Quais as possíveis complicações que acometem as pessoas submetidas a hemodiálise e diálise peritoneal?

J. Bras. Nefrol. 2007;29(3 suppl. 3):3-17.

Anais de Congresso

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UTILIZAÇAO DE DIFERENTES MÉTODOS DE AVALIAÇAO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES DIALITICOS.

ANDRESSA MARTINELLI MICHELS (FUNDAÇAO FACULDADE FEDERAL DE CIENCIAS MÉDICAS DE PORTO ALEGRE), CATARINA BERTASO ANDREATTA GOTTSCHALL (FUNDAÇAO FACULDADE FEDERAL DE CIENCIAS MÉDICAS), ELIZETE KEITEL (IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE)

Introduçao: A desnutriçao energético-protéica é um importante fator que contribui para o aumento da morbi-mortalidade dos pacientes em hemodiálise, sendo que entre 10 e 70% destes pacientes apresentam algum grau de desnutriçao. Neste trabalho serao analisados os métodos já consagrados, Antropometria Clássica e Avaliaçao Nutricional Subjetiva Global, e a Dinamometria, método relativamente novo e ainda pouco utilizado em nefropatas em tratamento dialítico, para a avaliaçao nutricional. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes submetidos à hemodiálise no Hospital Santa Clara, Porto Alegre, RS, Brasil, de acordo com diferentes métodos para avaliaçao do estado nutricional. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se por ser um estudo de prevalência e a coleta de dados foi realizada no Serviço de Hemodiálise do Hospital Santa Clara. Foram incluídos no projeto os adultos, com idade superior a 18 anos, que fazem parte do programa há mais de três meses e que tenham concordado em participar da pesquisa assinando um consentimento informado. Foram analisados dados de 100 pacientes. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS v. 13.0 e a prevalência de desnutriçao está apresentada com intervalo de confiança de 95%. Devido à distribuiçao assimétrica, o tempo de hemodiálise é apresentado como mediana e intervalo interquartis e foi comparado entre as diferentes medidas de avaliaçao do estado nutricional através de testes nao paramétricos (Kruskal-Wallis e teste de Wilcoxon-Mann-Whitney). O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Houve distribuiçao homogênea no que diz respeito ao sexo: 44% eram do sexo feminino e 56%, do sexo masculino a média de idade foi de 50,8 anos. Aprevalência de desnutriçao estimada pela força do aperto de mao (74%) foi superior aos demais métodos: 16% para o IMC, 42% para a CB, 49% para a CMB, 36% para a DCT e apenas 20% para a ANSG. O tempo de hemodiálise (entre três meses e 24 anos) nao mostrou associaçao estatisticamente significativa com a presença de desnutriçao, sendo que, dependendo do parâmetro utilizado, o índice de desnutriçao mostrou-se pouco maior com o menor tempo de hemodiálise. Conclusao: Aavaliaçao do estado nutricional pela dinamometria mostrou bom índice prognóstico para detecçao precoce da desnutriçao, que possibilita uma avaliaçao fidedigna ao estado do paciente e manejo nutricional adequado às necessidades.


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FATORES QUE INFLUENCIAM NA ADESAO AO TRATAMENTO DE INDIVIDUOS COM INSUFICIENCIA RENAL CRONICA EM TERAPIA HEMODIALITICA

CLAUDIA REGINA MALDANER (ENFERMEIRA DA CLINICA RENAL DE FREDERICO WESTPHALEN), MARGRID BEUTER (ENFERMEIRA, PROFESSORA DOUTORA DO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA), MACILENE REGINA PAULETTO (ENFERMEIRA ESPECIALISTA EM NEFROLOGIA (HUSM E CLINICA RENAL DE SANTA MARIA))

Indivíduos acometidos da doença renal crônica podem realizar as sessoes de hemodiálise com freqüência e tempo indicado, porém, percebe-se que uma proporçao significativa nao adere às demais terapêuticas do tratamento para Insuficiência Renal Crônica (IRC). Cita-se como exemplo, o controle de peso interdialítico, as restriçoes hídricas e dietéticas e o tratamento medicamentoso. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que teve como objetivo identificar os principais fatores, que os artigos da área da saúde indicam como influentes na adesao ao tratamento dos indivíduos com IRC em terapia hemodialítica. Foi realizada busca por meio dos sistemas informatizados SCIELO e BIREME e de revistas impressas. Foram selecionados dezenove artigos e identificados nove fatores mais citados pelos pesquisadores. Os fatores foram classificados em duas categorias, os que auxiliam na adesao terapêutica como: confiança na equipe, redes de apoio, nível de escolaridade/entendimento da doença, aceitaçao da doença e os fatores que dificultam a adesao terapêutica como: efeitos colaterais, falta de acesso, tratamento longo, esquema terapêutico complexo, ausência de sintomas. Verificou-se que existe uma rede grande e complexa que influencia a adesao ou nao ao tratamento. O apoio familiar e da equipe multiprofissional cuidadora deste indivíduo sao grandes aliados para uma boa adesao ao tratamento, favorecendo a aceitaçao da doença, prestando orientaçoes para ampliar o conhecimento do indivíduo, dando-lhe subsídios para o autocuidado e a melhoria de sua qualidade de vida.


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PERFIL NUTRICIONAL E BIOQUIMICO DE PACIENTES RENAIS CRONICOS SUBMETIDOS A HEMODIALISE

SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO (CENTRO DE DOENÇAS RENAIS DO AMAZONAS), RAFAELA LETICIA MARQUES LEMOS (CENTRO DE DOENÇAS RENAIS DO AMAZONAS)

Introduçao: A desnutriçao em pacientes submetidos à hemodiálise convencional acarreta uma acentuada taxa de morbi-mortalidade, sobretudo em diabéticos. A detecçao precoce da desnutriçao reduz o risco de infecçoes, complicaçoes e morte desses pacientes. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes submetidos à hemodiálise no Centro de Doenças Renais do Amazonas (CDR-AM). Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo com analise de prontuários para coleta das características clínicas, avaliaçao subjetiva global modificada (ASGm) e percentual de gordura pelo somatório das quatro pregas cutâneas (bíceps, tríceps, subescapular e supra-ilíaca) de 120 pacientes submetidos a tratamento hemodialítico no CDR-AM, no primeiro semestre de 2007. Os pacientes foram divididos em dois grupos: diabéticos (DM) e nao diabéticos (NDM). Resultados: O grupo DM representa 36% da populaçao em diálise, distribuído em 52,4% do sexo masculino e 47,6% do sexo feminino. AASGm do grupo DM demonstrou 28,6% de adequados, 69% em desnutriçao leve e 2,4% em desnutriçao moderada, em contraste com 23% de adequados e 77% em desnutriçao leve do grupo NDM. Quanto à avaliaçao do percentual de gordura encontramos no grupo DM 14,3% de desnutridos, 47,6% de adequados e 38,1% obesos, enquanto que no grupo NDM, 29,5% dos pacientes estao desnutridos, 51,3% adequados, e, somente 19,2% obesos. Na avaliaçao bioquímica o grupo DM apresenta níveis baixos de albumina (11,6%), creatinina (60,4%), uréia prédiálise (47%) e Kt/v (47,5%), em relaçao ao grupo NDM, de 15,3%, 29,5%, 29,5% e 33,3% respectivamente. Conclusao: Entre os pacientes estudados, o grupo DM tem menos tempo em tratamento se comparado ao NDM. De acordo com a ASGm, que subestima o grau de desnutriçao, encontramos um percentual de desnutriçao leve maior no grupo NDM e uma adequaçao maior no grupo DM, o que demonstra discrepância do resultado da avaliaçao do percentual de gordura, considerada mais fidedigna, onde encontramos um percentual adequado maior no grupo NDM e grau menor de obesidade neste mesmo grupo. Bioquimicamente há pouca diferença entre os grupos.


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AVALIAÇAO SUBJETIVA GLOBAL MODIFICADA COMPARADA COM INDICE DE MASSA CORPORAL EM PACIENTES RENAIS CRONICOS SUBMETIDOS A HEMODIALISE

SUELLEN REGINA GERALDO AZEVEDO (CENTRO DE DOENÇAS RENAIS DO AMAZONAS), RAFAELA LETICIA MARQUES LEMOS (CENTRO DE DOENÇAS RENAIS DO AMAZONAS)

Introduçao: A Insuficiência Renal Crônica é uma síndrome decorrente da perda progressiva da funçao renal. Conhecer e caracterizar o estado nutricional de pacientes em hemodiálise é fundamental para a intervençao nutricional adequada. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes portadores de insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise no Centro de Doenças Renais do Amazonas, através de dois métodos de avaliaçao nutricional, a Avaliaçao Subjetiva Global modificada (ASGm) de Kalantar-Zadeh, e Indice de Massa Corporal (IMC) de Quetelet, comparando os dois métodos. Materiais e métodos: Foram avaliados 120 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 80 anos. Para avaliar o estado nutricional foi aplicado o questionário de ASGm, e também foi coletado peso pós hemodiálise e estatura para o cálculo do IMC, o estudo foi realizado em maio de 2007. Resultados: Da amostra estudada predominou o sexo masculino com 61% e 39% feminino. De acordo com a ASGm 46% dos pacientes apresentaram estado nutricional adequado, 52% com risco nutricional/desnutriçao leve, e 2% com desnutriçao moderada. Segundo a classificaçao do IMC 33% dos pacientes apresentou baixo peso, 40% eutrófico, 20% sobrepeso, e 7% obesidade grau I. Conclusao: Os resultados deste estudo mostraram uma diferença pouco significativa entre os dois métodos de avaliaçao nutricional, e permitiram concluir que a ASGm é um instrumento muito eficaz para avaliar o estado nutricional do paciente renal, mas é importante a associaçao de um método objetivo como o IMC, para um diagnóstico nutricional adequado, contribuindo de forma essencial para conduta na terapia nutricional.


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QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS COM INSUFICIENCIA RENAL CRONICA EM TRATAMENTO HEMODIALITICO AVALIADA POR MEIO DO INSTRUMENTO KDQOL- SF TM

LETICIA CUNHA FRANCO (UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS)

Introduçao: A insuficiência renal crônica(IRC) é uma das doenças crônico degenerativas que mais conseqüências físicas, psicológicas e sociais causam aos seus portadores. A hemodiálise é o método de diálise mais comumente empregado na melhora da sobrevida desses pacientes.Estar em tratamento hemodialítico nem sempre significa ter qualidade de vida, pois existem também conseqüências negativas no viver. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pessoas com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico por meio do instrumento Kidney Disease and Quality of Life Short Form(KDQOL-SF TM). Metodologia: Estudo realizado em unidade de hemodiálise de um hospital universitário do município de Goiânia-Goiás,em 2007. Após aprovaçao por um comitê de ética e consentimento dos envolvidos, os dados foram obtidos por entrevista realizada individualmente durante a sessao de hemodiálise por meio do instrumento (KDQOL-SF TM).A pesquisa foi realizada com populaçao de 44 pessoas, resultando numa amostra de 32 pessoas, que consentiram participa, uma vez que 11 recusaram-se e uma nao participou devido à limitaçao física.Os dados foram inseridos e analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences(SPSS), com intervalo de confiança de 95% e p< 0,05. Resultados: As complicaçoes na saúde e qualidade de vida, inerentes à cronicidade da doença renal foram evidenciadas nos resultados obtidos. As dimensoes que resultaram maiores escores foram: Estímulo da equipe de hemodiálise(98,44), Funçao sexual(94,14), Sintomas e problemas(76,04) e Interaçao social(75,00). Os menores escores corresponderam as seguintes categorias: Sobrecarga da doença renal(12,34), Funçao física(23,44), Suporte social (30,21) e Saúde geral(33,37). Os maiores escores evidenciaram que grande parte dos entrevistados estava satisfeito com o apoio recebido pela equipe de saúde e a atividade social e sexual foram pouco afetadas pela doença. Os menores escores revelaram uma elevada sobrecarga da doença renal na vida dos pacientes e grande interferência da doença na funçao física,suporte social e saúde em geral. Conclusao: Deve-se considerar que cada indivíduo possui diferente suporte físico, mental e social no enfrentamento e adaptaçao à doença renal e seus agravos. Os resultados encontrados indicaram os aspectos que mais interferem na qualidade de vida dos portadores de IRC e abrem caminho para reflexao a respeito de um cuidado mais planejado e holístico prestado pela equipe de saúde junto a estas pessoas.


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AVALIAÇAO NUTRICIONAL DE PACIENTES COM INSUFICIENCIA RENAL CRONICA EM HEMODIALISE

SULENE ROSA DA ROCHA (PUCRS), GABRIELA CORREA SOUZA (UFRGS)

Introduçao: A desnutriçao protéico-energética é uma condiçao freqüentemente observada na populaçao em hemodiálise. Vários estudos têm demonstrado evidências de que medidas da avaliaçao do estado nutricional têm associaçoes independentes com a morbimortalidade nesta populaçao de pacientes. Objetivos: Avaliar o estado nutricional e a ingestao de macro e micronutrientes de pacientes em hemodiálise do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Metodologia: Foram incluídos no estudo 35 pacientes. O estado nutricional foi avaliado através do uso de parâmetros antropométricos e dos níveis séricos de albumina e a adequaçao da ingestao alimentar foi investigada através do registro do consumo alimentar de três dias. Resultados: Os resultados mostraram que a média do índice de massa corporal (25,54 +- 3,22 Kg/m2) nos pacientes estudados, ficou acima do preconizado pela Organizaçao Mundial de Saúde, sendo que 57,2% dos pacientes apresentavam excesso de peso. Já as médias dos percentuais de adequaçao da prega cutânea tricipital (104,04 +- 37,42), circunferência do braço (97,35 +- 11,34) e da circunferência muscular do braço (97,89 +- 11,13) estavam adequadas, porém a média do percentual de adequaçao da prega cutânea tricipital nas mulheres ficou abaixo do recomendado. Conforme os níveis de albumina sérica 82,9% dos pacientes foram classificados como eutróficos. Na avaliaçao do consumo alimentar verificou-se uma baixa ingestao protéico-energética (28,07 Kcal/kg e 1,08 g/Kg de peso, respectivamente), bem como de cálcio, fósforo, ferro e zinco. Conclusao: Embora a avaliaçao do estado nutricional, de acordo com os diferentes parâmetros utilizados, tenha demonstrado um predomínio de indivíduos com excesso de peso ou eutróficos, a observaçao de uma inadequada ingestao alimentar demonstra a necessidade de intervençao nutricional nestes pacientes, objetivando a prevençao e/ou recuperaçao de anormalidades do estado nutricional. Termos de indexaçao: antropometria avaliaçao nutricional consumo alimentar hemodiálise insuficiência renal crônica.


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CARBOIDRATOS ABSORVIDOS POR PACIENTES EM DIALISE PERITONEAL E DISLIPIDEMIA

VIVIANA TEIXEIRA HENRIQUES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA)

A doença renal crônica causa alteraçoes orgânicas diversificadas e o tipo de terapia também pode ajudar a conduzir a estas. Os pacientes em diálise peritoneal possuem uma absorçao de glicose contida no líquido do dialisato, podendo influenciar o perfil lipídico destes pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo alimentar e o perfil lipídico dos pacientes em diálise peritoneal. Foram incluídos 32 pacientes em diálise peritoneal, com idade mediana de 55 anos (24-87), sendo 71% do sexo feminino, tendo 30,31 ± 28,31 meses de terapia. Através de recordatório alimentar foi analisada a estimativa do consumo dietético. A quantidade de glicose absorvida pelo dialisato foi calculada. Os exames laboratoriais séricos verificados foram: colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos. Foi levado em consideraçao o uso de vastatina. O consumo calórico total encontrado foi de 2130,01 ± 466,46 Kcal/d ou 32,67 ± 9,86 Kcal/Kg de peso. Deste 23% correspondeu a glicose absorvida pelo dialisato (505,91 ± 207,27). A % de carboidrato total absorvida foi de 65,85 ± 9,67 e de lipídeos 24,72 ± 4,57, sendo que nestas porcentagens foi considerada a quantidade glicose absorvida pelo dialisato. O perfil lipídico apresentado pelos pacientes foi: colesterol total: 194,64 ± 45,77 mg/dL (desejável) HDL: 43,08 ± 11,87mg/dL LDL: 116,52 ± 41,11mg/dL (sub-ótimo) triglicerídeos: 219,5 ± 230,6 mg/dL (alto). A prescriçao de vastatina era feita para 70% dos pacientes. Através da média da estimativa do consumo dietético e da glicose do dialisato é notado alta quantidade de carboidratos sendo absorvido. O mesmo nao é visto em relaçao a lipídeos. O perfil lipídico observado pode estar sendo influenciado por esta ingestao, sendo que a glicose conduz a um aumento de triglicerídeos séricos. Nestes pacientes um controle dietético se faz necessário para tentar prevenir dislipidemias e doenças cardiovasculares.


