As rochas sedimentares ou rochas estratificadas são um dos tipos de rocha que existem. São formadas por partículas sedimentares e de matéria orgânica que foram compactadas com o passar do tempo. Show
Encontramos esse tipo de rocha nos continentes e no fundo dos oceanos. Elas representam cerca de ¾ das rochas da terra. As rochas sedimentares recebem esse nome pois são formadas durante um longo período, por meio de processos físicos, químicos e biológicos. Dessa forma, são acumulados sedimentos (resíduos) que geram diversos estratos ou camadas. Elas são provenientes de outros tipos de rochas que, com o passar do tempo, foram sendo constituídas pelo processo de erosão: pela ação do vento, chuva, gelo, mares, rios, dentre outros. Por esse motivo, nesse tipo de rocha é possível encontrar diversos fósseis, ou seja, vestígios de seres vivos (vegetal ou animal) antigos. Importância das Rochas SedimentaresAs rochas sedimentares representam elementos importantes para pesquisas. São relevantes para os estudos sobre a variação ambiental ao longo do tempo, bem como dos aspectos geológicos que formam a estrutura terrestre. Além disso, as rochas sedimentares apresentam grande importância econômica, uma vez que são utilizadas nas construções e como fontes de energia, por exemplo, o carvão mineral. Entenda O que é Geologia? Tipos de RochasVale lembrar que as rochas são aglomerados naturais de minérios e matéria orgânica. Há basicamente três tipos de rochas:
Saiba mais sobre os Tipos de Rochas. Tipos de Rochas SedimentaresSegundo a origem do processo de formação das rochas sedimentares, elas são classificadas em:
Saiba mais sobre o processo de formação das rochas no artigo: Ciclo das Rochas. Exemplos de Rochas SedimentaresMuitos tipos de rochas sedimentares são utilizados na construção civil, por exemplo:
Saiba mais sobre o Reino Mineral e os Minerais. Teste seus conhecimentos com Exercícios sobre Rochas. Há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Terra começou a se formar. Foi um lento e longo processo de transformações geológicas que culminaram na atual condição da sua superfície, na crosta terrestre, onde o homem vive, planta seu alimento e constrói seus edifícios. Para contar a história do planeta, os cientistas estudam, principalmente, as rochas, que podem ser comparadas a personagens que foram surgindo ao longo dos anos e guardam os segredos da sua origem e evolução. Pesquisadores do Instituto de Geociências (IG) da Universidade de São Paulo (USP) estão realizando um estudo que conta a história da crosta continental da América do Sul. Os estudos fazem parte dos projetos temáticos Evolução Tectônica da América do Sul , finalizado em 1996, e Evolução Crustal da América do Sul , em andamento, ambos financiados pela FAPESP, sob a coordenação do professor Umberto Giuseppe Cordani. “Estudamos o mosaico de blocos rochosos existentes no continente e traçamos a história dos terrenos que formam a crosta terrestre”, explica o professor Cordani. “É a história do planeta, tão importante para nós e tão pouca conhecida para a sociedade brasileira. A geologia não tem muito apelo popular, talvez porque, aqui, não temos vulcões, terremotos ou outras grandes catástrofes naturais, que poderiam trazer um maior interesse ao tema”. As rochas mais antigas Outros terrenos são mais novos, como os do litoral sudeste do país, incluindo as localidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, onde muitas rochas foram formadas há cerca de 600 milhões de anos, na época da constituição do supercontinente de Gondwana, o qual incluía, além da América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártica. Bem mais recentes, respectivamente com 130 milhões e com 80 milhões de anos, são as rochas basálticas da Bacia do Paraná, no sul do Brasil, e da Ilha de São Sebastião, no litoral paulista. E têm apenas 10 milhões de anos as rochas do Arquipélago de Fernando de Noronha. Estas últimas, informa Cordani, foram formadas apósa abertura do Oceano Atlântico, ocorrida há não mais do que 100 milhões de anos, com a fragmentação do supercontinente denominado Pangea. Além de contribuir para a maior compreensão da formação e da evolução do planeta, estudos dessa natureza servem para dar mais precisão nas interpretações da história geológica de terrenos com potencial para a prospecção de minérios. “Os resultados dos nossos estudos são de grande interesse para empresas de mineração, para a Petrobrás e para a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, que é também o Serviço Geológico Brasileiro, responsável pelo mapeamento geológico de todo o país”, afirma Cordani. “Eles usam nossos estudos como ferramenta de exploração”. O conhecimento das datações, no caso da Petrobrás, por exemplo, ajuda na interpretação de eventos geológicos que ocorreram há milhões de anos, em determinadas bacias sedimentares, relacionados à formação ou à migração do petróleo para as rochas-reservatórios. Os estudos de datação O centro de