Os fatores de risco para o desenvolvimento das DCNTs vêm sendo classificados como modificáveis ou não modificáveis. Entre os fatores modificáveis, estão a hipertensão arterial, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o diabetes mellitus, o tabagismo, o sedentarismo, o estresse, a obesidade e o colesterol elevado. Já entre os fatores não modificáveis, destaca-se a idade, a hereditariedade, o sexo e a raça. Show
Atividade Física e Sedentarismo - 2017 Perfil da prática de atividade física - Vigitel 2018 Cobertura de Mamografia e Papanicolau - 2018 Perfil do Consumo de Bebida Alcoólica - Vigitel 2018 Perfil do tabagismo - Vigitel 2018 Perfil do tabagismo - Vigitel 2019 Perfil Nutricional de Curitiba - Vigitel 2018 Perfil da Morbidade Referida em Curitiba - Vigitel 2018l Uso de Drogas Ilícitas entre Escolares - 2015 Uso de Álcool entre Escolares - 2015 “A presença de fatores de risco clássicos aumenta a probabilidade de doença coronariana e acidente vascular encefálico”, afirma o médico Ronaldo Barroso Chaves, cardiologista do Hospital VITA, de Curitiba (PR). Segundo ele, tanto o acidente vascular cerebral (AVC) quanto o infarto agudo do miocárdio (IAM) podem ser a primeira manifestação da doença cardiovascular, que é a principal responsável por óbitos no mundo. Chaves explica que apesar do IAM e do AVC apresentarem variados mecanismos de ocorrência, a grande maioria em ambos os casos são consequência de um mesmo processo, chamado de aterosclerose. “Objetivamente, tal alteração pode ser compreendida como uma doença inflamatória crônica no interior dos vasos sanguíneos, levando à formação de placas de ateroma (placas de colesterol, gordura e outras substâncias)”, destaca. Desta forma, a evolução da doença pode ter como resultado o estreitamento e obstrução dos vasos sanguíneos afetados, muitas vezes se manifestando clinicamente pelo IAM e AVC. O médico alerta que é de grande importância a compreensão de que aproximadamente 90% dos casos de infarto e AVC estão relacionados a fatores de risco potencialmente controláveis, destacando-se: Fatores de risco modificáveis: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, sedentarismo, obesidade e dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídeos no plasma ou a diminuição dos níveis de HDL que contribuem para a aterosclerose). Fatores de risco não modificáveis: história familiar precoce de infarto: pai abaixo de 55 anos e mãe abaixo de 65 anos, genética e ser do sexo masculino. Chaves ressalta que a prevenção de eventos cardiovasculares não deve ser restrita a pessoas com diagnóstico de doenças crônicas ou com fatores de risco identificados previamente. Indivíduos assintomáticos e sem antecedentes de doenças também necessitam de acompanhamento clínico especializado. Segundo ele, em tal contexto, o cardiologista pode calcular o risco que cada pessoa possui para a ocorrência de eventos cardiovasculares nos próximos 10 anos e ao longo da vida, o que é conhecido como risco cardiovascular. “A partir de então, o manejo clínico do paciente é realizado de forma individualizada, com metas específicas atreladas ao risco cardiovascular encontrado”, ressalta. A identificação de indivíduos assintomáticos com maior predisposição é crucial para prevenção efetiva com a correta definição das metas terapêuticas. “Para isto foram criados os escores de risco que consideram quatro níveis de ameaça: baixo, intermediário, alto e muito alto. Com base na caracterização do risco são propostas estratégias de prevenção”, revela o cardiologista. “A boa notícia é que a grande maioria das doenças cardiovasculares podem ser prevenidas. Para tanto é necessário o controle dos fatores de risco”, frisa Chaves. As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos e incluem:
Ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais geralmente são eventos agudos causados principalmente por um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração ou para o cérebro. A razão mais comum para isso é o acúmulo de depósitos de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos que irrigam o coração ou o cérebro. Os acidentes vasculares cerebrais também podem ser causados por uma hemorragia em vasos sanguíneos do cérebro ou a partir de coágulos de sangue. A causa de ataques cardíacos e AVCs geralmente são uma combinação de fatores de risco, como o uso de tabaco, dietas inadequadas e obesidade, sedentarismo e o uso nocivo do álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemia. A maioria das doenças cardiovasculares pode ser prevenida por meio da abordagem de fatores comportamentais de risco – como o uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, falta de atividade física e uso nocivo do álcool –, utilizando estratégias para a população em geral. Quais são os fatores de risco para doenças cardiovasculares?Os mais importantes fatores de risco comportamentais, tanto para doenças cardíacas quanto para AVCs, são dietas inadequadas, sedentarismo, uso de tabaco e uso nocivo do álcool. Os efeitos dos fatores comportamentais de risco podem se manifestar em indivíduos por meio de pressão arterial elevada, glicemia alta, hiperlipidemia, sobrepeso e obesidade. Esses “fatores de risco intermediários” podem ser mensurados em unidades básicas de saúde e indicam um maior risco de desenvolvimento de ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e outras complicações. A cessação do tabagismo, redução do sal na dieta, consumo de frutas e vegetais, atividades físicas regulares e evitar o uso nocivo do álcool têm se mostrado eficazes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, o tratamento medicamentoso da diabetes, hipertensão e hiperlipidemia pode ser necessário para reduzir os riscos