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EDUCAÇAO NUTRICIONAL PARA PORTADORES DE INSUFICIENCIA RENAL DO SETOR DE NEFROLOGIA DO HOSPITAL DE CLINICAS DR. ALBERTO LIMA DE MACAPA/AP

ELAINE DA SILVA SANTOS (FACULDADE SEAMA), IONE MAIARA MACEDO BATISTA (FACULDADE SEAMA), KEULY CIANE LIMA DA SILVA (FACULDADE SEAMA), MARIO HENRIQUE ROSA DE OLIVEIRA (FACULDADE SEAMA)

A insuficiência renal crônica é uma doença decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funçoes renais. Sao várias as causas da IRC, sendo as mais comuns a hipertensao arterial, o diabetes mellitus, e o lúpus eritematoso sistêmico. Na IRC, com a perda progressiva da capacidade excretora renal, ou seja, com a reduçao da filtraçao glomerular, uma variedade de solutos tóxicos, sobretudo proveniente do metabolismo de proteínas e aminoácidos, acumulam-se no soro ou no plasma. No Amapá esta doença vem acometendo milhares de pessoas. O Ministério da Saúde, através do Sistema de Informaçoes Hospitalares do SUS (SIS/SUS) informa que no ano de 2004 no Amapá 43.184 pessoas foram internadas com o diagnóstico de Insuficiência Renal, sendo que deste total 24 pessoas vieram a óbito, 14 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi de desenvolver material de educaçao nutricional sobre Insuficiência Renal para portadores da doença no Setor de Nefrologia do H.C.A.L. de Macapá/AP. Material e Método: Foram desenvolvidos folders, palestras, banners, além de orientaçao nutricional individualizada. Resultados: Foram desenvolvidas palestras educativas com entrega de folders e apresentaçao de banners. A primeira palestra “Fisiologia dos rins e Doenças Intercorrentes” obtivemos uma participaçao de 24% dos pacientes, enquanto que na segunda “Dietoterapia para Insuficiência Renal” obtivemos um aumento na participaçao significativo para 36% dos pacientes, havendo ainda presentes seus familiares. Conclusao: Avaliando-se que a maioria dos pacientes apresenta mal-estar após a sessao de hemodiálise, alguns possuem algum tipo de deficiência física e normalmente apresentam algum tipo de depressao devido a doença, conclui-se que o aumento da participaçao na palestra foi uma resposta positiva ao trabalho desenvolvido com estes pacientes tao especiais. Unitermos: insuficiência renal hemodiálise educaçao nutricional dietoterapia.


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IMPACTO DA ORIENTAÇAO NUTRICIONAL E ADEQUAÇAO DO USO DE QUELANTES DE FOSFORO EM PACIENTES HIPERFOSFATEMICOS EM HEMODIALISE.

FABIANA BAGGIO NERBASS (FUNDAÇAO PRO-RIM), JYANAGOMES MORAIS (FUNDAÇAO PRO-RIM), TATIANA STELA KRUGER (FUNDAÇAO PRO-RIM), LUCIANE DA GRAÇA DA COSTA (FUNDAÇAO PRO-RIM), CARLOS ALBERTO ROST (FUNDAÇAO PRO-RIM), PAULO EDUARDO SILVEIRA LOBO CICOGNA (FUNDAÇAO PRO-RIM)

Introduçao: A orientaçao nutricional e o uso quelantes de fósforo estao entre as principais medidas terapêuticas para o tratamento da hiperfosfatemia, situaçao freqüente em pacientes em hemodiálise (HD). Objetivo: Avaliar o impacto da orientaçao nutricional e da adequaçao do uso de quelantes de fósforo em pacientes hiperfosfatêmicos em hemodiálise. Metodologia: Foram estudados 68 pacientes avaliados mensalmente durante 6 meses. No início do estudo, a ingestao protéica e de fósforo foi avaliada por inquérito alimentar de frequência e dia alimentar típico. Os pacientes foram orientados por nutricionista em relaçao à ingestao adequada de fósforo e proteína. Os quelantes de fósforo (carbonato de cálcio e/ou cloridrato de sevelamer) foram prescritos de acordo com as concentraçoes séricas de fósforo e o hábito alimentar, e ajustes foram realizados quando necessários. Resultados: Do total da amostra, 58% eram do sexo masculino, a média de idade foi 45,8±13,8 anos e 97% faziam uso prévio de quelante. No primeiro mês, houve diminuiçao do fósforo sérico em relaçao ao inicial (7,7±1,5 para 6,3±1,9 mg/dL P< 0,001) que se manteve até o final do estudo (6,1±1,8 mg/dL P< 0,001). A normalizaçao da fosfatemia ocorreu em 35% no primeiro mês e em 51,5% no final. A diminuiçao da fosfatemia foi semelhante entre os pacientes que utilizaram carbonato de cálcio (n=21) ou cloridrato de sevelamer (n=37) durante todo o estudo. Em relaçao à ingestao alimentar de fósforo, 51% relataram ingestao elevada e 49% diminuída ou adequada. As concentraçoes séricas de fósforo nao diferiram entre os grupos ao longo do estudo. Quando comparados por concentraçao sérica de PTH, a fosfatemia inicial do grupo com PTH< 300pg/mL (38% da amostra) foi semelhante a do grupo com PTH>300pg/mL e significantemente menor ao final do estudo (P< 0,01). Verificou-se que 74% que atingiram fosfatemia adequada após o acompanhamento pertenciam ao grupo com PTH< 300pg/mL. Observou-se correlaçao do fósforo sérico inicial com o PTH sérico (R=0,24 P< 0,05) e do fósforo sérico final com o PTH sérico (R=0,26 P< 0,05), com a fosfatemia inicial (R=0,33 P< 0,01) e com o Kt/V final (-0,26 P< 0,01). Conclusao: A orientaçao nutricional e a adequaçao no uso dos quelantes de fósforo foram efetivos na diminuiçao dos níveis séricos de fósforo nesta populaçao.


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RELAÇAO DA HIPERFOSFATEMIA COM O PTH E O CONSUMO ALIMENTAR DE FOSFORO EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIALISE NAS CIDADES DE BALNEARIO CAMBORIU, JARAGUA DO SUL, JOINVILLE, MAFRA E SAO BENTO DO SUL/SC.

JYANA GOMES MORAIS (FUNDAÇAO PRO RIM), TATIANA STELA KRÜGER (FUNDAÇAO PRO RIM), ALIKA MARTINS (UNIFESP), FABIANA BAGGIO NERBAS (FUNDAÇAO PRO RIM), LUCIANE DA GRAÇA DA COSTA (FUNDAÇAO PRO RIM)

Introduçao: Hiperfosfatemia é uma freqüente complicaçao relacionada aos transtornos do metabolismo mineral que acomete pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). PTH e consumo alimentar de fósforo podem estar relacionados com a causa desta patologia. Objetivo: Relacionar a hiperfosfatemia com o PTH e consumo de fósforo em pacientes em hemodiálise. Métodos: Foram analisados exames laboratoriais (fósforo sérico e PTHi) e consumo alimentar (inquérito 24hs) de 217 pacientes em hemodiálise. Resultados: Dos 217 pacientes, 95 (75,78%) apresentaram hiperfosfatemia, destes 39 (41,05%) tinham consumo elevado de fósforo e 72 (75,78%) PTHi alterado. Pacientes com hiperfosfatemia tinham consumo médio de fósforo maior (p=0,0069) do que pacientes com fosfato sérico normal. Níveis de paratormônio foram maiores (p=0,0023) entre os hiperfosfatêmicos do que os com fósforo sérico normal. Houve correlaçao significante (p=0,0154) entre o consumo de fósforo e os níveis de fósforo sérico, assim como também (p< 0,0001) entre os níveis de fósforo sérico e PTH. Discussao: O fósforo exerce papel importante na regulaçao da síntese do PTH, atuando no hiperparatireoidismo secundário, o qual é uma complicaçao freqüente em pacientes com DRC, afetando diretamente a funçao de quase todos os órgaos corporais. O consumo elevado de fósforo é uma das principais causas da hiperfosfatemia, no entanto, sugere-se que o PTHi teve mais relaçao com a hiperfosfatemia do que o consumo de fósforo nos pacientes estudados. Conclusao: Medidas como, controle do PTH e consumo de fósforo, devem ser tomadas para controle da hiperfosfatemia, porém há necessidade de novas modalidades de tratamento e estudos mais aprofundados sobre este tema.


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TAXA DE INTERCORRENCIAS EM HEMODIALISE INTERMITENTE EM TERAPIA INTENSIVA – UM INDICADOR DE QUALIDADE ASSISTENCIAL EM NEFROINTENSIVISMO.

CASSIA MORSCH (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ROSIELE VEMDRAME FLORES (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), SIMONE SANTOS (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), GABRIELA SILVA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE)

A Insuficiência Renal Aguda (IRA) ocorre em 10 a 25% dos pacientes em Centro de Tratamento Intensivo (CTI), sendo que 60 a 70% irao necessitar de Terapia Renal Substitutiva. A IRA está associada a taxas de mortalidade de 50 a 90%, e a um custo alto para o sistema de saúde. Os pacientes submetidos a terapia dialítica estao susceptíveis a complicaçoes, como hipotensao, hipertensao, caibras musculares, náusea e vômito, cefaléia, dor torácica e lombar, prurido, febre e calafrios. A detecçao e a intervençao frente a essas complicaçoes é um diferencial para a qualidade no procedimento.Objetivase identificar a prevalência de complicaçoes durante o tratamento dialítico em pacientes internados no CTI submetidos à terapia de substituiçao renal extracorpórea intermitente. Foram avaliados registros de todas as diálises intermitentes (Hemodiálise Convencional, Hemodiálise Convencional Estendida e Ultrafiltraçao Isolada) realizadas no CTI no período de janeiro a agosto de 2007 em pacientes com diagnóstico médico de IRA ou Insuficiência Renal Crônica agudizada. Foram excluídos os métodos contínuos e as terapias realizadas em pacientes com doença renal crônica estágio 5. No período analisado, foram realizadas 382 sessoes de hemodiálise. Identificou-se como intercorrências: hipotensao (10,3%), falta de fluxo do acesso (34,6%), pressao venosa alta (2,5%), coagulaçao do sistema (12,5% das sessoes), rompimento de linhas (0,48% das sessoes), pirogenia (0,43%) e interrupçao por falha de equipamento (1,8%). A taxa de hipotensao está baixa comparada à literatura, face a instabilidade hemodinâmica dos pacientes. O índice elevado de falta de fluxo do acesso pode estar relacionado à necessidade de mobilizaçao do paciente. A coagulaçao do sistema está atrelada à falta de fluxo sanguíneo do acesso e à nao utilizaçao de anticoagulaçao. A taxa de pressao venosa elevada no sistema está relacionada a problemas no acesso e coagulaçao do sistema. As taxas de reaçao pirogênica e interrupçao do tratamento por falha de equipamento podem ser relacionadas a problemas de manutençao preventiva e falta de equipamentos. A análise de indicadores é o primeiro passo para o planejamento de metas direcionadas à melhoria da qualidade da terapia dialítica, visando à diminuiçao das taxas de intercorrências. Além disso, sao realizadas a capacitaçao em serviço e a educaçao continuada, fundamentais para a diminuiçao de complicaçoes dialíticas.


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AVALIAÇAO DA INGESTAO DE FOSFORO E QUELANTES DE FOSFORO EM PACIENTES RENAIS CRONICOS EM TRATAMENTO HEMODIALITICO EM UMA CLINICA RENAL DE SANTA MARIA

LUCIA HELENA BACKES SALLET (HUSM), LUCIANE BERLATO (CLINICA RENAL DE SANTA MARIA), LUIS CLAUDIO ARANTES (HUSM E CLINICA RENAL DE SANTA MARIA), MAIANA DA COSTA VIEIRA (CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO DE SANTA MARIA), VANESSA BISCHOFF MEDINA (CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO DE SANTAMARIA)

O fósforo sérico elevado e a sobrecarga de cálcio estao associados com aumento da doença cardiovascular em pacientes com doença renal. Segundo Kestenbaum, pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) e TFG~45ml/min., o aumento de 1mg/dl de fósforo (P) aumenta o risco de morte em 23%. A mortalidade é maior quando os níveis de P sao > 3,5mg/dl. A abordagem do metabolismo ósseo e mineral em pacientes IRC, mudou muito nos últimos anos especificamente a osteodistrofia renal e sua relaçao com a doença cardivascular, principal causa de óbito entre pacientes em hemodiálise. Este estudo objetiva estimar a ingestao alimentar diária usual de P de pacientes renais crônicos em programa regular de hemodiálise a ingestao de quelantes de P e os níveis séricos de PTH e P. Metodologia: De uma populaçao de 130 pacientes em programa regular de hemodiálise, foram sorteados aleatoriamente 30 indivíduos, separados em dois grupos conforme consumo dietético de P/dia: A (n-6) adequada de P (< 580mg) e B (n-24) elevada de P (>580mg). Foram avaliados o consumo de P dietético, através de freqüência/dia alimentar habitual, os níveis séricos de paratormônio (PTHi), quelantes de fósforo utilizados e dosagens. Resultados: Conforme a ingesta estimada de fósforo os pacientes foram divididos em 2 grupos: Grupo A, adequado em P (< 580mg/dia), com 6 (20%) pacientes e B, elevado em P (>580mg/dia), com 24 (80%) pacientes. Grupo A: os pacientes tiveram um aporte diário de P entre 375 e 575mg/dia. Destes, 2 apresentaram níveis séricos de P > 5,5, mesmo em uso de 6 e 8g de carbonato de cálcio/dia. Nenhum usava sevelamer ou vitamina D. Um paciente teve PTH elevado (1200). Grupo B: a ingesta de P foi de 604 a 1823mg/dia. Dos 24 pacientes, 11 apresentaram níveis séricos de P >5,5mg/dl, com ingesta média de P de 1125mg/dia e média de PTHi de 608 contra 948mg/dia e média de PTHi de 364 no grupo com P < 5,5mg/dl. Destes, 5 nao utilizaram carbonato de cálcio. Os demais utilizaram carbonato de cálcio entre 2 a 8g/dia, nas principais refeiçoes. Três pacientes utilizavam também sevelamer 1600 mg 3xx/dia. Conclusao: Embora realizado em um pequeno número de pacientes, os resultados demonstram uma ingesta diária elevada de P. A ingesta elevada de P esteve relacionada aos níveis elevados de PTHi, mesmo nos pacientes com P sérico controlados ?,5mg/dl. Os dados sugerem necessidade de melhor controle dietético de P, além do uso de quelantes, para um melhor controle da doença óssea associada à IRC.


P-015 TRATAMENTO ENDOLUMINAL DE CATETER DE HEMODIALISE COM M-EDTA PREVINE INFECÇAO.

JOAO CARLOS BIERNAT (CLINIRIM PORTO ALEGRE), SALETE S. DEMIN (CLINIRIM PORTO ALEGRE), DAIANA S. KOCHHANN (CLINIRIM PORTO ALEGRE), FERNANDO DOS SANTOS (CLINIRIM PORTO ALEGRE), ANAG. DOS SANTOS (CLINIRIM PORTO ALEGRE), MARCELA BIERNAT (CLINIRIM PORTO ALEGRE)

Introduçao: Infecçao é complicaçao freqüente associada ao uso de cateter para hemodiálise(HD). A presença de biofilme bacteriano, recalcitrante ao tratamento convencional, perpetua tais infecçoes. A rotina de preencher a luz de cateter com Heparina nao protege contra infecçao, por nao ter açao antibiótica. Objetivos: Comparar a eficiência na prevençao de infecçao em cateter de Minociclina mais Acido Etilenodiamino Tetraacético(EDTA) versus Heparina. A Minociclina é altamente eficaz contra bactérias gram-positivas. Já o EDTA é um potente quelante para cálcio, ferro e magnésio, destruindo bactérias e fungos ao remover tais elementos essenciais da membrana celular também possui atividade direta anti-biofiolme, rompendo-o, além de ser anticoagulante. Metodologia: Coletaram-se 160 hemoculturas seriadas, de modo prospectivo,antes de cada sessao de HD, em renais crônicos, de 2 em 2 dias, a partir de 15 cateteres duplo lúmen. Após a diálise, ocluiu-se a luz com Heparina em 8 cateteres (grupo A)e com soluçao de M-EDTA em 7 cateteres (grupo B). Utilizou-se técnica estéril para manipular o cateter. Uso de antibióticos, oclusao ou remoçao do cateter implicou em final de observaçao. M-EDTA continha 3mg/ml de Minociclina e 30mg/ml de EDTA. As hemoculturas foram incubadas por 5 dias em caldo BHI( Brain Heart Infusion)e a identificaçao microbiana realizada através de provas bioquímicas convencionais e sistema Bactray. Resultados: Realizaram-se 84 hemoculturas seriadas nos 8 cateteres do Grupo A (Heparina)e 76 nos 7 cateteres do Grupo B(M-EDTA). No Grupo A, o tempo acumulado de observaçao foi de 248 dias e o tempo médio de permanência in situ, por cateter, foi de 31 dias. No Grupo B, o tempo de observaçao foi de 203 dias e o tempo médio de permanência, por cateter,foi de 29 dias.Quanto às hemoculturas,8 foram positivas no Grupo A, com uma incidência de 9,25% de contaminaçao e 1 foi positiva no Grupo B,com uma incidência de 1,31% de contaminçao (p< 0,05). Foram identificados Staphylococcus aureus (4 amostras), Klebsiella pneumoniae (4 amostras) e Streptococcus pneumoniae (1 amostra). Quanto à contaminaçao específica de cateteres, esta ocorreu em 4 do Grupo A (4:84 exames),com incidência de 4,76% e em 1 cateter do Grupo B (1:76 exames),com incidência de 1,31%. Conclusoes: A soluçao de M-EDTA,comparada com Heparina, previne de modo significativo a contaminaçao de cateteres. Estes resultados permitem concluir que a soluçao de M-EDTA é um importante elemento para efetiva prevençao de contaminaçao de cateteres de HD.


