Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

A incursão dos ingleses no processo de colonização do continente americano conta com determinadas particularidades que o difere sensivelmente da experiência colonial promovida por portugueses e espanhóis. Entre outras razões, podemos apontar o processo tardio de colonização, a natureza espontânea da ocupação dos territórios e as características do litoral norte-americano como pontos fundamentais na compreensão da colonização inglesa.

No governo da rainhaElizabeth I (1558 – 1603), a Inglaterra ingressou na economia mercantilista ao investir na construção de novas embarcações e no comércio marítimo. Nesse contexto, a pirataria se tornou uma importante fonte de lucros sustentada no assalto de navios espanhóis que saíam do Caribe com destino à Europa. Nesse mesmo período tentaram empreender a colonização de região norte-americana com a organização de três expedições comandadas por Walter Raleigh.

O insucesso dessas primeiras expedições só foi revertido com a criação da colônia de Virgínia, em 1607. Depois disso, o processo de colonização britânico ganhou força com a política de cerceamentos, que expulsou os pequenos agricultores de suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Concomitantemente, os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a reforma anglicana também motivaram a imigração dos puritanos ingleses para a América.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Mapa Mental: Colonização Inglesa

Mapa Mental: Colonização Inglesa

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

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No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra.

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Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor.

Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de plantations estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África.

Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

*Mapa Mental por Daniel Neves

Os Estados Unidos (EUA) são a nação mais rica e poderosa do mundo atualmente, e a história dela é cheia de acontecimentos importantes que marcaram a história mundial. O território que corresponde ao atual Estados Unidos foi colonizado pelos ingleses, até que os colonos americanos conduziram um processo de independência pioneiro no continente.

Ao longo do século XIX, os Estados Unidos foram transformando-se em uma nação extremamente rica e tornaram-se uma potência econômica mundial no período da Primeira Guerra Mundial. Sua história ficou marcada por guerras como a Guerra de Secessão, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnã.

Além disso, a história norte-americana foi marcada por movimentos sociais — como o movimento que lutava pelos direitos civis dos afro-americanos na década de 1960 e teve nomes de destaque, a exemplo de Martin Luther King Jr., Rosa Parks, Malcolm X, entre outros. Recentemente, a história americana teve como destaque a luta — questionada por muitos — do país contra o terrorismo.

Acesse também: Destino manifesto — a ideologia que impulsionou o crescimento dos EUA

Tópicos deste artigo

  • 1 - Resumo sobre a história dos Estados Unidos
  • 2 - Colonização dos Estados Unidos
  • 3 - Independência dos Estados Unidos
  • 4 - Mapa Mental: Revolução Americana
  • 5 - Estados Unidos no século XIX
    • Guerra de Secessão
  • 6 - Estados Unidos no século XX
    • Crise de 1929
    • Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial
    • Estados Unidos na Guerra Fria
    • Movimento dos direitos civis
    • Estados Unidos e o continente americano
  • 7 - Estados Unidos no século XXI

Resumo sobre a história dos Estados Unidos

  • A colonização dos EUA foi realizada pelos ingleses.

  • Treze Colônias era o termo usado para definir as colônias britânicas situadas na Costa Leste dos EUA até que essas conquistassem sua independência.

  • A primeira tentativa de colonização inglesa foi realizada pelo corsário inglês Sir Walter Raleigh.

  • A primeira das treze colônias foi Virgínia, fundada em 1607 pela London Company,

  • As treze colônias puderam desenvolver-se de maneira bastante autônoma, com características que permitiram dividi-las em Colônias do Norte e Colônias do Sul.

  • A independência dos EUA foi resultado da divergência de interesses entre a colônia e a metrópole ao longo do século XVIII.

  • Após cinco anos de guerra, os ingleses, derrotados, reconheceram a independência dos Estados Unidos.

  • No século XIX, os norte-americanos expandiram seu território no que ficou conhecido como “Marcha para o Oeste”.

