Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

Os anfíbios, que em latim tem significado vida dupla, são seres vivos que durante a sua vida passam por duas fases: uma terrestre e outra aquática (daí o termo em latim “vida dupla”), por isso, na época da reprodução , eles retornam ao ambiente aquático onde machos e fêmeas se unem. São animais de sexos separados (dióicos) e geralmente possuem dimorfismo sexual claramente visível.

A reprodução dos anfíbios é uma característica que os sujeita a dependência da água, e é uma reprodução sexuada por fecundação externa, podendo haver fecundação interna. Os ovos, sem casca (e por este motivo necessitam da água para proteger os ovos de radiação solar e choques mecânicos), que apenas possui uma envoltória cápsula gelatinosa, só se mantém vivos em meio aquático.

Geralmente os machos em cópula despejam o liquido seminal sobre um longo cordão ou fileira gelatinosa (bainha) que envolve os óvulos na medida em que saem da cloaca da fêmea e se depositam no fundo da água parada. A fecundação dos anfíbios ocorre em água doce e pelo fato de estarem protegidos pela água os ovos dos anfíbios não necessitam de anexos embrionários como, por exemplo, bolsa amniótica ou alantóide e essas são algumas das características que diferem os anfíbios de outros vertebrados terrestres. Uma vez fecundado o óvulo os cuidados variam de acordo com a espécie. Em alguns casos os óvulos são desenvolvidos em sacos vocais, em cavidades da pele dorsal, enrolados nas pernas, algumas vezes podendo ser enovelados em milhares em plantas aquáticas. Após a desova o macho e a fêmea se separam. A fêmea sai normalmente e o macho continua na área vocalizando em busca de uma nova fêmea.

Os anfíbios podem apresentar 39 tipos de reprodução distintas, sendo superado apenas pelos peixes.

Aos poucos as larvas dos anfíbios vão desenvolvendo suas extremidades, primeiro as anteriores depois as posteriores, fazendo assim reduzir a cauda progressivamente até que desapareça. Neste processo de metamorfose os anfíbios adquirem pulmões, ao mesmo tempo em que as brânquias desaparecem.  Este processo é regulado pela tireóide, que por sua vez é a glândula que promove o desenvolvimento, para atuar a tireóide dos anfíbios depende da presença de iodo no organismo.

Fontes:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/anfibio.htm
https://web.archive.org/web/20171113081816/http://www.vivaterra.org.br:80/anfibios.htm
http://www.grupoescolar.com/materia/anfibios.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anfíbios
Biologia Vol. Único – Sônia Lopes e Sergio Rosso
Biologia Vol.2 – César e Sezar
Biologia atual Vol. 2 – Wilson Roberto Paulino

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/animais/reproducao-dos-anfibios/

Arquivado em: Anfíbios, Animais

Os anfíbios possuem glândulas capazes de produzirem toxinas. Em contato com as mucosas ou com a pele dos humanos podem liberar venenoã quando pressionadas. Veja:

Rãs, pererecas e sapos são os representantes mais famosos da Classe dos Anfíbios. Porém, dentro desse grupo existem outros animais bastante curiosos, como as cobras-cegas, as salamandras e os tritõesEsses animais foram os primeiros a conquistar o ambiente terrestre, porém, continuaram dependentes do ambiente aquático para a sua reprodução. Daí vem o seu nome: anphi= dois + bios = vida, referindo-se às duas fases de vida dos anfíbios: aquática e terrestre.

Características gerais dos anfíbios:

Assim como os demais Cordados, os anfíbios são animais triblásticos, celomados, deuterostômios e com simetria bilateral. São animais tetrápodes, ou seja, possuem quatro patas. Assim como os peixes são heterotermos, ou seja, sua temperatura varia com o ambiente.

A pele desses animais, assim como o seu duplo ciclo de vida exige que eles vivam em ambientes úmidos, como regiões próximas a ambientes aquáticos de água doce e florestas densas e úmidas.

Pele “molhada”

A pele dos anfíbios precisa estar constantemente úmida, uma vez que é muito fina e não possui estruturas que impeçam a perda constante de água.

Além disso, a pele desses animais também é utilizada para realizar parte das trocas gasosas necessárias para a respiração, sendo altamente vascularizada.

Por tal motivo, os anfíbios terão na pele muitas glândulas mucosas, o que lhes dá a aparência “melecada” que tanto causa repulsa em algumas pessoas. Esse muco permite a pele esteja sempre úmida e permeável.

Devido à pele muito permeável, os anfíbios são extremamente sensíveis às mudanças na composição atmosférica, como as causadas pela poluição. Devido ao declínio de algumas populações de anfíbios, muitos pesquisadores acreditam que eles podem ser utilizados como indicadores de qualidade ambiental.

