Senado Romano: importante força política na República Romana Show O período (quando aconteceu) A República Romana teve início em 509 a.C. a partir de uma revolta dos patrícios que tirou do poder a monarquia etrusca. Esta fase da história romana vai até o estabelecimento do Império Romano em 27 a.C. Estrutura da República Romana: instituições políticas e suas funções: 1 - Senado Romano Era a principal instituição política da República Romana. Os senadores eram os responsáveis pela elaboração de projetos de lei. Eram também os senadores romanos que escolhiam os magistrados. 2 - Magistraturas - Consulado: tratavam das políticas interna e externa da República. O Consulado era composto por dois cônsules escolhidos pelo Senado. - Pretores: eram os responsáveis pelo sistema judiciário da República. A aplicação das leis civis, por exemplo, ficava sob a responsabilidade dos pretores. Estes eram subordinados aos cônsules. Se um destes ficasse impedido de exercer o cargo, este era assumido por um pretor. - Edis: eram espécies de prefeitos da República Romana. Eram responsáveis pela administração das cidades, policiamento, funcionamento dos mercados, coleta de lixo e aplicação de leis relacionados aos fatos ocorridos e ligados à vida urbana. - Questores: tinham a função de administrar a vida financeira da República Romana. Geralmente, o cargo de questor era desempenhado por um membro do senado com menos de 32 anos. - Censores: eram responsáveis pelo recensamento (contagem da população) e fiscalização da conduta moral (comportamento) dos habitantes. 3 - Assembleia das Centurias Esta instituição possuía funções relacionadas a votação de leis e declarações de guerra e restabelecimento de paz.
Características principais da República Romana: 1. Domínio da política exercido pelos patrícios (donos de terras). Eles dominavam o Senado Romana, que era responsável pela aprovação das leis.
Lutas sociais entre plebeus e patrícios (séculos V a IV a.C.) - Causas: Insatisfação dos plebeus com a falta de direitos políticos e posse de terras. Esta insatisfação se transformou em revoltas sociais entre plebeus e patrícios. - Através das revoltas, os plebeus conquistaram vários direitos sociais e políticos: fim da escravidão por dívidas; criação dos tribunos da plebe (direito a vetar decisões do Senado que fossem prejudiciais aos plebeus); igualdade civil (liberação de casamento entre plebeus e patrícios); igualdade religiosa (direito de atuarem como sacerdotes) e ampliação de direitos políticos (eleger representantes para diversos cargos políticos). - No ano de 494 a.C. ocorreu a Revolta Plebeia do Aventino, que teve como causa as injustiças sociais em Roma. Os plebeus luteram por mais direitos políticos e sociais. Com medo de revoltas sociais, os patrícios passaram a dar mais direitos aos plebeus. Conquistas militares Foi a partir do século III a.C. que os romanos começaram a fase de expansão territorial, através de conquistas militares. Após derrotarem os cartagineses nas Guerras Púnicas, os romanos passaram a controlar o Mar Mediterrâneo. Em seguida, os romanos passaram a atacar outros territórios como, por exemplo, Síria e Macedônia. Em 59 a.C foi a vez da região da Gália ser atacada pelos romanos, comandados por Júlio César. Consequências das conquistas militares: transformações em Roma e crise da república - Com as conquistas, ocorreu um aumento da concentração de terras em posse dos patrícios (formação de latifúndios); - Aumento da quantidade de escravos (prisioneiros de guerras); - Surgimento dos cavaleiros, grupo social novo composto por militares que enriqueceram com as conquistas militares; - Aumento do êxodo rural (principalmente de camponeses), provocado pelo uso excessivo de mão de obra escrava no campo. Este fato fez aumentar a população das cidades romanas e, por consequência, o surgimento de problemas urbanos; - Participação dos generais romanos da vida política de Roma; - Tentativa frustrada de Reforma Agrária (de 131 a 121 a.C.) lideradas pelos irmãos Tibério e Caio Graco. Esta reforma agrária tinha como objetivo fazer uma divisão das terras conquistas entre os plebeus e diminuir as tensões sociais. Porém, teve forte oposição dos patrícios e generais romanos; - Aumento dos conflitos sociais entre plebeus, patrícios e cavaleiros. Estes conflitos geraram a crise da república romana, abrindo caminho para o estabelecimento do império.
PRIMEIRO TRIUNVIRATO No final da Republica Romana, com as conquistas militares, os comandantes militares romanos começaram a disputar poder. Nesse contexto histórico, ocorreram guerras civis em Roma e a formação dos triunviratos (governo exercido por três pessoas ao mesmo tempo). Esse foi um período marcado pelas disputas políticas e conflitos de interesses e poder. O primeiro triunvirato foi formado por Pompeu, o Grande (político e general romano), Marco Licínio Crasso (aristocrata e político romano) e Júlio César (militar romano). Crasso foi assassinado na Síria, quando estava chegando na província para assumir o cargo de governador. Pompeu, apoiado pelos aristocratas romanos e pelos senadores, permaneceu em Roma. Júlio César foi para a conquista da Gália Transalpina. Entrando em conflito com Pompeu, Júlio César invadiu a Península Itálica e venceu as tropas de Pompeu, que fugiu para o Egito, local em que foi assassinado. Após isso acontecer, os senadores romanos aclamaram Júlio César como ditador vitalício de Roma. Durante seu governo, Júlio César buscou limitar o poder do Senado e diminuir a utilização da mão de obra escrava em Roma. Nesse sentido, determinou que os grandes proprietários rurais contratassem um terço de trabalhadores livres. Com suas reformas, Júlio César conseguiu diminuir o poder político da aristocracia romana. Foi nesse contexto que, muitos senadores, liderados por Marco Júnio Bruto e Caio Cássio Longino, assassinaram Júlio César em 14 de março de 44 a.C.