  • No auge do processo de expansão territorial, os EUA entraram em combate contra os mexicanos na Guerra Mexicano-Americana, que aconteceu entre 1846 e 1848.

  • A Guerra de Secessão foi resultado das divergências políticas entre os estados do norte e os estados do sul na questão da expansão do trabalho escravo para os novos territórios.

  • No processo de Reconstrução do Sul, uma série de leis racistas foram aprovadas no sul dos EUA, com o objetivo de retirar direitos civis e políticos dos afro-americanos.

  • No século XX, os EUA tornaram-se a maior potência econômica do mundo, mas sofreram um grande baque na Crise de 1929, muito conhecida por ter sido um colapso de superprodução.

  • Em 1941, os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial em decorrência do ataque a Pearl Harbor realizado pelos japoneses.

  • Em 6 e 9 de agosto de 1945, os norte-americanos lançaram bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki como forma de forçar a rendição japonesa.

  • O discurso de Harry Truman, em 1947, é considerado o marco que deu início à polarização que simbolizou a Guerra Fria.

  • Ao longo da Guerra Fria, os americanos envolveram-se direta ou indiretamente com conflitos como a Guerra da Indochina, a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã etc.

  • Ao final da década de 1950, foi iniciado no país o movimento pelos direitos civis dos afro-americanos, o qual teve como grandes nomes Malcolm X e Martin Luther King Jr.

  • A partir da década de 1960, os americanos financiaram ditaduras militares em países da América Latina, como Brasil, Argentina e Chile.

  • No século XXI, os EUA foram alvo de ataques terroristas em 2001, e, em represália, ordenaram a invasão do Afeganistão, em 2001, e do Iraque, em 2003.

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Colonização dos Estados Unidos

A colonização dos Estados Unidos foi realizada pelos ingleses no que ficou conhecido como Treze Colônias. Literalmente, tratava-se de 13 colônias fundadas por ingleses e que se transformaram nos EUA. Os espanhóis chegaram ao continente americano em 1492, e, no território dos atuais EUA, foram os primeiros europeus a estabelecerem-se.

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

Os pais peregrinos são considerados os fundadores dos EUA.*

Os primeiros espanhóis chegaram à Flórida no começo do século XVI, mas a colonização dos EUA foi realizada pelos ingleses. As primeiras tentativas de colonização desses na América do Norte deram-se no reinado de Elizabeth I, que permitiu que Sir Walter Raleigh iniciasse a conquista da região.

Essa tentativa inicial de ocupação fracassou, e o símbolo desse fracasso é o caso da colônia instalada na ilha de Roanoke. Em 1590, chegou a Roanoke uma expedição inglesa, mas a colônia estabelecida lá previamente estava deserta. Acredita-se que nativos tenham atacado-a.

No começo do século XVII, foram estabelecidas novas tentativas de ocupação, e considera-se a fundação da colônia de Virgínia, em 1607, como o ponto de partida da colonização inglesa. Os ingleses realizaram a concessão dos direitos de colonização e exploração para duas empresas privadas, que rapidamente faliram (London Co. e Plymouth Co.).

Na medida em que o projeto colonizador concretizou-se, 13 colônias inglesas surgiram:

  • Virgínia, fundada pela London Company, em 1607.

  • New Hampshire, fundada pela London Company, em 1623.

  • Massachusetts, fundada por John Mason e outros separatistas puritanos, entre 1620-1630.

  • Maryland, fundada por Lord Baltimore, em 1634.

  • Connecticut, fundada por emigrantes de Mass, em 1635.

  • Rhode Island, fundada por Roger Williams, em 1636.

  • Carolina do Norte, fundada por emigrantes da Virgínia, em 1653.

  • Nova York, fundada pela Holanda, em 1613.

  • Nova Jersey, fundada por Berkeley Carteret, em 1664.

