao bluetooth;

  • Apesar do surgimento e expansão das redes mesh para bluetooth, as redes Wi-Fi permitem um número muito superior de dispositivos conectados;

  • Mesmo sendo possível ter uma rede de computadores usando o bluetooth, redes Wi-Fi ou mesmo cabeadas, são mais rápidas e seguras.

Quando surgiu o Bluetooth?

Em meados dos anos 90, surgiu em algumas das principais empresas de tecnologia da época, a ideia de criar um padrão de comunicação sem fio para conectar dispositivos e que ainda não era comum na época.

Cada qual mantinha suas próprias pesquisas e equipes de desenvolvimento. A Ericsson tinha um tipo de programa, a Nokia tinha outro, a Intel, a Toshiba e a IBM, também.

O que havia de comum, é que todas pensavam em criar um padrão, ou seja, algo aceito e usado por todos, para que depois não acontecesse o que sempre foi comum no setor, com cada um usando a sua própria tecnologia e gerando incompatibilidades para os usuários a depender de qual marca ele utilizasse.

Foi então que para evitar essa possível confusão, que Ericsson, Nokia, Intel e IBM resolveram criar uma associação, a qual eles chamaram de Bluetooth SIG e que significava Special Interest Group, ou Grupo de Interesse Especial do Bluetooth.

Mas foi em 1998, com a adesão da Toshiba às primeiras quatro, que efetivamente o desenvolvimento conjunto é iniciado, para no ano seguinte (1999) a primeira versão fruto desse trabalho conjunto ter sido lançada, bem como o primeiro dispositivo usando a tecnologia – um headset e que ganhou um prêmio da COMDEX daquele ano.

O nascimento da tecnologia bluetooth sob a organização e supervisão de padrões do SIG, favoreceu que rapidamente surgissem vários desdobramentos. A partir do ano seguinte (2000), foi lançado o primeiro telefone celular com suporte ao bluetooth, a primeira placa para PC permitindo conexão com outros dispositivos, o primeiro mouse, o primeiro notebook, fone de ouvido, webcam e até uma impressora, os quais abriram as portas para as possibilidades do novo padrão.

O sucesso parecia assegurado e desde então, a lista de dispositivos só cresceu, provando que a iniciativa mostrou-se correta.

De onde vem o nome Bluetooth?

Para quem conhece o mínimo de inglês, deve se perguntar de onde vem o nome, afinal em tradução direta, significa “dente azul”, o que é reforçado pelo fato do ícone ter a cor azul e nos dispositivos em que há um led associado, ser da mesma cor.

Foi a Intel que propôs usar o codinome Bluetooth para essa tecnologia e que deveria ser um nome provisório, até que a equipe de Marketing do grupo cria-se um nome para poder ser usado no mercado.

A proposta inicial partiu como que uma homenagem a Harald Blåtand, rei da Dinamarca e que no século X foi o responsável pela unificação de várias tribos e clãs escandinavos, dentro os quais alguns que correspondiam à região que hoje é a Suécia, país sede da Ericsson e um dos integrantes do Bluetooth SIG.

E o objetivo do Bluetooth SIG era exatamente unificar todas as tecnologias que estavam sendo desenvolvidas na época, tal como fez o rei Blåtand, cujo nome traduzido para o inglês, seria Bluetooth ou “dente azul”.

Apesar da provisoriedade do nome, não se chegou a um acordo e um consenso sobre um nome mais apropriado, de tal forma que mesmo sob caráter temporário, fizeram o lançamento sob o nome Bluetooth. Mas é preciso lembrar que a imprensa especializada precisava referir-se por um nome em seus artigos e matérias e começou a usar o termo ainda que provisório.

O nome “pegou” e acabou sendo oficializado por essa razão.

O que é o bluetooth 5?

Lançado em 2016, é a quinta geração da tecnologia bluetooth e que resumidamente promete dobrar a velocidade, aumentar em 8 vezes a capacidade de transmissão de dados e em 4 vezes o alcance da versão anterior, a 4.2.

