Qual a importância da interação social para o processo de socialização?

A socialização é o processo pelo qual aprendemos normas, regras e costumes de uma sociedade, de forma que consigamos nos conduzir em nossa convivência diária.

A sabedoria popular já dizia: ninguém nasce sabendo alguma coisa. De fato, é no decorrer de nossas vidas que aprendemos a língua que falamos, entendemos símbolos que encontramos no nosso dia a dia, agimos de determinado modo em certas ocasiões e tudo mais que fazemos em nossa convivência diária. Devemos tudo isso à socialização, que nada mais é do que o processo em que aprendemos a nos guiar pelo grande número de significados que uma sociedade possui, de forma que consigamos, por exemplo, comunicar-nos, entender e sermos entendidos pelos demais integrantes dessa sociedade.

Socialização e construção da identidade cultural

O processo de socialização relaciona-se com a construção da identidade cultural de um sujeito. Essa identidade cultural é definida pelos costumes, crenças, normas e valores pelos quais as pessoas de uma cultura determinam suas ações em relação à sua realidade. De acordo com essa realidade, recebemos as ferramentas que utilizaremos no restante de nossas vidas para interpretar o mundo no decorrer de nossa socialização.

A socialização inicia-se na infância. Os primeiros contatos sociais a que somos expostos, geralmente, ocorrem na nossa família. É dela que aprendemos os primeiros conjuntos de ideias, normas, valores e língua. Essa primeira ordem de aprendizado é determinante para grande parte do caminho que percorreremos na construção de nossa identidade.

No entanto, devemos fazer uma importante ressalva. Embora seja pela socialização e pela convivência com o outro em um meio social que construímos nossas identidades, não quer dizer que esse é um processo fixo ou que estamos condenados a ser o que o meio em que nascemos determina. Não somos sujeitos passivos em nossa convivência, pois realizamos ações e possuímos vontades individuais que nos movem em uma direção ou outra, de acordo com nossas experiências em nossas interações sociais.

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Socialização em Anthony Giddens

Para entendermos melhor, o sociólogo britânico Anthony Giddens aborda a ideia da socialização observando os seus diferentes agentes, isto é, grupos e processos que fazem parte da socialização de um sujeito e que possuem ação significativa. Giddens mostra que esse processo ocorre em duas grandes fases e com diferentes números de agentes de socialização. A socialização primária ocorre na infância e é o período de maior intensidade de aprendizado cultural. É quando aprendemos nossa língua e padrões básicos de comportamento com nossa família, que é o principal agente de socialização nesse período. Já na socialização secundária, o sujeito mais maduro passa a ter contato com outros agentes de socialização, como a escola, os amigos, a mídia e o trabalho. Nesses ambientes, as pessoas passam a conviver com normas e valores de outros indivíduos, o que tomará parte na apreensão dos padrões de sua cultura.

Podemos concluir, então, que a socialização é um processo contínuo e permanente e que as experiências são diferentes nas várias etapas da vida humana. Entramos em contato com pessoas diferentes e convivemos com gerações diferentes, que, tendo vivido outro período de tempo e em outros contextos, possivelmente possuirão um comportamento e compreensão de mundo diferentes dos que existem na realidade dos mais jovens. É dessa constante troca de experiências que nos formamos como seres sociais e construímos nossas identidades.

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Você sabia que a Socialização na escola também é uma forma de aprendizado?

A socialização na escola tem um importante papel na formação individual de cada aluno. O ambiente escolar é um cenário vivo de interações de trocas explícitas de ideias, valores e interesses diferentes.

É durante momentos como o recreio, por exemplo, que as crianças desenvolvem suas habilidades sociais e emocionais, bem como o senso de coletividade e empatia.

Observar a socialização dos alunos também pode ser um bom termômetro do clima escolar.

Há instituições que desenvolvem ações para acompanhar mais de perto esses momentos. São elas: aumento da fiscalização dos inspetores, monitoramento das atividades e restrição dos locais de circulação das crianças.

Essas práticas podem ajudar na observação de como se dá a socialização entre os alunos e na contenção de distúrbios. No entanto, elas não educam os alunos para lidar com as tensões cotidianas. Na verdade, o tema socialização na escola é bem mais profundo e abrange temas mais complexos, como taxas de evasão escolar, bullying, entre tantas outras questões.

A seguir, você confere de que maneira a escola como agente de socialização, pode tornar mais ricas e agregadoras as experiências vividas pelos alunos com seus colegas.

Se tiver dúvidas ou sugestões, deixe-as abaixo nos comentários. Boa leitura!

Definindo Socialização

Socialização pode ser entendida como o processo pelo qual o indivíduo assimila e aprende as regras básicas do modo de vida de uma sociedade. Este processo de socialização acontece mediante a interiorização da cultura de determinada organização social em que o indivíduo nasce e cresce.

