Publicidade Os países da Europa que fazem fronteira com a parte ocidental da Ucrânia estão se preparando para um possível fluxo migratório de milhões de refugiados em caso de uma possível invasão russa. A
Polônia, um dos que mais deve receber imigrantes, está prevendo diversos cenários. De acordo com o vice-ministro do Interior, Maciej Wasik, o país está pronto para uma nova onda de até 1 milhão de pessoas. Atualmente, a Polônia já abriga cerca de 2 milhões de ucranianos, muitos dos quais se mudaram em 2014 – quando a Rússia anexou a região da Crimeia – e se beneficiaram de regras mais simples
para obter permissões de trabalho. Segundo o governo, o objetivo é abrigar o contingente de refugiados em albergues, dormitórios e instalações esportivas. No último sábado, o prefeito da cidade de Ciechanów, ao norte, disse por meio do Twitter que foi solicitado pelas autoridades federais a indicar a lista de instalações de acomodação para refugiados, o número de pessoas que seria possível acomodar, os custos envolvidos e o tempo de adaptação das instalações com recomendação de até 48 horas. Muitas pessoas já deixaram as zonas de conflito do leste da Ucrânia em direção a outros países, inclusive a Rússia, em busca de melhores condições de trabalho. Segundo o ministro de Finanças ucraniano, a possibilidade de viagens sem visto para o restante do continente fez com que grande parte da população já deixasse a região. No entanto, para a ACNUR, agência das Nações Unidas para Refugiados, a situação permanece imprevisível. Caso haja uma invasão direta por parte dos russos em direção à Kiev, por exemplo, o número de vítimas e deslocamentos pode ser muito alto. Além da Polônia, a Romênia também espera que um grande número de ucranianos possam se dirigir ao país. Em entrevista à uma emissora de televisão local, o ministro do Interior disse que o governo está considerando a perspectiva de “centenas de milhares de refugiados em um fluxo descontrolado”. “Estamos atualmente analisando quantos campos de refugiados podemos instalar em um período de tempo relativamente curto e as capacidades dos alojamentos já existentes”, disse ele. Continua após a publicidade Seguindo na mesma direção, o governo da Eslováquia também se disse pronto para participar. Grupos de direitos humanos, no entanto, alertaram para a forma como esses possíveis imigrantes serão tratados em outros países, principalmente devido aos episódios recentes no continente. No ano passado, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, organizou um movimento de refugiados com a promessa de que seu país daria passe livre para quem quisesse entrar na Europa. Ao invés disso, milhares de pessoas foram capturadas por guardas fronteiriços poloneses e enviados de forma violenta de volta ao território bielorrusso. No final de janeiro, Varsóvia anunciou ainda a construção de um muro ao longo de toda a fronteira de forma a impedir que requerentes de asilo sírios e iraquianos entrem em território polonês. Um porta-voz da fundação Ocalenie, que apoia refugiados que vivem na Polônia, elogiou o compromisso do governo, mas alertou que alguns imigrantes não podem ser beneficiados em detrimento de outros. Outra organização polonesa que oferece apoio a pessoas vindas de outro país, a Grupa Garnica, disse que é racista diferenciar indivíduos com base em seu país de origem. Em resposta, o vice-ministro do Interior descreveu os ucranianos como “refugiados reais” e disse que seu governo não irá negar ajuda. Enquanto isso, as autoridades das autodeclaradas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk ordenaram uma evacuação para proteger os cidadãos de um ataque ucraniano, embora não haja evidências de que Kiev esteja planejando isso. Continua após a publicidade
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Quais são os motivos da atual corrente migratória de refugiados na Ucrânia?A invasão da Rússia desencadeou um deslocamento maciço de pessoas nas quase oito semanas desde que começou, incluindo mais de 7 milhões de ucranianos no país.
Qual a situação dos refugiados ucranianos?Número de refugiados devido à guerra na Ucrânia ultrapassa 6 milhões. O número de pessoas que fugiram da Ucrânia para escapar da invasão da Rússia passou de 6 milhões, na pior crise de refugiados na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, disse a agência de refugiados da ONU (ACNUR) nesta quinta-feira (12).
Que tipo de migração Os ucranianos estão fazendo?Para onde os ucranianos estão fugindo? Refugiados estão cruzando as fronteiras, em especial rumo a países localizados no lado ocidental da Ucrânia, como Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia, mas também Moldova, ao sul. Milhares também foram para a Rússia, e um contingente menor, para Belarus.
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