Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

Demografia do Brasil é um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características demográficas da população no território brasileiro. O Brasil possuía 190 755 799 habitantes, segundo censo demográfico do Brasil de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacando-se naquele ano, como a quinta nação mais populosa do planeta.[1] Os indicadores demográficos e as características da população no Brasil são verificadas diretamente por meio de operações censitárias realizadas a cada dez anos pelo IBGE, desde sua criação em 1936. No censo demográfico brasileiro, a população é contada em todo o território do Brasil e os resultados são usados pelo governo no desenvolvimento de políticas públicas.[2][3]

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O sobrenome mais popular do Brasil é Souza (ou Sousa), seguido de Silva, este último com um milhão de nomes nas listas telefônicas da Brasil Telecom, Telemar e Telesp.[4] Ainda segundo o censo de 2010, os prenomes mais comuns no país são Maria, com 11 734 129 pessoas e José, com 5 754 529 pessoas.[5]

Índices demográficos[editar | editar código-fonte]

Distribuição e densidade demográficas[editar | editar código-fonte]

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Distribuição populacional do Brasil.

A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte.

O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 25,06 habitantes por quilômetro quadrado —,[6] inferior à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 habitantes por quilômetro quadrado) e o Japão (337 habitantes por quilômetro quadrado).

O estudo da população apoia-se em alguns fatores demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional.

Densidade demográfica no Brasil
RegiãoEstadosMunicípiosPopulação (2021)[6]%
Região Norte
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 Acre
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 Amapá
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 Amazonas
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 Pará
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 Rondônia
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 Roraima
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Tocantins
450 18 906 962
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9%
Região Nordeste
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 Alagoas
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 Bahia
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 Ceará
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 Maranhão
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Paraíba
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 Pernambuco
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 Piauí
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 Rio Grande do Norte
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 Sergipe
1 793 57 667 842
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
27%
Região
Centro-Oeste
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 Distrito Federal
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 Goiás
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 Mato Grosso
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Mato Grosso do Sul
467 16 707 336
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
8%
Região Sudeste
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 Espírito Santo
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Minas Gerais
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Rio de Janeiro
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 São Paulo
1 668 89 632 912
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42%
Região Sul
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 Paraná
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 Santa Catarina
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 Rio Grande do Sul
1 191 30 402 587
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14%
Brasil 26 e um distrito federal 5 570 213 317 639

Crescimento vegetativo[editar | editar código-fonte]

Crescimento populacional
CensoPop.
1872 9 930 478
1890 14 333 915 44,3%
1900 17 438 434 21,7%
1920 30 635 605 75,7%
1940 41 236 315 34,6%
1950 51 944 397 26,0%
1960 70 992 343 36,7%
1970 94 508 583 33,1%
1980 121 150 573 28,2%
1991 146 917 459 21,3%
2000 169 590 693 15,4%
2010 190 755 799 12,5%
Est. 2021 213 317 639 [7] 11,8%
Fonte(s):[8]

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Crescimento das capitais brasileiras.

A população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o aumento populacional. Assim, como esse aumento é alto, conclui-se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%.

Ao longo dos últimos anos, o crescimento demográfico do país tem diminuído o ritmo, que era muito alto até a década de 1960. Em 1940, o recenseamento indicava 41 236 315 habitantes; em 1950, 51 944 397 habitantes; em 1960, 70 070 457 habitantes; em 1970, 93 139 037 habitantes; em 1980, 119 002 706 habitantes; e finalmente em 1991, 146 825 475 habitantes. Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Para 2050, a estimativa é de 259,8/260 milhões de habitantes e a expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. Segundo a Revisão 2008 da Projeção de População do IBGE, a partir de 2039, o número de brasileiros vai começar a declinar.[9]

As razões para uma diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com a urbanização e industrialização e com incentivos à redução da natalidade (como a disseminação de anticoncepcionais). Embora a taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de natalidade foi ainda maior.

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Evolução demográfica do Brasil entre os anos de 1550 e 2005.

Taxa de natalidade[editar | editar código-fonte]

Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar a de outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da população urbana — já que a natalidade é bem menor nas cidades, em consequência da progressiva integração da mulher no mercado de trabalho — e da difusão do controle de natalidade. Além disso, o custo social da manutenção e educação dos filhos é bastante elevado, sobretudo no entorno urbano. Segundo o site de notícias, R7, no ano de 2017, 2,86 milhões de nascimentos foram registrados no país, sendo que em 35,1% dos casos as mães tinham 30 anos ou mais.[10]

Taxa de mortalidade[editar | editar código-fonte]

O Brasil apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido.

Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimento hospitalar.