  • Carolina do Sul, fundada por nobres ingleses, em 1670.

  • Pensilvânia, fundada por William Penn, 1681.

  • Delaware, fundada pela Suécia, em 1638.

  • Geórgia, fundada por James Oglethorpe, em 1733.

Um marco importante para os americanos é a chegada dos peregrinos por meio de um navio chamado Mayflower, que, de acordo com eles, trouxe os “pais fundadores”. Um dos principais feriados dos EUA — Dia de Ação de Graças — é em celebração a esse dia realizado pelos pais peregrinos, pela primeira vez, em Massachusetts, no ano de 1621.

O crescimento da colônia foi rápido, e um símbolo disso é o grande crescimento populacional das Treze Colônias. Assim, se em 1620 a população era de 2500 pessoas, um século depois essa tinha ultrapassado os três milhões de habitantes, segundo aponta o historiador Leandro Karnal.|1|

As Treze Colônias desenvolveram-se cada qual com suas características, uma vez que a colonização inglesa foi menos controladora do que a espanhola e a portuguesa. Com essa maior autonomia, foi possibilitado às Treze Colônias a promoção do seu desenvolvimento da forma como achavam melhor.

Essas foram agrupadas em dois grupos, dependendo de suas características. Esses grupos eram as colônias do Sul e colônias do Norte. Explicamos brevemente as características de cada um deles a seguir:

  • Colônias do Norte: apresentavam clima temperado, parecido com o encontrado na Inglaterra e, por isso, a agricultura não era muito rentável. A produção agrícola baseava-se na policultura e era voltada para atender as necessidades de consumo interno. O trabalho preponderante nessa região era o trabalho livre e familiar, outras atividades econômicas de destaque eram a manufatura, a produção de navios e a pesca, e o mercado triangular era importante para a economia local.

  • Colônias do Sul: seu clima e solo permitiam que a agricultura fosse realizada em grande escala e voltada para a exportação. Os produtos de maior destaque eram o tabaco e o algodão, produzidos em grandes propriedades conhecidas como plantations. A forma de trabalho preponderante foi a do trabalho escravo realizado pelos africanos.

Independência dos Estados Unidos

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

Na Revolução Americana, os colonos lutaram contra a Inglaterra pela sua independência.

A independência dos Estados Unidos foi declarada no dia 4 de julho de 1776, e esse acontecimento também é conhecido como Revolução Americana. A independência dos Estados Unidos foi resultado do desgaste da relação entre metrópole e colônia e resultou no fim do vínculo colonial que existia entre a Inglaterra e as Treze Colônias.

Os Estados Unidos surgiram em um modelo republicano e federalista, tendo nos ideais iluministas a sua grande referência. Esses ideais fizeram os colonos defenderem as liberdades individuais e o livre comércio, por exemplo. Apesar disso, a independência americana foi conduzida pela elite colonial, que estava irritada com a postura da metrópole.

O processo de independência dos Estados Unidos teve como ponto de partida a divergência de interesses entre colonos e metrópole. Isso porque a postura da Inglaterra em relação a sua colônia alterou-se drasticamente, sobretudo porque esta foi vista como fonte que financiaria o desenvolvimento do processo industrial em curso daquela.

Isso resultou no aumento de impostos para os colonos, e foi isso que ocasionou crescimento do sentimento de oposição dos colonos em relação à Inglaterra. Algumas das leis decretadas por esse país, a partir da década de 1760, foram:

  • Lei do Açúcar

  • Lei do Selo

  • Lei da Hospedagem

  • Atos Townshend

Essas leis decretavam, por exemplo, o aumento nos impostos de produtos como açúcar, vinho, café, vidros, chá, entre outros; tornavam obrigatório que um selo pago estivesse em qualquer tipo de documento emitido na colônia; e determinavam que os colonos arcassem com os custos de abrigar os soldados estabelecidos nas Treze Colônias.