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FARMACOTÉCNICA DE M-EDTA PARA USO EM CATETER DE HEMODIALISE

JOSÉ ROSITO FILHO (LABORATORIO LEBON), PEDRO ROSITO (LABORATORIO LEBON), JOSÉ ROSITO NETO (LABORATORIO LEBON), JOAO CARLOS BIERNAT (CLINIRIM), MARCELA BIERNAT (CLINIRIM)

Introduçao: A contaminaçao bacteriana e fúngica,com formaçao de biofilmes em cateteres de Hemodiálise, constitui-se em alto risco para pacientes e fato gerador de alto custo para Unidades de Diálise. Por suas propriedades de quelante de cálcio e magnésio , o EDTA(Acido etilenodiaminotetraacético) comprovou-se eficaz contra bactérias, fungos e biofilmes. Objetivo: Desenvolver uma nova formulaçao,para prevençao de infecçao em cateter com uso de EDTA e Minociclina (M-EDTA). Metodologia: Realizaram-se estudos de tecnologia farmacêutica, abrangendo estabilidade, doseamento de EDTA, Minociclina e M-EDTA e análise microbiológica. Avaliou-se a estabilidade e doseamento(%)do produto final (M-EDTA),através de cromatografia líquida e espectofotometria de absorçao atômica, bem como dos 2 componentes em separado. A formulaçao testada foi: Cloridrato de Minociclina 9,0 mgEDTA 90 mgveículo 3,0 mla concentraçao de EDTA foi de 3g% e de Minociclina de 0,3g%.As determinaçoes ocorreram com intervalo de 3 meses, sendo feitas no mês zero,3 e 6, em 3 lotes, denominados A, B e C. Também foi avaliada a compatibilidade do produto terminado com embalagens primárias . Testes de esterilidade foram realizados de 3 em 3 meses com meios de cultura Thioglicolathe Broth, Tryptic Soy Broth,Tryptic Soy Agar e Sabouraud. Resultados: A Estabilidade de Minociclina , EDTA e do produto M-EDTA foi: TEMPO Minociclina(%) EDTA(%) M-EDTA(mg) Mês zero: 99,2 98,8333 99,33333 meses: 99,2 98,8333 99,33336 meses: 99,2 98,8333 99,0000O Coeficiente de Variaçao foi de 0% para Minociclina, de 0,04496% para EDTA e de 0,4474 % para o produto M-EDTA. Conforme o cromatograma, soluçao de M-EDTA manteve suas características de compatibilidade com embalagem e cor, nao sendo observados precipitados ou turvaçao durante o período de observaçaonem verificadas alteraçoes nas características físicas, químicas e biológicas, por influência de fatores ambientais como temperatura, umidade, luz ou por fatores relacionados às propriedades físicas ou químicas do produto, durante o prazo de estudo. Quanto ao estudo microbiológico, as amostras dos lotes analisados foram consideradas estéreis. Conclusoes: Observou-se esterilidade, compatibilidade e adequada estabilidade da soluçao de M-EDTA, após 6 meses de observaçao, sendo mantidas as características farmacológicas originais dos componentes do produto analisado.


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NOVA PROPOSTA DE AVALIAÇAO NUTRICIONAL EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIALISE

JOANA RAQUEL NUNES LEMOS (CLINICA RENAL FUTURA – MAE DE DEUS CENTER), ROSANGELA MUNHOZ MONTENEGRO (CLINICA RENAL FUTURA – MAE DE DEUS CENTER), DENISE ZAFFARI (UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS)

Introduçao: A desnutriçao energético-proteica (DEP) é a segunda maior causa de mortalidade em hemodiálise (HD) e também um agravante para a principal causa: as doenças cardiovasculares (DCV). É necessária uma avaliaçao nutricional fidedigna para uma adequada terapêutica. Um modelo validado e muito utilizado é a Avaliaçao Nutricional Subjetiva Global (ANSG), porém, existem limitaçoes para este método. Na prática clínica, é imprescindível um método simples, com dados objetivos, abrangente e que possa ser interpretado por toda a equipe. Metodologia: Estudo transversal com 41 pacientes da clínica de HD Renal Futura do Hospital Mae de Deus/POA. Foram avaliados indivíduos maiores de dezoito anos através de dois métodos, a ANSG e o método de avaliaçao proposto. As medidas de peso atual, altura, peso usual, circunferência do braço e dobra cutânea do tríceps foram realizadas logo após a sessao de HD; foi feita avaliaçao bioquímica de albumina, hemoglobina e Kt/V. O método proposto foi comparado às variáveis. Foram aplicados os testes estatísticos chi-quadrado e T studant (SPSS), considerando significaçao estatística p< 0,05. Resultados: Foram predominantes os indivíduos do sexo masculino (n = 31 – 75,5%) e os de raça caucasiana (n = 35 – 85,5%). A média de idade dos indivíduos foi 66,2 ± 16,19 anos, sendo que 13 pacientes (31,7%) eram portadores de DM2. O tempo médio de diálise dos pacientes foi de 25,85 meses ± 21,6. Os valores médios de Kt/v, albumina, ferritina e hemoglobina foram 1,41 ± 0,25, 3,7mg/dl ± 0,47, 890mg/dl ± 547 e 10,89mg/dl ± 1,8, respectivamente. Através do modelo proposto observou-se que 28 pacientes (68,3%) estavam em risco nutricional leve, 12 (29,3%) moderado e 1 (2,4%) grave. Nao foi encontrado nenhum indivíduo sem risco nutricional. Encontrou-se que os pacientes com maior risco possuíam maior idade, menor albumina, menor IMC e menor massa muscular representado pela CMB. Outros índices como Kt/V, ferritina e hemoglobina nao se correlacionaram com estado nutricional. Conclusao: O modelo aplicado possibilitou estabelecer dois grupos de estado nutricional: baixo e alto risco para DEP. Além de classificar o paciente e definir períodos para novas avaliaçoes e acompanhamentos. Neste modelo os pacientes com baixo risco para DEP eram mais jovens e apresentavam melhores níveis de albumina, IMC e maior CMB. Estes achados corroboram para a aplicabilidade deste modelo visto que estes fatores estao isoladamente relacionados com desnutriçao.


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ANALISE DOS 25 ANOS DE DIALISE PERITONEAL EM CURITIBA: EXPERIENCIA DO CENTRO PIONEIRO NO BRASIL.

THYAGO PROENÇA DE MORAES (FUNDAÇAO PRO-RENAL CURITIBA), SILVIA CARREIRA RIBEIRO (FUNDAÇAO PRO-RENAL CURITIBA), MARGARETE MARA DA SILVIA (FUNDAÇAO PRO-RENAL CURITIBA), PATRICIA SIGOLO TEIXEIRA (FUNDAÇAO PRO-RENAL), DAISY DORIS PASQUAL (FUNDAÇAO PRORENAL CURITIBA), ROSEANA FUERBRINGER (FUNDAÇAO PRO-RENAL), ROBERTO PECOITS-FILHO (FUNDAÇAO PRO- RENAL CURITIBA /PUC-PR), MIGUEL CARLOS RIELLA (FUNDAÇAO PRO- RENAL)

Introduçao: Trabalhos relatando a experiência de longo-prazo em DP em centros de reconhecida experiência representam fonte de referência para outros centros, estabelecendo um ponto de comparaçao e propicia programas de melhoria contínua do tratamento. Este estudo descreve as características da maior experiência em DP em um único centro no Brasil. Objetivos: Descrever o perfil do paciente em DP e fatores que influenciaram seu prognóstico no centro pioneiro de DP (que até hoje mantém uma penetraçao de mais de 20% de DP), incluindo sobrevida do paciente e da técnica no longo prazo. Metodologia: Estudo retrospectivo e descritivo, onde analisamos os dados de 680 que iniciaram DP entre 1980 e 2005. Foram analisados idade, IMC, sexo, raça, doença de base, tempo de seguimento, causa da morte, falência da técnica, PET , peritonites e marcadores bioquímicos. A sobrevida foi calculada pelo método de Kaplan-Meier e a comparaçao dos fatores realizada com os testes de log-rank e qui-quadrado. Variáveis com significância estatística foram incluídas em análise multivariada de Cox para avaliaçao dos fatores de risco. Um p menor que 0,05 foi considerado como significante. Resultados: A idade média foi 53±16.2 anos. Branca foi a raça predominante 87,6% e o sexo feminino 51,9%. Nefropatia diabética a principal doença de base (34%) e causas cardiovasculares a principal causa de óbito (44%). A experiência acumulada de 15.303 meses. Aidade média aumentou 11,2 anos e a prevalência de nefropatia diabética dobrou. A sobrevida dos pacientes de 1-3-5-e 10 anos foram respectivamente 82%, 53%, 32% e 9.2%. A sobrevida média da técnica foi de 4,2 anos e a de 1-3-5-e 10 anos respectivamente 85%, 61%, 44% e 18%. Na multivariável de Cox idade maior que 60 foi o fator preditivo mais importante, seguido de hipofosfatemia, hipoalbuminemia e diabetes. Conclusao: Houve um grande aumento na prevalência de pacientes de alto risco durante os 25 anos de experiência do serviço. A sobrevida dos pacientes foi similar aos descritos na literatura mundial, e a sobrevida da técnica semelhante a outros centros da América Latina. A mortalidade na DP ainda é alta e estudos sao necessários principalmente referente ao manejo dos pacientes de alto risco.


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PERITONITE EM 25 ANOS DE DIALISE PERITONEAL:ESTUDO RETROSPECTIVO DO CENTRO PIONEIRO NO BRASIL

SILVIA CARREIRA RIBEIRO (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), THYAGO PROENÇA DE MORAES (FUNDAÇAO PRO RENAL -CURITIBA), MARGARETE MARA DA SILVA (FUNDAÇAO PRO RENAL -CURITIBA), PATRICIA SIGOLO TEIXEIRA (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), ROSEANA FUERBRINGER (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), DAYSE DORIS PASCHOAL (FUNDAÇAO PRO RENAL), ROBERTO PECOITS FILHO (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA/PUC-PR), MIGUEL CARLOS RIELLA (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA)

Introduçao: A peritonite é complicaçao freqüente da diálise peritoneal (DP), reduzindo a sobrevida dos pacientes e da técnica. Objetivo: Estudo retrospectivo que revisa o histórico de 25 anos de peritonite relacionada ao tratamento de diálise peritoneal em único centro no Brasil. Tem como objetivo identificar os agentes causadores de peritonite ao longo dos anos e avaliar quais mudanças tiveram impacto no número e no perfil dessas infecçoes. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente pacientes que iniciaram diálise peritoneal no Hospital Evangélico de Curitiba e Fundaçao Pró-Renal entre julho/1980 e julho/2005. Os episódios de peritonite e seus agentes foram divididos em 5 períodos de 5 anos cada um e comparados entre si. Para avaliar falha da técnica e causa de morte dividimos os 25 anos em dois períodos tendo 1993 como a transiçao o que coincide com a introduçao da twin-bag em nosso serviço. Falha da técnica foi definida como transferência para HD por qualquer motivo ou morte por peritonite. Resultados: Um total de 680 pacientes tiveram 1048 peritonites num período de 15.303 meses de experiência. Enquanto nos primeiros 5 anos a prevalência era de 1 episódio a cada 6,7 meses, entre 2000-2005 a incidência foi 1 episódio a cada 23,1 meses. Os organismos Gram + predominaram por todo o tempo, mas apesar disso foram os que sofreram a maior reduçao ao longo desses 25 anos. Apartir do final dos anos 90 houve uma inversao entre S. Aureus e S. epidermidis, com este último passando a predominar. Nao houve diferença estatisticamente significativa entre o período anterior a 1993 e o posterior quanto à sobrevida da técnica. A incidência de morte relacionada a peritonite caiu de 21,27% para 13,6% comparando a era pré e pós twin-bag, entretanto p nao foi significativo (p 0,1). Conclusao: Houve um declínio no número de peritonites no decorrer do período, sendo que o maior fator de impacto nessa reduçao a introduçao do sistema twin-bag. A sobrevida da técnica foi semelhante à de outros centros na Europa e América Latina, porém muito distantes dos bons resultados japoneses. A reduçao no número de peritonites teve impacto na mortalidade dos pacientes.


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FATORES ASSOCIADOS AS CARACTERISTICAS BASAIS DE TRANSPORTE DA MEMBRANA PERITONEAL: ANALISE DE UM UNICO CENTRO

MARIANE REGINA RIGO (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE CURITIBA), THYAGO PROENÇA DE MORAES (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), SILVIA CARREIRA RIBEIRO (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), MARGARETE MARA DA SILVA (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), PATRICIA SIGOLO TEIXEIRA (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), DAISY DORIS PASQUAL (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), ROSEANA FUERBRINGER (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA), ROBERTO PECOITS-FILHO (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA/PUC-PR), MIGUEL CARLOS RIELLA (FUNDAÇAO PRO RENAL – CURITIBA)

Introduçao: As características de transporte da membrana peritoneal sao tradicionalmente avaliadas através do teste de equilíbrio peritoneal (PET). Apesar dos 20 anos da introduçao do PET e da sua utilidade no manejo de pacientes em DP, uma descriçao destes resultados em uma grande populaçao de pacientes brasileiros nao está disponível na literatura. Objetivos: Descrever a o perfil de transporte peritoneal, fatores associados e impacto na sobrevida de pacientes e da técnica em pacientes tratados em um grande e único centro brasileiro. Metodologia: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 680 pacientes que iniciaram DP na Fundaçao Pró-Renal de Curitiba-PR entre 1980 e 2005. Foram selecionados para o estudo apenas pacientes com PET realizado nos primeiros 6 meses de DP. A análise de sobrevida e técnica conforme o perfil de membrana foi calculada pelo método de Kaplan-Meier e a comparaçao dos fatores realizada com os testes de log-rank e qui-quadrado. Resultados: Entre os 175 pacientes selecionados a idade média foi 57 anos ±13,7, nefropatia diabética a doença de base predominante 41,7%, causas cardiovasculares a principal causa de óbito 48,2%, branca a raça predominante 87,4% e o sexo feminino representando 53,7% da populaçao. Os 175 também foram agrupados como: 16% alto transportadores (H), 44% médio-alto transportadores (HA), 35% médio-baixo transportadores (LA) e somente 3% como baixo transportadores (L). Comparando o grupo H com os outros 3 grupos observamos que nefropatia diabética foi a doença de base em 69% dos H e 37% dos HA contra 38% dentre os LA e 16% dos L (p=0,009). A idade média no grupo H foi de 62,44 contra 56,02 (p 0,021) dos outros 3 grupos, sendo que os H e HA apresentaram, respectivamente, 25% e 44% dos pacientes como >60 anos (p=0,042). Nao houve diferença significativa na sobrevida da técnica e dos pacientes quando os grupos foram comparados. Conclusao: Na maior série de análise das características de transporte peritoneal já realizada no Brasil , observamos que idade elevada e diabetes foram fatores associados ao alto transporte porém, em nossa experiência, o transporte peritoneal nao esteve associado a pior sobrevida de pacientes e da t


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O ENFERMEIRO COMO EDUCADOR NO TRATAMENTO DE DIALISE PERITONEALAMBULATORIAL CONTINUA

ERIKA CRISTINA NAKAHARA (HOSPITAL MEDICAL), LUCIANE RUIZ CARMONA FERREIRA (HOSPITAL MEDICAL)

Introduçao: A enfermagem busca a manutençao da dignidade, a garantia do alívio, do sofrimento e acima de tudo o respeito à vida, à saúde e à morte. A atuaçao da Enfermagem na assistência aos clientes renais é de extrema importância pois a mesma oferece apoio, compreensao e conhecimento técnico-científico, atuando diretamente no seu tratamento através da assistência qualificada, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo conhecer o perfil do enfermeiro que atua no setor de nefrologia, identificando a preparaçao e atuaçao do mesmo como educador no processo de conscientizaçao do cliente e demonstrando as principais dificuldades encontradas durante o processo de capacitaçao do mesmo e seu familiar frente ao tratamento de CAPD. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva e quali-quantitativa, onde foi utilizado o método teórico empírico, aplicado através de um questionário semi-estruturado. Apesquisa foi realizada no mês de julho de 2006, no setor de Nefrologia do Hospital Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Limeira, Sao Paulo. A populaçao foi composta por quatro enfermeiros, sendo três do sexo feminino e um do sexo masculino. Resultados: Os resultados mostraram que 100% dos enfermeiros possuem especializaçao em Nefrologia porém 50% nao foram treinados/capacitados para realizar a CAPD quando iniciaram sua atividade na unidade de nefrologia, e também nao realizam capacitaçao periódica para 75% dos enfermeiros as maiores dificuldades para realizar as orientaçoes aos clientes sao a ausência dos familiares e a negaçao da patologia, enquanto que nao se encontrou dificuldade quando os clientes tinham baixa escolaridade e medo. Conclusao: Os profissionais que atuam no setor sao qualificados na área de Nefrologia podendo assim oferecer uma melhor assistência aos clientes renais visto que se encontram mais capacitados nessa área, realizando as orientaçoes de maneira eficaz, através da utilizaçao de inovaçoes tecnológicas, humanizaçao e respeito, caminhando sempre em busca de melhorar a qualidade de vida do mesmo.