Taxa de mortalidade infantil[editar | editar código-fonte]

O Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 21,17 mortes em cada mil nascimentos[11] (estimativa para 2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. O Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada sobretudo por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia.

Taxa de fecundidade[editar | editar código-fonte]

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Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.[12][13][14] Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.

Há também variações regionais: as taxas são menores no Sudeste (1,75 filho por mulher), no Sul (1,92 filho por mulher) e no Centro-Oeste (1,93 filho por mulher). No Nordeste a taxa de fecundidade é de 2,04 filhos por mulher, ainda abaixo da taxa de reposição populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos. A maior taxa de fecundidade do país é a da Região Norte (2,51 filhos por mulher), ainda assim abaixo da média mundial.[12]

Expectativa de vida[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a expectativa de vida está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres,[15] conforme estimativas para 2010. Dessa forma, esse país se distância das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas ainda não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos (Noruega, Suécia e outras).

A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida.

Composição da população[editar | editar código-fonte]

Composição por sexo[editar | editar código-fonte]

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A razão de sexo no país é de 96 homens para cada grupo de 100 mulheres,[15] conforme estimativas de 2008.

Até os 35 anos de idade, há um leve excesso de homens na população, após essa faixa etária a proporção se inverte com excesso de mulheres. Esse fato pode ser explicado por um diferencial na taxa de mortalidade, devido por outras razões, ao fato de mulheres serem menos atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte após os 40 anos.

O número de mulheres, na população rural brasileira, pode-se dizer que no Nordeste, por ser uma região de repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste predomina a população masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como o extrativismo vegetal, a pecuária e, sobretudo, a mineração.

Um relativo equilíbrio entre os sexos, entretanto, só se estabeleceu a partir dos anos 1940 — pois até a década de 1930 o país apresentava nítido predomínio da população masculina, devido principalmente à influência da imigração — e, ainda que nascessem mais meninos que meninas, a maior mortalidade infantil masculinas (até a faixa de 5 anos de idade) fez com que se estabelecesse o equilíbrio.

Composição por faixa etária[editar | editar código-fonte]

O Brasil passa por um rápido processo de transição demográfica com envelhecimento da população e aumento da idade média. A queda na taxa de natalidade e número de nascimentos por ano situam o Brasil na passagem da fase 3 para fase 4 dessa transição, com um pequeno acréscimo de 910 mil pessoas em 2021. Foram registrados 2,82 milhões de nascimentos em 2018 e 2019, mas somente 2,66 milhões em 2020 e 2,65 milhões em 2021. Já o registro civil de óbitos foi de 1,21 milhão em 2018, 1,28 milhão em 2019, aumentando para 1,47 milhão em 2020 e 1,74 milhão em 2021. Esse aumento da mortalidade ocorre pelos efeitos da pandemia de COVID-19 no Brasil e pelo envelhecimento da população que causa um aumento no número absoluto de óbitos.

O número absoluto e proporcional de crianças e jovens está em queda. As crianças (0 a 14 anos) atingiram 53 milhões em 1994 e são aproximadamente 43 milhões em 2022. [16] Os jovens (15 a 24 anos) atingiram 36 milhões em 2005 e são aproximadamente 28 milhões em 2022.

O número de adultos (25 a 64 anos) ainda está em crescimento, porém lento, totalizando aproximadamente 118 milhões de pessoas.[17] O número de idosos (acima de 65 anos) é de aproximadamente 22 milhões e sua proporção na população cresce rapidamente.

As proporções dos diferentes grupos etários da população brasileira estão convergindo rapidamente às observadas nos países de alto índice de desenvolvimento humano (IDH). Nos países de alto IDH, a natalidade é baixa e a expectativa de vida bastante alta, o que explica o grande número de idosos na população total. No Brasil, a progressiva redução das taxas de natalidade verificada nas últimas três décadas, causou a redução no número de crianças e jovens na população.

PaísCrianças (de 0 a 14 anos) Jovens (de 15 a 24 anos) Adultos (de 25 a 64 anos) Idosos (a partir de 65 anos)
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 
Brasil
20,0% 15,7% 54,1% 10,2%
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Reino Unido
17,1% 11,8% 52,3% 18,8%
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México
24,3% 17,0% 50,8% 7,9%
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Nigéria
41,0% 20,6% 35,3% 3,1%

Fonte: US Census Bureau 2022.