A última determinação da Inglaterra que deu início ao processo de independência foi a Lei do Chá, a qual estipulava o monopólio da venda de chá para uma empresa inglesa. Essa lei revoltou os colonos e levou a uma revolta conhecida como Festa do Chá de Boston. Nesse acontecimento, colonos, disfarçados de índios, invadiram o porto de Boston e jogaram 340 caixas de chá no mar.

A ação da metrópole em represália foi dura e ficou conhecida como Leis Intoleráveis. Isso levou os colonos a reunirem-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, no qual foi emitido um documento que protestava contra as medidas do rei inglês. Logo depois, iniciaram-se os primeiros conflitos entre colonos e ingleses e foi organizado o Segundo Congresso Continental da Filadélfia.

Em seguida foi emitida a Declaração de Independência dos Estados Unidos, o que resultou em uma guerra contra os ingleses que se estendeu até 1781 e foi concluída com a vitória dos colonos e a ratificação da independência americana. Os vencedores escolheram o branco, vermelho e azul como cores da bandeira e a águia como símbolo do novo país.

Mapa Mental: Revolução Americana

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

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Estados Unidos no século XIX

A reorganização do novo país não foi fácil, sobretudo politicamente. Além disso, o processo de crescimento econômico e territorial dos Estados Unidos foi realizado às custas da exploração do trabalho escravo dos africanos, levados para lá por meio do tráfico negreiro, e dos indígenas, que foram expulsos de suas terras à força.

Primeiro acontecimento de destaque do século XIX é a marcha para o oeste, nome que se dá para o processo de expansão territorial americano. Esse processo aconteceu por meio da compra de territórios: Luisiana, dos franceses (1803), Flórida, dos espanhóis (1819), e Alasca, dos russos (1867).

Outros territórios foram obtidos por meio de uma guerra contra o México, conhecida como Guerra Mexicano-Americana, que aconteceu entre 1846 e 1848, devido a desentendimentos entre os dois países por questões territoriais. O México foi compensado financeiramente pelas suas perdas territoriais, que chegaram a cerca de 40% do seu território inicial.

  • Guerra de Secessão

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

Na Guerra de Secessão, Norte e Sul dos Estados Unidos lutaram em um conflito que levou 600 mil pessoas à morte.**

A Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana foi um dos acontecimentos mais marcantes da história americana, aconteceu entre 1861 e 1865 e resultou na morte de 600 mil pessoas. Esse conflito armado teve como grande causa a questão do trabalho escravo e sua utilização nos novos territórios conquistados a Oeste.

Como mencionado, o Norte dos EUA desenvolveu-se baseado na manufatura, na agricultura familiar e no trabalho livre, enquanto o Sul desenvolveu-se baseado no plantation, na monocultura e no trabalho escravo africano. Com a independência, essas diferenças aprofundaram-se e cada região do país tinha opinião distinta a respeito dos motivos para o conflito em questão.

Os sulistas defendiam a expansão do trabalho escravo para os novos territórios enquanto os nortistas eram contrários a isso. Essa divisão alcançou a disputa presidencial, e quando Abraham Lincolnfoi eleito presidente, em 1860, os sulistas ficaram extremamente insatisfeitos. No ano seguinte, declararam a sua secessão (separação dos EUA).

A separação dos sulistas em relação à União foi o fator que levou ao início do conflito mais sangrento da história dos EUA. Esses organizaram-se nos Estados Confederados da América e, ao longo de quatro anos de conflito, foram derrotados, reintegrados à União e tiveram de aceitar a abolição da escravidão por meio da 13ª Emenda Constitucional.

Depois da Guerra de Secessão, os Estados Unidos promoveram a chamada Reconstrução do Sul dos Estados Unidos, destruído completamente após a guerra. A reconstrução do Sul e o novo status conquistado pelos afro-americanos levaram a uma resposta da sociedade sulista, altamente racista.

