Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?

Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?
Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?

An�lise de c�lulas inflamat�rias (neutr�filos), sob tratamento

de crioterapia em musculo de ratos (rattus novergicus)

An�lisis de las c�lulas inflamatorias (neutr�filos), en el tratamiento

de crioterapia en el m�sculo de las ratas (rattus novergicus)

Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?

 

*Doutora em Oceanografia Biol�gica pela UFRGS

**Especialista em Fisioterapia em Geriatria pela Cesumar Inspirar

***Especialista em Fisioterapia Cardio-respirat�ria Pela Cesumar Inspira

(Brasil)

Maria Paula Mellito da Silveira*

Renato Claudino**

Vanessa Schveitzer***

Mayra Ternes***

rugal�

 

Resumo

          A aplica��o do gelo para fins terap�uticos � utilizada h� centenas de anos; o qual insere-se

amplamente nos protocolos de tratamento de diversas patologias. Quando aplicada desencadeia efeitos nos v�rios sistemas e �rg�os. Por�m h� contradi��es sobre o tempo de aplica��o da crioterapia na fase aguda de les�o muscular, e seus poss�veis efeitos na repara��o deste tecido, uma vez que h� poucos estudos cient�ficos que indiquem a crioterapia no processo inflamat�rio. O objetivo deste estudo experimental teve o prop�sito de analisar c�lulas inflamat�rias (neutr�filos), de forma quantitativa, em 0h, 3h, 6h, 9h, 12h, 24h e 48h de tratamento com crioterapia ap�s les�o tecidual. Assim, foram utilizados 42 ratos distribu�dos aleatoriamente em 2 grupos (controle e tratado), sendo subdivididos em 7 grupos de tr�s animais para cada hora pr�-determinada. Foi realizada uma les�o per furo na pata traseira esquerda dos animais, tanto do grupo controle quanto o grupo tratado. Ap�s a les�o, foi aplicada criomassagem por um per�odo de 7 minutos, nas horas acima citadas, nos grupos tratados. O grupo controle n�o recebeu a t�cnica de criomassagem. O resultado encontrado nos achados histol�gicos evidenciou-se que o grupo submetido � t�cnica de criomassagem, apresentou significativa redu��o tanto dos neutr�filos, durante as 48 horas de tratamento. Podemos concluir com este trabalho, que a crioterapia aplicada na inflama��o aguda do m�sculo esquel�tico, minimiza a presen�a de neutr�filos na �rea lesionada.

          Unitermos

: Inflama��o aguda. M�sculo esquel�tico. Crioterapia

Abstract

          The application of the ice for therapeutics ends is used has hundreds of years, which is inserted widely in the protocols of treatment of diverse diseases. When applied it unchains effect in the some systems and organs. However it has contradictions on the time of application of the cryotherapy in the acute phase of muscular injury, and its possible effect in the repairing of this fabric, a time that has few scientific studies that indicate the cryotherapy in the acute inflammatory process The objective of this experimental study had the intention to analyse inflammatory cells (neutrophils) of quantitative form in 0h, 3h, 6h, 9h, 12h, 24h and 48h after tissue injury; being thus, 42 rats distributed aleatoricing in 2 groups had been used (treated control and), being subdivided in 7 groups of three animals for each daily pay-definitive hour. Was realized cutting lesion in left back leg of the animals, as much of the group has controlled how much the treat group. Soon after the injury, was applied massage with ice for a period of 7 minutes, in the hours above cited, the treat group. The group control did not receive the technique. In the results of the histologys findings, the group submitted to the technique of massage with ice, in such a way presented significant reduction of the neutrophils, during the 48 hours of treatment. We can conclude with this work, that the cryotherapy applied in the acute inflammation of the skeleticle muscle, minimizes the cellular events.

          Keywords

: Acute of muscular injury. Skeleticle muscle. Cryotherapy
 
Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 14 - N� 136 - Septiembre de 2009

Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?

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Introdu��o

    O m�sculo esquel�tico constitui o maior tecido do organismo, correspondendo 40 a 45% do peso corporal (GALI, 1999). Sua fun��o prim�ria � prover mobilidade ao esqueleto �sseo, pela contra��o de suas fibras. No entanto, esta fun��o pode ser prejudicada por les�es musculares, que s�o muito comuns na pr�tica de esportes e tamb�m em acidentes domiciliares e automobil�sticos.

