Quais são os cinco níveis de hierarquia urbana estabelecidos pelo IBGE?

A rede urbana apresentada neste item é resultado do estudo Rede de Influência das Cidades do IBGE. Neste estudo o IBGE atualiza o quadro de referencia da rede urbana brasileira de estudos já realizados e publicados em 1972, 1987, 2000 e 2008. O estudo do REGIC é uma junção dos resultados dos questionários aplicados nos Municípios brasileiros, representando o deslocamento dos habitantes no território em busca dos centros urbanos ofertantes de bens e serviços, com os dados secundários levantados sobre a hierarquia dos centros e as ligações imateriais entre as Cidades.

Nele a rede urbana está estruturada em duas dimensões: a hierarquia dos centros urbanos, dividida em cinco níveis; e as regiões de influência, identificadas pela ligação das cidades de menor para as de maior hierarquia urbana. O elo final de cada rede são as Metrópoles, para onde convergem as vinculações de todas as Cidades presentes no Território Nacional.

As cidades brasileiras foram classificadas em cinco grandes níveis e estes subdivididos em dois ou três subníveis:

1. Metrópoles – centros urbanos que caracterizam-se por seu grande porte e por fortes relacionamentos entre si, além de, em geral, possuírem extensa área de influência direta. Possui três sub-níveis: Grande Metrópole Nacional, Metrópole nacional e Metrópole.

 2. Capitais Regionais – centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão, mas com alcance menor em termos de região de influência em comparação com as Metrópoles. Possui também três subdivisões: Capital Regional A, Capital regional B e Capital Regional C.

 3. Centro Sub-Regionais – centros com atividades de gestão menos complexas, com áreas de influência de menor extensão que as das Capitais Regionais. Subdivididos em dois grupos: Centro Sub-Regional A e Centro Sub-Regional B.

 4. Centros de Zona – nestas as cidades caracterizam-se por menores níveis de atividades de gestão, polarizando um número inferior de Cidades vizinhas em virtude da atração direta da população por comércio e serviços baseada nas relações de proximidade. Estão subdivididos em Centro de Zona A e Centro de Zona B.

 5. Centros Locais – cidades que exercem influência restrita aos seus próprios limites territoriais, apresentam fraca centralidade em suas atividades empresariais e de gestão pública, geralmente tendo outros centros urbanos de maior hierarquia como referência para atividades cotidianas de compras e serviços de sua população, bem como acesso a atividades do poder público e dinâmica empresarial.

No Rio Grande do Sul a capital representa o mais alto nível nesta classificação. A rede de Porto Alegre se caracteriza por uma importante centralidade da Capital dentro de seu Estado, mas também por um número expressivo de níveis hierárquicos intermediários. No total, a rede de Porto Alegre possui seis Capitais Regionais: as Capitais Regionais B do Arranjo Populacional de Caxias do Sul/ RS e do Município de Passo Fundo (RS), acompanhadas pelas Capitais Regionais C dos Arranjos Populacionais de Lajeado/RS, Santa Cruz do Sul/RS, Santa Maria/RS e Pelotas/RS. Há ainda um número elevado de Centros Sub-Regionais (39 centros urbanos). A rede da Capital gaúcha apresenta uma série de Centros Sub-Regionais e mesmo Centros Locais que se reportam diretamente à Capital, ignorando as Cidades de centralidade intermediária. Essa situação é particularmente pronunciada na metade sul do Estado, caracterizada por uma densidade populacional mais baixa. Na porção norte, de maior fragmentação territorial dos Municípios, ainda há redes de Centros Locais subordinados a Centros Sub-Regionais. Contudo, estes últimos – como o Arranjo Populacional de Santo Ângelo/RS e os Municípios de Santa Rosa (RS), Ijuí (RS) e Cruz Alta (RS) – se ligam a Porto Alegre contornando as Capitais Regionais mais próximas. A rede de Porto Alegre se restringe ao território do próprio Estado1.

1 Texto do estudo Regiões de Influência das Cidades - REGIC 2018 - IBGE

O que é Hierarquia Urbana:

Hierarquia urbana consiste numa forma de organização entre as cidades, onde os grandes centros urbanos apresentam influência sobre as médias e pequenas cidades.

Esta hierarquização é formada principalmente com base na diversificação econômica dos centros urbanos, fazendo com que aqueles com menor desenvolvimento estejam dependentes e subordinados às metrópoles mais desenvolvidas.

Também é através da hierarquia urbana que é organizado o espaço nacional, em termos de influência de certos centros urbanos sobre outros. Funciona como um indicador da importância de uma cidade, sendo esta nem sempre dependente do seu tamanho, mas de outros fatores influenciadores, como a dinâmica de mercadorias, pessoas, serviços e informações que possui, por exemplo. A hierarquia urbana pode apresentar uma escala regional, nacional ou mundial.

A hierarquia urbana está relacionada com o ranking de cidades, desde a menor até a que tem maior população. Dentro da hierarquia urbana as cidades podem mudar de posição, uma vez que existem transferências de população entre as cidades, fazendo com que variem de posição.

Hierarquia urbana brasileira

No Brasil, a hierarquia urbana segue o modelo proposto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): Metrópoles, Capitais Regionais, Capitais Sub-Regionais, Centros de Zona e Centros Locais. Em outros países do mundo, no entanto, os padrões de classificação da hierarquia urbana podem variar, principalmente de acordo com a estruturação dessas nações.

A hierarquia urbana é formada por metrópoles nacionais, que são as grandes cidades; as metrópoles regionais, que são cidades que exercem uma polarização em uma extensa região; capitais regionais, que são cidades que polarizam uma área menor ou menos importante em termos de população; centros regionais, que são cidades polarizadas pelas capitais regionais e que polarizam uma grande quantidade de cidades locais, e as cidades locais, que são pequenas cidades que exercem influência numa área reduzida, onde predominam padrões rurais ou semi-urbanos de moradia, como vilas, por exemplo.

Ver também: significado de Zona urbana.

Hierarquia urbana e Rede urbana

O conceito de hierarquia urbana está baseado na noção de rede urbana, que seria um conjunto integrado de cidades que estabelecem relações econômicas, sociais e políticas entre si.

As redes urbanas são frutos dos processos de urbanizaçãoobservados em todos os países, onde há um agrupamento de cidades que estão integradas em diferentes escalas. Aliás, a partir desta diferenciação de níveis de desenvolvimento das redes urbanas é que surge o conceito da hierarquização dos centros urbanos.

Atualmente, as redes urbanas podem ser classificadas em: megalópoles (cidades globais), metrópoles, cidades médias e pequenas.

Qual é a ordem da hierarquia urbana?

No Brasil, a hierarquia urbana segue o modelo proposto pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): Metrópoles, Capitais Regionais, Capitais Sub-Regionais, Centros de Zona e Centros Locais.

São exemplos de hierarquia urbana?

Fazem parte da hierarquia urbana mundial as cidades globais, as metrópoles nacionais, as metrópoles regionais e as cidades de menor porte.

Quais são os tipos de rede urbana?

Veja, a seguir, as classificações utilizadas para designar as cidades..
Centros regionais ou cidades médias. São cidades com poder de polarização regional. ... .
Metrópoles regionais. ... .
Metrópoles nacionais. ... .
Metrópoles globais. ... .
Cidades globais. ... .
Megalópoles..

Como é chamada a maior cidade da hierarquia urbana?

Metrópole: cidade de maior porte que se caracteriza pelo poder de atração e influência que exerce sobre um expressivo número de cidades do seu entorno.