Quais as principais características das escolas de pensamento contábil italiana?

Grátis

3 pág.

Quais as principais características das escolas de pensamento contábil italiana?

  • Denunciar


Pré-visualização | Página 1 de 1

Escola Italiana (europeia) de Contabilidade
Após o surgimento do método das partidas dobradas (século XIII ou XIV) e sua divulgação através da obra do Frei Luca Pacioli, a escola italiana ganhou grande impulso por toda a Europa. Na escola italiana houve o desenvolvimento de várias correntes de pensamento contábil: o Contismo, o Personalismo, o Neocontismo, o Controlismo, o Aziendalismo e o Patrimonialismo.
Constismo
Foi a primeira corrente de pensamento contábil da escola italiana de Contabilidade. Surgiu em decorrência dos estudos feitos pelos primeiros expositores do método das partidas dobradas. Para a escola contista o objetivo das contas é sempre de registrar os valores a receber e a pagar, ou seja, o processo central de registro do haver e do dever.
Essa preocupação com o registro das contas a receber e a pagar coincide com a origem do crédito nas relações comerciais, pois para a mesma pessoa existem duas situações distintas em relação ao crédito: ou está devendo ou tem a haver.
Para uma corrente de contistas, dentro de uma empresa podem distinguir-se três espécies de pessoas: o capitalista ou proprietário, o gerente e terceiros (fornecedores, clientes, etc.).
Personalismo
As críticas ao Contismo abriram espaço para que os estudiosos da área contábil apresentassem novas propostas no sentido de identificar o real objeto da Contabilidade. Nesse contexto surge uma nova ótica de pensamento contábil, a qual traz à discussão a ideia de personificação das contas. Esta foi a segunda corrente de pensamento na construção da base científica da Contabilidade, que foi denominada de Personalismo.
A ideia da teoria personalista foi de Francesco Marchi, todavia foi Giuseppe Cerboni que partindo dessa ideia construiu a base de sustentação da escola personalista. Para os teóricos do personalismo, as contas deveriam ser abertas em nome de pessoas verdadeiras, físicas ou jurídicas, e o dever e o haver resentavam débitos e créditos das pessoas titulares dessas contas.
Apesar de dominar o campo contábil no final do século XIX, a teoria personalista teve grandes opositores dentro da própria Itália, contando-se, entre os mais destacados, Fabio Besta. Para Besta, o importante seria avaliar a riqueza patrimonial e não personificar as contas. Com esse pensamento ele lança as bases de uma nova corrente de pensamento contábil denominada de Neocontismo.
Neocontismo
O Neocontismo de Fabio Besta descarta a personificação das contas e dirige os estudos para a riqueza patrimonial. Esse novo direcionamento trouxe, como consequência, grande avanço para o estudo da análise patrimonial e dos fenômenos decorrentes da gestão empresarial.
Os neocontistas entendiam que a Contabilidade em a finalidade de acompanhar as modificações que ocorrem no patrimônio das entidades. Neste contexto, na dinâmica contábil proposta por Dumarchey (1933) tem-se que a soma dos valores debitados é igual a soma dos valores creditados, ou seja, para cada débito haverá sempre um crédito de igual valor, reafirmando assim a tese das partidas dobradas.
Em seus estudos Fabio Besta procurou conceituar a Contabilidade como ciência do controle econômico, e, observando as fases da administração, distinguiu as seguintes:
Fase da gestão econômica;
Fase de direção e do controle.
Com isso, o Neocontismo cede espaço para o surgimento de uma nova corrente de pensamento contábil, que mais tarde seria denominada de Controlismo.
Controlismo
Fábio Besta considerou que o objeto da contabilidade é o controle econômico das aziendas e esse controle envolvia necessariamente um estudo (análise e interpretação) dos fatores que provocam variações no patrimônio (riqueza) das entidades.
Entende-se por controle econômico no âmbito da corrente controlista a parte da administração pela qual o trabalho se desenvolve evidenciando as causas e efeitos das atitudes dos gestores em relação à entidade, com vistas a proporcionar, a partir desse aprendizado, condições adequadas para o gerenciamento.