Sapos venenosos

Os anfíbios possuem também glândulas serosas capazes de produzirem toxinas que, em contato com as mucosas ou com a pele são capazes de causar envenenamento. Essas glândulas liberam veneno apenas quando são pressionadas, deixando que as toxinas escorram na pele do animal (e não lançadas em jatos, como algumas pessoas tradicionalmente afirmam).

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Reprodução dos anfíbios:

Os anfíbios possuem modos reprodutivos bastante variados. Em geral, realizam reprodução sexuada, com fecundação externa e desenvolvimento indireto. Os ovos dos anfíbios não possuem qualquer proteção ao ressecamento, além disso, suas larvas são aquáticas. Por tais motivos, durante a época de reprodução, os anfíbios precisam retornar ao ambiente aquático para se reproduzirem.

No método reprodutivo mais comum, os machos de anfíbios sobem sobre a fêmea e a massageiam estimulando a liberação de óvulos no ambiente. Logo após esta liberação, os machos colocam sobre os óvulos seus espermatozoides, para que a fecundação externa ocorra.

Assim, formam-se ovos, que precisam estar úmidos constantemente, sendo, então, geralmente depositados na água. Desses ovos, saem girinos que permanecerão na água por tempo variável (dependendo da espécie) enquanto sofrem metamorfose para adquirirem características de adultos e poderem conquistar o ambiente terrestre.

Veja na imagem a seguir o ciclo reprodutivo de um sapo:

Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

É importante ressaltar que nem todos os anfíbios se reproduzem desta maneira. As salamandras, por exemplo, possuem fecundação interna.

O macho coloca no ambiente um “saquinho” cheio de espermatozoides e, como movimentos semelhantes a uma dança, induzem a fêmea a ficar sobre este saquinho, fazendo com que os espermatozoides entrem em seu corpo.

Outras espécies podem ainda apresentar um curioso cuidado parental (cuidado dos pais), como o sapo pipa, espécie que vive na Amazônia e cuja fêmea carrega os ovos e posteriormente as larvas nas costas aderidas à sua pele até que se tornem adultos.

Veja na imagem a seguir:

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Respiração dos anfíbios:

Como os anfíbios possuem duas fases na vida, uma aquática e outra terrestre, esses animais também possuirão dois tipos de respiração ao longo de suas vidas. Durante a fase larval (de girinos), os anfíbios respiram através de brânquias.

Quando se tornam terrestres, os anfíbios passam a respirar através de pulmões. Porém, a respiração pulmonar não é suficiente para oxigenar todos os tecidos, dessa maneira, ocorre também a respiração cutânea, onde a  pele troca gases com o ambiente.

Nutrição e digestão dos anfíbios: Os anfíbios são animais predadores. Portanto, possuem adaptações à captura de presas. Em muitos sapos, pererecas, rãs e salamandras, há a presença de uma língua longa e elástica com a ponta viscosa, que pode ser lançada rapidamente para fora da boca do animal e ajudá-lo a capturar presas rápidas, como insetos voadores.

O sistema digestório desses animais termina em cloaca.

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Excreção dos anfíbios:

Os anfíbios realizam sua excreção através de rins ligados à ureteres e bexiga, que por sua vez se liga à cloaca. Quando girinos, os anfíbios excretam amônia,  já quando adultos, secretam ureia dissolvida em água.

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O Sistema nervoso:

Os anfíbios, assim como os demais vertebrados, possuem sistema nervoso ganglionar, com órgão encefálicos. Possuem visão bem desenvolvida (com exceção das cecílias ou cobras-cegas que vivem embaixo da terra), tato bem desenvolvido, olfato nas narinas e em estruturas no céu da boca chamadas de órgãos de Jacobson.

Sistema circulatório dos anfíbios: As larvas dos anfíbios possuem circulação semelhante á dos peixes. Porém, quando adultos, o coração dos anfíbios possui três cavidades: dois átrios e um ventrículo.

No ventrículo, o sangue venoso e o sangue arterial se “misturam”, por tal motivo, dizemos que a circulação dos anfíbios é fechada e incompleta.

Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

Principais grupos:

  • Os anfíbios atuais são divididos em três ordens:
  • 1 – Anura (sapos, rãs e pererecas),
  • 2 – Urodela ou Caudata (salamandras e tritões) e
  • 3 – Gymnophiona ou Ápoda (cecílias ou cobras-cegas).

Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

A Classificação dos Seres Vivos

Para completar esta revisão sobre os Anfíbios, acompanhe agora com a professora Juliana Evelyn Santos uma aula-síntese sobre a Classificação dos Seres Vivos:

Muito bom este resumo. Têm mais aulas com ela no canal do Curso Enem Gratuito.

Exercícios para testar seu nível:

Agora que você sabe tudo sobre os anfíbios, que tal testar seus conhecimentos?

1) (PUCC-SP) O coração dos anfíbios possui:

a)  Um átrio e um ventrículo, ambos sem septos.
b)   Um átrio com septo parcial e um ventrículo sem septo.
c)   Um átrio e um ventrículo, ambos com septos parciais.
d)   Dois átrios e um ventrículo.
e)   Dois átrios e dois ventrículos.

Resposta: D.

2) (UFMS 2010) Leia o texto abaixo e, a seguir, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).

“Um sapo sem pulmão acaba de ser descoberto na ilha de Bornéu, na Indonésia. Trata-se do primeiro caso confirmado do tipo e, segundo os cientistas responsáveis pelo estudo, a espécie aquática Barbourula kalimantanensis aparentemente respira através da pele. (…) Duas populações da espécie, sobre a qual havia relatos, foram encontradas durante recente expedição dos pesquisadores. (…) De todos os tetrápodes, vertebrados terrestres com quatro membros, sabe-se que a ausência de pulmões ocorre apenas em anfíbios. São conhecidas algumas espécies de salamandras sem o órgão, além de uma de cobra-cega. Para os autores do estudo, a descoberta em uma rara espécie de sapo em Bornéu reforça a ideia de que pulmões sejam uma característica maleável nos anfíbios. Como a B. kalimantanensis vive em água corrente e fria, a ausência de pulmões poderia ser uma adaptação para uma combinação de fatores, como um meio com mais oxigênio, o baixo metabolismo do animal, o achatamento do corpo que aumenta a área superficial da pele e a preferência por afundar em relação a boiar.”

Fonte: Agência FAPESP (http://www.agencia.fapesp.br/materia/ 679/divulgacao-cientifica/sapo-sem pulmao-e-descoberto.htm)

01)  Os sapos, as salamandras e as cobras-cegas são anfíbios.
02)  Além dos anfíbios, minhocas também possuem respiração cutânea.
04)  Apesar do baixo metabolismo, a B. kalimantanensis é animal endotérmico, como todos os anfíbios.
08)  Por ter somente respiração cutânea, a B. kalimantanensis precisa manter a pele sempre úmida. Por essa razão, sua dependência de viver no meio aquático é maior do que a dos sapos que possuem pulmões.
16)  Nos anfíbios, quando os pulmões estão ausentes, há apenas a circulação do sangue venoso.
32)  O baixo metabolismo está associado com rápida digestão do alimento e alta taxa de natalidade.

Resposta: 01 + 02 + 08 = 11

Dica 5: Precisa revisar mais conteúdos de biologia? Veja os vídeos de Biologia da Khan Academy já traduzidos para o Português pela equipe da Fundação Lemann no http://www.fundacaolemann.org.br/khanportugues/#videos
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Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

Os textos e exemplos acima sobre os Anfíbios foram preparados pela professora Juliana Santos para o Blog do Enem. Juliana é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Dá aulas de Ciências e Biologia em escolas da Grande Florianópolis desde 2007. Facebook: https://www.facebook.com/juliana.evelyndossantos.

Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

Quais características tornam os anfíbios dependentes do ambiente aquático?

Algumas das características que os tornam dependentes da água para sobreviver são: pele permeável e corpo sujeito à desidratação, fecundação externa, ovos sem casca dura e uma fase larval com a respiração branquial.

Por que os anfíbios dependem do meio aquático?

Isso porque os anfíbios, mesmo os que habitam ambientes terrestres, dependem do meio aquático ao menos para sua reprodução. Seus ovos não apresentam uma casca protetora nem anexos embrionários (estruturas relacionadas à adaptação ao meio terrestre), por isso precisam ser mantidos constantemente úmidos.

Quais são as principais características dos anfíbios por que os anfíbios precisam da água para viver?

Anfíbios são animais vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre. Eles mantêm uma forte vinculação com a água e dela não se afastam, pois precisam manter a pele úmida. A fecundação desses animais geralmente é externa e ocorre na água.

Quais são as características que possibilitam aos anfíbios podem viver no ambiente aquático e terrestre?

Os anfíbios são animais que apresentam uma pele bastante permeável às trocas gasosas e água. Em muitas espécies, a forma mais eficiente de trocas é por meio da pele, ou seja, por respiração cutânea. Em várias espécies, os pulmões foram perdidos ou são pouco funcionais.