cardiovasculares e prevenir ataques cardíacos e AVCs. Políticas de saúde que criam ambientes propícios para escolhas saudáveis acessíveis são essenciais para motivar as pessoas a adotarem e manterem comportamentos saudáveis. Há também um número de determinantes subjacentes das doenças cardiovasculares. Elas são um reflexo das principais forças que regem mudanças sociais, econômicas e culturais – globalização, urbanização e envelhecimento da população. Outras determinantes dessas enfermidades incluem pobreza, estresse e fatores hereditários. Quais são os principais sintomas das doenças cardiovasculares? Sintomas de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais Muitas vezes não há sintomas da doença subjacente dos vasos sanguíneos. Um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral pode ser o primeiro aviso da doença subjacente. Os sintomas do ataque cardíaco incluem:
Além disso, a pessoa pode ter dificuldade em respirar ou falta de ar; sensação de enjoo ou vômito; sensação de desmaio ou tontura; suor frio; e palidez. Mulheres são mais propensas a apresentar falta de ar, náuseas, vômitos e dores nas costas ou mandíbula. O sintoma mais comum de um acidente vascular cerebral é uma súbita fraqueza da face e dos membros superiores e inferiores, mais frequentes em um lado do corpo. Entre os sintomas, estão:
As pessoas que apresentarem tais sintomas devem procurar imediatamente assistência médica. O que é doença cardíaca reumática?A doença cardíaca reumática é causada por lesão nas válvulas e músculos cardíacos que surgem a partir da inflamação e cicatrizes derivadas da febre reumática. A febre reumática é causada por uma resposta anormal do organismo à infecção por bactérias estreptocócicas, que usualmente se inicia com dor de garganta ou amigdalite em crianças. A febre reumática afeta principalmente crianças de países em desenvolvimento, especialmente onde a pobreza é generalizada. Cerca de 2% das mortes por doenças cardiovasculares no mundo estão relacionadas à doença cardíaca reumática. Sintomas da doença cardíaca reumática
Por que as doenças cardiovasculares são uma questão de desenvolvimento em países de baixa e média renda?
Como a carga das doenças cardiovasculares pode ser reduzida?Intervenções muito rentáveis que são viáveis para implementação mesmo em ambientes de baixa renda foram identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para prevenção e controle de doenças cardiovasculares. Elas incluem dois tipos de intervenções: para a população em geral e em nível individual. Recomenda-se a combinação das duas opções para reduzir a maior carga das doenças cardiovasculares. Exemplos de intervenções para a população em geral que podem ser implementados para reduzir as doenças cardiovasculares incluem:
Em nível individual, intervenções de saúde para a prevenção dos primeiros ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais devem se concentrar primordialmente nas pessoas com alto risco cardiovascular ou nos indivíduos com um fator de risco – como hipertensão e hipercolesterolemia – em níveis que excedam os limites tradicionais. A intervenção baseada no enfoque integral é mais rentável que aquela baseada em nível individual e tem o potencial de diminuir substancialmente os eventos cardiovasculares. Esta abordagem é viável na atenção primária em locais com poucos recursos, inclusive por profissionais de saúde que não são médicos. Para a prevenção secundária de doenças cardiovasculares em pacientes com doença estabelecida, incluindo a diabetes, são necessários tratamentos com os seguintes medicamentos:
Os benefícios dessas intervenções são em boa parte independentes, mas quando combinados à cessação do tabagismo, é possível prevenir cerca de 75% dos eventos vasculares recorrentes. Atualmente, a aplicação dessas intervenções apresenta grandes deficiências, sobretudo no nível da atenção primária. Além disso, operações cirúrgicas de alto custo às vezes são necessárias para tratar doenças cardiovasculares, incluindo:
Dispositivos médicos são requeridos para tratar algumas doenças cardiovasculares, incluindo: marca-passo, válvulas protéticas e encaixes para fechar cavidades no coração. Quais são os fatores de risco não modificáveis para doenças cardiovasculares?Entre os fatores modificáveis, estão a hipertensão arterial, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o diabetes mellitus, o tabagismo, o sedentarismo, o estresse, a obesidade e o colesterol elevado. Já entre os fatores não modificáveis, destaca-se a idade, a hereditariedade, o sexo e a raça.
Quais são os fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares?7 fatores de risco para doenças cardiovasculares que são modificáveis. Sedentarismo. O sedentarismo é caracterizado pela falta de inclusão de uma atividade física na rotina. ... . Obesidade. ... . Hipertensão arterial. ... . Estresse. ... . Colesterol alto. ... . Triglicerídeos elevados. ... . Diabetes.. Quais os fatores modificáveis e não modificáveis?Entre os fatores modificáveis estão incluídos a obesidade, o diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, o colesterol alto, a ingestão de álcool em grandes quantidades, o tabagismo, o sedentarismo e o estresse. Os fatores não modificáveis, por sua vez, incluem a herança genética, o sexo, a etnia e a idade.
Quais são os fatores de risco modificáveis e os não modificáveis para hipertensão arterial?Os fatores não modificáveis incluem idade, sexo, grupos étnicos e antecedentes familiares portadores de HAS; os fatores modificáveis incluem obesidade, nível de estresse, sedentarismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, etilismo e tipo de alimentação(4).
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