    As les�es musculares isoladas em indiv�duos saud�veis raramente s�o fatais, elas s�o importantes porque causam muita dor e sofrimento f�sico. A primeira resposta do organismo a esta les�o � o desenvolvimento de um processo inflamat�rio, com o objetivo de livrar o organismo tanto da causa inicial da agress�o celular, quanto do dano causado por esta agress�o.

    A resposta da les�o � uma rea��o fundamental do organismo, em defesa da integridade tecidual. No seu sentido mais amplo, ela inclui v�rios mecanismos diferentes, variando da resposta de luta ou fuga no momento em que o perigo � amea�ado pela primeira vez; at� o est�gio final de repara��o quando a ferida � trazida � cura completa (NERLICH & TCHERNE, 2001).

    Durante o processo inflamat�rio agudo, as principais c�lulas a atingirem o local da inflama��o s�o os neutr�filos e macr�fagos, que realizam a fagocitose, para livrar o organismo do agente agressor (ROBBINS, 2001).

    Os neutr�filos s�o as primeiras c�lulas a chegarem ao local da les�o, penetrando no tecido, e imediatamente come�am a fagocitose atrav�s de seus pseud�podes, englobando a part�cula estranha, entretanto possuem um tempo de vida curto, e morrem no local da inflama��o formando pus (PARHAM, 2001; GUYTON & HALL, 2002; KITCHEN & BAZIN, 2003).

    A infiltra��o de neutr�filos libera grande quantidade de proteases e col�genas; iniciando tamb�m a lise de prote�nas celulares e col�genas. Al�m desses mediadores, os radicais livres e gelatina se s�o liberados acentuando o dano tecidual (TROWBRIDGE & EMLING, 1998; KITCHEN & BAZIN, 2003).

    Os neutr�filos em compara��o aos macr�fagos s�o mais abundantes no tecido lesado, apresentam gr�nulos no citoplasma, e n�o est�o normalmente presentes nos tecidos saud�veis, por�m est�o presentes em grandes quantidades no sangue circulante (JANCAR, 2001; PARHAM, 2001; GUYTON & HALL, 2002; ABBAS ET AL, 2003).

    A crioterapia na fase aguda da les�o, tem como objetivo minimizar esta resposta inflamat�ria exacerbada, atrav�s da diminui��o do metabolismo da �rea lesada, evitando uma hip�xia secund�ria e promovendo uma reabilita��o precoce.

    O objetivo deste estudo foi de verificar o efeito da crioterapia no influxo de c�lulas inflamat�rias no processo inflamat�rio agudo ap�s uma les�o, atrav�s da contagem de c�lulas inflamat�rias (neutr�filos), em diferentes per�odos de aplica��o do gelo ap�s a indu��o da les�o.

    Segundo RODRIGUES (1995) e ANDREWS (2000) o maior benef�cio da aplica��o de crioterapia na fase aguda � a diminui��o da dor, e do espasmo muscular, permitindo a mobiliza��o precoce, acelerando o processo de recupera��o e retorno precoce �s atividades.

    A primeira resposta fisiol�gica dos tecidos � aplica��o de frio � uma diminui��o da temperatura do tecido ao qual o frio � administrado (KNIGHT, 2000; ANDREWS, 2000; CAILLIETE, 2002).

    Com a diminui��o da temperatura ocorrem as seguintes altera��es fisiol�gicas:

1.     Diminui��o do metabolismo: A redu��o metab�lica juntamente com a redu��o da temperatura � dada o nome de hipotermia, que tem como principal objetivo reduzir a atividade metab�lica dos tecidos envolvidos, para que estes tecidos resfriados sobrevivam com menor quantidade de oxig�nio (MENTH-CHIARI et al, 1999; KNIGHT, 2000; STARKEY, 2001).

    Assim, o resfriamento controlado dos tecidos pode reduzir a atividade respirat�ria das c�lulas, sem deprimir a fun��o dos tecidos essenciais para n�veis compat�veis com a vida (STARKEY, 2001).

