Quais foram as principais atividades econômicas no século XVIII?

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Quais foram as principais atividades econômicas no século XVIII?

A atividade econômica (português brasileiro) ou atividade económica (português europeu) gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.

A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização e da organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, e.g. eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere também à medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.

Origem e Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "economia" pode ser traçada de volta à palavra grega οικονομία, "aquele que administra um lar", derivada de οικος, "casa", e νέμω, "distribuir (especialmente administrar)". De οικονόμος derivou-se οικονομία, que tinha não apenas o sentido de "administração de um lar ou família" mas também de "frugalidade", "direção", "administração", "acordo", e "renda pública de um Estado". O primeiro registro do significado da palavra "economia", encontrado em um trabalho possivelmente composto em 1440, é "a gestão de assuntos econômicos", nesse caso, de um mosteiro. 'Economia' é também registrada com outras acepções compartilhadas com οικονομία em grego, inclusive "frugalidade" e "administração". O uso atual mais frequente, "o sistema econômico de um país ou área", não parece ter se desenvolvido até o séc. XIX ou XX.

Setores econômicos[editar | editar código-fonte]

A economia inclui diversos setores, que se desenvolveram em fases sucessivasː

  • A economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência;
  • A Revolução Industrial diminuiu o papel da a agricultura de subsistência, convertendo-a ao processo capitalista de produção, de forma que as fazendas passaram a ser mais extensas e monocultoras nos últimos três séculos. O crescimento econômico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e na indústria manufatureira;
  • Nas economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia corresponde ao setor de serviços, o que compreende o setor financeiro e de tecnologia - componentes da chamada economia do conhecimento.

Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica:

  • Setor primário: Compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão, madeira e ferro; (Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do setor primário.)
  • Setor secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em roupas; (Um pedreiro e uma estilista seriam trabalhadores do setor secundário.)
  • Setor terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os consumidores, como creches, cinemas e casas lotéricas. (Um vendedor de shopping e um contador seriam trabalhadores do setor terciário.)

No entanto essa não é a única forma de se classificar uma economia em setores. Também pode-se usar a uma divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o setor público do privado, ou ainda uma classificação mais moderno entre "primeiro setor", o governo; "segundo setor", empresas que visam o lucro; e o "Terceiro Setor, as chamadas organizações não-governamentais.

Mais detalhes sobre as várias fases de desenvolvimento econômico se seguem. Como esse processo estava longe de ser homogêneo geograficamente, a proporção entre esses setores varia muito entre as regiões do mundo, podendo ser uma forma para se examinar a desigualdade econômica.

História[editar | editar código-fonte]

Se considerarmos a História da Economia colocando em perspectiva o aumento da complexidade e eficiência da atividade econômica, os seguintes marcos cronológicos em geral serão destacados:

Atividade Econômica Familiar[editar | editar código-fonte]

Nas famílias primitivas se observaram atividades econômicas rudimentares: caça, pesca e agricultura. Os chefes da família cuidavam do planejamento e da distribuição e todos consumiam o que era produzido. Em sociedades mais complexas como a do Império Romano, se observou nas famílias as primeiras manifestações da divisão do trabalho [1].

Atividade Econômica Urbana[editar | editar código-fonte]

Quais foram as principais atividades econômicas no século XVIII?

A feira livre é o local tradicional onde se encontram pequenos produtores, comerciantes e compradores em busca de produtos de consumo, conseguidos atualmente através de trocas por moedas e pagamento de custos e lucros para financiamento e continuidade das atividades econômicas

Nas cidades surgiram os primeiros mercados e a moeda para facilitação das trocas de mercadorias, a solução natural para a falta ou excesso de produção. Também o intercâmbio e os contatos com outros lugares provocados pelas guerras, que em tempos de paz era dificultado pela carência de transportes, ajudaram nas atividades precursoras do comércio. Cidades prósperas e poderosas se formaram com o surgimento das civilizações da Mesopotâmia, Fenícia, Judeia, Grécia e Roma por volta do ano 3 000 A.C. e possibilitaram intenso comércio e as fundações dos primeiros bancos.[1]

Atividade Econômica Feudal[editar | editar código-fonte]

Com o colapso do Império Romano Ocidental, houve a reorganização da sociedade europeia em feudos, quando parcelas da população se viram sob a proteção e influência dos senhores feudais, nobres que detinham o poder político e econômico sobre os vassalos. Os tributos, pedágios e alfândegas e a intensa atividade artesanal, além da falta de interesse no desenvolvimento dos transportes e comunicação através de melhorias da eficiência e segurança em estradas ou da navegação, se tornaram características predominantes da atividade econômica desse período.[1]

Atividade Econômica Inter-regional[editar | editar código-fonte]

As cidades voltaram a se desenvolver do século XII ao século XV. Os antigos vassalos começara a migrar para os grandes centros urbanos europeus em busca de melhores condições de segurança, alimentação e habitação. Com o aumento da população, surgem as feiras e mercados. Atividades como a pesca, extração mineral, metalurgia, indústria de alimentos, vestuários, construção e armamentos eram lucrativas e conseguiram manter economicamente bem um grande número de pessoas. Nessa época, os interesses dos nobres pelas especiarias, madeiras, metais e pedras existentes em territórios recém-descobertos com as grandes navegações, motivaram um expressivo aumento no número de investimentos e aventureiros. Surgiu a Imprensa, que causaria grandes facilidades para a divulgação de conhecimento inclusive industrial e tecnológico. Os primeiros monopólios dos governos surgiriam na fabricação de objetos de luxo e armamentos.[1]

Revolução Industrial[editar | editar código-fonte]

Quais foram as principais atividades econômicas no século XVIII?