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TÉCNICA DE PUNÇAO BUTHONHOLE

LILIAN PERES RIGHETTO DE ARAUJO (HOSPITAL SAO LUCAS PUCRS E HOSPITAL MOINHOS DE VENTO), ANA ELISABETH PRADO LIMA FIGUEIREDO,RENATA BRASIL (HOSPITAL MAE DE DEUS), RENATA BRASIL (HOSPITAL MAE DE DEUS)

Introduçao: A fístula arteriovenosa garante maior sobrevida dos pacientes em hemodiálise. Buscando a qualidade de vida dos pacientes implementou-se a técnica de punçao buttonhole. Objetivo: Relatar a experiência com a técnica. Métodos: Estudo tipo relato de experiência. Realizado na Unidade de hemodiálise de um Hospital Universitário de Porto Alegre, no período de março de 2006 a março de 2007. Os sujeitos foram convidados a participar do estudo. A equipe foi capacitada para executar a técnica. Os pacientes nao diabéticos foram puncionados por 12 sessoes pelo mesmo técnico e os diabéticos por 15 sessoes, até a completa formaçao do túnel. A crosta formada na punçao era retirada 30 minutos antes da sessao aplicando-se algodao embebido em água oxigenada sobre as duas crostas. Nao foram alteradas as doses de heparina de cada paciente. Resultados: Constituíram a amostra 27 pacientes dos 58 do serviço que possuem FAV nativa. Prevaleceram pacientes do sexo feminino com média de idade de 48,4 . A hipertensao arterial e a diabete tipo 2 foram as principais patologias de base. Os pacientes estavam em hemodiálise em média a 17,6 meses e com FAV em uso a 11,1 meses. Saíram do programa 5 pacientes, 1 por transplante renal, 1 por óbito, 2 transferência para outro centro e 1 migrou para o CAPD. Complicaçoes apresentadas: 01 paciente apresentou dermatite de contato no local de fixaçao da fita adesiva e 2 diabéticos de longa data tinham fístulas com baixo fluxo de sangue e apresentaram hematoma nas primeiras punçoes. Em todos os casos foram puncionados outros locais da FAV até o restabelecimento local e após retomou-se o buttonhole. Consideraçoes finais: A utilizaçao da técnica buttonrole reduziu a incidência de hematomas de punçao e formaçao de aneurismas nas FAV. Reduziu o tempo de punçao. Os pacientes relataram reduçao da dor no local de punçao e diminuiçao da ansiedade que sentiam em relaçao às agulhas.


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UTILIZAÇAO DAAVALIAÇAO OBJETIVA GLOBAL PARA ESTABELECER O DIAGNOSTICO NUTRICIONAL DE POPULAÇAO EM HEMODIALISE E SUA COMPARAÇAO COM O INDICE DE MASSA CORPORAL

SOFIA BERGAMASCHI SESTI (PROFESSORA DA UNIPAR, TOLEDO,PR), FERNANDO ROBERTO ROMAN (MÉDICO NEFROLOGISTA DA CLINICA HEMATOL), SUSY MONICA PAGLIARINI (ACADEMICA DO CURSO DE NUTRIÇAO-UNIPAR, TOLEDO-PR), SÉRGIO SAITO (MÉDICO NEFROLOGISTA DA CLINICA HEMATOL)

Introduçao: A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela deterioraçao progressiva da funçao dos rins e conseqüente retençao de substâncias nitrogenadas no sangue. A desnutriçao calórico-protéica é comum em pacientes que fazem hemodiálise e as causas incluem: ingestao alimentar deficiente, distúrbios hormonais e gastrointestinais, restriçoes rigorosas na dieta, uso de medicamentos que interferem na absorçao de nutrientes, diálise insuficiente, e presença de enfermidades intercorrentes. A Avaliaçao Objetiva Global (AOG) tenta identificar a desnutriçao através da combinaçao de parâmetros objetivos de avaliaçao nutricional, utilizando um sistema numérico de classificaçao. Portanto, os números dos resultados sao somados para chegar à classificaçao final. Objetivo: Estabelecer o diagnóstico nutricional dos pacientes com insuficiência renal crônica de uma clínica privada da cidade de Toledo, PR, através da AOG. Metodologia: Este estudo é do tipo retrospectivo, caracterizado pela análise dos prontuários dos pacientes com IRC hemodialisados na Clínica Hematol, nos últimos três meses. Foram coletados os dados de: albumina e transferrina séricos, contagem de linfócitos totais, peso seco e altura para cálculo de índice de massa corporal (IMC), uréia pré-diálise e Kt/v, para estimativa do aparecimento do nitrogênio total normalizado (PNAn) de todos os pacientes em hemodiálise, utilizando o modelo de Avaliaçao Nutricional Objetiva Global. Resultados: A avaliaçao nutricional através da AOG mostrou que 76,7% da populaçao estudada estava com risco nutricional/desnutriçao leve, 6% com desnutriçao moderada e 17,3% em eutrofia Os valores de albumina estavam adequados em 80,88% (3,5g/dl a 5,5g/dl) dos pacientes, a estimativa do PNAn, ficou abaixo dos valores de referência em 33,82% (>1,2g/kg/d) da populaçao estudada, na avaliaçao do estado nutricional pelo IMC 64% dos pacientes estavam eutróficos. Conclusao: A AOG, como método para diagnóstico do estado nutricional mostrou-se mais sensível quando comparado ao IMC, sendo maior a prevalência de risco nutricional e desnutriçao. Quando utilizado isoladamente o índice de massa corporal, houve um predomínio de eutróficos. Pode-se concluir que a associaçao de dados que a AOG disponibiliza, faz dela um método prático, barato e que avalia potencial risco nutricional assim como adequaçao da ingestao protéica.


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ANALISE DO PERFIL LIPIDICO DOS PACIENTES RENAIS CRONICOS SUBMETIDOS A HEMODIALISE

SOFIA BERGAMASCHI SESTI (PROFESSORA DA UNIPAR, TOLEDO-PR), FERNANDO ROBERTO ROMAN (HEMATOL), FRANCIELLY MENEGOTTO (ACADEMICA DO CURSO DE NUTRIÇAO DA UNIPAR, TOLEDO-PR), SÉRGIO SAITO (HEMATOL)

Introduçao: A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funçoes renais. Quando um paciente apresenta perda da funçao renal em torno 90-95% (IRC), a diálise é indicada. Dentre os métodos dialíticos, o mais comumente utilizado é a hemodiálise. Com a terapia hemodialítica muitas manifestaçoes de uremia diminuem, mas podem aparecer complicaçoes como hiperlipidemias, com o aumento dos níveis séricos de triglicerídeos (TG), LDL-colesterol (LDLc), e diminuiçao de HDL-colesterol (HDLc) e outros distúrbios do metabolismo dos lipídios, como a alta incidência de doenças cardiovasculares. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil lipídico de todos os pacientes que fazem hemodiálise na clínica HEMATOL, da cidade de Toledo-PR. Método: Caracteriza-se por ser do tipo retrospectivo, transversal, cujos dados sobre os níveis de lipídios séricos foram coletados dos prontuários dos pacientes, uma vez que sao solicitados trimestralmente pela clínica. Dos 70 pacientes estudados, todos estavam em tratamento dialítico a mais de 6 meses. Resultados: Foram encontrados níveis de triglicerídeos elevados em 40% dos pacientes, tendo a maioria do grupo apresentado valores inferiores à 150mg/dl, diferentemente do esperado para esta populaçao. O HDLc apresentou-se diminuído (< 40mg/dl) em 70% da populaçao, valor que condiz com os achados científicos. Valores de colesterol total elevado (> 200mg/dl) foram observados em 24,28%, e o LDLc apareceu elevado em 12,69% dos pacientes. Existem relatos claros sobre o predomínio de LDLc normal ou reduzido em pacientes hemodializados, estando portanto este estudo de acordo com estes achados. Conclusao: Podemos concluir que as alteraçoes no perfil lipídico dos pacientes estudados condizem em partes com estudos realizados previamente, que caracterizam a dislipidemia de hemodialisados como um predomínio de hipertrigliceridemia, HDLc diminuído e LDLc aumentado ou normal. Um melhor prognóstico cardiovascular pode estar associado aos níveis de HDLc satisfatórios, porém este estudo é insuficiente para garantir tal afirmativa.


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RELAÇAO ENTRE GRAU DE COGNIÇAO E ADESAO ARESTRIÇAO HIDRICA EM PACIENTES DE HEMODIALISE

SANDRA XAVIER, LUCIANO OLIVEIRA, PAULA THEMUS, ANA FIGUEIREDO

Introduçao: A maneira como cada paciente assimila sua doença e suas conseqüências podem predizer um pior ou melhor prognóstico, interferindo diretamente na sua qualidade de vida. O grau de cogniçao pode ser um fator a interferir na adaptaçao ao tratamento. Objetivo: Investigar a relaçao entre o grau de cogniçao e adesao à restriçao hídrica dos pacientes em HD no Hospital Sao Lucas da PUCRS. Métodos: Estudo nao experimental, descritivo e com abordagem quantitativa. Foram estudados pacientes em Hemodiálise a pelo menos 3 meses, mais de 18 anos, com média de ganho de peso > 5% do peso seco, em pelo menos 2 intervalos interdialíticos no período de 2 semanas. Utilizou-se o Mini Exame do Estado Mental (MMSE) para avaliar o grau de cogniçao, e as variáveis clínicas e demográficas foram analisadas e processadas em um banco de dados (Excel). Resultados: Dos 82 pacientes em tratamento, 51.2% (n=42) obtiveram média de ganho de peso > 5%. Dos pacientes do sexo masculino a média de ganho de peso interdialítico foi de 3,1 quilos (±0,85) e entre as mulheres a média foi de 2,8 quilos (±0,87). Em relaçao ao MMSE dos 42 pacientes 92,8% (n=39) nao apresentam déficit cognitivo com média de escore de 26,7 pontos (±1,7), sendo a maioria do sexo masculino 52,4 (n=22). Conclusao: O ganho de peso interdialítico é uma das maiores preocupaçoes dos profissionais da área da saúde e nao parece ter relaçao com déficit cognitivo.


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ANALISE DA INFLUENCIA DO USO DE QUELANTES EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIALISE.

JANAINA SIVA SOUSA (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), LILIAN BARROS SOUSA MOREIRA REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA), NORMA GONZAGA GUIMARAES (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), MARIA LETICIA CASCELLI AZEVEDO REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA)

Introduçao: Diferentes autores mostram a importância de um bom controle metabólico e nutricional em pacientes dialisados, para prevenir ou retardar complicaçoes inerentes à progressao da doença renal, como a hiperfosfatemia. Logo, somente a dieta e/ou hemodiálise nao sao suficientes para reduçao dos níveis séricos do fósforo, entao, faz-se necessário a utilizaçao de substâncias capazes de remover o excesso de fósforo, o quelante. Objetivo: Verificar a utilizaçao de quelantes e a sua influência no nível de fósforo. Métodos: O estudo foi do tipo transversal, analítico e descritivo. Foram avaliados 111 pacientes adultos, de ambos os sexos, com média de idade de 50 ± 15,35 anos em tratamento hemodialítico há mais de 3 meses e estáveis. Em relaçao aos quelantes, o paciente era questionado sobre a utilizaçao do medicamento, o nome do produto, a dose diária, o horário do uso e a duraçao da utilizaçao. Para análise dos níveis de fósforo sérico, foram utilizados os resultados referentes ao último exame, realizado pelos pacientes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília-CEP. Resultados: O nível de fósforo sérico estava adequado em 43% dos pacientes. Em relaçao à utilizaçao de quelantes, observa-se que 45% dos pacientes faziam uso de carbonato de cálcio e 14% utilizavam o sevelamer para controle do fósforo sérico. Entretanto, 41% da amostra nao utilizam nenhum tipo de quelante. Conclusao: Quanto ao uso de quelentes na amostra estudada, é impreciso afirmar que foi eficiente, pois, apesar de os níveis de fósforo na populaçao estudada se manter dentro das recomendaçoes, muitos pacientes nao utilizavam nenhum tipo de quelante, logo, nao pode-se afirmar que os níveis de fósforo estavam normais pela açao do medicamento.


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ANALISE DA CORRELAÇAO DO ESTADO NUTRICIONAL COM O TEMPO DE HEMODIALISE

JANAINA SILVA SOUSA (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), LILIAN BARROS SOUSA MOREIRA REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA), NORMA GONZAGA GUMARAES (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), MARIA LETICIA CASCELLI AZEVEDO REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA)

Introduçao: Diferentes autores mostram a importância de um bom controle metabólico e nutricional em pacientes dialisados, para prevenir ou retardar complicaçoes inerentes à progressao da doença renal, tal como a desnutriçao. Objetivo: Avaliar a influência do estado nutricional, a partir do IMC, no tempo de diálise em pacientes submetidos à hemodiálise. Material e Método: O estudo foi do tipo transversal, analítico e descritivo. Foram avaliados 111 pacientes adultos, de ambos os sexos, com média de idade de 50 ± 15,35 anos em tratamento hemodialítico, estáveis, há mais de 3 meses. A avaliaçao antropométrica foi realizada ao final da diálise, no próprio ambulatório da CDRB. Utilizou-se o peso seco (peso após a diálise). A estatura foi obtida por uma fita métrica inextensível. Estes dados foram utilizados para o cálculo do índice de massa corporal (IMC). Para participarem do estudo, era necessário a assinatura dos pacientes do termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília-CEP. Resultados: Através da realizaçao do teste Qui-quadrado para comparaçao entre o tempo de hemodiálise e o IMC, demonstrou-se que, apesar de nao haver diferença significativa entre as categorias de IMC, houve uma prevalência de eutrofia pelo IMC, verificou-se que 32 % dos pacientes estavam com o IMC maior que 24,9kg/m2 e 18,9% com o IMC abaixo de 18,5 kg/m2. Os pacientes com tempo superior a 25 meses de diálise (54%) encontram-se com o IMC normal. Conclusao: Os pacientes com maior tempo de inserçao nos programas de hemodiálise detêm um maior conhecimento sobre orientaçoes e restriçoes alimentares, influenciando, assim, nos valores de IMC.Unitermos: IMC, tempo de diálise, hemodiálise


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ANALISE DA ADESAO A ORIENTAÇAO ALIMENTAR EM PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIALISE.

JANAINA SILVA SOUSA (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), LILIAN BARROS SOUSA MOREIRA REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA), NORMA GONZAGA GUIMARAES (UNIVERSIDADE CATOLICA DE BRASILIA), MARIA LETICIA CASCELLI AZEVEDO REIS (CLINICA DE DOENÇAS RENAIS DE BRASILIA)

Introduçao: A adesao à orientaçao alimentar torna-se cada vez mais um desafio para o nutricionista, já que na insuficiência renal crônica ocorrem mudanças significativas no comportamento e hábitos alimentares dos pacientes. Materiais e métodos: O estudo foi do tipo transversal, analítico e descritivo. Foram avaliados 111 pacientes adultos, de ambos os sexos, com média de idade de 50 ± 15,35 anos em tratamento hemodialítico há mais de 3 meses e estáveis. Para participarem do estudo os pacientes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Para verificar o grau de adesao, os pacientes eram questionados sobre a dificuldade em seguir corretamente as orientaçoes alimentares prescritas pelo profissional de nutriçao. As respostas foram analisadas de acordo com uma numeraçao, onde o paciente relatava seu nível de adesao e o entrevistador verificava qual o grau que mais se adequava para cada paciente. Para verificar a relaçao das variáveis estudadas (PO4, fósforo dietético, profissao e escolaridade) com a adesao a orientaçao, utilizou-se a Correlaçao de Spearman. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília-CEP. Resultados: Em relaçao à adesao a orientaçao alimentar, 36% dos pacientes nao têm dificuldade em seguir as orientaçoes recebidas, porém, 10,8% relatam que as orientaçoes nao têm importância e 11,7% nao se sentem motivados com as orientaçoes. Já 41,5% nao seguem a orientaçao alimentar por outros motivos, sendo a condiçao sócio-econômica, o motivo mais relatado. A análise de Sperman demonstrou haver correlaçao positiva entre as variáveis Fósforo e Adesao (r=0,19 p=0,05). Em relaçao às demais variáveis nao verificou-se correlaçao com a adesao a orientaçao. Conclusao: Observou-se, que em relaçao ao grau de adesao à orientaçao alimentar, houve a prevalência do sub relato, pois os pacientes com maior adesao eram também aqueles com níveis de fósforo sérico elevado.