geocronologia já dominava dois métodos de datação que utilizam pares de isótopos: Rubídio-Estrôncio e Potássio-Argônio. Com a finalização do primeiro projeto temático, mais três outros métodos, que garantem melhores possibilidades de interpretação geocronológica, foram incorporados pelo Centro: Samário-Neodímio, Urânio-Chumbo e Chumbo-Chumbo. Existentes em alguns laboratórios estrangeiros, esses métodos foram desenvolvidos de modo pioneiro na América do Sul e incorporados à prática do laboratório. É preciso lembrar que o método mais popular de datações, o de Carbono 14, serve apenas à arqueologia, com medições de até 50 mil anos. Para os estudos com rochas, é preciso atingir a grandeza de milhões de anos. O trabalho de datação geocronológica inicia-se no ataque químico de amostras de rocha, em laboratório, e na recuperação de uma solução concentrada dos elementos químicos presentes na rocha e que se encaixam em um dos métodos de análise isotópica. Esse material é introduzido num espectrômetro de massa. Ele detecta, com grande precisão, as razões isotópicas que, inseridas na fórmula matemática apropriada, característica de cada método de datação, darão, como resultado, a idade da rocha. A escolha do material rochoso para a pesquisa começa na coleta de amostras adequadas, realizada pelos pesquisadores em afloramentos rochosos importantes, como pedreiras, cortes de estrada, cachoeiras, paredes rochosas, etc.. Em cada uma das viagens de campo para coleta de amostras, de 40 a 50 por ano, são coletadas de 50 a 100 amostras, num total de 100 a 200 quilos de rochas. Durante a coleta, o pesquisador faz também o levantamento das características geológicas da região, verificando todos os tipos de rocha, as estruturas geológicas, a existência de dobramentos, falhas etc. Nesse trabalho de coleta de campo, os pesquisadores contam com a colaboração de colegas de outras instituições brasileiras (como a CPRM ou Petrobrás) ou sul-americanos. Recentemente, pesquisadores vinculados ao projeto temático estiveram coletando amostras nos Andes do Chile e nos terrenos antigos da Venezuela. Os trabalhos de coleta foram realizados principalmente durante a execução do primeiro projeto temático. “O levantamento sistemático terminou, e já possuímos o reconhecimento básico de todos os terrenos principais da América do Sul. Agora, no segundo projeto temático, estamos refinando o estudo emregiões chaves, para o entendimento da evolução geológica do Brasil”, explica Cordani. As regiões a que se refere o professor são as da região central da Bahia; o Quadrilátero Ferrífero, que inclui os municípios de Belo Horizonte e Ouro Preto, em Minas Gerais; Carajás, no Pará; a região sul de Goiás, incluindo Arenápolis; o litoral sul brasileiro; os terrenos antigos da Venezuela e da Guiana; algumas áreas da região andina e as áreas dos rios Tapajós e Negro, na Amazônia. Os estudos nessas regiões vão se concentrar na dinâmica do passado geológico, e principalmente nos eventos de magmatismo – erupção do material fluído do interior do planeta – que se incorporaram à crosta continental da América do Sul e várias épocas do tempo geológico.No atual projeto temático, também está prevista a compra de um novo espectrômetro de massa para o Instituto de Geociências, que vai possibilitar a utilização de novos métodos de datação, como, por exemplo, o Rênio-Ósmio. O aparelho está orçado em cerca de R$ 500 mil e depende de licitação internacional. O total do aporte financeiro da FAPESP para esse projeto é de R$ 800 mil. O anterior recebeu R$ 200 mil. Republicar Qual a importância das rochas para o desenvolvimento humano?As rochas são agregados sólidos compostos por um ou mais minerais. Essas formações são de grande utilidade para o ser humano e, atualmente, as rochas são utilizadas na construção civil de diversas formas: fabricação do concreto (brita), material de revestimento, ornamentação (mármores), etc.
Como as rochas podem nos dar informações sobre a história de vida do nosso planeta?“Eles usam nossos estudos como ferramenta de exploração”. O conhecimento das datações, no caso da Petrobrás, por exemplo, ajuda na interpretação de eventos geológicos que ocorreram há milhões de anos, em determinadas bacias sedimentares, relacionados à formação ou à migração do petróleo para as rochas-reservatórios.
Qual a importância das rochas para a agricultura?Tema bastante explorado nos últimos encontros sobre meio ambiente e agricultura, a rochagem tem sido uma boa saída como fertilizante, corretivo do solo e alternativa para reduzir custos de produção na agricultura.
Qual a importância das rochas sedimentares para a economia?A importância econômica das rochas sedimentares deve ser destacada levando-se em conta a sua grande utilização principalmente na área da construção civil. Isso sem mencionar que tais rochas são as fontes de petróleo e hidrocarbonetos, de importância capital para a economia atual.
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