As chaminés industriais se tornaram comuns nos centros urbanos a partir do século XIX e características marcantes da realização de atividades fabris químicas, a vapor e nucleares

Nos séculos XVIII e XIX se observa um grande surto inovador da atividade econômica das principais sociedades. Surgem a máquina a vapor e mais tarde a energia elétrica, o telégrafo, o rádio, o automóvel e a locomotiva. A organização empresarial substituiu o antigo feudo[1] e o liberalismo burguês se impõe como opção de governo ao antigo poder absolutista dos monarcas.

Revolução tecnológica[editar | editar código-fonte]

Quais foram as principais atividades econômicas no século XVIII?

No século XX, depois da conturbada primeira metade que viu a eclosão de duas guerras mundiais devastadoras, houve um novo surto de inovação na Economia. Tecnologias surgidas e desenvolvidas ainda na época da guerra, nos campos da energia, transportes, comunicação e armamentos tais como a do avião a hélice e depois a jato, o radar e a energia atômica, se tornaram apenas o limiar de outras igualmente ou ainda mais poderosas tais como as dos computadores, espacial e transístores. A Economia se tornou globalizada e as principais empresas passaram a ser gigantescas multinacionais e transnacionais. A Internet apareceu e se popularizou nas últimas duas décadas do século, oferecendo novas oportunidades de grandes lucros e investimentos no setor de serviços. Cada uma das grandes inovações no período de pós-guerra e início do século XXI levaram a criação de novos mercados e atividades com oportunidades de empregos mas também causaram a formação de muitas bolhas especulativas e mudanças radicais nas sociedades, o que desequilibrou o sistema político e econômico mundial com sucessivos períodos de crises e prosperidades.

Medições econômicas[editar | editar código-fonte]

Existem muitas maneiras de se medir a atividade econômica de uma nação, inclusive:

  • Taxa de câmbio
  • Produto interno bruto
  • PIB per capita
  • Produto Nacional Bruto
  • Taxa de juros
  • Dívida nacional
  • Taxa de Inflação
  • Desemprego
  • Balança comercial

Algumas ferramentas historicamente inovadoras da atividade econômica[editar | editar código-fonte]

  • Agricultura: enxada, arado, colhedeira, irrigação
  • Transportes: roda, tração animal, tração mecânica, tração a vapor, tração a diesel, motor a jato
  • Artesanato: máquinas de fiar, fornos,
  • Energia: Captadores de energia humana (remos, bicicletas, trenós), energia eólica (velas de embarcação, moinhos de vento), energia térmica (fornos), energia hidrocinética (turbinas hidroelétricas), energia a vapor (caldeiras), energia fóssil ou química (motores a explosão), energia elétrica (lâmpada elétrica, geradores), energia atômica (usinas nucleares)
  • Comunicações: correio, telégrafo, rádio, satélites artificiais, televisão, Internet
  • Serviços: imprensa, computadores, internet

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Economia ecológica
  • Economia
  • Economista
  • Economia social
  • Economia azul
  • Sistema econômico
  • Geografia econômica
  • Setor quaternário
  • Setor primário
  • Setor secundário
  • Setor terciário

Referências

  1. a b c d e RAMOS, José Nabantino - Sistema brasileiro de Direito Econômico - Editora Resenha Tributária - 1977 - São Paulo - Pgs.14-15-16-17

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Aristotle, Politics, Book I-IIX, translated by Benjamin Jowett [1]
  • Barnes, Peter, Capitalism 3.0, A Guide to Reclaiming the Commons, San Francisco 2006 [2]
  • Dill, Alexander, Reclaiming the Hidden Assets, Towards a Global Freeware Index, Global Freeware Research Paper 01-07, 2007 [3]
  • Fehr Ernst, Schmidt, Klaus M., The Economics Of Fairness, Reciprocity and Altruism - experimental Evidence and new Theories, 2005, Discussion PAPER 2005-20, Munich Economics [4]
  • Marx, Karl, Engels, Friedrich, 1848, The Communist Manifesto [5]·
  • Stiglitz, Joseph E., Global public goods and global finance: does global governance ensure that the global public interest is served? In: Advancing Public Goods, Jean-Philippe Touffut, (ed.), Paris 2006, pp. 149/164. [6]
  • Where is the Wealth of Nations? Measuring Capital for the 21st Century. Wealth of Nations Report 2006, Ian Johnson and Francois Bourguignon, World Bank, Washington 2006. [7]

Quais as principais atividades econômicas do século XVIII?

São eles os ciclos do pau-brasil, do ouro, da cana-de-açúcar, do café, do algodão e da borracha.

Qual a principal atividade econômica do século XVIII?

A exportação de ouro do Brasil cresceu em toda a primeira metade do Século XVIII, alcançando o apogeu entre 1750 e 1760. A economia mineira proporcionou uma renda média inferior à da economia açucareira na sua etapa de maior prosperidade. Apesar disso, seu mercado apresentava potencialidades muito maiores.

Quais atividades e ciclos econômicos foram desenvolvidos no século XVIII?

O ciclo do ouro ou da mineração começa no final do século XVII quando os portugueses encontram diversas jazidas do mineral. Isso ocorreu, sobretudo, na região do estado de Minas Gerais, atingindo seu auge no século XVIII. Além de Minas, as jazidas de ouro foram encontradas também nos estados de Goiás e do Mato Grosso.

Qual a principal atividade econômica no século XVII?

Ciclo do ouro As primeiras grandes reservas de ouro no Brasil foram encontradas na região de Minas Gerais e tornaram-se a principal fonte de renda da economia brasileira a partir do final do Século XVII, quando o Ciclo da Cana-de-Açúcar foi chegando ao fim.