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RESULTADOS DA APLICAÇAO DO QUESTIONARIO PARA AVALIAÇAO DA PERCEPÇAO DA QUALIDADE DE VIDA (SF-36 r) EM PACIENTES EM TERAPIA SUBSTITUTIVA RENAL

JOSÉ ALBERTO RODRIGUES PEDROSO (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), MARI ANGELA VICTORIA LOURENCI (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), SIMONE CAZORLA BORBA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), ANA CLAUDIA MACEDO DA MATTA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA), MARIA DE LOURDES RODRIGUES PEDROSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), CINTHIA KRUGER S. VIEIRA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA)

Introduçao: Pelas características inerentes à terapia dialítica, a qualidade de vida destes pacientes pode encontrar-se comprometida. Como parte da abordagem multidisciplinar ao paciente renal crônico, torna-se importante a aplicaçao de questionários de avaliaçao, cuja validade seja reconhecida e reprodutibilidade seja comparável, de interpretaçao e aplicabilidade acessível aos diferentes profissionais envolvidos no cuidado desta clientela. Objetivos: Avaliar a percepçao da qualidade de vida em pacientes renais crônicos de uma Clínica de Hemodiálise em Porto Alegre. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal utilizando o questionário genérico de avaliaçao de saúde, denominado Medical Outcomes Study 36 – item short form survey (SF-36), traduzido e validado para o português. O primeiro avalia a dimensao da saúde em escalas, de 0 a 100, informando sobre o estado geral de saúde (GH), aspecto físico (RP), emocional (RE), social (SF), dor (P), vitalidade (EF) e saúde mental (ME). As quatro primeiras escalas sao representativas da saúde física, e as demais, da saúde mental. Trinta e seis pacientes foram entrevistados durante sua sessao de diálise. Quatro pacientes nao puderam ser avaliados por déficits de visao e audiçao simultâneos, prejudicando o inventário. Foi obtido termo de consentimento livre e esclarecido de todos os pacientes que participaram do estudo, sendo garantido sigilo e confidencialidade dos dados. Nao há conflito de interesses: Resultados e Conclusoes: A idade média dos entrevistados era de 60 anos (41-85), com mesmo número de homens e mulheres (n=18). O tempo em diálise varia de 2 meses a 324 meses (média ± d.p.= 43 ± 56 meses). Considerando dois grupos distintos pela idade, aqueles com menos de 60 anos apresentam escores semelhantes aos que possuem idade >=60, no que se refere a GH, ME, SF. Notou-se diferença entre os escores, segundo idade, para capacidade funcional (pior em idosos), aspecto físico, vitalidade e dor. Os pacientes idosos apresentam percepçao pior da sua qualidade de vida no que se refere à intensidade da condiçao física atual, maior inferência de dor nas suas atividades e também maiores sentimentos de desanimo, nervosismo, cansaço e tristeza, porém esta condiçao também está presente entre pacientes mais jovens. A idade nao interfere na percepçao sobre o estado geral de saúde, saúde mental ou aspectos sociais.


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ANALISE DO EMPREGO DO INVENTARIO DE BECK PARA DEPRESSAO (BDI) EM PACIENTES RENAIS CRONICOS EM UMA CLINICA DE HEMODIALISE

JOSÉ ALBERTO RODRIGUES PEDROSO (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), MARI ANGELA VICTORIA LOURENCI (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), SIMONE CAZORLA BORBA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), ANA CLAUDIA MACEDO DA MATTA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), MARIA DE LOURDES RODRIGUES PEDROSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), CINTHIA KRUGER S. VIEIRA (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.)

Introduçao: A Depressao é um dos transtornos psiquiátricos mais prevalentes em pacientes com Insuficiência renal Crônica (IRC) em programa de hemodiálise. Frequentemente tal transtorno é subdiagnosticado/subtratado nesta populaçao. Considera-se que a presença de depressao seja um fator de risco para mortalidade e ocorrência de internaçoes hospitalares entre pacientes com IRC. Objetivos: Avaliar a prevalência e intensidade de depressao em pacientes renais crônicos de uma Clínica de Hemodiálise em Porto Alegre, através do emprego de Questionário específico. Metodologia: 36 pacientes foram entrevistados durante sua sessao de diálise, sendo submetidos ao Inventário de Beck para Depressao (BDI). O BDI categoriza a depressao em severidades (ausente, mínima, leve, moderada, grave) de acordo com os escores obtidos no inventário. Quatro pacientes nao puderam ser avaliados por déficits de visao e audiçao simultâneos, prejudicando o inventário. Foi obtido termo de consentimento livre e esclarecido de todos os pacientes que participaram do estudo, sendo garantido sigilo e confidencialidade dos dados. Conflito de interesses: nao há. Resultados e Conclusao: Aidade média dos entrevistados era de 60 anos (41-85), com mesmo número de homens e mulheres (n=18). O tempo em diálise varia de 2 meses a 324 meses (média ± d.p.= 43 ± 56 meses). Quanto à depressao, todos, exceto 1 paciente (62 anos) apresentaram depressao, segundo os escores em questao. Depressao Mínima (50%, n=18) e Leve (30% n=11) foram mais freqüentes. Seis apresentaram depressao moderada (16%), dos quais apenas 1 abaixo de 60 anos. Nenhum apresentou depressao grave pelo escore BDI.Quanto ao tempo em diálise, até 12 meses de Terapia (n=11), apenas 1 paciente nao apresentava depressao, predominando nos demais depressao mínima ou leve. De 1 a 3 anos de Diálise, depressao foi identificada em todos, predominando depressao mínima (n=7/12). Acima de 3 anos, os achados sao semelhantes (n=8/13). O BDI mostrou um índice significativo de depressao nos pacientes com Insuficiência Renal. Nenhum apresentou depressao grave, no entanto ausência de depressao raramente ocorreu.


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O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO PACIENTE RENAL EM HEMODIALISE

MARI ANGELA VICTORIA LOURENCI (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), JOSÉ ALBERTO RODRIGUES PEDROSO (CLINEFRO SERVIÇO DE NEFROLOGIA LTDA.), VANDERLEI CARRARO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), MARIA DE LOURDES RODRIGUES PEDROSO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL)

Introduçao: A Insuficiência Renal Crônica (IRC), em seus estágios avançados,caracteriza-se como uma doença terminal, e o portador desta passa por significativas mudanças que normalmente interferem na sua qualidade de vida, acarretam diversos conflitos e estados de agressividade, sendo a doença e seu tratamento de difícil aceitaçao. Objetivos: Reconhecer as atribuiçoes do Enfermeiro em Nefrologia, no que tange ao cuidado ao paciente em hemodiálise, no contexto mutidisciplinar do cuidado. Metodologia: Revisao Bibliográfica sistematizada com busca em acervo das Bibliotecas da EEnf-UFRGS e FAMED-PUCRS busca em base de dados on-line junto ao Medline/Pubmed e Scielo dos unitermos: Enfermeiro, hemodiálise, Insuficiência renao crônica, cuidado, Qualidade de vida. Resultados e Conclusao: O Enfermeiro em Nefrologia utiliza os Processos de Enfermagem para estabelecer cuidados a pacientes portadores de doença renal. A IRC causa severo prejuízo orgânico, mas seu tratamento tornou-se amplamente disponível, tendo em vista seu acesso também através do SUS. Como resultado, houve incremento no número de Enfermeiros nesta área, cujo trabalho envolve a prevençao da doença, identificaçao das necessidades de saúde dos pacientes e seus familiares, orientaçao contínua, acompanhamento e realizaçao de procedimentos técnicos, proporcionando apoio emocional nos momentos de crise. O trabalho em Enfermagem junto a portadores IRC requer profissionais com adequada formaçao, altamente aplicados e motivados. Envolve o cuidado com outros sistemas orgânicos, de forma que a abordagem holística ao paciente seja desafiadora e recompensadora. Devido aos avanços educacionais e tecnológicos, este continua a ser um campo dinâmico, com ampla possibilidade de implementar cuidados em todos os níveis.


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COMPOSIÇAO CORPORAL E RISCO DE MORTALIDADE EM PACIENTES DE HEMODIALISE

ELISSA C. BASSO, MELISSA M. NIHI, JULIANA R. URBANISKI, SCHEILA KARAM, ANACLAUDIA KLARMANN (FUNDAÇAO PRO-RENAL E CLINICA DE DOENÇAS RENAIS)

Introduçao: Aanálise dos compartimentos corporais dos indivíduos permite analisar seu estado nutricional. Pacientes em hemodiálise crônica (HD) sofrem alteraçoes nesta composiçao, influenciando na mortalidade. Objetivo: Analisar a evoluçao da composiçao corporal de pacientes submetidos a HD e sua relaçao com o risco de mortalidade. Métodos: Estudo retrospectivo realizado na Clínica de Hemodiálise do Hospital Universitario Cajuru (Curitiba/Paraná), constituido por 26 pacientes (14 mulheres e 12 homens) que foram a óbito e igual número de pacientes vivos, com características semelhantes quanto a: sexo, tempo de diálise, idade, presença de Diabetes Mellitus ou hipertensao. Mediram-se, em cada indivíduo, os percentuais de água, gordura e massa magra corporais (através da impedância bioelétrica) peso, altura Kt/v , albumina, equivalente protéico do aparecimento de nitrogênio total normalizado (PNAn) e hematócrito. Foram incluidos no estudo pacientes com três avaliaçoes nutricionais em diferentes momentos do tratamento e utilizaram-se os testes estatisticos Anova, t-student, Turkey, Man Whitney, através do software Graph Padr. Resultados: Com relaçao a composiçao corporal, observaram-se diferenças nao significativas entre as medidas: IMC inicial vivos e falecidos (24,54/24,38±0,96, p = 0,9047) IMC final vivos e falecidos (24,19/24,57±1,05, p=0,7967), percentual de gordura inicial vivos e falecidos (26,39/29,53±1,81, p=0,2257) e gordura final (30,16/29,71±1,05, p=0,8701), a abumina apresentou diferença estatísticamente significativa entre vivos e óbitos em todas as avaliaçoes realizadas p=0,0085 , 0,0069 e < 0,0001, respectivamente. Conclusoes: Ao comparar a populaçao estudada foi possível verificar que nao houve diferença significativa entre a composiçao corporal e a mortalidade, ou seja, por mais que os compartimentos corporais estejam alterados durante o tratamento hemodialítico, estes valores poderiam nao afetar o risco de mortalidade desta populaçao. Já a correlaçao encontrada com a albumina apenas reforça a possibilidade de ser um forte preditor de mortalidade.


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INFLUENCIA DE EDUCAÇAO SIMPLES E CONTINUADA POR EQUIPE MULTIDISCIPLINAR EM GRUPO DE PACIENTES EM INICIO DE TERAPIA DIALITICA – NECESSIDADE DE EDUCAR.

BARBARA M M BIAVO, CARMEN T B MARTINS, ELZO RIBEIRO JR, ANDREA ALVES, SHEILAA COSTA, ROGÉRIO B. DEUS (HOME DIALYSIS CENTER)

Introduçao: a incidência de insuficiência renal crônica tem aumentado nos últimos anos, Observando as altas taxas de mortalidade de pacientes em hemodiálise, tem-se procurado reconhecer todos os fatores relacionados a esses resultados. Objetivo: Avaliaçao de um programa de informaçao e educaçao continuada sobre o estado nutricional de um grupo de pacientes que iniciaram diálise em clínica satélite de Sao Paulo. Métodos: estudo de 30 pacientes submetidos à HD como primeiro tratamento dialítico, com idade ≥ 60anos, foram acompanhados por 7 meses. Os parâmetros analisados foram: idade, sexo, raça, estado civil, hábito intestinal, presença de diurese, peso seco, ganho interdialítico, IMC Co-morbidades: diabete melito e hipertensao arterial e albumina sérica. Resultados: Observou-se 19M/11F, idade de 69  6 anos, X  DP, houve predominância de pacientes brancos 15/30, destes 63% eram casados, 27% viúvos e 10% desquitados entre eles 57% eram diabéticos e hipertensos, 40% eram hipertensos,e 3% nao apresentavam nem diabetes nem hipertensao. Oito pacientes com constipaçao intestinal. 24/30 pacientes apresentavam diurese residual > 500 mL/dia.O peso seco e o IMC se mantiveram sem mudanças significativas neste período, já o ganho interdialítico apresentou mudanças, tempo inicial 5,2±6,0, e tempo final 2,4±1,4assim como a albumina sérica tempo inicial 3,6±0,6, tempo final 4,1±0,7. Conclusao: A educaçao simples e continuada por equipe multidisciplinar em grupo de pacientes em início de terapia dialítica demonstrou que pode influenciar a sobrevida desses pacientes a médio e longo prazo.


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QUALIDADE DE VIDA NA DOENÇA RENAL CRONICA

GLAUCIA TREVISAN ( IDR LTDA), ISELDE BUCHNER (IDR LTDA.)

A Doença Renal Crônica pode ser o resultado de diversas causas como Diabete melito, hipertensao e doenças do rim. A evoluçao da lesao depende da natureza do distúrbio de base,da eficácia do tratamento conservador e quando a funçao renal atingem níveis reduzidos, torna-se necessário uma terapia de substituiçao da funçao renal. Ahemodiálise é um meio de efetivar, prolongar a vida de um paciente renal crônico. Dessa forma o objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de vida dos pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico por meio do questionário genérico SF 36 que avalia oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, e saúde mental. Também foi estabelecido relaçoes entre variáveis como: história familiar, idade, sexo, escolaridade, e tempo de terapia hemodialítica com os domínios analisados. Para a análise e interpretaçao dos dados foram percorridas as seguintes etapas: compilaçao dos dados, tabulaçao, análise estatística dos dados por meio do Programa SPSS 12.0. Os resultados serao apresentados por gráficos e tabelas,freqüência e desvio padrao e para a correlaçao dos dados foi utilizado dois testes estatísticos: Teste T e Anova. A significância foi de o,oo5. Este estudo demonstrou clara reduçao da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos. Dentre os domínios analisados somente 3 obtiveram escores mais próximos de 100, valor este que indica qualidade de vida. Os domínios que os pacientes apresentaram qualidade de vida foram: dor, aspectos sociais e saúde mental e os que apresentaram escores mais próximos de 0 nao indicando qualidade de vida foram: capacidade funcional, aspectos físicos, estado geral de saúde, vitalidade e aspectos emocionais. Quanto as variáveis houve correlaçao positiva entre idade com capacidade funcional e vitalidade, a variável sexo correlacionou-se positivamente com o domínio dor e a escolaridade com capacidade funcional, vitalidade e aspectos emocionais.


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A REPERCUSSAO DA DOENÇA RENAL CRONICA NA PERCEPÇAO DE FAMILIARES

ANA PAULA LINHARES DA SILVA (INSTITUTO DE DOENÇAS RENAIS LTDA), GLAUCIA TREVISAN (INSTITUTO DE DOENÇAS RENAIS LTDA)

Na Doença Renal Crônica (DRC) ocorre perda progressiva e irreversível da funçao renal. Dentre as terapias de substituiçao da funçao renal temos a diálise peritoneal (DP). Esta trata-se de um processo de infusao, permanência e drenagem de soluçao estéril na cavidade peritoneal através de um cateter, sendo que o peritônio estabelecerá a interface entre o sangue e a soluçao estéril. Os pacientes com DRC vivenciam um desequilíbrio em seu estado de saúde e a família sofre um processo de desajuste em sua organizaçao para adaptar-se a DRC. O objetivo deste estudo visou conhecer a repercussao da DRC na percepçao de familiares de pacientes portadores de DRC em DP. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Os sujeitos foram cinco familiares de pacientes portadores de DRC acompanhados por um Serviço de Nefrologia em Porto Alegre/RS. Utilizou-se entrevista semi-estruturada. A análise das informaçoes foi através da Análise de Conteúdo de Mynaio, 2004. Através desta análise das informaçoes surgiram duas categorias: influência negativa da DRC no ambiente familiar que relaciona-se às dificuldades econômicas, ao sofrimento, às dificuldades com o método dialítico e ao medo vivenciado pelos familiares. Já a outra categoria, influência positiva da DRC no ambiente familiar está relacionada ao fortalecimento do vínculo familiar, fé, esperança em relaçao ao transplante renal e à satisfaçao com o método. Observou-se que a DRC repercute de forma significativa no ambiente familiar e as influências negativas causam maior impacto. Por isso o enfermeiro deve planejar uma assistência em conjunto e para isso é importante conhecer como a DRC repercute no ambiente familiar.


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RELATO DE CASO: GESTAÇAO EM PACIENTE EM HEMODIALISE, APOS DUAS PERDAS DE ENXERTO RENAL POR SHU

RAFAELA BISCHOF (CLINICA RENAL IRATY), PAULO HENRIQUE FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), MAURICILA FRANÇA (CLINICA RENAL IRATY), CLAUDIA MARIA FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), FRANCINE FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), ELIZA HILGEMBERG (CLINICA RENAL IRATY), DANIELE MENON (CLINICA RENAL IRATY), LUIZ ANGELO FORNAZARI (GESTAÇAO ALTO-RISCO CIS-AMCESPAR), ALINE MIERZA (PRÉ-NATAL SEC MUN SAUDE IRATI)

Introduçao: Observa-se avanço na TRS de pacientes c/ IRC na última década. Houve aumento na longevidade e qualidade de vida. Mulheres urêmicas têm capacidade reprodutiva diminuída por anormalidades do ciclo menstrual comuns à uremia. O desafio na gestaçao (G) em TRS é manter ambiente intra-uterino favorável. Segundo PESSEGUEIRO (2005), o diagnóstico de gravidez na IRCT é dificultado em funçao de valores elevados de beta-hCG, confirmando o DX c/ US. Objetivo: Avaliar a evoluçao clínica da paciente em TRS e do feto no período gestacional. Relato de Caso: J.B.S, 33 a, residente 70 km de Irati-PR,, FAV em MSE, HD desde 2000, 3X /sem, 4 h/ses, 2 perdas de enxertos renais por SHU. HAS severa, ciclos menstruais irreg, GI PI. DUM 05/06/06, em 31/07/06 US abdominal, c/ G tópica de 6s e 4d. Encaminhada ao amb de G de alto risco, protocolo foi estabelecido (consultas 15/15 d). Durante a G o objetivo foi: intensificar a diálise, suplementaçao de CAL e PROT, tratamento agressivo da HAS, controle da anemia, atençao a TP prematuro e monitorizaçao fetal. Utilizou: Metildopa 500mg tid, Nifedipina 20mg tid, Atenolol 50mg bid, CaCo3, rHUEPO (12.000UI/S) e Suplemento Nutricional. Dois episódios de ITU (1º e 2º T) e transfusao sgnea em 3 momentos (3º T). Nos últimos 2m de gestaçao a paciente admitida em Casa de Apoio à Gestante, aumentado n de sessoes HD. A partir da 26o sem, aumentou a PA, obstetra instituiu betametasona e visitas diárias em ambulatório. C/ 33 s internada hipertensa, ecodoppler mostrou centralizaçao fetal. Gestaçao interrompida c/ 33 s e 4 d. O RN c/ 1,300g, Apgar 9/10, internado em UTI neo, submetido a cat umbilical, O2 sob Oxi-Hood e alimentaçao SOG. Visita da mae liberada na UTI, implantado método canguru. RN ficou na UTI por 30 d. e com única intercorrência: ITU. Conclusao: Recuperaçao da fertilidade nao deverá ser objetivo terapêutico. Mulheres urêmicas em idade fértil, mesmo s/ ciclos menstruais regulares, devem ser encorajadas a métodos contraceptivos (PESSEGUEIRO, 2005). Prematuridade é sério problema em RN de pacientes em TRS, nascem antes da 36º s de G. Relacionamos diversos fatores: hipotensao arterial intradialítica, excessivo ganho de peso ID, dificuldade no controle da PA, infecçoes, distúrbios metabólicos e nutricionais. Apesar das complicaçoes clínicas e obstétricas, resumimos que G c/ sucesso é possível neste grupo, contudo, cuidados redobrados da equipe de nefrologia e obstetrícia sao necessários para maximizar o sucesso da gestaçao.