Assim, uma série de leis (conhecidas como Leis Jim Crow) restringindo os direitos civis dos afro-americanos no sul dos EUA foi aprovada, e grupos terroristas que assassinavam negros, como a Ku Klux Klan, surgiram.

Estados Unidos no século XX

No começo do século XX, os Estados Unidos transformaram-se na maior potência econômica do mundo. Na virada do século XIX para o XX, a industrialização do país aconteceu em uma velocidade elevadíssima, e a população do país aumentou consideravelmente com a entrada de milhões de imigrantes.

  • Crise de 1929

O acontecimento da Primeira Guerra Mundial só reforçou essa posição dos EUA na economia mundial, e a década de 1920 foi um período de grande euforia conhecido como Loucos Anos Vinte. A animação com o desenvolvimento econômico deu margem para uma bolha de prosperidade que acabou estourando drasticamente na Crise de 1929, a maior crise da história do capitalismo.

O crédito desregulado, aliado à especulação financeira e à estagnação dos salários, criou uma falsa sensação de prosperidade que estourou na Quinta-feira Negra, no dia 24 de outubro de 1929. Na segunda, dia 28, mais de 33 milhões de ações estavam à venda fazendo com que seu valor despencasse e bilhões de dólares desaparecessem, resultando na falência da economia americana.

O período mais crítico dessa crise foi de 1929 a 1933, e os impactos na economia americana e mundial foram drásticos. Milhões de pessoas perderam seus empregos e a economia americana só se recuperou com a Segunda Guerra Mundial.

  • Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

Tropas americanas durante a invasão a Okinawa, Japão, em 1945.

A Segunda Guerra Mundial, que aconteceu de 1939 a 1945, foi um acontecimento de extrema importância no século XX e contou com grande envolvimento dos Estados Unidos. A entrada dos EUA na guerra deu-se quando os japoneses atacaram a base naval de Pearl Harbor, em 7 de dezembro de 1941.

No dia seguinte, os americanos declararam guerra aos japoneses e ao Eixo, e a atuação dos americanos na guerra deu-se em duas frentes de batalha. Na Europa e no Norte da África, lutaram contra as forças de italianos e alemães, e na Ásia e no Pacífico, lutaram contra as forças japonesas. O envolvimento dos americanos durou de 1941 a 1945.

Atuações relevantes dos americanos na Segunda Guerra Mundial deram-se em batalhas como a Batalha de Midway, que aconteceu em 1942 e resultou na destruição de grande parte da Marinha japonesa. Na Europa, os americanos tiveram papel crucial no Dia D, nome que se dá ao desembarque de tropas aliadas na Normandia, no dia 6 de junho de 1944.

Uma grande polêmica a respeito da participação americana no conflito originou-se com o lançamento das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945. O lançamento aconteceu como forma de forçar a rendição japonesa e evitar que fosse necessário promover a invasão territorial da ilha principal do Japão. A rendição japonesa oficializou-se em 2 de setembro de 1945.

Acesse também: Por que os EUA criaram campos de concentração durante a 2ª Guerra?

  • Estados Unidos na Guerra Fria

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

Na Guerra Fria, americanos e soviéticos lutaram pela supremacia internacional, entre 1947 e 1991.

Logo depois da Segunda Guerra Mundial, teve início a Guerra Fria, conflito político-ideológico que aconteceu, de 1947 a 1991, entre os EUA e a União Soviética (URSS). Nesse conflito, americanos e soviéticos disputaram a supremacia internacional, cada qual baseando-se na sua ideologia. É considerado como início da Guerra Fria o discurso de HarryTruman, presidente dos EUA, afirmando a necessidade de conter o avanço do comunismo na Europa.

Os americanos atuaram diretamente na reconstrução da Europa no pós-guerra e financiou a reconstrução desses países por meio do Plano Marshall. Ao longo desse período, os EUA investiram maciçamente no desenvolvimento armamentista e lançaram-se na corrida espacial, enviando uma expedição tripulada à Lua, em 1969.