Composição por religião professada[editar | editar código-fonte]

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O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões. Segundo o Censo de 2010, a população brasileira é majoritariamente cristã (86,8%), sendo sua maior parte católica. Em uma população recenseada de 190 755 799 habitantes, 123 280 172 (64,6%) declararam-se católicos e 42 275 440 (22,2) declararam-se evangélicos.[19] Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. No entanto, existem muitas outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas igrejas são protestantes: pentecostais, episcopais, metodistas, luteranas e batistas. Ainda segundo o Censo de 2010, naquele ano 3 848 876 (2%) declararam-se espíritas.[19] Existem também seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria de judeus, muçulmanos, budistas, neopagãos[20] e seguidores do candomblé e da umbanda, que segundo o Censo de 2010, eram 588 797 (0,3%). 15 335 510 (8%) declararam-se sem religião.[19]

A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado oficialmente laico,[21] embora muitos grupos tenham reivindicados direitos sociais no Brasil alegando que eles ainda não existem por questões religiosas.[nota 1] A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa, no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto privilegiado[25] e, ocasionalmente, recebe tratamento preferencial.[26]

Em dados de 2002, havia um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras.[27] Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado.[28]

Composição por idioma falado[editar | editar código-fonte]

O português é a língua oficial e é falado pela população. O inglês é parte do currículo das escolas públicas e particulares, e o espanhol passou a fazer parte do currículo escolar nos últimos anos; o inglês é entendido e usado por poucas pessoas, especialmente nos centros comerciais e financeiros.

Cerca de 180 idiomas e dialetos dos povos indígenas são falados nas tribos, embora esse número esteja em declínio.

O português é a língua materna de 98% dos brasileiros, embora haja um expressivo número de falantes de línguas imigrantes, principalmente o alemão, falado em zonas rurais do Brasil meridional, sendo o dialeto hunsrückisch o mais usado por cerca de 1,5 milhão de pessoas. O italiano é bem difundido por alguns descendentes de imigrantes que ainda não adotaram o português como língua materna em zonas vinícolas do Rio Grande do Sul, sendo o dialeto talian o mais usado. Outra língua falada por minorias é o japonês, entre outros idiomas imigrantes.

Composição étnico-racial[editar | editar código-fonte]

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A população atual do Brasil é muito diversa, tendo participado de sua formação diversos povos e etnias. Atualmente, o IBGE utiliza para fins censitários 5 categorias no Brasil, baseado na raça e cor da pele: branco, indígenas, preto, pardo e amarelo. De forma geral, a população brasileira foi formada por cinco grandes ondas migratórias:

  • Os diversos povos indígenas, autóctones do Brasil, descendentes de grupos humanos que migraram da Sibéria, atravessando o Estreito de Bering, aproximadamente 9000 AEC.
  • Os colonos portugueses, que chegaram para explorar a colônia desde a sua descoberta, em 1500, até a sua independência, em 1822.
  • Os africanos trazidos na forma de escravos para servirem de mão de obra, em um período de tempo que durou de 1530 a 1850.
  • Os diversos grupos de imigrantes vindos principalmente da Europa, os quais chegaram ao Brasil entre o final do século XIX e início do século XX.
  • Imigrações recentes de diversas partes do mundo, sobretudo Ásia e Oriente Médio.

Acredita-se que o continente americano foi povoado por três ondas migratórias vindas do Norte da Ásia. Os indígenas brasileiros são, provavelmente, descendentes da primeira leva de migrantes, que chegou à região por volta de 9000 a.C. Os principais grupos indígenas, de acordo com sua origem linguística, eram os de línguas macro-tupis, macro-jês, aruaques (ou maipurés) e caraíbas (ou caribes). A população indígena original do Brasil (entre 3-5 milhões) foi em grande parte exterminada ou assimilada pela população portuguesa. Os mamelucos (ou caboclos, mestiços de branco com índio) se multiplicavam às centenas pela colônia.

Um outro elemento formador do povo brasileiro chegou na forma de escravo. Os africanos começaram a ser trazidos para a colônia na década de 1530, para suprir a falta de mão de obra. Inicialmente, chegaram escravos de Guiné. A partir do século XVIII, a maior parte dos cativos era trazida de Angola e, em menor medida, de Moçambique. Na Bahia, os escravos eram majoritariamente oriundos do Golfo de Benim (atual Nigéria). Até o fim do tráfico negreiro, em 1850, entre três e cinco milhões de africanos foram trazidos ao Brasil[31] — 37% de todo o tráfico negreiro efetuado entre a África e a América.

A imigração europeia no Brasil iniciou-se no século XVI, sendo dominada pelos portugueses. Neerlandeses (a partir das invasões holandesas do Brasil) e franceses (a partir da França Antártica) também tentaram colonizar o Brasil no século XVII, mas sua presença durou apenas algumas décadas. Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte vieram 600 mil, em uma média anual de dez mil colonos. A primeira região a ser colonizada pelos portugueses foi o Nordeste. Pouco mais tarde, os colonos passaram a colonizar o litoral do Sudeste. O interior do Brasil só foi colonizado no século XVIII. Os portugueses foram o único grupo étnico a se espalhar por todo o Brasil, principalmente graças à ação dos bandeirantes ao desbravarem o interior do país no século XVIII.

