O que é o processo de desenergização?

Se você é da área de eletricidade provavelmente já ouviu o termo desenergização, que é uma medida de segurança amparada pela NR 10.

Os profissionais atuantes neste setor estão expostos cotidianamente a vários riscos. Sendo assim, é comum o debate sobre assuntos ligados à segurança. A seguir, entenda melhor esse tema, regido pela NR 10.

Afinal, o que é desenergização mesmo?

Algumas pessoas pensam que desenergização é apenas “desligar” o interruptor ou disjuntor para realizar o trabalho no sistema elétrico. Porém, não é somente um desligamento, pois envolve vários processos. Ou seja, é a união de ações gerenciadas, controladas e que ocorrem de modo sequencial com o objetivo de garantir a ausência total de tensão no circuito.

Vale ressaltar que a instalação desenergizada tem um nível de segurança superior ao da desligada. Isso porque evita a energização acidental, causada por alguns motivos, como:

  • Falhas na manobra;
  • Fechar chave seccionadora;
  • Contato acidental com outros circuitos energizados;
  • Fontes de alimentação de terceiros;
  • Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres;
  • Entre outros.

Confira a descrição do item 10.2.8 da RN 10 sobre “Medidas de proteção coletiva”:

  • Em todos os serviços realizados em instalações elétricas é necessário prever e adotar medidas de proteção coletivas aplicáveis às atividades que serão executadas;
  • As medidas de proteção coletiva abarcam, de modo prioritário, a desenergização elétrica de acordo com a NR e, na sua impossibilidade, a aplicação de tensão de segurança.

Obs: a medida de proteção coletiva é diferente de EPC (Equipamento de Proteção Coletiva), já que essa medida contém variados processos.

Processos de desenergização

A desenergização precisa ser feita em fases programadas, em concordância com a NR 10. O item 10.5.1 da Norma Regulamentadora trata da “Segurança em Instalações Elétricas Desenergizadas”. Confira o que diz este item:

Só serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para o trabalho, mediante os processos adequados, conforme a sequência estabelecida. Veja quais são as etapas:

  1. Seccionamento;
  2. Impedimento de reenergização;
  3. Constatação da ausência de tensão;
  4. Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
  5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
  6. Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

1. Seccionamento

Realizar o seccionamento é o mesmo que desligar. Ou seja, significa que esse é o momento de cortar o fluxo de elétrons no condutor. A NR 10 exige a instalação seccionada no local onde será feito o trabalho. Por isso, nessa etapa, é necessário entender qual circuito seccionar, e se existe a necessidade de utilizar equipamentos especiais durante o seccionamento.

2. Impedimento de reenergização

Neste estágio, o profissional deve impedir a reenergização por meio de artifícios mecânicos. Por exemplo: com cadeados. Desse modo, garantindo que o sistema ficará seccionado durante o serviço.

3. Constatação da ausência de tensão

O profissional precisa utilizar equipamentos de medição para verificar se o circuito onde será realizada a intervenção estará realmente sem tensão elétrica. Vale observar que, o equipamento de medição deve conter a indicação da magnitude de tensão do lugar em que ocorrerá o trabalho, além de estar calibrado.

4. Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos

Nesta fase, o foco está em proteger o profissional caso o sistema volte à condição de energização. A equipotencialização tem o intuito de garantir que um elemento esteja no mesmo potencial que a terra. Os condutores precisam ser aterrados de maneira temporária por meio de hastes de aterramento e garras.

5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada

Primeiro, o profissional deve definir a área controlada, seguindo as diretrizes do anexo II da NR 10. Depois disso, tem que analisar o local em que a intervenção acontecerá, e verificar se existe algum elemento energizado. Se houver, ele precisa fazer a proteção deste elemento, por exemplo, com mantas isolantes.

6. Instalação da sinalização de impedimento de reenergização

Neste estágio, é necessário instalar e sinalizar o impedimento de reenergização por meio de placas, etiquetas ou outros recursos. Esta sinalização precisa indicar para aqueles que não estão envolvidos no processo que não é permitida a entrada no local de intervenção.

Obs: a desenergização elétrica precisa ser feita por pessoas devidamente autorizadas para realizar o trabalho, de acordo com item 10.5 da NR 10.

Se a sua empresa precisa contar com pessoas especialistas nas diretrizes da RN 10 para progredir com trabalhos e projetos, entre em contato com o nosso time e tire suas dúvidas.

O que é um desenergização?

O que é a desenergização? Esse é o procedimento realizado para a supressão da instalação. Ele pode ser definido como um conjunto de ações coordenadas, controladas e sequenciadas que se destinam à garantia da ausência total de tensão no circuito — devendo este estar sob controle durante todo o tempo de trabalho.

Quais são os processos de desenergização?

Quais são os passos de desenergização?.
Seccionamento. ... .
Impedimento de reenergização. ... .
Constatação da ausência de tensão. ... .
Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos. ... .
Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada..

O que é desenergização de um sistema?

A desenergização de um sistema é o resultado final a partir da realização de um conjunto de ações coordenadas. Além disso, são sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho.

O que é desenergização Segundo a nr10?

A desenergização é uma medida de segurança de acordo com a NR-10, que permite controlar o risco elétrico, garantindo a segurança de quem a manuseia.