No cotidiano dos serviços de saúde os profissionais enfrentam grandes dificuldades na realização das ações educativas em saúde. Dentre os profissionais da equipe o enfermeiro tem destaque neste trabalho, todavia, é fundamental que ele tenha condições de promover atividades que estimulem a participação dos usuários e que garantam o alcance dos objetivos da prática educativa. Analisar fatores que facilitam e dificultam a prática da educação em saúde no cotidiano das enfermeiras nas Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família (UBS/ESF). Trata-se de estudo exploratório, descritivo e com abordagem qualitativa, que utilizou o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para análise dos dados. A pesquisa foi realizada nas UBS/ESF de um município do interior do estado de São Paulo e 8 (oito) enfermeiras compuseram a amostra do estudo. A coleta de dados foi realizada no mês de agosto de 2017, no horário de trabalho dos sujeitos e iniciada após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Padre Anchieta (parecer número 2.147.448). Dentre os fatores que facilitam o trabalho destacaram-se a importância da eficiente gestão municipal e da unidade de saúde, equipe multidisciplinar adequada, o interesse dos usuários e a satisfação profissional. Os fatores que dificultam foram os problemas relacionados à gestão municipal, a reduzida equipe multiprofissional, a estrutura física inadequada, recursos materiais insuficientes e usuários desinteressados. O interesse e adesão dos usuários pode ter relação direta com a metodologia de ensino utilizada, isso foi destacado no DSC, bem como a necessidade de capacitação e atualização dos profissionais para a prática educativa. A gestão a nível municipal e da unidade UBS/ESF destacaram-se no DSC, tanto na análise dos fatores que facilitam quanto dificultam, sendo assim, pode-se inferir que o qualificado gerenciamento dos serviços de saúde é imprescindível para o sucesso das ações de educação em saúde. Show
DownloadsNão há dados estatísticos. Biografia do AutorCristiano José Mendes Pinto, Centro Universitário de PaulíniaDoutor em Ciências. Professor do Curso de Enfermagem da Faculdade de Paulínia - SP. Viviane Gomes de Assis, Centro Universitário Padre AnchietaEnfermeira do Centro Universitário Padre Anchieta. Rodrigo Nickel Pecci, Centro Universitário Padre AnchietaEnfermeiro do Centro Universitário Padre Anchieta. Downloads2018-11-13 1. Pinto CJM, Assis VG de, Pecci RN. Fatores que facilitam e dificultam a prática da educação em saúde nas unidades de atenção básica. CCFEU [Internet]. 13º de novembro de 2018 [citado 30º de dezembro de 2022];(1). Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/ccfenf/article/view/24 Fomatos de Citação Baixar Citação n. 1 (2018): Enfermagem e Saúde: História, Evolução e Inovação Gestão de Serviços, Informação/Comunicação e Trabalho em Saúde LicençaCopyright (c) 2018 Congresso Científico da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Esta obra está licenciada sobre uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Todos os trabalhos são de acesso livre. Todos os direitos são de propriedade e concedidos aos autores do Congresso Científico da Faculdade de Enfermagem da UNICAMP. Los desaf�os que encuentra el profesional de enfermer�a durante la asistencia prestada en una maternidad p�blica *Faculdade Est�cio de Alagoas (FAL) **Docente da Escola de Enfermagem e Farm�cia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL*** M�dico da Secretaria Municipal de Sa�de de Macei�/Alagoas ****Mestranda Sa�de, Ambiente e Trabalho (UFBA) *****Universidade Federal do Cear� (Brasil) Jos� Martins do Nascimento Junior* Amuzza Aylla Pereira dos Santos** Francisco Carlos Lins da Silva*** Renata Costa da Silva**** Jesseliane Alves do Carmo Laurindo* Gilberto Santos Cerqueira***** Resumo Introdu��o : Qualifica��o e a humaniza��o s�o caracter�sticas essenciais da aten��o obst�trica e neonatal a ser prestada pelos servi�os de sa�de e pelos profissionais de enfermagem que enfrentam desafios na assist�ncia hospitalar ao parto na presta��o destes cuidados. Objetivo: Descrever os desafios que os profissionais de enfermagem enfrentam na presta��o da assist�ncia hospitalar as gestantes e pu�rperas de uma maternidade p�blica de Macei�/AL. