SÃO PAULO – O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quinta-feira (31), que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional teve crescimento de 0,5% no segundo trimestre de 2006, frente aos três primeiros meses do ano, e avanço de 1,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Show Esse dado, sempre que anunciado, afeta consideravelmente os ânimos do mercado, as previsões de investimentos e mesmo o otimismo da população. Neste caso, que tal entendê-lo melhor? Começando pela definição de PIB E um ponto muito importante é o fato de que o PIB só computa os bens e serviços finais, para não calcular o mesmo item duas vezes. Ou seja, voltando ao exemplo anterior, o pãozinho vendido na padaria entra no cálculo do PIB, mas a farinha de trigo comprada para a fabricação do mesmo, não. Outro aspecto importante: a venda de um carro ano 2005, por exemplo, não será computada no PIB de 2006, já que o valor do bem já foi incluído no cálculo do Produto Interno Bruto daquele ano. Daí, tira-se uma importante conclusão: só devem entrar no cálculo do PIB os bens e serviços finais produzidos no país no ano corrente. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Agora que você já sabe o que é o PIB, entenda quais fatores influenciam a sua expansão. Consumo privado E o mesmo raciocínio vale para o caso contrário: uma queda no consumo pode limitar o crescimento, ou até mesmo levar o PIB a uma queda, dependendo do comportamento dos outros fatores. O consumo, por sua vez, está diretamente ligado a duas variáveis: a renda das pessoas e a taxa de juros. Considerando que quanto mais uma pessoa tem, mais ela pode gastar, conclui-se que uma elevação na renda tende a levar a um aumento do consumo e, conseqüentemente, do PIB nacional. Vale lembrar que se trata da renda real, ou seja, aquela descontada a inflação. Outro fator que interfere no comportamento do consumo é a taxa de juros. Aqui, o juro deve ser visto como um prêmio pago às pessoas para que elas abram mão de consumir no presente. Ou seja, quanto maior o juro, mais pessoas estarão dispostas a deixar de consumir para guardar seu dinheiro e utilizá-lo no futuro. Por isso, o juro alto prejudica a economia, pois, entre outras coisas, ele inibe o consumo presente. Investimentos privados O nível de investimentos em uma dada economia depende, basicamente, da taxa de juros e do quanto a atividade econômica está aquecida. A taxa de juros deve ser entendida, neste caso, como o custo de obtenção do capital, ou seja, o custo de financiamento. Portanto, quanto maior o juro, menor será o nível de investimento, já que, para o empresário, juros altos significam maiores custos para aplicação do capital. CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Outro ponto que afeta bastante o nível de investimento são as projeções para a expansão da atividade econômica. Uma empresa tende a investir mais, se forem positivas as projeções para a economia do país. Imagine, por exemplo, que o mercado espere uma queda no consumo ou um aumento do juro. Será que um empresário aplicaria seu dinheiro neste contexto? Gastos públicos Como estas atividades tendem a aumentar a renda da economia como um todo (pense nos empregos gerados, nas compras feitas pelo Governo…), maiores gastos tendem a impactar positivamente sobre o crescimento da economia. Isso não quer dizer, porém, que os governos devam sair por aí gastando dinheiro com irresponsabilidade a fim de elevar o PIB, uma vez que gastos sistematicamente elevados podem comprometer a saúde fiscal de uma economia. Balança comercial Quando as exportações superam as importações, o saldo da balança comercial fica positivo e, assim, fala-se que ela é superavitária. Por outro lado, quando um país exporta menos do que importa, o saldo comercial é negativo e a balança comercial torna-se deficitária. Não é difícil concluir que, quanto maiores as exportações, mais dinheiro entra no país, e, portanto, maior o PIB. Contudo, quanto maiores forem as importações, mais dinheiro sai do país, e, portanto, menor o PIB. Percebe-se, assim, que saldos positivos da balança comercial favorecem o crescimento econômico em um dado período de tempo. Desta forma, pode-se dizer que a expansão de uma dada economia é produto de, basicamente, quatro variáveis: consumo, investimento, gastos públicos e balança comercial. Quais fatores são responsáveis pelo crescimento no setor de serviços?Além da industrialização, outro fenômeno socioespacial que serve de justificativa e entendimento do crescimento do setor terciário no Brasil foi a expansão da urbanização, que também predominou a partir da segunda metade do século XX.
São considerados fatores que contribuem para o crescimento do setor de serviços nos países industrializados?Os processos de industrialização e urbanização contribuíram ativamente para o crescimento do setor terciário.
O que não faz parte do setor terciário?Setor terciário (também conhecido como setor de serviços) é aquele que engloba as atividades de serviços e comércio de produtos. É um dos três setores da economia, os outros sendo o Setor Primário (agricultura, extração mineral, etc.) e o Setor Secundário (industrialização).
Qual o fator importante que determinou o crescimento do setor terciário?No caso brasileiro, curiosamente, o crescimento do setor terciário está diretamente relacionado com o crescimento do setor secundário, pois a industrialização, além de demandar uma correspondente oferta de serviços e atividades comerciais, também intensifica o processo de urbanização.
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