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APLICAÇAO DO INVENTARIO DE BECK NOS PACIENTES COM IRCT DA CLINICA RENAL IRATY (CRI)

ELIZA HILGEMBERG (CLINICA RENAL IRATY), FRANCINE FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), PAULO HENRIQUE FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), RAFAELA BISCHOF (CLINICA RENAL IRATY), MAURICILA FRANÇA (CLINICA RENAL IRATY), DANIELE MENON (CLINICA RENAL IRATY)

Introduçao: A etiologia da depressao é usualmente associada com alguma perda, e as perdas sao numerosas e duradouras para o paciente com doença renal. (Kimmel, et al). Assim, sintomas depressivos podem aparecer como parte de um processo de adaptaçao à nova condiçao de vida ou falência adaptativa, (Almeida Meleiro) e comprometer a aderência ao tratamento. Dessa forma, vários estudos mostram essa preocupaçao com o paciente renal crônico. Objetivos: Aplicar o BDI nos pacientes com IRC da CRI Identificar possíveis portadores de risco para depressao ou de depressao já instalada. Materiais e Métodos: Aplicamos o BDI, aos pacientes da CRI. Além das questoes inerentes ao BDI,foram questionados quanto ao estado civil, idade e tempo de hemodiálise. Resultados: 86% foram considerados com score normal, 12% disforia e 2% depressao. Estudamos 61 indivíduos, excluímos os com história prévia de depressao, a amostra constituiu- se de 43 pacientes, 32,5% do sexo fem e 67,5% masc, com idades entre 23 e 80 anos, com tempo de hemodiálise entre 03 meses a 14 anos, 72% eram casados ou tinham uniao estável, 21% solteiros e 7%viúvos. Conclusao: Na CRI o índice de pacientes depressivos é pequeno, porém precisamos estar atentos aos pacientes que apresentaram disforia, uma vez que nao tratada poderá evoluir para um quadro mais grave. Assim intervençoes precoces sao necessárias, nao devemos subestimar as queixas de nossos pacientes e sim ouvir com atençao seus dilemas e preocupaçoes.


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NOTIFICAÇAO DA RECEITA B NA CLINICA RENAL IRATY: UM ESTUDO RETROSPECTIVO

FRANCINE FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), PAULO HENRIQUE FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), ELIZA HILGEMBERG (CLINICA RENAL IRATY), RAFAELA BISCHOF (CLINICA RENAL IRATY), MAURICILA FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), DANIELE MENON (CLINICA RENAL IRATY)

Introduçao: A notificaçao de receita surge a partir da PORTARIA Nº 344, DE 12 DE MAIO DE 1998, que: Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial, assim surge a curiosidade em saber quais medicaçoes estao sendo prescritas e se existe um controle na CRI, a partir desse resultado comparar com o Inventário de Depressao de Beck(BDI). Objetivos: Realizar um levantamento nos blocos de receita B nos últimos 2 anosAveriguar se somente o médico da CRI prescreve ou obtém com outros médicosComparar os pacientes em utilizaçao destes medicamentos com o BDI. Materiais e Métodos: Serviço Social e Psicologia solicitaram autorizaçao para o Diretor Técnico da CRI para averiguar os blocos de receita BAveriguou- se 3 blocos e também prescriçao através do prontuário eletrônicoOs sintomas de depressao foram avaliados segundo o BDI. Resultados: 20% utilizam medicaçoes de uso controlado, 49% usa fluoxetina, 11% obtém medicaçao de outro profissional, fora da CRI. Em relaçao aos scores do BDI, 61,42% possuem depressao, desses 61,5% leve, 23% moderada e 15,5% grave. Conclusao: É de grande importância a integraçao entre médico e psicólogo para discussao do uso, substituiçao, averiguaçao do abandono e/ou suspensao. Com este trabalho, gostaríamos de alertar os profissionais da área, a fim de prescrever medicaçoes controladas com indicaçoes e que realmente haja nos centros de diálise uma vigilância das medicaçoes prescritas.


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CORRELAÇAO ENTRE SOBREPESO E OBESIDADE COM SINTOMAS ANSIOSOS, DISFORICOS E DEPRESSIVOS EM PACIENTES DA CLINICA RENAL IRATY (CRI)

MAURICILA FRANÇA (CLINICA RENAL IRATY), PAULO HENRIQUE FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), ELIZA HILGEMBERG (CLINICA RENAL IRATY), RAFAELA BISCHOF (CLINICA RENAL IRATY), FRANCINE FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), DANIELE MENON (CLINCA RENAL IRATY)

Introduçao: Estudos documentam que pacientes obesos em TRS têm maior sobrevida, mas nao há nenhuma evidência que sugira que a perda intencional do peso os afete adversamente (FRIEDMAN, 2006). Discute-se o papel do Tecido Adiposo (TA) na produçao de hormônios (leptina, a resistina, o TNF e a adiponectina) modulando a resposta inflamatória e açao da insulina. (BARAZZONI, 2006). C/ excesso de TA a produçao de citocinas aumenta a inflamaçao de pctes em HD. De acordo com a literatura que define obesidade como estado fisiopatológico, é prematuro advogar que excesso de peso seja benéfico ou perda intencional perigosa, em pctes em HD (FRIEDMAN, 2006). C/ o aumento da obesidade nos nossos pctes, procuramos identificar causas que levem a este aumento de peso. Estudos relacionam a depressao/ansiedade como fatores que pioram o quadro nutricional de pacientes em HD, nao existem estudos comparando estes c/ pctes em sobrepeso/obesidade. Para LEVENSON a depressao provoca menor adesao a ttos e dietas. Correlacionamos a prevalência de sobrepeso/obesidade com sintomas ansiosos e depressivos. Objetivo: Correlacionar sobrepeso/obesidade com sintomas ansiosos e depressivos em pacientes em HD na CRI. Materiais e Métodos: Avaliados 60 pctes, 65% M e 35% F, idade 23-80 a. Identificamos sintomas depressivos c/ Inventário de Depressao de Beck, que consiste em 21 itens, que incluem sintomas e atitudes, c/ score de 0 a 3. Sintomas de ansiedade foram avaliados pela psicóloga da CRI. O IMC, foi analisado pelos limites da OMS, considerados: sobrepeso / obesidade, IMC >25. Resultados: 59% c/ estado nutricional normal, 22% sobrepeso, 7% obesidade e 12% desnutriçao, daqueles c/ sobrepeso e obesidade, 49% nao apresentaram disfunçao psicológica, 29% ansiedade, 12% disforia e 12% depressao. Conclusao: Uma porcentagem dos pacientes em sobrepeso/obesidade avaliados, apresentaram transtorno psicológico. Nosso resultado condiz c/ o afirmado por MARTINS, 2001, que diz que as necessidades psicológicas exercem mais influência nos hábitos alimentares do que a lógica sendo necessário um avanço na compreensao da natureza humana, além do conhecimento da ciência da nutriçao. Isto alerta sobre a importância de existir integraçao entre o serviço de nutriçao e psicologia p/ que sejam minimizados os efeitos deletérios deste conjunto de fatores associados ao paciente renal, a proposta é de que psicólogos e nutricionistas devem trabalhar em conjunto e priorizar o atendimento ao paciente em sua totalidade.


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EDUCAÇAO CONTINUADA PARA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE DIALISE: NOSSOS PROFISSIONAIS ASSIMILAM OS CONTEUDOS REPASSADOS?

DANIELE MENON (CLINICA RENAL IRATY), PAULO HENRIQUE FRAXINO (CLINICA RENAL IRATY), RAFAELA BISCHOF (CLINICA RENAL IRATY), MAURICILA FRANÇA (CLINICA RENAL IRATY), FRANCINE FERREIRA (CLINICA RENAL IRATY), ELIZA HILGEMBERG (CLINICA RENAL IRATY)

Introduçao: A educaçao continuada é uma das ferramentas que podemos utilizar para que a equipe de enfermagem desenvolva novas habilidades e conhecimento, bem como que tais profissionais possam rever e atualizar conceitos que já lhe haviam sido passados (STAUDT, et al, 2006). Consideramos que devido a grande importância da realizaçao de um trabalho que vise a qualidade, a educaçao continuada deve ser uma prática constante direcionada a todos os profissionais de enfermagem. Segundo Davim, et al (1999), é fundamental o desenvolvimento de programas educacionais que contribuam para a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem, preparando, desta forma, profissionais capacitados para darem suas contribuiçoes à sociedade. Na CRI trabalhamos periodicamente com a educaçao continuada, porém existe o questionamento se os conteúdos repassados estao sendo assimilados da maneira desejada pelas enfermeiras. Objetivo: Avaliar o nível de assimilaçao dos técnicos de enfermagem dos conteúdos passados nas aulas mensais proferidas pelas enfermeiras. Materiais e Métodos: Após uma busca no livro de registro de educaçao continuada da CRI das aulas proferidas entre julho de 2006 e junho de 2007, foi elaborada uma prova com 9 questoes referente às aulas passadas para os técnicos de enfermagem, a qual teve valor 10,0, sendo padronizada média 7,0 para determinar bom desempenho. A prova foi aplicada pela enfermeira para os técnicos de enfermagem que se encontravam na CRI no mês de setembro de 2007. Resultados: Observamos com este estudo que 20% dos técnicos de enfermagem nao alcançaram a média, 50% tiraram nota 7,0 e 30% obtiveram nota superior a média. Conclusao: Após análise dos resultados, percebemos que, apesar de 80% dos técnicos de enfermagem terem obtido nota  7,0, ainda há necessidade de melhorarmos o treinamento para que eles adquiram novos conhecimentos e para que também haja uma reciclagem dos assuntos que já lhes foi passado. Sendo assim, consideramos de extrema importância a inclusao de avaliaçoes após cada aula ministrada, para avaliarmos constantemente o nível de assimilaçao destes profissionais e conseqüentemente a necessidade de expansao do programa de treinamento.


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HISTORICO DE ENFERMAGEM APLICADO A PACIENTES EM PROGRAMA DE HEMODIALISE

NARA DA SILVA MARISCO (CLINICA RENAL SANTA LUCIA/UNICRUZ), SILVANA SILVEIRA KEMPFER (UNICRUZ), PAULO RICARDO MOREIRA (CLINICA RENAL SANTA LUCIA/UNICRUZ), HILDA SCHNEIDER (CLINICA RENAL SANTA LUCIA/UNICRUZ), CRISTIANE APIO MOTTA (CLINICA RENAL SANTA LUCIA/UNICRUZ), ELVIANI BASSO (CLINICA RENAL SANTA LUCIA/UNICRUZ)

Este estudo foi realizado na Clinica Renal Santa Lúcia em Cruz Alta, RS, no período de Março a Agosto de 2007, e teve por objetivo a aplicaçao do Processo de Enfermagem por meio do Histórico de Enfermagem junto a pacientes em programa de hemodiálise. Tratou-se de um estudo com abordagem qualiquantitativa descritiva, no qual os dados foram coletados por meio do Histórico de Enfermagem preconizado por Cianciarullo. Este instrumento foi aplicado durante as sessoes de hemodiálise. Os dados foram analisados pelas médias das freqüência encontradas e discutidos à luz do referencial bibliográfico. Durante o estudo foram seguidos os preceitos da ética seguindo a Resoluçao 196/96 do MS. Foram estudados 73 pacientes sendo que os dados encontrados na anamnese mostraram que 53,4 % eram do sexo masculino, 48,9% casados, 67,4% com ensino fundamental. 48,9% aposentados e 67,5% católicos, a doença de base mais freqüente foi Nefropatia Hipertensiva em 30,20%, 76,7% entraram diretamente em programa de hemodiálise, sendo que o acesso vascular foi a FAV em 95,30%. Em relaçao ao auto cuidado 53,4% mostraram conhecimento quanto à dieta e 86% em relaçao ao controle do peso. No exame físico, os dados mostraram uma predominância de alteraçoes em membros inferiores e superiores relacionados ao acesso vascular em 57% e à doenças óssea em 54%. Assim, o Histórico de Enfermagem constitui um valioso instrumento de avaliaçao utilizado pelo enfermeiro, pois fornece dados para o Processo de Enfermagem, contribuindo de forma significativa com a elaboraçao de planos de cuidados específicos para o paciente em hemodiálise.


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CAPACITAÇAO DO PACIENTE PARA DIALISE PERITONEAL: UMA ATIVIDADE DO ENFERMEIRO

CÉLIA MARIANA BARBOSA DE SOUZA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ADRIANA TESSARI (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), MARIA CONCEIÇAO DA COSTA PROENÇA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), DÉBORA HEXSEL GONÇALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), ALESSANDRA ROSA VICARI (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), CINTHIA DALASTA CAETANO FUJII (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), KAREN PATRICIA MACEDO FENGLER (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE)

Introduçao: O processo do autocuidado visa possibilitar aos indivíduos, família e comunidades tomarem iniciativas e assumirem responsabilidades, bem como se empenharem efetivamente no desenvolvimento de seu próprio caminho em direçao a melhoria da qualidade de vida (OREM, 1985). Objetivos: Descrever a experiência de enfermeiras de um hospital universitário de Porto Alegre na capacitaçao do paciente com Doença Renal Crônica Terminal (DRCT) e seu cuidador para a realizaçao da diálise peritoneal em seu domicílio. Metodologia: Relato de experiência sobre os assuntos abordados na capacitaçao do paciente com DRCT que deseja realizar diálise peritoneal como Tratamento Renal Substitutivo. Resultados: Os assuntos abordados sao: avaliaçao da motivaçao do paciente para o tratamento fisiopatologia renal e do peritônio osmose e difusao balanço hidroeletrolítico acesso para diálise peritoneal local e aspectos relacionados ao implante cuidados com local de saída técnica e esquema de troca de bolsas condiçoes domiciliares e de higiene técnica de lavagem de maos armazenamento dos materiais complicaçoes aspectos nutricionais e administraçao de medicamentos. O plano de treinamento é individualizado e os meios utilizados para ensino sao: álbum seriado, explicaçoes verbais e demonstraçoes práticas da técnica. Conclusoes: Os assuntos abordados auxiliam na compreensao e no planejamento das atividades desenvolvidas durante a capacitaçao do paciente. Apoio familiar e a motivaçao sao fundamentais para o sucesso do tratamento, bem como a intervençao da equipe multiprofissional. O enfermeiro é responsável por capacitar o paciente e familiar em conhecimentos teóricos e práticos para realizar o tratamento em seu domicílio e que seja capaz de reconhecer complicaçoes.


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ADESAO DOS PROFISSIONAIS DE SAUDE A HIGIENIZAÇAO DAS MAOS EM UMA UNIDADE DE HEMODIALISE

CÉLIA MARIANA BARBOSA DE SOUZA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), CINTHIA DALASTA CAETANO (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), DÉBORA HEXSEL GONÇALVES (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), MARIA CONCEIÇAO DA COSTA PROENÇA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ALESSANDRA ROSA VICARI (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ADRIANA TESSARI (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), THALITA JACOB (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), KAREN PATRICIA MACEDO FENGLER (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE)

Introduçao: A higienizaçao das maos é considerada a açao isolada mais importante no controle de infecçoes em serviços de saúde. Objetivo: Relatar o nível de adesao à técnica de higienizaçao de maos de profissionais da saúde do setor de Hemodiálise. Metodologia: Estudo de caráter quantitativo observacional, realizado em uma unidade de Hemodiálise, nos meses de fevereiro e março de 2007. Populaçao alvo: técnicos de enfermagem, enfermeiras e médicos, ao total 23. Para que nao houvesse interferência nos resultados, os profissionais nao foram comunicados previamente acerca da observaçao. Foi utilizado um check-list para o registro das observaçoes, constando: situaçao observada, adesao à higienizaçao, meio utilizado para higienizaçao (água ou álcool), adequaçao da técnica e problema da técnica (se errada). Resultados: Ao total, foram 149 observaçoes e, destas, em 85 houve higienizaçao das maos, sendo que 42 vezes a técnica utilizada nao foi a correta. Das observaçoes em que houve higienizaçao, em 65 foi utilizada a lavagem com água e sabao, em 23 a desinfecçao com álcool e em 3 ambas as técnicas. Conclusoes: Através desta pesquisa, foi observado que, além da pouca freqüência de higienizaçao de maos, muitas vezes, sua técnica utilizada nao é a correta. Percebemos como necessários programas educativos para os profissionais da saúde, enfatizando a importância da higienizaçao das maos na prevençao de infecçoes, envolvendo a técnica correta, a freqüência e as situaçoes em que isto é necessário.