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, explorat�rio, com abordagem quantitativa, realizada com os profissionais de enfermagem (T�cnicos de enfermagem e Enfermeiros) que lidam com esta rotina di�ria. O estudo foi realizado na Maternidade Escola Santa M�nica no per�odo de novembro de 2011 a fevereiro de 2012, a amostra foi constitu�da por 50 profissionais de enfermagem. Resultados: Dentre os desafios citados est�o o sal�rio que � defasado, a falta de valoriza��o profissional, a falta de materiais hospitalares, a estrutura f�sica inadequada, o relacionamento interpessoal e educa��o permanente insatisfat�ria. Conclus�o: Deve ser prioridade dos gestores de sa�de propiciar condi��es dignas de trabalhos para a equipe de enfermagem, onde a equipe possa prestar uma assist�ncia qualificada para as gestantes e pu�rperas no ciclo grav�dico puerperal.Unitermos : Assist�ncia. Enfermagem. Sa�de. Profissional de enfermagem.EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 19, N� 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com 1 / 1 Introdu��o Todas as equipes de enfermagem da maternidade se submetem a prestar um servi�o de enfermagem em ambiente insalubre e sem condi��es de admitir nenhuma paciente, uma vez que a ess�ncia da enfermagem � o cuidar com excel�ncia e infelizmente a unidade n�o oferece recursos para os profissionais desenvolverem suas atividades (STEVENS apud SWAIN et al, 2006). Existe ainda muita car�ncia de recursos f�sicos e principalmente recursos humanos, resultando numa realidade triste, para as parturientes, que n�o tem leitos suficientes para a demanda, os que existem est�o sem condi��es dignas para receber esta gestante. Esta realidade aponta que a dificuldade dos profissionais de sa�de em lidar com problemas da esfera social e da subjetividade humana, sobretudo aqueles com forma��o estritamente baseada no modelo biom�dico (FAKIH et al, 2009). A Resolu��o do COFEN 358/2009, de outubro de 2009, vai ao encontro desse �ltimo entendimento, ao afirmar que a Sistematiza��o da Assist�ncia de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao m�todo, pessoal e instrumentos, tornando poss�vel a operacionaliza��o do Processo de Enfermagem, instrumento metodol�gico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documenta��o da pr�tica profissional (MINISTERIO DA SA�DE, 2009). Essa possibilidade tem contribu�do substancialmente para o enfrentamento da escassez de tempo relacionada ao volume de trabalho e ao n�mero insuficiente de profissionais na equipe de enfermagem, considerados importantes fatores de impedimento para a realiza��o do processo de enfermagem pelo enfermeiro (SARAGIOTO & TRAMONTINI, 2009). Estes diferentes processos definem o papel que deve ser desempenhado pela equipe de enfermagem, evidenciado na forma��o do profissional e no cotidiano de seu trabalho. Com bases nessas premissas, elementos constitutivos da realidade da atua��o do profissional de enfermagem na Maternidade Escola Santa M�nica. Formulou-se como quest�o norteadora dessa pesquisa a percep��o dos profissionais de enfermagem com rela��o aos desafios encontrados na profiss�o. Diante do exposto, o presente estudo objetivou descrever os desafios que os profissionais de enfermagem enfrentam na presta��o da assist�ncia hospitalar as gestantes e pu�rperas de uma maternidade p�blica de Macei�/AL. M�todo Trata-se de um estudo descritivo, explorat�rio, com abordagem quantitativa, realizado em uma Maternidade Escola Santa M�nica, localizada na cidade de Macei�, no per�odo de novembro de 2011 a fevereiro de 2012. A popula��o de estudo foi constitu�da por 50 profissionais de enfermagem (enfermeiros e t�cnicos). O crit�rio de inclus�o, todos profissionais de enfermagem que trabalham com a rotina di�ria da maternidade. Os dados foram coletados a partir de um question�rio e visitas a maternidade respeitando-se os itens constantes na resolu��o n�. 