Antes da grande corrente migratória europeia que chegou ao Brasil no fim do século XIX, o país tinha uma população majoritariamente parda, segundo vários autores:

Se nos indagarmos aqui [sobre] a população do Brasil em 1822, aglomerada no litoral, nas cidades, vilas, engenhos e fazendas, e aquela que se encaminhava para os sertões, verificaremos que essa população não excede 4 500 000 habitantes, dos quais oitocentos mil índios bravios, 2 288 743 pessoas livres e 1 107 300 escravos, adstritos ao trabalho da terra. Dois terços dessas pessoas livres eram mamelucos, caribocas ou cafuzos, mestiços de índios, de negros e portugueses.[32][33]

Geografia urbana[editar | editar código-fonte]

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A população urbana brasileira é maior que a rural, mas nem sempre foi assim. Em 1950, por exemplo, a população urbana era muito menor que a rural. Já o censo de 2010 apontou que a população urbana correspondia a 84,4% da população total e a rural era de 15,6%.[34] Pelo censo de 2010, a distribuição conforme o local do domicílio era 160 contra 30 milhões de habitantes, aproximadamente.[34] Proporcionalmente também a predominância urbana tem aumentado, bastando contrapor os 84,36% de habitantes com domicílio na zona urbana em 2010 e os 67,70% em 1980.[34] O processo da urbanização foi acompanhado da industrialização, mecanização agrícola e concentração fundiária, ao substituir o modelo agrário-exportador pelo urbano-industrial.[35][36] Ocorrido essencialmente pela via do chamado êxodo rural brasileiro, o processo é avaliado como rápido e desordenado e acarretou os problemas urbanos da favelização, da violência urbana, da poluição e das inundações.[36] A despeito da predominância urbana obtida no século XX, 90% dos municípios brasileiros possuem menos de cinco mil habitantes, o que leva a considerações sociológicas sobre a ruralidade das relações sociais dessa parte da população.[37]

Espacialmente as cidades se concentram no litoral como resultado da colonização de exploração.[38] A fundação de Brasília como capital contribuiu para a interiorização da população, como também outras capitais planejadas como Teresina e Belo Horizonte.[38] Assim, destacam-se eixos de intensa concentração urbana como o vale do Paraíba do Sul,[38] simbolizando a conexão entre os dois principais núcleos de uma megalópole Rio–São Paulo; mas também a Zona da Mata, onde estão seis das nove capitais nordestinas,[39][40][41] e o recente Eixo Goiânia–Anápolis–Brasília, longe da costa atlântica.[42][43][44]

Hierarquia e rede urbana[editar | editar código-fonte]

A hierarquia urbana trata das influências que as cidades exercem sobre uma determinada região, território ou país(es). São inúmeras as atividades desenvolvidas nas cidades, tanto no setor secundário (indústria) como no terciário (comércio e serviços), e até mesmo no primário (agropecuária). Essas atividades, dependendo de sua qualidade e diversificação, podem atender não só à população urbana, mas a todo o município, incluindo a zona rural e a população de vários municípios ou de outros estados. Assim, uma cidade pequena pode não ter um comércio ou serviço de saúde suficiente para sua população, que é atendida em outra cidade maior, mais bem equipada, que lhe ofereça serviços de melhor qualidade.

Os equipamentos de uma cidade (escolas, universidades, postos de saúde, hospitais, sistema de transporte, cinemas, teatros, entre outros), o parque industrial, os serviços, o setor financeiro determinam a sua área de influência, ou seja, a região por esta polarizada. Assim, é possível construir um sistema hierarquizado, no qual as cidades menores encontram-se subordinadas às maiores.

Sistema de hierarquização urbana, no qual várias cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espaço. Em cada nível, as maiores polarizam as menores. O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importância das cidades.[45][46] As categorias de cidades são:

Metrópoles[editar | editar código-fonte]

A partir dos principais centros urbanos do Brasil, foram identificadas redes urbanas associadas às metrópoles, denominadas "redes de influência".[46] Com base nesse estudo, as metrópoles brasileiras foram subdivididas em três níveis:      grande metrópole nacional,      metrópoles nacionais e      metrópoles.[46]

