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Veja as vantagens e desafios na exportação trazidos pela alta do dólarTempo de leitura: 7 minutos A alta do dólar vem progredindo cada vez mais e a cotação da moeda bateu recorde alcançando o valor de R$ 5,00 neste ano de 2020. Saiba quando e como o câmbio pode ser um potencializador de lucros nas exportações.Em 2020, depois de progressivos aumentos, a cotação do dólar americano chegou a R$ 5,00. O valor do dólar é apurado e atualizado diariamente, ou até mesmo mais de uma vez por dia. Sua cotação, ou seja, sua relação com a moeda nacional, o real, é um dos principais métricas que medem a economia do país. Como o momento atual de instabilidade exemplifica, a cotação da moeda pode oscilar em curto espaço de tempo. Em um cenário mais estável, a alta do dólar poderia representar um estímulo concreto às exportações e o consequente superávit na balança comercial. Porém, há diversas questões que as empresas exportadoras precisam levar em conta para garantir competitividade no mercado externo. Entenda mais a fundo a seguir o que pode motivar ou desestimular a alta do dólar e veja exemplos de acontecimentos políticos e econômicos que vêm impactando a cotação da moeda no Brasil. Confira também algumas observações indispensáveis para que empresas consigam desenvolver, sustentar e potencializar operações de exportação em meio a um cenário instável. Os motivos da alta do dólarHá algumas razões gerais que ajudam a aumentar ou abaixar a cotação do dólar no Brasil, por exemplo:
Podemos citar diversos exemplos que se enquadram nestes tópicos e que vem acontecendo no contexto do Brasil até 2020:
A alta do dólar em 2020Cotação do dólar a R$ 4,79O início de 2020 foi marcado por um série de acontecimentos que culminaram no progressivo aumento da cotação do dólar americano. A queda de mais de 10% da Bolsa de Valores, na manhã do dia 9 de Março, merece destaque. Neste período, foram registradas vendas da moeda pelo valor de R$4,79. No período da tarde, após suspensão temporária de negociações na Bolsa, o índice Ibovespa registrou nova queda de 12,19%.
Essa queda foi provocada pela cotação do petróleo no mercado internacional, que já vinha caindo há duas semanas. A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) propôs a redução da produção para conter a desvalorização da commodity. Entretanto, a Rússia não apoiou essa ação, e a Arábia Saudita retaliou afirmando que faria o inverso. Com essa disputa comercial, o petróleo teve a maior queda desde a Guerra do Golfo. Essa baixa se somou com a insegurança mundial por conta do coronavírus, impactando em cheio a cotação do dólar e a economia mundial. Cotação recorde: R$ 5,00Outro acontecimento ocorrido dias após este entrou para a história. No dia 12 de Março de 2020, a cotação do dólar chegou a R$ 5,00 pela primeira vez. A principal motivação foi o fato de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter classificado o surto de coronavírus como uma pandemia. A Bolsa de Valores voltou a sofrer, novamente, novos circuit breakers.
Essa alta recorde do dólar também foi influenciada pelas medidas tomadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que proibiu viagens da Europa para os Estados Unidos por 30 dias. Outra razão foi o fato de o Congresso Nacional ter derrubado o veto presidencial que amplia acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), benefício pago a idosos e pessoas com deficiência. O impacto da alta do dólar nas exportaçõesQuando se fala na alta do dólar, o que se espera é o aumento das exportações brasileiras e a consequente melhora no resultado da balança comercial. Primeiro, porque, com o real fraco, empresas do exterior compram mais produtos nacionais. Segundo, porque as exportadoras brasileiras gastam em real e recebem em dólar. Entretanto, é importante analisar que a atual alta do dólar, que progrediu bastante em 2020, tem uma característica específica: a instabilidade. Segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), em entrevista sobre a alta do dólar, apesar das exportações costumarem se beneficiar da cotação alta, o dólar instável dificulta negócios na prática. Castro explicou que as oscilações constantes tornam difícil que importadores estrangeiros e exportadores brasileiros determinem um preço equilibrado e ideal para as duas partes.