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QUALIDADE DE VIDA ATRAVÉS DA EDUCAÇAO NUTRICIONAL PARA PACIENTES COM INSUFICIENCIA RENAL CRONICA TERMINAL

SHEILA ARAUJO COSTA (CINE/UNIFESP), SUZY MARA APARECIDA DE FREITAS (CINE), BARBARA MARGARETH MENARDI BIAVO (CINE/ HDC), CARMEM TZANO BRANCO MARTINS (CINE/HDC)

Introduçao: As Doenças Crônicas Nao Transmissíveis (DCNT) como a hipertensao e o diabetes, sao fatores de risco para insuficiência renal crônica terminal (IRC), sendo o tratamento dialítico de difícil adaptaçao devido as mudanças de comportamento de cada um frente à doença. E a alimentaçao deve ser considerada como uns dos fatores fundamentais no cuidado da IRCT. A educaçao nutricional é uma ferramenta que auxilia na mudança do comportamento alimentar, tornado o tratamento mais eficaz. Objetivo: conscientizar sobre a importância de seguir a dieta nutricional para IRCT e sensibilizar sobre a responsabilidade pessoal diante do tratamento. Metodologia: Foi realizado um projeto piloto com 15 pacientes durante as sessoes de hemodiálise. As atividades foram realizadas por um nutricionista e um psicólogo, sendo divididas em 5 encontros de 90 minutos cada e abordado os seguintes temas: Importância da dieta nutricional Alimentos que devem ser evitados por renais crônicos Restriçoes hídricas O mito “a máquina tira tudo” Conseqüência do ganho de peso interdialítico. Em todos os encontros foram realizadas dinâmicas de vivência relacionadas ao tema. Conclusao: O trabalho foi um sucesso entre os pacientes do projeto, quando avaliado pela participaçao ativa de cada um e pela exigência de ampliaçao do projeto para outros turnos da clínica pelos próprios pacientes.


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A IMPORTANCIA DO ACESSO VASCULAR EM HEMODIALISE E A PROFILAXIA DE PATOLOGIAS DESENCADEANTES DE INSUFICIENCIA RENAL

JEFERSON PORTELA DA SILVA; NEIDA ILHA (CENTRO UNIVERSITARIO FRANCISCANO)

A doença renal crônica é considerada um acometimento potencialmente grave que repercute em todos os órgaos e sistemas do organismo. Manifesta-se através de sintomas e sinais que sao visíveis na fisionomia da pessoa afetada. A trajetória da doença pode ser longa e dolorosa, a única esperança de reversibilidade é um novo rim. O objetivo geral desta pesquisa foi realizar um estudo epidemiológico das patologias que ocasionam a insuficiência renal crônica (IRC) e caracterizaçao transversal da situaçao atual dos acessos vasculares para hemodiálise dos pacientes que realizam hemodiálise em uma instituiçao de tratamento dialítico no município de Santa Maria/RS. Como objetivos específicos procurou-se identificar o perfil dos pacientes com IRC quanto a idade, cor, sexo descrever as principais nefropatias que ocasionaram, nos mesmos, a falência renal demonstrar as principais patologias que os levaram a iniciar o programa dialítico, entre maio/2004 a maio/2005 relacionar os tipos e localizaçao anatômica dos acessos para hemodiálise nos pacientes da pesquisa identificar se os acessos possuem fluxo adequado para hemodiálise. O estudo foi realizado através de um questionário, os dados foram obtidos de 170 pacientes em hemodiálise e, posteriormente, num programa de computador que contém informaçoes de cada paciente durante maio de 2005. Após pesquisa bibliográfica e análise dos dados, observou-se que, no período de maio/2004 a maio/2005, houve grande incidência de pacientes com patologias que poderiam ser prevenidas ou tratadas em nível básico de saúde. Dentre estas o diabetes mellitus e hipertensao arterial sistêmica aparecem em primeiro e segundo lugar, na lista de patologias que causam nefropatias. Constatou-se, também, que a maior parte das complicaçoes relacionadas a fístula arteriovenosa (FAV) sao pseudoaneurismas, aneurismas e estenoses, sendo que o primeiro e segundo podem ser prevenidos através de punçoes em regioes variadas no ramo venoso da fístula. Entretanto essas complicaçoes quase nao interferem no fluxo sanguíneo necessário para realizaçao de depuraçao sanguínea extracorpórea adequada. Assim, sugere-se a educaçao continuada com pacientes em hemodiálise quanto a variabilidade de locais de punçao, aumentando a sobrevida e perviedade das FAVs, e instrumentos, artifícios de prevençao, promoçao e tratamento de doenças onde o órgao alvo é o rim, desenvolvendo, assim, a diminuiçao do número de pacientes que ingressam em programa hemodialítico.


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ANALISE DA ASSOCIAÇAO ENTRE POLIMORFISMOS NO GENE DO RECEPTOR DA VITAMINA D (VDR) E A SUSCETIBILIDADE A DOENÇA RENAL CRONICA E A PERIODONTITE

CLEBER DE SOUZA MACHADO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARAN), PAULA CRISTINA TREVILATTO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARAN), ROBERTO PECOITS-FILHO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARAN), MIGUEL C. RIELLA (PUCPR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARAN), ANAPAULARIBEIRO BRAOSI (PUCPR), SONIA MARA LUCZYSZYN (PUCPR)

Introduçao: A doença renal crônica (DRC) e a doença periodontal (DP) sao problemas de saúde-pública, sendo esta última especialmente negligenciada na populaçao de renais crônicos. A vitamina D é um hormônio esteróide solúvel, metabolizado no fígado e nos rins, resultando em sua forma ativa 1,25(OH)2D3. Ela interage com o seu receptor nuclear (VDR) para regular ampla variedade de processos biológicos, que incluem o metabolismo ósseo, a modulaçao da resposta imune e a transcriçao de genes envolvidos nos mecanismos básicos da DRC e da DP. Nossa hipótese é que polimorfismos que possuem um impacto na expressao do gene do VDR estao associados com a DRC e a DP. Objetivos: Investigar a associaçao entre os polimorfismos no gene do VDR e a suscetibilidade à DRC e à DP. Método: Duzentos e vinte e dois (222) indivíduos foram divididos em quatro grupos: grupo 1, 59 indivíduos sem DRC (taxa de filtraçao glomerular > 90mL/min) e sem DP grupo 2, 50 indivíduos sem DRC e com DP (perda de inserçao clínica maior que 5mm) grupo 3, 50 com DRC, em hemodiálise, sem DP, e grupo 4, 63 indivíduos com DRC, em hemodiálise, com DP. Os polimorfismos TaqI e BsmI do gene do VDR foram analisados pela técnica de PCR-RFLP. A significância das diferenças nas freqüências observadas de cada polimorfismo entre os grupos foi acessada pelo teste qui-quadrado (p<0,05). O risco associado com os genótipos, alelos e haplótipos foi calculado pelo odds ratio (OR), com intervalo de confiança de 95 %. Resultados: O alelo G foi associado com a proteçao contra a DRC. Nenhuma associaçao foi observada entre os polimorfismos estudados e a suscetibilidade ou a proteçao contra a DP. Conclusao: Foi encontrada evidência de associaçao entre o alelo G e a DRC, com o alelo G apresentando um efeito protetor contra a doença.


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PREVALENCIA DAS ALTERAÇOES DA ANATOMIA E FUNÇAO DO CORAÇAO EM COORTE DE PACIENTES DE HEMODIALISE.

SILVIO H. BARBERATO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), MICHELE PIZZATTO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), LUCIANA CARDON DE OLIVEIRA (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), SIMONE GONCALVES (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), ROBERTO PECOITS-FILHO (PUC-PR – PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA)

Introduçao: a cardiomiopatia do paciente em hemodiálise (HD) pode ser secundária à presença de cardiopatia isquêmica e/ou alteraçoes morfofuncionais em resposta à sobrecarga de pressao e volume. Nos últimos anos, novas técnicas acrescentadas à avaliaçao ecocardiográfica tradicional, reconhecidamente menos sujeitas à influência da pré-carga, como o Doppler tecidual (DT) do anel e volume de átrio esquerdo (VAE), contribuíram para o diagnóstico destas alteraçoes. Objetivo: avaliar a prevalência das alteraçoes do ventrículo esquerdo (VE) e direito (VD) ao Doppler ecocardiograma em coorte de pacientes em regime de HD de manutençao, aliando as técnicas tradicionais e emergentes. Métodos: ecocardiograma completo foi realizado em pacientes de HD clinicamente estáveis. Critérios de exclusao foram arritmia, pericardiopatia, estenose valvar e insuficiência valvar primária com repercussao hemodinâmica. A definiçao das alteraçoes ecocardiográficas foi baseada nas recomendaçoes da Sociedade Americana de Ecocardiografia. Resultados: incluímos 117 pacientes, 60% homens, com idade 50 ± 15 anos, tempo mediano de HD 18 meses, PAS 147 ± 24 mmHg, PAD 85 ± 11, 20% diabéticos, com antecedente de ICO em 14,6%. As alteraçoes encontram-se na tabela abaixo. Noventa e dois por cento dos pacientes tinha hipertrofia do VE, sendo 70% concêntrica, 20% excêntrica e 2% remodelamento. Disfunçao sistólica foi detectada ao modo M em 18 % e ao DT em 19%. Disfunçao diastólica foi diagnosticada ao Doppler pulsátil em 48 %, ao DT em 66% e, unindo as duas técnicas, em 78% dos indivíduos. Dilataçao do átrio esquerdo foi apontada em 28% pelo modo M e em 52% pelo VAE. Calcificaçao valvar foi vista em 33% dos pacientes, sendo 15% mitral, 8% aórtica e 10% em ambas. Dilataçao de VD e hipertensao pulmonar ocorreram em 8 % e 14%, respectivamente. Conclusoes: encontramos alta prevalência de alteraçoes ecocardiográficas cardíacas na populaçao de pacientes de HD e a utilizaçao das novas técnicas ampliou a detecçao de marcadores subclínicos de disfunçao cardíaca, em especial a disfunçao diastólica do VE. Estas informaçoes poderao ser úteis para a caracterizaçao dos indivíduos sob maior risco cardiovascular, tendo impacto nao só no diagnóstico, mas também no prognóstico e efeito de intervençoes terapêuticas.


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SISTEMA DE MONITORIZAÇAO GLIC MICA CONTINUA (CGMS) EM PACIENTES DIABÉTICOS EM DIALISE PERITONEAL

PAULO CEZAR NUNES FORTES (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), JAMILLE GODOY MENDES (PUC-PR), DENISE TIEMI MIYAKAWA (PUC-PR), KAROLINE SESIUK (PUC-PR), LETICIA BARROS MARCONDES (PUC-PR), CARLOS AITA (PUC-PR), MIGUEL CARLOS RIELLA (PUC-PR), ROBERTO PECOITS-FILHO (PUC-PR)

Introduçao: Pacientes em diálise peritoneal estao expostos a uma absorçao contínua de altas taxas de glicose a partir da cavidade peritoneal. O uso do CGMS para a monitorizaçao destes pacientes ainda nao está bem estabelecido. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a utilidade do CGMS em detectar desordens glicêmicas no paciente diabético em diálise peritoneal. Métodos: Vinte e sete pacientes participaram do estudo sendo que destes, dezoito completaram os três dias de exame utilizando o monitor contínuo de glicose da Medtronic. Somente os exames com, no mínimo vinte e quatro horas foram considerados para a análise, e a maioria das falhas ocorreram por desconexao do aparelho. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 55 anos, 8 pacientes eram mulheres e 8 estavam em uso de diálise peritoneal automatizada (DPA). A média da carga glicêmica foi 182g/dia, da glicemia de jejum foi 212 ± 133 mg/dl e da HbA1c foi 12 ± 4%. O CGMS apresentou uma área acima do limite superior 49±42, um número de excursoes acima do limite superior de 6.3±3.6 e uma duraçao acima do limite superior de 55±30%. Nao houve diferenças nos resultados do CGMS quando comparados em relaçao ao seu status de transporte de solutos. Embora nao tenha ocorrido diferença significativa nos resultados do CGMS entre APD e CAPD, entre os marcadores glicêmicos a glicemia de jejum foi significativamente maior (p< 0.01) na DPA, enquanto frutosamina (p=0.06) e HbA1c (p=0.07) mostraram uma tendência a serem significativas em pacientes em DPA comparada a CAPD. Quando somente o período noturno foi analisado, 50% dos pacientes demonstraram alteraçoes (40% com hiperglicemia e 10 % com hipoglicemia). Nao observamos correlaçao significativa entre os parâmetros do CGMS e os marcadores glicêmicos nesta populaçao. Conclusoes: O controle glicêmico nesta populaçao de alto risco é precário, nao importa qual marcador seja utilizado. Pacientes em APD parecem ter pior controle glicêmico em relaçao àqueles em CAPD. O uso do CGMS pode fornecer informaçoes úteis para melhorar o controle glicêmico, particularmente na identificaçao de hiper e hipoglicemia noturna.


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ANALISE DO CONTROLE GLICEMICO E DA DISLIPIDEMIA NOS PACIENTES DIA EM DIALISE: COMPARACAO ENTRE HEMODIALISE E DIALISE PERITONEAL

JAMILLE GODOY MENDES (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), PAULO CEZAR FORTES (PUC-PR), VENCESLAU DE MATOS DOURADO JUNIOR (PUC-PR), WILMAR MARTINS (PUC-PR), MIGUEL CARLOS RIELLA (PUC-PR), ROBERTO PECOITS-FILHO (PUC-PR)

Introduçao: O metabolismo da glicose está alterado na doença renal crônica (DRC), particularmente na presença de diabetes mellitus. Pacientes com DRC tendem a apresentar níveis diminuídos de HDL-colesterol e altos títulos de triglicérides, e a modalidade dialítica pode ter um impacto em alteraçoes mais pronunciadas após o início da terapia substitutiva de funçao renal. Objetivo: Analisar a qualidade do controle glicêmico e a freqüência de dislipidemia em pacientes diabéticos e nao diabéticos em hemodiálise (HD) quanto em diálise peritoneal (DP). Métodos: Foi realizado um estudo transversal, através de coletas de amostras de sangue em uma unidade de hemodiálise e outra de diálise peritoneal, cada uma com 130 pacientes. Todos os pacientes foram submetidos a um jejum de oito horas antes da coleta e avaliados para glicemia de jejum (mg/dL), hemoglobina glicada, insulina, índice de resistência à insulina (HOMA index), colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides. Valores de p abaixo de 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Resultados: 147 pacientes (78 em hemodiálise e 69 em diálise peritoneal) concordaram em participar do estudo. A análise do controle glicêmico foi feita através da glicemia de jejum (112±62 mg/dL), HbA1c (6,75±2,23%) e índice de resistência insulínica (HOMA index mediana de 2,33 entre 0,54 e 52,54). A dislipidemia foi caracterizada por níveis plasmáticos de triglicérides (166±136 mg/dL), HDL-colesterol (46±12 mg/dL) e LDL-colesterol (87±40mg/dL). Houve 30 paciente diabéticos na CAPD (43%) e 32 na HD (41%). Acomparaçao mostrou que diversos marcadores de controle glicêmico (glicemia (129±7 vs 100±7 p=0,006), HbA1c (7,5±0,2 vs 6,2±0,2 p=0,0007), insulina (21±3 vs 11±3 p=0,02), HOMA index (6,02±0,7 vs 2,88±0,6 p< 0,005) e de dislipidemia: colesterol total (187± 5 vs 144±5 p< 0,001) HDL-c (48±1 vs 44±1 p=n.s), LDL-c (100±4 vs 71±4 p< 0,001) e triglicérides (195±16 vs 143±16 p=0,03), se mostraram significativamente mais elevados nos pacientes submetidos à diálise peritoneal. Conclusao: Pacientes com DRC que utilizam a diálise peritoneal como terapia substitutiva evidenciam um maior descontrole no metabolismo dos carbohidratos e dos lipídios (exceto HDL), provavelmente relacionado ao uso de glicose como soluçao osmoticamente ativa. Tratamento mais agressivo ou reduçao da carga de glicose devem resultar na melhora significativa deste padrao potencial de risco.


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EFEITO DA N-ACETILCISTEINA ORAL SOBRE OS NIVEIS PLASMATICOS DE INTERLEUCINA-6 E OUTROS MARCADORES INFLAMATORIOS E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA RENAL CRONICA TERMINAL EM DIALISE PERITONEAL.