466/12 sobre as diretrizes e normas regulamentadoras que norteiam a pesquisa com seres humanos, com as seguintes vari�veis (dados de identifica��o, n�vel socioecon�mico, n�vel de forma��o, tempo que exerce a profiss�o, os desafios encontrados na profiss�o e a assist�ncia prestada ao paciente). Tendo sido aprovado pelo Comit� de �tica em pesquisa da Faculdade Est�cio de Alagoas com protocolo n� 190612/109. Resultados O estudo foi constitu�do de 50 profissionais de enfermagem com idade entre 23 a 66 anos, sendo 18 enfermeiros e 32 t�cnicos de enfermagem. Trabalham na institui��o por mais de 10 anos, 48% (24) dos entrevistados. Os entrevistados tr�s s�o homens e 47 s�o mulheres, sendo que 23 s�o solteiros e 27 casados, dos 50 entrevistados 58% (29) tem uma jornada de trabalho que ultrapassa 40 horas semanais e 42% (21) n�o ultrapassa �s 40 horas semanais. Com rela��o � distribui��o dos profissionais nos setores em que atua 14% (7) dos entrevistados trabalham no centro cir�rgico, 20% (10) na triagem, 16% (8) no setor de obstetr�cia e ginecologia, 12% (6) no alojamento canguru, 6% (3) no setor de urg�ncia da maternidade, 8% (4) dos entrevistados trabalham no banco de leite humano, 4% (2) trabalham nas enfermarias que ficam as parturientes, 8% (4) trabalham na central de material esterilizado, 2% (1) trabalham na UTI Neo, 2% (1) na UTI Materna, 8% (4) trabalham com as pu�rperas. Quando questionados sobre os desafios encontrados na maternidade os profissionais relataram que sal�rio � defasado (32%), desvaloriza��o profissional (8%), falta de materiais hospitalares adequados para a assist�ncia (8%), a estrutura f�sica prejudica a assist�ncia (22%), o relacionamento interpessoal (18%) e a falta da Educa��o permanente (12%). Discuss�o A falta de envolvimento pessoal no trabalho ocorre e envolve sentimento de inadequa��o pessoal e profissional. O trabalhador se auto avalia de forma negativa. Isso prejudica a habilidade para a realiza��o do trabalho e o atendimento, o contato com as pessoas usu�rias do trabalho, bem como com a organiza��o (MUROFUSE et al, 2008). Cada dia exige mais capacidade t�cnico-cient�fica da equipe de enfermagem em um sistema din�mico-capitalista. A baixa remunera��o, a sobrecarga de trabalho, a falta de autonomia e reconhecimento contribuem ao surgimento de altera��es ps�quicas que levam muitos funcion�rios a um estado de exaust�o emocional, perda de interesse pelas pessoas que teriam que ajudar; e por fim baixo rendimento profissional e pessoal, com a cren�a de que o trabalho n�o vale a pena e, institucionalmente, n�o se podem mudar as coisas e que n�o h� possibilidade de melhorar pessoalmente (SANTOS & PENNA, 2009). No estudo este sentimento fica muito vis�vel, pois o profissional sente que esta sendo desvalorizado pela institui��o na qual o mesmo esta prestando um servi�o que at� seria de qualidade. O servi�o de enfermagem em um hospital � de extrema import�ncia, pois proporciona o cuidado, que � fator essencial para o desencadeamento dos trabalhos realizados junto aos pacientes no que diz respeito ao seu tratamento f�sico-mental. No entanto, apesar de sua extrema import�ncia, a equipe de enfermagem sofre com as condi��es de trabalho que lhes s�o ofertadas muitas vezes de forma prec�ria prejudicando