    RODRIGUES & GUIMAR�ES (1998), afirmam que ap�s o trauma ocorre uma quantidade insuficiente de oxig�nio liberado nos tecidos resultando na hip�xia.

    A crioterapia aumenta a sobrevida tecidual em per�odos de d�ficit de oxig�nio obtida com a redu��o do metabolismo nos tecidos moles.

    A hipotermia reduz a atividade metab�lica, de modo que um �rg�o lesionado recebe irriga��o suficiente de sangue e tenha melhores possibilidades de sobrevida.

    Isso � verdadeiro porque quando a temperatura corporal � mantida em n�veis subnormal, os �rg�os precisam de menos sangue. Reduz assim, a necessidade de energia celular diminuindo o uso de oxig�nio no tecido (KNIGHT, 2000).

Metodos e procedimentos

    O presente trabalho, foi desenvolvido no Laborat�rio de Fisiologia do Centro de Ci�ncias da Sa�de da Universidade do Vale do Itaja� - UNIVALI, na cidade de Itaja�, Santa Catarina.

    A amostra foi constitu�da de 42 ratos machos (Rattus norvegicus albinus), da linhagem Wistar, com peso corp�reo variando entre 180 a 200gramas, procedentes do Biot�rio da Universidade do Vale do Itaja� � UNIVALI, SC.

    Os animais foram confinados em gaiolas com assoalho recoberto de serragem, com dieta livre do tipo ra��o s�lida e �gua � vontade, em sala com temperatura ambiente, ciclo dia-noite natural.

    Para realiza��o do experimento os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Grupo Tratado e o Grupo Controle. Cada grupo perfazendo um total de 21 animais, que foram subdivididos em sete subgrupos. Cada subgrupo com tr�s animais.

    Os subgrupos foram classificados respectivamente por tempo de les�o e aplica��o da crioterapia, ou seja, o grupo I tratado foi lesionado, aplicado crioterapia e sacrificado na hora zero, j� o grupo II tratado foi lesionado na hora zero e aplicado crioterapia, tr�s horas depois foi aplicado crioterapia novamente e sacrificado, o grupo III tratado, foi lesionado na hora zero, aplicado crioterapia, ap�s tr�s horas foi aplicado crioterapia novamente e ap�s mais tr�s horas foi aplicado crioterapia e sacrificado, e assim foi realizado at� o grupo VII tratado. O grupo controle, seguiu os mesmos crit�rios do grupo tratado, por�m sem aplica��o da crioterapia. Todos os animais foram anestesiados com �ter et�lico e submetidos � tricotomia da pata traseira esquerda, regi�o correspondente ao m�sculo gastrocn�mico.

    Todos os fragmentos do m�sculo gastrocn�mio em experimento, foram fixados em formol 10%, e posteriormente transferidos para �lcool 70%, sendo depois desidratados em �lcool, diafanizados em xilol, impregnados e inclu�dos em parafina. Os cortes histol�gicos foram feitos com aproximadamente 7 micr�metros de espessura, em sec��es longitudinais, corados com hematoxilina-eosina �H.E�.

    As an�lises foram efetuadas em microsc�pio �ptico, sendo realizada a contagem de neutr�filos, em tr�s campos aleatoriamente escolhidos em cada l�mina.

Resultados

    Na an�lise histol�gica, foram considerados neutr�filos, c�lulas com n�cleos constitu�dos de dois a quatro l�bulos interconectados.

    M�dias do n�mero de neutr�filos nos v�rios momentos de coleta; seus desvios padr�es; t e p obtidos nos teste t, e varia��es a menor no n�mero de c�lulas ap�s aplica��o de crioterapia.

Qual a primeira célula de defesa a chegar em uma área de inflamação?

Conclus�o

    De acordo com os dados obtidos, pode-se evidenciar os efeitos da crioterapia no controle de um dos eventos da resposta inflamat�ria aguda. Embora haja pouqu�ssimas evid�ncias na literatura a respeito da atua��o da crioterapia nos eventos celulares do processo inflamat�rio agudo, os dados comprovam a redu��o do n�mero de c�lulas inflamat�rias. Assim, com a redu��o do processo inflamat�rio, a cicatriza��o inicia mais rapidamente, e conseq�entemente uma diminui��o do tempo total de cicatriza��o.