MARCELO MAZZA DO NASCIMENTO (HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA), MOHAMED SULIMAN (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE HUDDINGE INSTITUTO KAROLINSKA -ESTOCOLMO – SUÉCIA), BJORN ANDERSTAND (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE HUDDINGE INSTITUTO KAROLINSKA -ESTOCOLMO -SUÉCIA), MARGARETE MARA SILVA (HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA), ROBERTO PECOITSFILHO (PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA), JOSIANE MARCHIORO (HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA), THIAGO CHINAGLIA (HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA), MIGUEL CARLOS RIELLA (HOSPITAL UNVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA), BENGT LINDHOLM (HOSPITAL UNIVERSITARIO DE HUDDINGE INSTITUTO KAROLINSKA -ESTOCOLMO -SUÉCIA), CRISTINA MARTINS (HOSPITAL UNIVERSITARIO EVANGÉLICO DE CURITIBA)

Introduçao: a inflamaçao crônica e o estresse oxidativo (EO) sao reconhecidos fatores de risco cardiovascular (CV) em pacientes portadores de doença renal crônica (DRC) Recentemente, foi demonstrado o papel antioxidante da N-acetilcisteina (NAC) na reduçao de eventos CV em pacientes em hemodiálise (Tepel et al. Circulation,2003 107: 992-995). Objetivo: o presente estudo teve por objetivo determinar o efeito da NAC, sobre os níveis plasmáticos de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo de pacientes portadores de DRC terminal em diálise peritoneal (DP). Métodos: foi realizado um estudo randomizado controlado utilizando placebo e NAC numa dose de 1200 mg ao dia por oito semanas em 30 pacientes nao diabéticos (40% homens, media de idade de 52 anos) em programa de DP por mais de 3 meses. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de 15 em cada braço de estudo. Resultados: Vinte e dois pacientes completaram o estudo (12 no grupo NAC e 10 no grupo placebo). Ainflamaçao foi verificada por meio da medida plasmática de PCR ultra-snsível (mg/dL), IL-6 (pg/mL), FNT-alfa=945 (pg/mL) e pentraxina (PTX 3). Os marcadores de EO analisados foram: pentosidina(rmol/L), Homocisteína(umol/L)L Glutatiao (umol/L), ADMA(umol/L), TAS (mmol/L) e Sulfidril (umol/L).No grupo tratado a concentraçao plasmática de NAC atingiu níveis ao redor de 24.8 umol/L.. Após oito semanas de tratamento foi observado, no grupo tratado com NAC, uma reduçao significativa nos níveis de IL-6 (9.4(4.5-31)) vs. 7.6(4.9-13.5) (p=0.006). Por outro lado, nao houve diferença significativa tanto no grupo de NAC como no grupo placebo em relaçao aos outros marcadores inflamatórios e de EO. Conclusao: estes achados sugerem que a NAC, na forma oral, pode reduzir os níveis plasmáticos de IL-6, atenuando assim a resposta inflamatória e conseqüentemente reduzindo o risco CV em pacientes portadores de DRC em DP.


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EFEITO DA SUPLEMENTAÇAO DE TAURINA NO ESTADO NUTRICIONAL, INFLAMATORIO E ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES RENAIS CRONICOS EM PROGRAMA DE HEMODIALISE

FERNANDA VAZ FORTUNA (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ADAIANE CALEGARI (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), ADRIANE BELLO-KLEIN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL), FERNANDA RAUBER (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), FERNANDO SALDANHA THOMÉ (HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE)

Introduçao: Os estados nutricional, inflamatório e o estresse oxidativo (EO) sao fatores que influem no prognóstico e morbi-mortalidade de pacientes renais crônicos (PR) em programa de hemodiálise (HD). A taurina, que apresenta propriedades anti-oxidantes e imuno-regulatórias, é amino-ácido condicionalmente essencial em PR, e sua falta pode contribuir para pior perfil nutricional/inflamatório. Objetivo: Avaliar o efeito da suplementaçao de taurina sobre parâmetros nutricionais, inflamatórios e de (EO) de PR em HD. Foi feito um ensaio clínico randomizado, cruzado, duplo-cego, avaliando suplementaçao de taurina na dose de 4g/dia por 3 meses ou placebo a pacientes entre 18 e 70 anos, com mais de 3 meses de tratamento sem evidências de atividade inflamatória. Antes de cada avaliaçao basal e do cruzamento, houve 30 dias de wash-out. Foi realizada avaliaçao antropométrica e dietética para classificar o estado nutricional e determinaçao de albumina, proteína-C reativa (PCR), interleucina-6(IL6) oxidaçao de proteínas(OxP) e capacidade antioxidante total (TRAP). Resultados: A avaliaçao nutricional identificou 9/16 pacientes eutróficos, 4/16 desnutridos e 3/16 com excesso de peso. Nao houve alteraçoes nas avaliaçoes nutricionais dos pacientes ao longo do estudo. Os níveis de PCR, IL6 e de TRAP estavam aumentados na maioria dos pacientes. O uso da taurina reduziu as medianas de PCR (4,86 para 2,97) e de IL6 (2,83 para 2,12), mas a variabilidade foi grande. Os níveis de TRAP e OxP nao se alteraram. Conclusao: Esse ensaio clínico randomizado, embora pequeno, sustenta a hipótese que a taurina possa ter atividade imunoregulatória em pacientes em hemodiálise regular, e que a sua carência possa contribuir para a síndrome má-nutriçao-inflamaçao.


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PREDICTORS OF QUALITY OF LIFE IN PATIENTS ON DIALYSIS IN THE SOUTH OF BRAZIL

MARISTELA BOHLKE (UCPEL / UNIFESP), DIEGO LEITE NUNES (HCPA), STELA SCAGLIONI MARINI (HCPA), MARIA PAULA OST VAN GYSEL (UCPEL), MARCIA ANDRADE (UCPEL), CLEYSON KITAMURA (HOSPITAL BANCO DE OLHOS)

Context and objective: The quality of life (QoL) has been considered an important measure of outcome, especially in long-standing diseases, such as chronic renal failure. The present study searched for predictors of QoL in a sample of patients undergoing dialysis in the south of Brazil. Design and setting: It is a cross sectional study developed in three south Brazilian dialysis facilities. Methods: Health-related QoL of patients on hemodialysis or peritoneal dialysis was measured using the generic questionnaire Short Form-36 (SF-36) Health Survey and its results were correlated with sociodemographic, clinical and laboratory variables. The analysis was adjusted through multiple linear regressions. Results: A total of 140 patients was assessed, 94 on hemodialysis and 46 on peritoneal dialysis. The mean age was 54.2 (15.4) years, 48% were men and 76% white. The predictors of higher (better) physical component summary of SF-36 was the younger age (beta -0.16 confidence interval, CI 95% -.27-.05), less time on dialysis (beta -0.06 CI 95% -.09-.02) and lower comorbidity age index of Khan (beta 5.16 CI 95% 1.7-8.6). The predictors of higher mental component summary was to be employed (beta 8.4 CI 95% 1.7-15.1), to be married or have a marriage-like relationship (beta 4.56 CI 95% 0.9-8.2), to be under peritoneal dialysis (beta 4.9 CI 95% 0.9-8.8) and not having high blood pressure (beta 3.9 CI 95% 0.3-7.6). CONCLUSIONS: Age, comorbidity and time on dialysis are the main predictors of physical QoL, whereas socioeconomic issues especially determine mental QoL.


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VISITA DOMICILIAR: REALIDADE DE VIDA E FATOR DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO PRESTADO AOS PORTADORES DE INSUFICIENCIA RENAL CRONICA EM TRATAMENTO DE DIALISE PERITONEAL

MARACELI NICOLINI BALCHAK (FUNDAÇAO PRO RENAL), ROSEANA FUERBRINGER (FUNDAÇAO PRO RENAL), THAIS ADRIANE LEAO IMAI (FUNDAÇAO PRO RENAL)

Introduçao: A Visita Domiciliar permite ao profissional de saúde estar mais próximo das famílias conhecendo, interpretando e vivenciando o meio onde elas habitam, identificando problemas que interferem na realizaçao de um tratamento. Em Diálise Peritoneal é uma exigência da Portaria do Gabinete do Ministro/Ministério da Saúde (GM/MS) 39 de abril de 1993, onde os profissionais de saúde vao avaliar a possibilidade de liberaçao deste tipo de tratamento no âmbito domiciliar. Objetivos: Conhecer as condiçoes reais de vida do paciente. Proporcionar interaçao com a família-paciente-equipe. Orientar o local adequado para realizaçao do procedimento das trocas de bolsas. Metodologia: É realizado uma pré-agendamento da visita domiciliar juntamente com o serviço social. É solicitado autorizaçao para saída à visita domiciliar. Dispor de motorista, conduçao, e profissionais especializados (enfermeiro, assistente social e psicólogo). Resultados: A visita domiciliar mais longa que realizamos foi há 91 km de Curitiba, seguida por outra há 61km. Em nossa clínica, no ano de 2006 até agosto de 2007 realizamos 37 visitas domiciliares. Estas foram por: fator sócio econômico, falta de aderência ao tratamento, peritonites de repetiçao, dificuldades com o cuidador. Dentre as situaçoes encontradas podemos citar: paciente com deficiência visual realizando o auto cuidado, parentes de paciente sob efeito de narcóticos, estado de pobreza onde as pessoas dividiam o espaço em que moram com estoque de lixo reciclável. As instituiçoes de saúde que tem um programa de visita domiciliar verificam o alto nível de assistência prestada ao paciente e reduçao significativa de peritonite, minimizando os custos relacionados a este tratamento, melhorando a qualidade de vida, envolvendo o paciente e sua família. Conclusao: Após as visitas percebemos: alguns pacientes optaram pela Diálise Peritoneal como modalidade de tratamento, houve aderência ao tratamento, demonstraram confiança na equipe multiprofissional, obteve-se esforço para a melhora das condiçoes de moradia com o objetivo de evitar infecçoes e alguns ainda demonstraram resistências. Através da visita, os profissionais de saúde oferecem suporte para benefício do paciente. Vale ressaltar que, para proporcionarmos uma assistência à saúde com qualidade, é necessário entender cada indivíduo como um ser único, pertencente a um contexto social e familiar que condiciona diferentes formas de viver e adoecer.


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NO BRASIL, É VANTAJOSO SER OBESO EM DIALISE PERITONEAL?

NATALIA FERNANDES (NIEPEN DA FUNDAÇAO IMEPEN E UFJF), MARCUS GOMES BASTOS (NIEPEN DA FUNDAÇAO IMEPEN E UFJF), LUIS C. PEREIRA (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), MARCIA FRANCO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), SÉGIO A. HADDAD (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), MARIA REGINA T. PINHEIRO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), TERESA M. S. FAIFER (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), MIGUEL C. RIELLA (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), JOSÉ CAROLINO DIVINO-FILHO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMDP)), ROBERTO PECOITS FILHO (PUC- PARANA)

Introduçao: Em pacientes portadores de doença renal crônica(DRC) em hemodiálise(HD) o índice de massa corpórea(IMC) elevado se associa a melhor sobrevida, enquanto o IMC diminuído se correlaciona com maior mortalidade. O papel do IMC na sobrevida de pacientes em diálise peritoneal(DP) ainda nao foi estabelecido. Objetivo: Determinar o impacto do IMC nas comorbidades e sobrevida de uma coorte de pacientes em DP (BRAZPD). Métodos: O BRAZPD é um estudo de coorte prospectivo multicêntrico, iniciado em dezembro de 2004 que inclui pacientes incidentes e prevalentes em DPAC e DPA. Os dados sao coletados mensalmente e para este estudo foram incluídos os pacientes acompanhados até fevereiro de 2007. A estratificaçao do IMC foi de acordo com a Organizaçao Mundial de Saúde (OMS) e os dados clínicos e laboratoriais foram avaliados em cada grupo. Utilizou-se a ANOVA para comparaçao entre os grupos. A sobrevida dos pacientes foi avaliada pela curva de kaplan- Meier para cada faixa do IMC. A análise de regressao de Cox foi ajustada para idade, gênero, escore de Davies, modalidade de diálise e IMC. Pacientes censurados quando: transplante renal, transferência para HD ou recuperaçao da funçao renal. Resultados: Avaliados 3226 pacientes, média de idade 54±19 anos, 52% do sexo feminino e a causa mais freqüente de DRC foi diabetes mellitus (DM) (36%). De acordo com IMC, a prevalência de desnutriçao foi 10,8%, sobrepeso 27,6% e obesidade 13,2%. Obesidade e sobrepeso foram correlacionadas com gênero feminino, maior idade, maior renda, maior prevalência de hipertensao, DM e comorbidades tanto em pacientes incidentes quanto nos prevalentes (p< 0,0001). Pacientes com maior IMC apresentaram maior nível de creatinina, glicose e hemoglobina(p<0,0001). A análise de Cox em pacientes incidentes evidenciou que o IMC < 18,5 correlacionou-se com maior mortalidade (RR=1,85;IC=1,22-2,23;p=0,0004), enquanto o IMC elevado nao se correlacionou com a sobrevida. Em pacientes prevalentes, o IMC< 18,5 se correlacionou com maior mortalidade (RR=1,65; IC=1,25-2,19, p=0,0004) e, IMC > 30 correlacionou-se com maior sobrevida (RR=0,65;IC=0,48-0,88; p=0,004). O RR foi 1,70 (IC=1,34-2,16; p<0,001) para pacientes com escore de Davies>2 e o RR foi de 4,35 (IC=3,23-5,87; p<0,0001) nos pacientes com idade >65 anos. Conclusao: Nossos resultados evidenciam maior mortalidade em pacientes incidentes e prevalentes desnutridos e um efeito benéfico protetor da obesidade relativamente a mortalidade nos pacientes prevalentes.


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FRACASSOS E SUCESSOS – UMA ANALISE DOS DADOS DO BRAZPD COMPARADOS AS DIRETRIZES ESPANHOLAS

NATALIA FERNANDES (NIEPEN DA FUNDAÇAO IMEPEN E UFJF), MARCUS GOMES BASTOS (NIEPEN DA FUNDAÇAO IMEPEN E UFJF), APARECIDA P. G. VISONA (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), ELIZABETH F. W. TAVARES (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), JAQUELINE CARAMORI (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), EDNA C. C. SILVA (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), ROBERTO B. CARVALHO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), HÉLCIO A. TAVARES FILHO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), JOSÉ CAROLINO DIVINO FILHO (ESTUDO CLINICO MULTICENTRICO EM DIALISE PERITONEAL (ECMPD)), ROBERTO PECOITS FILHO (PUC- PARANA)

Introduçao: Um dos objetivos da medicina baseada em evidência é estabelecer diretrizes e metas oriundas de evidências clínicas. Estudos sobre aderência às diretrizes sao importantes, pois permitem avaliar a qualidade do tratamento proposto e as principais dificuldades para se alcançar as metas. Este diagnóstico nos permitirá realizar intervençoes que melhorem a qualidade do tratamento fornecido. Objetivo: Avaliar em uma coorte de pacientes em diálise peritoneal (BRAZPD), a aderência às diretrizes da Sociedade Espanhola de Nefrologia/2005(SEN). Métodos: Pacientes incidentes e prevalentes com mais de três meses em DP incluídos no período de dezembro de 2004 a fevereiro de 2007 foram avaliados relativamente às variáveis demográficas, clínicas e laboratoriais. As variáveis clínicas e laboratoriais: pressao arterial, hemoglobina e produto cálcio x fósforo foram comparadas com recomendaçoes das diretrizes da SEN/2005 e traçado o perfil epidemiológico dos pacientes que nao estavam nas metas propostas. Resultados: De um total de 3226 pacientes, 2094 eram incidentes. O período médio de seguimento foi de 13,6 meses. A média de idade foi 54±19 anos, 55% eram mulheres e 64% brancos. A principal etiologia da DRC foi nefropatia diabética(34%). Pressao arterial nao controlada foi observada em 30% dos pacientes. A prevalência de peritonite foi 1 episódio/30pacientes/mês. Peritonite com culturas negativas foi observada em 40% dos pacientes e a taxa de cura foi de 87%.As metas recomendadas para anemia foram alcançadas em 49% dos pacientes, enquanto para o cálcio, fósforo e produto cálcio x fósforo foram, respectivamente, 62%, 30% e 79%;36% apresentavam PTHi < 150pg/ml. Albumina estava na meta proposta em 66% dos pacientes. Hiperglicemia foi observada em 37% dos casos.Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia foram observados em 39% e 38%, respectivamente.Ser diabético foi a característica que mais frequentemente se correlacionou com o nao alcance das metas. A meta mais difícil de ser alcançada foi a hemoglobina entre os pacientes incidentes, notadamente aqueles que nao receberam cuidados pré-dialíticos(p<0,005). A taxa de saída de pacientes do tratamento foi de 33%, sendo a causa mais freqüentes o óbito(52%).A principal causa de óbito foi cardiovascular(40%). A taxa de sobrevida entre os incidentes e prevalentes foram de 72% e 75%. Conclusao: Os nossos dados permitem concluir que a diálise peritoneal no Brasil está adequada aos parâmetros estabelecidos internacionalmente.

Quais são as complicações mais importantes e comuns da diálise peritoneal?

A intercorrência mais comum é a infecção no peritônio, além dessa, outras complicações são de grande relevância citar, a exemplo: fadiga, deambulação prejudicada, constipação, dor aguda, e volume de líquidos em excesso, etc.

Quais são as possíveis complicações da hemodiálise?

As complicações mais comuns durante a hemodiálise são, em ordem decrescente de frequência, hipotensão (20%-30% das diálises), cãibras (5%-20%), náuseas e vômitos (5%-15%), cefaleia (5%), dor torácica (2%-5%), dor lombar (2%-5%), prurido (5%), febre e calafrios (< 1%).

Quais as complicações esperadas para este paciente em consequência da hemodiálise?

Durante a sessão de hemodiálise, o paciente pode apresentar intercorrências clínicas que segundo Castro(8) ocorrem devido a alterações no equilíbrio hidroeletrolítico, como por exemplo, a hipernatremia que pode fazer com que o indivíduo apresente cefaléia, náuseas, vômitos, sede intensa, convulsões e eventualmente ...

Qual a principal e mais grave Complicacao da diálise peritoneal?

A peritonite é a principal complicação da diálise peritoneal, seja na modalidade manual (DPAC) ou automática (DPA)(14).