O momento de maior tensão na história americana no período da Guerra Fria aconteceu na Crise dos Mísseis em Cuba, em 1962. Os americanos exigiram a retirada dos mísseis soviéticos que estavam sendo instalados no país caribenho. A ameça de guerra levou a um clima de forte tensão que resultou na retirada dos propulsores.

Outras interferências indiretas ou diretas dos americanos, durante a Guerra Fria, foram na Revolução Chinesa, na Guerra da Indochina, na Guerra da Coreia e na Guerra do Vietnã. O envolvimento dos EUA nesta última foi marcante na história do país e aconteceu entre 1965 e 1973, resultando na morte de, aproximadamente, 60 mil soldados americanos.

Os americanos tentaram conter os avanços dos comunistas no país asiático, mas, ao longo de oito anos de envolvimento no conflito, foram derrotados e as tropas retiradas do país pelo presidente Richard Nixon. Este, por sua vez, foi protagonista do maior escândalo político da história americana: Watergate. Nesse escândalo foi descoberto que o então presidente coordenava um esquema de espionagem contra opositores do governo e ativistas. As investigações levaram à renúncia de Nixon, em 1973.

Na década de 1980, os americanos envolveram-se indiretamente com a Guerra do Afeganistão, iniciada em 1979, quando os soviéticos invadiram esse país. Os norte-americanos passaram a financiar e treinar grupos fundamentalistas que resistiam aos soviéticos. Pouco tempo depois, os EUA saíram como vencedores da Guerra Fria depois que a União Soviética dissolveu-se em 26 de dezembro de 1991, um dia depois da renúncia de Mikhail Gorbachev, então seu presidente.

  • Movimento dos direitos civis

No final da década de 1950 e começo da década de 1960, um movimento começou a ganhar força nos Estados Unidos: o movimento dos direitos civis dos afro-americanos. Até então, essa parcela da sociedade americana era altamente segregada por meio das mencionadas Leis Jim Crow. Sobretudo no Sul dos EUA, existiam leis que criavam espaços os quais os afro-americanos não podiam frequentar.

Uma série de movimentos e associações começaram a surgir exigindo e lutando pelos direitos civis dos afro-americanos, e grandes nomes também surgiram dessa mobilização. Os mais conhecidos foram Martin Luther King, Rosa Parks e Malcolm X. Martin Luther King, por exemplo, ficou conhecido por promover essa luta de maneira pacífica e ficou imortalizado com seu discurso I have a dream (Eu tenho um sonho).

Saiba mais: Segregação racial nos EUA

  • Estados Unidos e o continente americano

Ao longo do século XX, os EUA interferiram direta e indiretamente em assuntos relacionados aos outros países americanos. No começo do século XX, a política do Big Stick dava o tom da ideologia norte-americana: colocava-se como protetor do continente, interferiria nos países vizinhos se necessário e atuaria contra a influência europeia aqui.

A influência americana aconteceu, sobretudo, em países da América Central e Caribe. Assim, em 1898, os americanos lutaram contra os espanhóis e promoveram a independência de Cuba, transformando-a em uma espécie de quintal dos EUA, ao instalarem governos corruptos que atendiam aos interesses econômicos dos norte-americanos.

Quando cubanos nacionalistas voltaram-se contra os norte-americanos na década de 1950, estes isolaram Cuba por meio de um pesado embargo econômico que dura até hoje. Isolada, a ilha aliou-se com a União Soviética e converteu-se em uma nação comunista.

Os americanos também tiveram forte influência em países como a Nicarágua, implantando lá uma ditadura extremamente corrupta. Quando um grupo guerrilheiro voltou-se contra esse governo ditatorial e impôs um governo baseado no regime soviético, os americanos começaram a influenciar movimentos contrarrevolucionários.