assim o seu trabalho e desmotivando os profissionais da �rea (DIAS et al, 2009). Conforme foram referidos no estudo os profissionais de enfermagem alegam ainda que a estrutura f�sica, os insumos prec�rios e o relacionamento interpessoal como fator negativo para desenvolvimento da sua habilidade, compet�ncias, ou seja, seu trabalho. A pesquisa mostra tamb�m que os profissionais de enfermagem acreditam que a educa��o permanente � determinante para desenvolver e aprimorar habilidades. O profissional de enfermagem geralmente possui mais de um v�nculo empregat�cio. Isso prejudica o tempo destinado ao lazer e, como a maioria dos trabalhadores pertence ao g�nero feminino, � jornada de trabalho e cuidado dom�stico tamb�m deve ser considerada na an�lise da qualidade de vida desses profissionais (SILVA & MELO, 2006). Para Dias et.al (2009) algumas particularidades do trabalho da equipe de enfermagem levam � desmotiva��o em ambiente hospitalar: o tipo de trabalho (hor�rio de trabalho, ritmo de trabalho, conte�do do trabalho, controle do trabalho, uso de habilidades), rela��es interpessoais e grupais (tipos de rela��es, rela��es com superiores, rela��es com colegas, rela��es com os pacientes) o desenvolvimento da carreira (inseguran�a no trabalho). A carga de trabalho exaustiva � o estressor mais proeminente na atividade da enfermagem, al�m dos conflitos internos entre a equipe e a falta de motiva��o e apoio ao profissional, sendo a indefini��o do papel profissional um fator somat�rio aos estressores (BATISTA & BIANCHI, 2008). A falta leitos, equipamentos e materiais, dificultam o atendimento da � equipe de enfermagem nos casos realmente emergenciais. Consequentemente, essa situa��o agrava a exist�ncia de estressores ao profissional de sa�de, principalmente da equipe de enfermagem, pois prestam assist�ncia aos pacientes em condi��es criticas al�m de atender aqueles que poderiam ser assistidos nos n�veis ambulatoriais, postos de sa�de (HARBS et al, 2008). Com isso, percebe-se que a fun��o dos profissionais de enfermagem torna-se desmotivadora. A equipe de enfermagem possui muita responsabilidade no desenrolar de suas atividades di�rias. As condi��es de trabalho s�o muitas vezes deficientes, e, al�m disso, n�o possui autonomia e poder de decis�o compat�vel com as suas responsabilidades perante a organiza��o (DIAS et.al, 2009). Considera��es finais Evidenciamos que a assist�ncia prestada pela equipe de enfermagem na maioria das vezes sofre interfer�ncia dos v�rios desafios enfrentados por estes profissionais. A demanda excessiva de pacientes, a falta de condi��es no ambiente de trabalho e a baixa remunera��o tem exposto a equipe de enfermagem a v�rias situa��es com os pacientes e isto tem resultado numa clientela insatisfeita com o atendimento. O estudo deu visibilidade a alguns desafios enfrentados no tocante � equipe de enfermagem, revelando � demanda excessiva de pacientes em que esses enfermeiros s�o expostos, bem como a sobrecarga, a sobreposi��o de tarefas e a falta de capacita��o como fatores que dificultam essa pr�tica. Aponta, tamb�m, que a avalia��o dessa pr�tica se d� na l�gica da produ��o quantitativa, e n�o da qualidade do trabalho, fato que promove a invisibilidade e a desvaloriza��o profissional. Acredita-se que a contribui��o deste estudo consiste, principalmente, em desvelar os desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem, pois conhecendo esses desafios os gestores possam, com vista na constru��o de uma pol�tica de educa��o permanente visando � qualidade de vida desses profissionais, bem como a assist�ncia de qualidade, fortalecendo assim o profissional de forma que o mesmo possa se sentir cada vez mais valorizado e participante direto na assist�ncia melhorada do paciente. Refer�ncias
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