SEGUNDO TRIUNVIRATO O Segundo Triunvirato foi um período da história da República Romana, que durou de 43 a.C. a 33 a.C. Foi uma época curta e de transição, que antecedeu o início do Império Romano. Os poucos anos do Segundo Triunvirato foi marcado por muitos conflitos e disputas pelo poder em Roma. Após a morte de Júlio César, em 44 a.C., Marco Antônio, Caio Otávio e Lépido formaram o Segundo Triunvirato. Porém, Lépido foi rapidamente retirado da política, tornando-se Sumo Pontífice. Caio Otávio ficou com os territórios do Ocidente e Marco Antônio com os do Oriente. Marco Antônio foi para o Oriente e ficou no Egito, com a rainha Cleópatra, oferecendo-lhe apoio político. Porém, esse ato desagradou muito Caio Otávio, que buscou apoio no Senado para declarar guerra a Marco Antônio. Com menos poder político e militar, Marco Antônio foi derrotado na Batalha de Ácio, que ocorreu na Grécia, no ano de 31 a.C. Após a derrota, Marco Antônio foi para o Egito e se matou, junto com a rainha Cleópatra, no ano de 30 a.C. Na sequência da tragédia, o Egito foi proclamado província de Roma. Caio Otávio, em 16 de janeiro de 27 a.C., recebeu do Senado três títulos muito importantes em Roma: Princeps Civitatis (primeiro cidadão do Império), Augusto e Imperador de Roma. Esse fato marcou o fim da República Romana e início do Império Romano, com Caio Otávio (Augusto) como o primeiro imperador romano.
TEXTO COMPLEMENTAR: A DITADURA NA REPÚBLICA ROMANA Entre os anos de 121 a.C. a 110 a.C., durante a República Romana, ocorreram várias revoltas plebeias. Estas tinham como causas, principalmente, a pouca participação política dos plebeus e a carência de terras para esta camada social. A revolta dos plebeus chegou a gerar grande instabilidade social em Roma. Os governos ditatoriais de Mario e Sila, com o apoio da aristocracia romana, surgem para controlar estas revoltas e proporcionar o retorno da estabilidade em Roma. O período ditatorial durou de 110 a.C. a 79 a.C., sendo que houve dois governos ditatoriais nesta época: Ditadura de Mario O general romano Mario (Gaius Marius) governou entre 110 a.C. e 86 a.C. Uma de suas principais ações foi enfraquecer politicamente o Senado. Mario também adotou medidas para controlar a revolta dos plebeus. Entre elas, abriu a participação do exército para esta camada social, remunerando-os pelos serviços militares. Outra medida neste sentido foi a criação de um sistema de aposentadoria, através de concessão de terras, aos soldados que prestassem 25 anos se serviços militares. Ditadura de Sila O general romano Sila (Lucius Cornelius Sulla Felix) governou a República Romana entre os anos de 82 a.C. a 79 a.C. O governo de Sila foi marcado pela perseguição política aos seguidores do governo anterior. Com o apoio político dos patrícios, Sila devolveu poder e autoridade ao Senado Romano. Sila promoveu uma profunda reforma na legislação romana com o objetivo de restaurar a ordem na República. Entre estas ações, reformou as magistraturas e criou um novo sistema de administração das províncias romanas. Sila também aperfeiçoou o sistema jurídico, principalmente o processo penal. Durante seu governou, libertou cerca de dez mil escravos, dando-lhes cidadania plena. Muitos deles passaram a atuar como uma espécie de guarda pessoal do ditador. Sila também investiu na urbanização de Roma, dando início a uma grande reforma arquitetônica com a construção de diversos monumentos. Linha que seria seguida pelos imperadores alguns anos mais tarde.
atualizado em 03/11/2022 Por Jefferson Evandro Machado Ramos Quais as principais características das instituições políticas do período republicano em Roma?As principais instituições do período republicano foram: o senado (chegou a ter mais de 300 componentes), magistratura, As instituições da República romana tinha como principal característica a descentralização do poder, chegando a ter 8 tipos de cargos com vários membros em cada.
Quais as principais características das instituições políticas?Quando falamos em instituições políticas queremos dizer leis, regras, políticas públicas e até mesmo normas informais que influenciam de alguma maneira o comportamento dos indivíduos. Uma instituição é um mecanismo social que restringe ou incentiva alguma ação.
Quais as principais instituições romanas na sua fase republicana?Instituições da República Romana. Senado – ocupava-se da política internacional e da supervisão das magistraturas e era convocado pelos cônsules, pretores ou pelo tribuno da plebe. ... . Magistratura – para ser magistrado era preciso ser cidadão romano e dispor de uma renda de acordo com o cargo desempenhado.. Quais as três principais características da República Romana?A Republica Romana, que existiu entre 509 a.C. e 27 a.C. é marcada pelo domínio do Senado (Senex, do latim ancião), majoritariamente pertencente à classe dos patrícios e vai ter como grandes acontecimentos a criação da constituição republicana, as conquistas dos plebeus e a expansão territorial, marcada por guerras e a ...
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