Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Defesas naturais contra os micróbios

O corpo humano possui barreiras naturais que o protegem de infeções. A pele, o suor, a saliva, as lágrimas, a cera, os pelos, o suco gástrico e as bactérias intestinais são agentes de defesa contra os micróbios patogénicos. Outra forma que o organismo tem de se proteger é através do sistema imunitário. É pela ação dos glóbulos brancos e pela produção de anticorpos que o próprio corpo faz a sua defesa, muitas vezes reconhecendo e agindo contra um agente agressor específico que consegue reconhecer.

Conteúdo fornecido pela Escola Mágica, ao abrigo de uma parceria com o Ensina. Destina-se a alunos do 6.º ano do ensino básico.

Dado que o organismo possui v�rios recursos para se proteger dos agentes infecciosos, apenas os micr�bios que ultrapassam as barreiras defensivas conseguem provocar doen�as, que podem ser curadas quando o sistema imunit�rio revela todo o seu potencial.

Barreiras naturais

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Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Existe uma s�rie de barreiras protectoras no corpo humano que servem para impedir ou dificultar a entrada dos microorganismos patog�nicos no mesmo. No entanto, se algum deles conseguir vencer essas barreiras, deparar-se-� com v�rios mecanismos de defesa desencadeados pelo sistema imunit�rio, com o objectivo de destru�-los ou desactiv�-los.

Em primeiro lugar, a pr�pria pele que reveste todo o corpo constitui uma barreira inultrapass�vel para muitos agentes infecciosos. Para al�m disso, como se encontra revestida por uma camada Iipidica ligeiramente �cida, proveniente das secre��es das gl�ndulas cut�neas, com propriedades anti-s�pticas, cria um meio desfavor�vel para o desenvolvimento de in�meros microorganismos na superf�cie do corpo. Embora exista uma flora cut�nea permanente, esta encontra-se formada por microorganismos sapr�fitas, ou seja, que vivem �s custas do organismo, mas n�o o danificam. Por outro lado, como a sua presen�a dificulta o desenvolvimento de microorganismos patog�nicos, ou seja, prejudiciais, podem ser considerados ben�ficos.

As vias respirat�rias s�o igualmente constitu�das por um especifico sistema protector, na medida em que se encontram revestidas interiormente por urna camada mucosa, na qual a maioria dos microorganismos que penetram com o ar inspirado fica presa.

Para al�m de ser constitu�do por subst�ncias antimicrobianas, este muco � constantemente arrastado em direc��o ao exterior pelo movimento de reduzidos c�lios das c�lulas que revestem a superf�cie das vias respirat�rias.

Os microorganismos que penetram pela via digestiva tamb�m t�m que enfrentar v�rias barreiras protectoras. O primeiro obst�culo corresponde � acidez do suco g�strico, que � capar de destruir in�meros tipos de microorganismos que chegam ao est�mago. As secre��es de outras partes do tubo digestivo criam igualmente um meio hostil para muitos microorganismos. Por Ultimo, existe a flora bacteriana intestinal, composta por microorganismos sapr�fitas inofensivos, que travam a prolifera��o de outros considerados perigosos.

Imunidade inata

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Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Caso os microorganismos consigam ultrapassar as barreiras iniciais referidas, t�m que enfrentar outros mecanismos defensivos inatos, eficazes contra in�meros tipos de agentes infecciosos. Em primeiro lugar, existem in�meras c�lulas pertencentes ao sistema imunit�rio, distribu�das pelo organismo, com uma fun��o especial: detectar agentes estranhos e fagocit�-los, ou seja, captur�-los e digeri-los. Estas c�lulas compreendem v�rios tipos de gl�bulos brancos, como os leuc�citos neutr�filos, mon�citos e, sobretudo, macr�fagos, muito eficazes na fun��o de destruir bact�rias. Embora existam c�lulas deste tipo presentes em todos os tecidos, nomeadamente naqueles que se encontram mais expostos ao contacto com microorganismos, como a pele e os pulm�es, existem outras que circulam constantemente pelo sangue e, caso seja necess�rio, abandonam os vasos sangu�neos para se dirigirem ao sector do organismo invadido. Para al�m disso, alguns leuc�citos t�m a capacidade para detectar a invas�o de algumas c�lulas do pr�prio organismo por algum v�rus, ao distinguirem ligeiras transforma��es na sua membrana externa, para depois procederem � sua destrui��o.

Existem outros mecanismos imunit�rios inatos, como a ac��o das prote�nas s�ricas, pertencentes ao denominado sistema de complemento. Uma vez que estas prote�nas s�ricas est�o em circula��o, quando entram em contacto com determinados microorganismos s�o activadas. Inicia-se, deste modo, uma reac��o em cadeia, cuja finalidade � estimular as c�lulas imunocompetentes e destruir os agentes patog�nicos.