Outros países que sofreram forte interferência dos EUA ao longo do século XX foram o México e o Panamá, por exemplo. No caso da América do Sul, o destaque a ser feito vai para as décadas de 1960 e 1970, quando os governos americanos apoiaram e financiaram ditaduras militares corruptas e violentas que se instalaram em países como Brasil, Chile, Uruguai, Argentina, entre outros.

Nas décadas de 1980 e 1990, a guerra contra as drogas levou os americanos a interferirem diretamente nos assuntos colombianos, país que se tornou grande produtor de cocaína. Mais recentemente, o país no centro dos interesses norte-americanos é a Venezuela, o qual possui as maiores reservas de petróleo do mundo e vive uma intensa crise política, econômica e humanitária desde 2013.

Estados Unidos no século XXI

Quais eram as principais características das colônias do Norte dos Estados Unidos?

No 11 de setembro, o World Trade Center foi atacado por aviões sequestrados por terroristas da Al-Qaeda.***

Os EUA entraram no século XXI como a maior potência política, econômica e militar do mundo de maneira indiscutível. Nesse momento, o poderio dos Estados Unidos foi desafiado por um novo inimigo: o terrorismo. Em 11 de setembro de 2001, os EUA sofreram atentados terroristas organizados pela Al-Qaeda.

Nesse atentado foram atacados o World Trade Center (o prédio acabou desabando), importante prédio comercial de Nova York, e o prédio do Pentágono, em Washington. Os ataques aconteceram com aviões sequestrados sendo lançados nas duas construções. Os atentados de 11 de setembro resultaram na morte de cerca de três mil pessoas.

Em represália, os EUA lançaram a conhecida “Guerra ao Terror”. Em 2001, o Afeganistão foi invadido com o objetivo de pôr fim na atuação da Al-Qaeda. Apesar de ter destituído o Talibã, até hoje o grupo tem forte atuação em partes do Afeganistão e do Paquistão. Em 2003, foi a vez do Iraque ser invadido, e os motivos para essa invasão até hoje são considerados nebulosos.

Mais recentemente, os Estados Unidos estiveram envolvidos na coalizão internacional que atuava contra o Estado Islâmico, grupo terrorista que surgiu da desorganização do Iraque promovida pelos próprios americanos.

|1| KARNAL, Leandro. A Formação da Nação. In.: KARNAL, Leandro (org.). História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2008, p. 47.

*Crédito das imagens: chrisdorney / Shutterstock

**Crédito das imagens: Everett Historical / Shutterstock

***Crédito das imagens: Ken Tannenbaum / Shutterstock


Por Daniel Neves
Graduado em História

Quais eram as características das colônias do Norte dos EUA?

As colônias do Norte eram caracterizadas pela formação de pequenas propriedades e o número de escravos era pequeno, pois os colonos dedicavam-se a terra através da agricultura familiar e eram esporadicamente auxiliados pelos servos de contrato.

Quais as principais características das colônias Norte?

A região das “colônias do Norte” convivia com o racismo e a escravidão de forma muito natural, onde os negros eram tradados como inferiores e os brancos superiores. A religião era um aspecto muito respeitado na sociedade e a maioria das decisões políticas eram tomadas em assembleias na igreja.

Quais eram as principais características das colônias do Norte e do Sul?

Região formada pelas colônias da Virgínia, Maryland, Carolina do Norte e Geórgia, o Sul das Treze Colônias era marcado pela produção agrícola em sistema de plantation: monocultura trabalhada por mão de obra escrava, em grandes propriedades e destinadas à venda no mercado europeu.

Quais são as colônias do Norte?

Colônias do Nordeste (Nova Inglaterra) A região norte das 13 colônias foi denominada Nova Inglaterra e compreendia os territórios de Massachusetts, Delaware, Connecticut, Rhode Island e Maine. Os colonos se dirigiam ali especialmente em busca de liberdade religiosa e política.