Rede urbana Unidades federativas abrangidas População (2018)
São Paulo
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 São Paulo /
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 Minas Gerais /
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 Mato Grosso do Sul /
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 Paraná
49 295 747
Recife
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 Pernambuco /
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 Paraíba /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Rio Grande do Norte /
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 Alagoas /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Sergipe /
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 Bahia /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Ceará /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Piauí
23 601 254
Belo Horizonte
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 Minas Gerais /
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 São Paulo /
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 Rio de Janeiro /
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 Espírito Santo /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Goiás
21 069 799
Fortaleza
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 Ceará /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Piauí /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Maranhão /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Tocantins /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Pará /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Pernambuco
20 109 664
Rio de Janeiro
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Rio de Janeiro /
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 Minas Gerais
17 296 239
Salvador
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Bahia /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Minas Gerais
14 471 227
Curitiba
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 Paraná /
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 Mato Grosso do Sul /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Santa Catarina
11 654 092
Brasília
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 Distrito Federal /
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 Goiás /
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 Minas Gerais /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Mato Grosso /
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 Rondônia /
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 Acre /
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 Bahia /
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 Tocantins /
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 Maranhão /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Piauí
11 649 359
Porto Alegre
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Rio Grande do Sul
11 293 956
Belém
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Pará /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Amapá /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Maranhão /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Tocantins
9 335 660
Goiânia
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Goiás /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Minas Gerais /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Tocantins /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Pará /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Mato Grosso
8 269 552
Florianópolis
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Santa Catarina /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Rio Grande do Sul
7 138 738
Manaus
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Amazonas /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Roraima
4 490 260
Vitória
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Espírito Santo /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Bahia /
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 Minas Gerais
4 468 927
Campinas
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?
 São Paulo
4 396 180

Capitais regionais[editar | editar código-fonte]

As capitais regionais constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos.[46] Subdividem-se em:

  • Capitais regionais A: Aracaju, Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Maceió, Natal, Ribeirão Preto, São Luís e Teresina.
  • Capitais regionais B: Bauru, Blumenau, Caruaru, Cascavel, Caxias do Sul, Chapecó, Criciúma, Feira de Santana, Itabuna, Itajaí/Balneário Camboriú, Joinville, Juazeiro do Norte, Juiz de Fora, Londrina, Maringá, Montes Claros, Palmas, Passo Fundo, Porto Velho, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Uberlândia e Vitória da Conquista.
  • Capitais regionais C: Americana/Santa Bárbara d'Oeste, Anápolis, Araçatuba, Araguaína, Arapiraca, Araraquara, Barreiras, Barretos, Boa Vista, Brusque, Cabo Frio, Caçador, Cachoeiro de Itapemirim, Cacoal, Campina Grande, Campos dos Goytacazes, Castanhal, Catanduva, Divinópolis, Dourados, Eunápolis, Foz do Iguaçu, Franca, Garanhuns, Governador Valadares, Guaratinguetá, Ilhéus, Imperatriz, Ipatinga, Jaú, Ji-Paraná, Joaçaba/Herval d'Oeste, Jundiaí, Lages, Lajeado, Limeira, Macaé/Rio das Ostras, Macapá, Marabá, Marília, Mossoró, Pelotas, Petrolina/Juazeiro, Petrópolis, Piracicaba, Poços de Caldas, Ponta Grossa, Pouso Alegre, Presidente Prudente, Rio Branco, Rondonópolis, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santarém, Santos, São Carlos, Sete Lagoas, Sinop, Sobral, Teófilo Otoni, Tubarão/Laguna, Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa.

Municípios[editar | editar código-fonte]

Um município no Brasil é uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo a menor unidade autônoma da Federação. A sede do município é categorizada como cidade e possui o seu mesmo nome.[47] Cada um tem sua própria Lei Orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal.[48] Os municípios dispõem apenas dos poderes Executivo, exercido pelo prefeito, e Legislativo, sediado na câmara municipal (também chamada de câmara de vereadores). O Poder Judiciário organiza-se em forma de comarcas que abrangem vários municípios ou parte de um município muito populoso. Portanto, não há Poder Judiciário específico de cada município.[48]

Atualmente existem 5 570 municípios em todo território nacional.[49] O quadro abaixo apresenta os vinte mais populosos municípios brasileiros:

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Municípios mais populosos do Brasil
Estimativa de 2021 feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [50] [nota 2]
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

São Paulo
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUF Pop. Posição Localidade UF Pop.
1 São Paulo SP 12 396 372 11 Belém PA 1 506 420
2 Rio de Janeiro RJ 6 775 561 12 Porto Alegre RS 1 492 530
3 Brasília DF 3 094 325 13 Guarulhos SP 1 404 694
4 Salvador BA 2 900 319 14 Campinas SP 1 223 237
5 Fortaleza CE 2 703 391 15 São Luís MA 1 115 932
6 Belo Horizonte MG 2 530 701 16 São Gonçalo RJ 1 098 357
7 Manaus AM 2 255 903 17 Maceió AL 1 031 597
8 Curitiba PR 1 963 726 18 Duque de Caxias RJ 929 449
9 Recife PE 1 661 017 19 Campo Grande MS 916 001
10 Goiânia GO 1 555 626 20 Natal RN 896 708