Castro ainda apontou em sua entrevista quais setores estão se beneficiando com a alta do dólar e quais não:
As empresas que aproveitam para expandirQuando a cotação do dólar sobe, empresas exportadoras ou negócios que pretendem expandir por meio da exportação podem ver uma oportunidade de garantir mais lucro. Porém, é indispensável aprofundar nessa questão e entender que o câmbio não deve ser o principal ou único fator de competitividade de uma empresa. O tema foi comentado em entrevista concedida pelo presidente da AEB, entidade representante do segmento empresarial de exportação e importação. Segundo a Associação, a competitividade de um negócio deve se basear em fatores mais concretos e estáveis, que criem uma base mais sólida não só para para estimular, mas manter a produtividade. Um exemplo dado pelo presidente José Augusto de Castro foi a própria criação do Portal Único de Comércio Exterior pelo governo federal. Além dessa melhoria, houve ainda a criação do novo processo de exportação, baseado na Declaração Única de Exportação (DU-E). Esse renovação visa otimizar o processo de despacho aduaneiro de exportação eliminando gargalos, redundâncias e reduzindo significativamente o tempo de exportação. Há, ainda, outros mecanismos de estímulo e manutenção da produtividade, como os incentivos para produção de mercadorias para exportação. Nesse sentido, o governo concede isenção de diversos impostos e incentivos fiscais. Se comparadas a alta do dólar, essas motivações são mais concretas e eficazes no que diz respeito à garantia de mais competitividade às empresas brasileiras no mercado externo. O que as empresas que pretendem lucrar e expandir por meio da exportação precisam levar em consideração é que, independentemente do câmbio, o modelo de negócio precisa ser sustentável por si só. A melhor forma de averiguar as chances de sucesso das operações e/ou de potencializar os lucros por meio delas é realizando uma análise de viabilidade de exportação. A saída para a sustentabilidade das empresasObservando a instável alta do dólar e suas origens no cenário econômico nacional e mundial, pode parecer cada vez mais desafiador exportar com confiança e segurança. É indispensável realizar um trabalho preventivo para garantir a saúde financeira do negócio, a eficácia das exportações e, principalmente, a sustentabilidade da empresa. O objetivo de realizar operações de Comex é potencializar a lucratividade da empresa, expandindo para o mercado externo e/ou investindo em insumos e tecnologia. Contar com uma consultoria especializada e capaz de te assessorar a tomar decisões de negócio acertadas é ainda mais indispensável em meio à crises e instabilidades. O Grupo Serpa se destaca por cobrir todas as necessidades de empresas que pretendem importar e/ou exportar. Fazemos a análise de viabilidade de exportação por meio do estudo dos custos, tributos e assessoramos na precificação, para manter os produtos competitivos no mercado externo. Além disso, oferecemos:
Exporte com mais segurança, mesmo em meio a alta do dólar e sua instabilidade. Conte com o Grupo Serpa como o seu parceiro no planejamento e efetivação das operações de Comex. Entre em contato conosco agora mesmo para tirar suas dúvidas e ter acesso às nossas soluções! Compartilhe este artigo!Postagens RelacionadasO que acontece com o preço do dólar se aumentar a exportação no país?Para entender como o sobe e desce do dólar influencia a economia, é preciso adotar uma lógica simples: ganha mais quem recebe pagamentos em dólar, e perde quem tem custos a pagar na moeda americana. A alta ocorre em um momento de incerteza no cenário internacional em decorrência da pandemia do novo Coronavírus.
Qual o benefício para a economia quando o dólar está elevado?Por outro lado, a alta do dólar favorece as empresas que atuam com produtos exportados e/ou profissionais que obtém renda paga em dólar. É positivo também para as empresas nacionais com investimentos ligados ao dólar no mercado financeiro, tornando os fundos cambiais mais atrativos.
Quais os impactos da alta do dólar para a população?Encarecimento das viagens ao exterior
O primeiro impacto da alta do dólar sentido pelo consumidor é o aumento dos preços das viagens ao exterior. Afinal, o câmbio influencia diretamente os gastos em dólar, preço das passagens e combustíveis, afetando primeiramente a indústria do turismo.
Qual o efeito para importadores e exportadores brasileiros do dólar americano valorizado frente ao real?“O real desvalorizado tem um efeito positivo para o país, porque torna os produtos nacionais mais competitivos para exportação”, diz José Ricardo Roriz, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
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