Quais são as principais causas das migração entre os países atualmente?

E aí, vestibulandes! Eu sei que vocês já estavam com saudades do nosso blog de Geografia, não é mesmo? Então se prepare porque nós vamos continuar a falar de um assunto muito importante: Migrações!  Pois é, bb. Este assunto é tão importante que já comentamos sobre ele, mas especificamente sobre as migrações internas e externas no Brasil. E dessa vez vamos falar sobre as principais migrações do mundo e seus fatores motivadores.

Agora sim, pega o papel e a caneta e bora lá para esse assunto importantíssimo!

Então, chuchu, como já falamos no blog anterior, as migrações externas podem ser entendidas como fluxos populacionais entre países diferentes. Sabendo disso, também é necessário compreender as principais causas relacionadas a essas migrações. Dentre as causas podemos destacar:

1. Naturais, como secas, regime de chuvas e outras condições geográficas;
2. Econômicas, como a busca por melhores oportunidades de emprego e qualidade de vida;
3. Políticas, como a fuga de conflitos, como guerras e perseguições religiosas.

As migrações motivadas por causas naturais são realizadas, sobretudo, por pessoas que vivem em locais com condições ambientais desfavoráveis, como zonas com instabilidade tectônica, regiões que sofreram processo de desertificação ou mesmo áreas que apresentam temperaturas extremas, por exemplo.

Conforme destacado, as migrações motivadas por causas econômicas têm como objetivo principal a busca por melhores campos de trabalho, melhores salários e melhor acesso à saúde, à segurança e à educação, por exemplo. Desse nodo, em geral, esse tipo de migração é realizado por indivíduos que vivem em países subdesenvolvidos – mais pobres – rumo a países desenvolvidos – mais ricos. Sendo assim, os países que são alvos desse imigrantes são Estados Unidos, países integrantes da União Europeia e ao Japão.

Além disso, em muitos casos, pessoas com grande formação acadêmica migram para países desenvolvidos a procura de melhores condições de trabalho e de valorização profissional. Esse processo é conhecido como fuga de cérebros.

Já as migrações por causas políticas são realizadas por pessoas que deixam de viver em seus países de origem em busca de proteção e segurança, em virtude de conflitos internos que colocam em risco a vida da população. Como exemplo disso, podemos citar a saída da população da Síria em decorrência da guerra civil iniciada em 2011.

Agora que já entendemos as principais causas associadas às migrações, bora lá aprender mais sobre os conflitos migratórios? Vamos lá, bb!

Embora estejamos imersos em um mundo globalizado, a existência de fronteiras nacionais ainda representa uma importante barreira aos fluxos migratórios. Isso porque, nos últimos anos, temos vivenciado uma série de ações de controle de fronteiras, por mecanismos que dificultam a entrada e a permanência de imigrantes. Dentre esses mecanismo, podemos destacar:

• o aumento das exigências para obtenção de visto;
• maior fiscalização de regiões fronteiriças;
• deportações de estrangeiros;
• a construção de muros, que separam fisicamente duas regiões.

Um dos exemplos mais conhecidos é o muro do México. Muro este presente na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

A intensificação de políticas e discursos separatistas têm dificultado ainda mais a entrada de imigrantes em muitos países, como os Estados Unidos. Desse forma, uma importante consequência de tais discursos propagados por grupos extremistas e certos governantes é o aumento da xenofobia. Essa é uma forma de preconceito e de discriminação contra indivíduos pertencentes ou que aparentam pertencer a outra nacionalidade ou povo, em geral, acompanhado de discursos de ódio e atitudes hostis.

Um tipo especial de migrante é o refugiado. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), refugiado é todo o indivíduo que se encontram fora ou que deseja sair de seu país de origem pelo medo de sofrer perseguições por sua raça, religião, nacionalidade, grupo social, opiniões políticas, ou que sejam vítimas de violações de direitos humanos em seu país. 

• Confira abaixo os critérios adotados para a definição de refugiado em mais detalhes:

Entende-se como refugiado aquele que:

I – devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país;

II – não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior;

III – devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país.

Nesse sentido, surgem importantes organizações com a finalidade de proteção dos direitos dos refugiados. São eles:

• Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR): Organização vinculada à ONU, criada em 1950, no contexto pós-Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de auxiliar refugiados europeus vítimas da guerra. Atualmente, atende os refugiados de todo mundo, auxiliando-os na reconstrução de suas vidas em outros países.

• Estatuto dos Refugiados: Conjunto de regras de proteção ao refugiado criado pelo governo brasileiro. Tem como finalidade o reconhecimento da condição dos refugiados em território brasileiro, além de proteger e auxiliar os refugiados aqui encontrados. Esse estatuto está vinculado ao Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE).

• Dados sobre a população de refugiados no mundo:

• Em 2019, uma em cada 97 pessoas no mundo foi forçada a sair do seu local de origem.
• Em 2019 existiam 26 milhões de refugiados e 2 milhões de solicitantes de refúgio no mundo.
• Os principais países de saída de pessoas no mundo são (em 2019): Síria, Venezuela, Afeganistão, Sudão do Sul e Mianmar.
• 4,2 milhões de pessoas são consideradas apátridas, que são aquelas que não tem sua nacionalidade reconhecida por nenhum país.

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