Regiões metropolitanas[editar | editar código-fonte]

As regiões metropolitanas foram definidas originalmente em lei federal e, desde a constituição de 1988, por meio de leis estaduais.[51] Das nove originais de 1973, a quantidade se aproxima das quatro dezenas em 2017.[51][52][53] Elas, a princípio, devem agrupar municípios vizinhos com malha urbana conurbada a fim de melhor lidar com os problemas e interesses comuns na realidade metropolitana de interdependência socioeconômica.[52][53] A criação e ampliação pelos estados gerou críticas por falta de correspondência entre as estruturas socioespaciais características de regiões metropolitanas e aquelas criadas por força de lei.[51][53] A situação foi parcialmente contornada com o Estatuto da Metrópole, que regulamentou as criações posteriores à vigência do estatuto.[54][55][56] As cinco regiões metropolitanas mais populosas no censo de 2010 (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife) concentravam mais de 44 milhões de habitantes diante do total registrado de mais de 190 milhões.[57] O quadro abaixo apresenta as vinte mais populosas regiões metropolitanas, incluindo aquelas formações interestaduais criadas por legislação federal e denominadas especificamente regiões integradas de desenvolvimento econômico (RIDE).

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Regiões metropolitanas mais populosas do Brasil
Estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 1º de julho de 2020.[58]
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

São Paulo
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop. Posição Localidade Unidade federativa Pop.
1 São Paulo São Paulo 21 893 842 11 Manaus Amazonas 2 722 014
2 Rio de Janeiro Rio de Janeiro 13 131 590 12 Goiânia Goiás 2 654 860
3 Belo Horizonte Minas Gerais 6 006 091 13 Vale do Paraíba São Paulo 2 576 250
4 Brasília Distrito Federal 4 693 793 14 Belém Pará 2 529 178
5 Porto Alegre Rio Grande do Sul 4 363 027 15 Sorocaba São Paulo 2 166 860
6 Fortaleza Ceará 4 137 561 16 Vitória Espírito Santo 2 006 486
7 Recife Pernambuco 4 103 780 17 Baixada Santista São Paulo 1 881 706
8 Salvador Bahia 3 957 566 18 Ribeirão Preto São Paulo 1 738 000
9 Curitiba Paraná 3 693 891 19 São Luís Maranhão 1 644 923
10 Campinas São Paulo 3 304 338 20 Natal Rio Grande do Norte 1 631 016

Concentrações urbanas[editar | editar código-fonte]

Em estudo chamado Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil, o IBGE tratou das interações entre as cidades brasileiras em termos de conurbação e migração pendular. Nele, introduziu os conceitos de "arranjo populacional" e "concentração urbana". O primeiro corresponde aos conjuntos formados por dois ou mais municípios que se encontram integrados por contiguidade da mancha urbana ou fluxos para trabalho ou estudo. O segundo conceito está dividido em faixas conforme o quanto é populoso. A faixa mais populosa são as "grandes concentrações urbanas", que abrangem arranjos populacionais "acima de 750 mil habitantes e os municípios isolados (que não formam arranjos) de mesma faixa populacional". O IBGE identificou 26 delas no país com base no censo demográfico de 2010. A seguir, há as "médias concentrações urbanas" (municípios isolados e arranjos populacionais entre 100 mil e 750 mil habitantes) e as "pequenas concentrações populacionais" (arranjos com população inferior a 100 mil habitantes). As maiores concentrações urbanas estão identificadas abaixo.[59][60]

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Concentrações urbanas mais populosas do Brasil
Estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 1º de julho de 2019[61][62][63][nota 3]
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

São Paulo
Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

Rio de Janeiro
PosiçãoLocalidadeUnidade federativaPop. Posição Localidade Unidade federativa Pop.
1 São Paulo São Paulo 21 656 301 11 Belém Pará 2 217 601
2 Rio de Janeiro Rio de Janeiro 12 777 959 12 Manaus Amazonas 2 182 763
3 Belo Horizonte Minas Gerais 5 178 131 13 Campinas São Paulo 2 166 734
4 Recife Pernambuco 4 056 323 14 Vitória Espírito Santo 1 854 478
5 Brasília Distrito Federal 4 012 896 15 Baixada Santista São Paulo 1 733 864
6 Porto Alegre Rio Grande do Sul 3 931 739 16 S. José dos Campos São Paulo 1 610 200
7 Salvador Bahia 3 779 939 17 São Luís Maranhão 1 432 529
8 Fortaleza Ceará 3 642 907 18 Natal Rio Grande do Norte 1 357 366
9 Curitiba Paraná 3 468 575 19 Maceió Alagoas 1 219 902
10 Goiânia Goiás 2 456 340 20 João Pessoa Paraíba 1 165 286