A proposta da corrente controlista, indicando as fases do controle como objeto da contabilidade, representou um avanço em termos de organização do processo contábil. 
Todavia, passou a ser questionada à medida que muitos fatos, devido a sua natureza técnica, escapam à vigilância contábil. O controle econômico é, sem dúvida, umas das finalidades do sistema de escrituração, contudo não abrange em sua totalidade o objeto da contabilidade.
As criticas ao controlismo revelaram que a contabilidade é uma área de conhecimento que tem como objeto um horizonte mais amplo que o simples controle da riqueza aziendal, Essas críticas deram origem a uma nova corrente de pensamento contábil: o Aziendalismo.
Aziendalismo
Giuseppe Cerboni e Fábio Besta, reconhecendo que as escolas que giram em torno do mecanismo das contas haviam falhado em seus propósitos de considerar a contabilidade como ciência autônoma, dirigiram seus estudos para o campo das aziendas, objetivando provar suas teorias, acrescentando a parte científica da contabilidade à organização, à administração e ao controle.
Essa teoria teve como seu principal defensor Gino Zappa, que contrariamente ao conceito de Besta, considerou a azienda com sendo um complexo econômico e não simplesmente a soma dos fenômenos. Zappa teve o mérito de fazer distinção entre as três doutrinas que formam o conteúdo da economia aziendal, colocando num plano só a administração, a organização e a contabilidade.
Contudo, também sofreu críticas, principalmente por parte de Mais que, defendendo o patrimônio como objeto da contabilidade viria mais tarde a desenvolver uma das mais importantes correntes de pensamento da escola italiana de contabilidade: o Patrimonialismo.
Patrimonialismo
O patrimonialismo, cujas ideias e teorias foram defendidas por Vincenzo Mais, definiu o patrimônio como objeto da contabilidade. Segundo a teoria patrimonialista, o patrimônio é a grandeza real que se transforma com o desenvolvimento das atividades econômicas, cuja contribuição deve ser conhecida para que se possa analisar adequadamente os motivos das variações ocorridas no decorrer de determinado período.
O patrimônio de acordo com os fundamentos da corrente patrimonialista deve ser considerado sob dois aspectos, a saber: estático patrimonial e dinâmico patrimonial. O primeiro apresenta o patrimônio de maneira estática preocupando-se com o equilíbrio das contas patrimoniais. E o segundo apresenta o patrimônio próprio e de terceiros para na aplicação de recursos na entidade.
É oportuno lembrar que as teorias desenvolvidas pela escola italiana trouxeram valiosas contribuições para o desenvolvimento da contabilidade. Todo arcabouço teórico que suscitou a ascensão da escola norte-americana originou-se nesta fantástica escola de pensamento que do Contismo ao Patrimonialismo procurou evidenciar a importância da Contabilidade, demonstrando em cada época, de acordo com o cenário, o pensamento corrente e suas bases teóricas.

Quais as principais características da escola italiana de contabilidade?

Seus defensores adotam como idéia central o mecanismo das contas, preocupando-se basicamente com seu funcionamento e subordinando-as aos métodos de escrituração. Foi a primeira escola de pensamento contábil na escala de evolução cientifica da contabilidade.

Quais as principais características das escolas de pensamento contábil italiana e americana?

Estudiosos da época tinham por interesse evidenciar a contabilidade como ciência, já a escola contábil norte-americana foi considerada uma das mais relevantes e influentes no mundo, era e é pragmática e tem foco no usuário da informação.

Como se classificam as escolas italianas de pensamento contábil?

Na escola italiana houve o desenvolvimento de várias correntes de pensamento contábil: o Contismo, o Personalismo, o Neocontismo, o Controlismo, o Aziendalismo e o Patrimonialismo.

Qual é o foco da escola contábil italiana?

A moderna escola italiana, ou economia aziendal, surgiu em 1922 e perdura até os dias de hoje. Defende que o objetivo da contabilidade é calcular o resultado das empresas. Seu principal pensador é Gino Zappa. A escola patrimonialista surgiu em 1926 com a publicação do livro Ragioneria Generale, de Vincenzo Mazi.