Ou seja, praticamente todos os dispositivos modernos e que usam a padrão da quinta geração, teoricamente têm um funcionamento melhor.

Isso significa a possibilidade de você conseguir usar o seu celular como fonte para duas caixas de som diferentes, por exemplo. Mas não é só. No caso do Bluetooth 4.2 o máximo que se consegue de taxa de transferência dos seus dados, é de 25 megabits por segundo, enquanto que ao usar o Bluetooth 5.0, consegue-se transferir até 50 megabits no mesmo intervalo de tempo.

Os efeitos práticos desse tipo de limitação, aparecem quando se assiste a um filme e utiliza-se um fone bluetooth, mas de gerações anteriores e percebe-se um lag ou delay, ou seja, um pequeno atraso entre a imagem e o som.

Mas não é só em questões como essa que a quinta geração traz benefícios.

Essas melhorias também são orientadas para a Internet das Coisas (IoT), que é quando diferentes objetos são conectados à Internet, permitindo seu acesso remoto, bem como que tenham funcionalidades extras.

Em 2017 outro advento do padrão foi implementado, que foi a adição da capacidade de rede em malha do padrão ou rede bluetooth mesh, que até então só tinha padrões de conexão ponto a ponto comuns.

É preciso destacar que por ocasião da sua criação e ao longo dos primeiros anos, seu propósito era de conectar um dispositivo direto ao outro, por meio das chamadas conexões ponto a ponto e não múltiplos ou mais de um simultaneamente.

Com o padrão em malha, são realizadas várias conexões, ponto a ponto, onde cada terminal é conectado a todos os outros, formando então uma rede mesh e uma rede com topologia em malha.

O que são classes Bluetooth?

Quando falamos das classes do padrão, estamos nos referindo a características técnicas e alcance e potência, a qual por sua vez está intimamente relacionada ao consumo de energia por parte do dispositivo que opera na respectiva classe.

  • Classe 1 – alcance de até 100 m de conexão com potência máxima de 100 mW (miliwatt);

  • Classe 2 – alcance até 10 metros de conexão e potência de 2,5 mW (miliwatt);

  • Classe 3 – alcance de até 1 metro, conexão de até 1 mW (miliwatt);

  • Classe 4 – alcance máximo de 0,5 metro e potência máxima de consumo 0,5 mW (miliwatt).

Ou seja, quanto maior for a classe, menor será a distância que dois dispositivos podem estar para conseguir realizar e manter o pareamento, mas menor também será o consumo de energia para fazê-lo.

É importante destacar dois pontos importantes. O primeiro, é que a distância ou alcance máximo, só é possível em ambiente aberto ou sem obstáculos físicos, como paredes, móveis e até pessoas, ou seja, seu apartamento ou escritório. O segundo, é que no caso do bluetooth 5, em que se consegue operar na classe 1, à medida em que a distância aumenta diminui a velocidade e a capacidade de transmissão de dados e que próximo ao limite as características ficam muito próximas da versão 4.2.

O que são as versões do Bluetooth?

Há muitas versões do bluetooth, sendo que a primeira é naturalmente a 1.0.

Em 2004, ocorreu o lançamento oficial da versão 2.0, a qual teve como principal vantagem, a elevação da taxa de transferência de dados para o máximo de 3 Mbps, o que foi significativo se comparado com a primeira, cuja velocidade era de apenas 721 kbps. Essa versão também contemplava menor consumo de energia.

Três anos depois, em 2007, tivemos a versão 2.1 e que basicamente conferia melhores aspectos de segurança.

2009 foi o ano em que surgiu a versão 3.0 e um novo salto em termos de desempenho, dessa vez para um máximo de até 24 Mbps, mas as custas de instabilidades e dificuldades de pareamento e elevado consumo energético, comparativamente à versão anterior.