Movimentos populacionais[editar | editar código-fonte]

Imigração[editar | editar código-fonte]

Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

No Brasil, a política migratória externa pode ser dividida em duas fases : a primeira, de estímulo à imigração, principalmente após a abolição da escravatura, em 1888, visando a substituição da mão de obra escrava na lavoura cafeeira;[64] a segunda, de controle à imigração, a partir de 1934, no governo Vargas, devido à crise econômica internacional da década de 1930.[65][66] O afluxo de imigrantes para o Brasil pode ser dividido em três períodos principais.[67]

O primeiro período (de 1808 a 1850[carece de fontes]) foi marcado pela chegada da família real, em 1808, o que ocasionou a vinda dos primeiros casais de imigrantes açorianos para serem proprietários de terras no país[carece de fontes]. Devido ao receio do europeu de fixar-se num país de economia colonial e escravocrata, nesse período houve uma imigração muito pequena.[68]

O segundo período (de 1850 a 1930) foi marcado pela proibição do mercado de escravos. Foi a época mais importante para a nossa imigração, devido ao grande crescimento da atividade monocultora (café) e aos incentivos governamentais dados ao imigrante. Em 1888, com a abolição da escravidão, estimulou-se ainda mais o fluxo imigratório, tendo o Brasil recebido, nessa época, praticamente 80% dos imigrantes entrados no país.[69][70]

O terceiro período (de 1930 até os dias de hoje) é caracterizado por uma sensível redução na imigração, devido, inicialmente, à crise econômica de 1929, ocasionada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, com o consequente abalo da cafeicultura brasileira. Além disso, contribuiu também a crise política interna no país, decorrente da Revolução de 1930, e a criação de uma lei sobre imigração, através da Constituição de 1934. Essa lei restringia a entrada de imigrantes, estipulando que, anualmente não poderia entrar no país mais que 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade entrados nos últimos 50 anos. Determinava ainda que 80% dos imigrantes deveriam dedicar-se à agricultura, além de estabelecer uma discutível e discriminatória "seleção ideológica", ou seja, conforme as ideias políticas que professava, o imigrante poderia ou não entrar no país.[carece de fontes]

O envolvimento da Europa na Segunda Guerra Mundial também reduziu a emigração, e a recuperação econômica daquele continente, após a guerra, levou os europeus a emigrarem para outros países do próprio continente. Intensificaram-se, nesse período, as migrações internas. Mineiros[carece de fontes] e nordestinos, principalmente, dirigiram-se para o centro-sul do país, em virtude de crescimento urbano e industrial.[71]

O grande fluxo imigratório em direção ao Brasil foi efetuado no século XIX e início do século XX. Para se ter uma ideia do impacto imigratório nesse período, entre 1870 e 1930, entraram no Brasil um número superior a cinco milhões de imigrantes. Esses imigrantes foram divididos em dois grupos: uma parte foi enviada para o Sul do Brasil, onde se tornaram colonos trabalhando na agricultura. Todavia, a maior parte foi enviada para as fazendas de café do Sudeste. Os colonos mandados para o Sul do país foram, majoritariamente, alemães (a partir de 1824, sobretudo da Renânia-Palatinado, Pomerânia, Hamburgo, Vestfália, etc) e italianos (a partir de 1875, sobretudo do Vêneto e da Lombardia). Ali foram estabelecidas diversas comunidade (colônias) de imigrantes que, ainda hoje, preservam os costumes do país de origem. Para o Sudeste do país chegaram, majoritariamente, italianos (sobretudo do Vêneto, Campânia, Calábria e Lombardia), portugueses (notadamente oriundos da Beira Alta, do Minho e Alto Trás-os-Montes), espanhóis (sobretudo da Galiza e Andaluzia), japoneses (sobretudo de Honxu e Oquinaua) e árabes (do Líbano e da Síria).[carece de fontes]

De acordo com o Memorial do Imigrante, entre 1870 e 1953, entraram no Brasil cerca de 5,5 milhões de imigrantes, sendo os italianos (1 550 000), portugueses (1 470 000), espanhóis (650 000), alemães (210 000), japoneses (190 000), poloneses (120 000) e 650 000 de diversas outras nacionalidades.[carece de fontes][carece de fontes]

Migração interna[editar | editar código-fonte]

Cerca de um terço dos brasileiros não vive onde nasceu. As migrações internas respondem por boa parte deste terço, e classificam-se basicamente em duas categorias: deslocamento do campo para a cidade, o chamado (êxodo rural) - causado frequentemente pela falta de oportunidades de trabalho e serviços no campo e pela concentração fundiária - e migrações regionais, das quais os exemplos mais importantes foram:[carece de fontes]