    Estes dados s�o de fundamental import�ncia para os Fisioterapeutas, pois dessa forma, ficou comprovado que a crio terapia atua diretamente na redu��o da resposta inflamat�ria, diminuindo o influxo de neutr�filos na �rea lesionada, podendo ent�o ser optada como recurso de tratamento para auxiliar no processo de recupera��o de les�es musculares.

    No entanto vale ressaltar, a necessidade de novas pesquisas, a fim de comprovar se a diminui��o da resposta inflamat�ria exerce influ�ncia sobre a remodela��o total do tecido lesado.

    Para tanto, seria indicado um experimento que comprovasse o efeito da crioterapia no tempo total de repara��o tecidual ap�s uma les�o, necessitando para isto, um procedimento experimental de maior dura��o.

Referencias bibliograficas

  • ABBAS, K, A; LICHTMAN, H, A; POBER, S, J. Imunologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. p. 283-301.

  • ANDREWS, J. R.; HARRELSON, G. L.; WILK, K. E. Reabilita��o F�sica das Les�es Desportivas. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000

  • GALI, J.C. Les�es Musculares � Acta Ortop�dica Brasileira. v. 7, n.3, jul/set. 1999.

  • GUYTON, C, A; HALL, E, J; Tratado de Fisiologia M�dica. 10 ed. S�o Paulo: Guanabara Koogan, 2002. p. 371-375.

  • KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia Pr�tica Baseada em Evid�ncias. 11 ed. S�o Paulo: Manole, 2003.

  • KNIGHT, L. K. Crioterapia no Tratamento de Les�es Esportivas. S�o Paulo: Manole, 2000.

  • MENTH-CHIARI, W. A.; CURL, W. W.; PATERSON-SMITH, B.; SMITH, T, L.; Microcirculacion of striated muscle in closed soft tissue injury: effect on tissue perfusion, inflamatory cellular response and mechanisms of cryotherapy. A study in rat by means of laser Doppler flow-measurements and intravital microscopy. Unfallchirurg. v. 102, n. 9, 1999. p. 691-699.

  • NERLICH, L, M; TSCHERNE, H. Biologia das Les�es dos Tecidos Moles. In: BROWNER, D, B. et al. Traumatismos do Sistema Musculoesquel�tico. 2ed. v. I, S�o Paulo: Manole, 2001. p. 79.

  • RODRIGUES, A. Crioterapia. S�o Paulo: Cefespar, 1995.

  • ROBBINS, L, S; et al. Patologia Funcional e Estrutural. 6 ed. S�o Paulo: Guanabara Koogan, 2001. p. 61-62.

  • RODRIGUES, E. M.; GUIMARAES, C. S. Manual de Recursos Fisioterap�uticos Rio de Janeiro: Revinter, 1998.

  • STARKEY, C. Recursos Fisioterap�uticos em Fisioterapia. 2 ed. Manole: S�o Paulo, 2001.

  • PARHAM, P; O Sistema Imune. Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 14-17.

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Qual a primeira célula a chegar na inflamação?

Os neutrófilos são as primeiras células a chegarem ao local da lesão, penetrando no tecido, e imediatamente começam a fagocitose através de seus pseudópodes, englobando a partícula estranha, entretanto possuem um tempo de vida curto, e morrem no local da inflamação formando pus (PARHAM, 2001; GUYTON & HALL, 2002; ...

Quais células de defesa são as primeiras no processo inflamatório?

Os neutrófilos são os primeiros a responder à lesão inflamatória e sua migração para o local é induzida por quimiocinas (IL-8).

Quais as células que participam do processo de inflamação?

Componentes da inflamação aguda A resposta inflamatória inclui a participação de diferentes tipos celulares, tais como neutrófilos, macrófagos, mastócitos, linfocitos, plaquetas, células dendríticas,células endoteliais e fibroblastos, entre outras.

Como as células de defesa chegam ao local da inflamação?

As quimiocinas induzidas (ou inflamatórias) são produzidas por várias células em resposta a estímulos inflamatórios e recrutam leucócitos para locais de inflamação. Os receptores das quimiocinas são receptores com sete domínios transmembrana acoplados a proteínas G, presentes na superfície celular.