A família é o primeiro espaço de socialização, e é nesse lugar que as primeiras regras são apresentadas à criança.

Entretanto, ao longo da vida, o indivíduo se deparará com inúmeras diferentes organizações sociais, mudando assim os conteúdos e formas de socialização. Cada organização possui sua cultura e maneira própria de transmissão.                                                                                                                                                  

Uma delas é a escola, onde novas regras serão apresentadas e somadas a tudo que já se aprendeu na família. É sobre isso que falaremos a seguir.

Socialização na escola também é aprendizado

Como falamos acima, cada escola apresenta sua própria função social, exercendo um papel importante na consolidação do processo de socialização dos alunos.

É nela que se constrói parte da identidade de ser e de pertencer ao mundo, assim como se adquire os modelos de aprendizagem através da absorção dos princípios éticos e morais que permeiam a sociedade.

No Brasil, caráter social da escola é sustentado por lei – mais precisamente a  Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes da educação nacional:

“Art.1º  A educação  abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

  • 1º  Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
  • 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.”

Dentro de uma realidade construída, dotada de regras estabelecidas, as crianças trocam experiências umas com as outras. Experiências estas que lhes permitem aprender, somar conhecimentos e, consequentemente, desenvolverem aspectos cognitivos e interpessoais.

O intervalo entre as aulas, por exemplo, representa um aspecto especial na rotina escolar. Muitas vezes, trata-se do único momento em que os alunos podem fazer opções como com quem conversar, de quem se aproximar, onde e como brincar.

>> Leia também Como aprender brincando incentiva e desenvolve as crianças

A convivência na escola é, portanto, um universo determinante para o desenvolvimento infantil, juntamente com a transmissão do saber científico organizado culturalmente.

A educação, pode também ser compreendida como um processo social. Ela contribui para formar uma sociedade crítica, democrática, planejada, mantida pelos próprios indivíduos que a compõem.

As estratégias de socialização na escola

Dito isto, é essencial que as escolas reflitam constantemente sobre um currículo que valorize a interação social dos seus alunos, atentando para a seleção e organização do seu conteúdo. Ele deve contemplar aspectos como:

  • O desenvolvimento das relações afetivas;
  • A habilidade das crianças de participarem em situações sociais;
  • A aquisição de destrezas relacionadas com a competência comunicativa;
  • O desenvolvimento da identidade sexual e da própria identidade pessoal;
  • O modo e o sentido da organização das tarefas acadêmicas, e o grau de participação dos alunos na configuração das formas de trabalho;
  • As formas e estratégias de valorização da atividade dos alunos;
  • Os mecanismos de distribuição de recompensas como recursos de motivação extrínseca;
  • A forma e o grau de provocar a competitividade ou a colaboração.

Diante desses apontamentos, vemos a importância de novas pesquisas e propostas que tenham como objetivo compreender o papel da escola no processo de socialização do indivíduo.

A primeira infância, por exemplo, é o momento em que a criança está começando a aprender sobre todas as questões que a cercam. Dentre elas, está a habilidade e necessidade de fazer amigos.

Além disso, é durante a socialização na escola que a criança vai começar a entender sobre respeitar os limites de outros. Mais do que isso: ela começará a entender sobre os próprios limites e como garantir que eles sejam respeitados.

Daí o motivo pelo qual é tão fundamental que o processo de socialização seja iniciado logo nessa fase do desenvolvimento.

Tenha sempre em mente que a ação de educar não compreende apenas o processo de ensino-aprendizagem, mas também, o processo de constituir indivíduos críticos e socializados.

Os alunos precisam levar da escola o conhecimento pleno daquilo que é importante ser, enquanto indivíduos, e daquilo que o mundo espera de si, enquanto pessoas éticas, plenamente integradas no espaço em que estão inseridas.

Qual a importância da interação social para o processo de socialização?

Qual a importância da socialização e da interação social?

A partir do convívio social se estabelecem processos de aprendizagem e, consequentemente, o aprimoramento das estruturas mentais existentes desde que nascemos. É por meio da socialização que nos tornamos plenamente humanos e esse é um processo essencial para a integração do indivíduo na sua sociedade.

Qual e a importância do processo de socialização?

É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. Em outras palavras, a Socialização é o processo de adquirir conhecimento social, é o processo que transforma o ser humano, de um ser biológico para um ser social.

Qual a importância da interação social para o desenvolvimento das sociedades atuais?

Os projetos sociais possuem grande importância em nossa sociedade, pois através deles são supridas as necessidades socioculturais e o combate às desigualdades.

Qual e a importância das relações sociais na sociedade?

É nas relações que aprendemos a lidar com o amor, a perda, a dor, a alegria e tantas outras emoções que nos fazem crescer. É na relação que nos transformamos e evoluímos. Assim, as relações sociais são uma necessidade básica e constituem um fator protetor da saúde física e psicológica.