Imunidade adquirida

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Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Caso os microorganismos ultrapassem as barreiras naturais e todos os mecanismos de imunidade inata, normalmente desencadeiam uma doen�a infecciosa. Todavia, o organismo elabora, em simult�neo, uma resposta de imunidade adquirida, em que o sistema de defesa identifica o agente nocivo tomando em considera��o um ou v�rios dos seus elementos estruturais pr�prios, denominados antig�nios, e desencadeia uma reac��o para o destruir ou, pelo menos, o desactivar.

Esta resposta � da responsabilidade dos gl�bulos brancos do tipo linf�citos, dos quais existem v�rios tipos. Por um lado, produzem uma resposta imunit�ria celular, na qual os linf�citos T, ap�s identificarem o agente estranho, atacam-no directamente e produzem sinais para que tamb�m possam ser atacados por outras c�lulas defensivas. Por outro lado, produzem uma resposta imunit�ria humoral, em que os linf�citos B, informados pelos anteriores sobre as caracter�sticas do agressor, come�am a elaborar anticorpos contra os seus antig�nios espec�ficos, de modo a desactiv�-los ou facilitar a sua destrui��o por parte de outras c�lulas defensivas.

Informa��es adicionais

O m�dico responde

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Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Por que � que algumas doen�as infecciosas apenas surgem uma vez ao longo da vida?

Quando o sistema imunit�rio enfrenta pela primeira vez um microorganismo patog�nico, Ou seja, provocador de uma doen�a, desenvolve uma resposta de defesa destinada a combat�-lo que, caso seja bem sucedida, consegue obter a cura do problema. Todavia, a sua ac��o � muito mais abrangente, j� que alguns dos seus componentes "memorizam" o agressor, mantendo-se em alerta durante toda a vida. Caso o micr�bio entre novamente em contacto com o organismo, este desenvolve uma resposta imunit�ria imediata, t�o precoce que � capaz de acabar com o agressor antes que provoque qualquer altera��o. Embora este mecanismo n�o funcione contra todos os microorganismos, porque alguns t�m uma estrutura complexa e outros passam por muta��es que "enganam" o sistema imunit�rio, nos restantes casos � muito eficaz, sobretudo em casos de v�rus, o que justifica o facto de doen�as como o sarampo ou a rub�ola apenas se manifestarem uma vez na vida.

Infec��es oportunistas

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Quais os mecanismos de defesa do nosso organismo contra os microorganismos?

Quando os mecanismos defensivos funcionam adequadamente, conseguem impedir o desenvolvimento de urna grande diversidade de microorganismos que habitualmente entram em contacto com o nosso organismo. Todavia, quando o sistema imunit�rio, por alguma raz�o, n�o funciona a 100%, costumam surgir infec��es provocadas por microorganismos pouco virulentos que n�o provocariam urna doen�a em pessoas imunocompetentes, sendo por isso que existem as denominadas "infec��es oportunistas", em que os micr�bios aproveitam a oportunidade proporcionada pelo facto de a v�tima ter as suas defesas reduzidas.

S�o v�rias as circunst�ncias que podem provocar urna insufici�ncia transit�ria ou persistente do sistema imunit�rio e favorecer o desenvolvimento de infec��es oportunistas. Os rec�m-nascidos prematuros t�m um sistema imunit�rio imaturo, enquanto que os idosos podem evidenciar uma determinada insufici�ncia nos mecanismos de defesa, o que justifica o facto de estas idades serem mais propensas para serem afectadas por infec��es pouco habituais. Um outro caso t�pico corresponde �s pessoas que recebem um tratamento imunossupressor, por exemplo no caso de transplante de �rg�os; embora este tratamento sirva para impedir o desenvolvimento de uma reac��o de rejei��o, aumenta a sensibilidade a infec��es. Os exemplos mais paradigm�ticos s�o aqueles em que existe uma deteriora��o consider�vel e persistente do sistema imunit�rio: imunodefici�ncias cong�nitas, leucemias ou a devastadora SIDA, provocada por uma infec��o viral que ataca e destr�i as defesas org�nicas.

Quantos são os mecanismos de defesa do nosso organismo?

Os mecanismos de defesa do corpo humano podem ser agrupados em duas categorias definidas como inespecífico e específico, pelo qual passa o organismo humano. Ele varia em 1ª, 2ª e 3ª linhas de defesa.

Quais são os tipos de defesa do organismo?

O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de resposta imune. Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a adquirida, adaptativa ou específica.

Quais os mecanismos de defesa do organismo a infecção?

As barreiras naturais são constituídas pela pele, pelas membranas mucosas, pelas lágrimas, pela cera dos ouvidos, pelo muco e pelo ácido gástrico.

Quais são os dois mecanismos de defesa do sistema imunológico?

Um deles é a neutralização, em que o anticorpo liga-se ao antígeno, impedindo que este seja capaz de destruir ou infectar células. Outro processo que pode ocorrer é o de opsonização, em que o anticorpo liga-se ao antígeno, promovendo seu reconhecimento pelos macrófagos ou neutrófilos que realizarão a fagocitose.