Dadas as reclamações, ainda no mesmo ano veio a versão 4.0, melhorando os problemas da anterior e em especial, muito em razão da implementação do modo ocioso, que contribuiu para diminuir o consumo de energia e que tinha nos aparelhos celulares, seus principais representantes e maiores reclamações.

A partir da quarta versão, em que surgiram sub versões, tornou-se comum que os fabricantes especifiquem de modo genérico a versão presente no dispositivo

Por exemplo, a versão 4 tem de fato a versão 4.0, a 4.1 e a 4.2. No entanto, exceto por alguns casos e geralmente só no manual do produto ou em alguma ficha técnica mais detalhada, consta a versão mais específica, o que pode acabar por gerar enganos ao usuário.

É importante salientar que atualizações de versão podem conter diferenças que são significativas, como maior velocidade ou taxa de transferência de dados e que são fatores decisivos para determinadas aplicações.

Assim, o Bluetooth 5.1 e que é uma evolução do 5, aprimora aspectos de localização, permitindo que um dispositivo seja capaz de identificar um aparelho compatível próximo, sua proximidade com precisão na casa dos centímetros e a direção em que ele está.

Outro exemplo dessa evolução e da importância que a exatidão da versão tem, é que seu protocolo 5.2, foi implementado o LE Power Control (LEPC) e que tem por objetivo a otimização do consumo de energia, de tal forma que os dispositivos pareados sejam capazes de ajustar dinamicamente a potência de transmissão, tanto para uma melhor transmissão de dados, como para economizar energia.

Já o conjunto de melhorias mais significativo, está presente a partir do 5.3 e que foi apresentado pelo Bluetooth SIG em 2021, é o que visa otimizar o funcionamento para aplicações e dispositivos da Internet das Coisas, mudando dinamicamente potência de transmissão, desempenho, divisão de canais e faixas de frequência para evitar interferências e melhorias relacionadas a criptografia e, portanto, à segurança.

Apesar de atualmente a maior parte dos dispositivos já serem bluetooth 5 e de suas sub versões, é preciso lembrar que ainda há muitos dispositivos antigos, como notebooks, por exemplo.

O bluetooth é seguro?

Essa é uma pergunta cuja resposta não é única.

De modo geral e especialmente a partir da versão 5, os protocolos e políticas de segurança têm um razoável padrão de segurança. O que significa que versões anteriores são mais suscetíveis a determinadas tentativas de exploração.

Mas assim como em muitas das situações do mundo digital, as questões de segurança estão intimamente relacionadas ao comportamento dos usuários. Em outras palavras, manter o dispositivo com a opção que permite que outros usuários e dispositivos encontrem o seu aparelho, não é uma prática recomendada caso não seja absolutamente necessária.

Conclusão

Tão presente em nosso quotidiano, o bluetooth tem sido uma tecnologia que permite de forma rápida e fácil integrar e usufruir de diferentes dispositivos.

Como é que um utilizador pode impedir terceiros de intercetarem o tráfego de rede ao trabalhar num computador num hotspot público de Wi

Use uma VPN A utilização de aplicativos de VPN - Redes Virtuais Privadas ― são bastante eficazes para se proteger em uma rede pública. A função da VPN é justamente criptografar os dados impedindo que outros usuários possam “roubá-los”, mesmo se interceptarem sua conexão.

Como é que os utilizadores que trabalham num computador partilhado podem manter o seu histórico de navegação pessoal oculto de outros utilizadores deste computador?

A resposta correta é: Utilizar o browser em modo de navegação privada. Um consumidor gostaria de imprimir fotografias de uma conta de armazenamento em cloud utilizando um serviço de impressão online de terceiros.

Por que os dispositivos IOT representam um risco maior do que outros dispositivos de computação em uma rede?

1 – Acesso ao resto da rede Portanto, convertem-se em pontos fracos na rede de dispositivos conectados, para que um cibercriminoso possa tirar proveito desse ponto de acesso e usá-lo como uma ponte para comprometer a segurança dos outros elementos ligados à rede, como computadores, telefones, etc.