  • o ciclo da mineração, em Minas Gerais, nos meados do século XVIII, que provocou um deslocamento da população litorânea para o interior do país;[carece de fontes]
  • o fluxo de escravos do Nordeste para as plantações de café de São Paulo e do Rio de Janeiro, em fins do século XIX;[carece de fontes]
  • o ciclo da borracha, na Amazônia, em fins do século XIX para o início do século XX, que atraiu muitas pessoas, especialmente do Nordeste;[carece de fontes]
  • a construção de Brasília, que deslocou mão de obra principalmente do Norte e Nordeste;[carece de fontes]
  • o desenvolvimento industrial, dos anos 1950 em diante, na região Sudeste (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro), que deslocou principalmente nordestinos.[carece de fontes]

Recentemente as migrações regionais mais importantes ainda são a de nordestinos para as regiões Sudeste e Sul, em busca de trabalho nos setores industrial, comercial e de serviços; ocorre, também, no Centro-Oeste e Norte, um fluxo de famílias ligadas ao meio rural, vindas principalmente da região Sul, graças à expansão da fronteira agrícola.[carece de fontes]

A partir da década de 1980, os fluxos inter-regionais e até intraestaduais tornaram-se mais significativos, especialmente na região Nordeste, com a consolidação de várias metrópoles ao redor das capitais de cada estado nordestino. Por conta do Brasil já ser um país essencialmente urbano, os fluxos migratórios encontram-se em menor dimensão de décadas passadas, e concentram-se mais na ocupação de espaços com maior dinamismo (em geral cidades médias do interior e algumas capitais, além da fronteira agrícola). Ações sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família também reduzem os fluxos migratórios, ao responder mais rapidamente situações de calamidade pública especialmente em função da seca, que intensificavam os fluxos no passado.[carece de fontes]

  • Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

    Décadas de 1960 a 1980.

  • Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

    Décadas de 1980 a 1990.

  • Porque a composição da população brasileira é diferente em cada estado?

    Década de 1990.

Migração externa[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Extremos do Brasil
  • Composição étnica do Brasil
  • Racismo no Brasil
  • Brasileiros brancos
  • Brasileiros asiáticos
  • Afro-brasileiro
  • Povos indígenas do Brasil
  • Imigração no Brasil
  • Imigração italiana no Brasil
  • Imigração portuguesa no Brasil
  • Imigração alemã no Brasil
  • Imigração japonesa no Brasil
  • Imigração espanhola no Brasil
  • Escravidão africana no Brasil
  • Homofobia no Brasil
  • Invasões holandesas do Brasil
  • França Antártica
  • Diáspora brasileira
  • Migrações internas no Brasil
  • Classes sociais no Brasil

Notas e referências

Notas

  1. Vide o caso, por exemplo, dos homossexuais e os direitos LGBT no Brasil.[22][23][24]
  2. Brasília não é município. Para efeitos legais, é considerada uma cidade.
  3. Os municípios que compõem cada uma das Grandes Concentrações Urbanas estão relacionados na lista de concentrações urbanas do Brasil por população.

Referências

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  70. «Home». www.frigoletto.com.br. Consultado em 21 de dezembro de 2016
  71. «Um grande exemplo de migrante cearense em território paranaense»

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  • Dinâmica da população mundial, em relatos do Departamento do Censo dos Estados Unidos
  • População indígena dobrou em nove anos, constata IBGE
  • «A concentração da população brasileira nas capitais». Nexo Jornal
  • «O crescimento da população brasileira desde o século XIX». Nexo Jornal

Quais são os fatores da desigualdade na distribuição da população brasileira em nosso território?

Dentre os principais fatores estão os campos de plantação e de pastagem existentes na região, principalmente com elevada presença dos latifúndios de monoculturas para exportação.

Quais são os fatores que influenciam a distribuição da população pelo território brasileiro?

Os fatores naturais, o desenvolvimento econômico e industrial, bem como fatores de ordem social e histórica influem na concentração populacional em um lugar em detrimento de outros.

Que aspectos e características diferenciam a população brasileira?

O Brasil é considerado um dos países de maior diversidade étnica do mundo, sua população apresenta características dos colonizadores europeus (brancos), dos negros (africanos) e dos indígenas (população nativa), além de elementos dos imigrantes asiáticos.

Por que podemos afirmar que o Brasil possui uma distribuição populacional bastante irregular?

Os principais fluxos migratórios no Brasil estão voltados para os nordestinos que saem em direção ao Sudeste e Centro-Oeste, isso muita vezes é provocado devido às questões de seca, falta de emprego, baixo índice de industrialização em relação às outras regiões, dentre outros fatores.