Por que a água potável é um recurso natural cada vez mais escasso?

Sabemos que a água potável é um recurso cada vez mais escasso no planeta. Em 2007 a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou que cerca de 1,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e estima-se que dois milhões de crianças morrem todos os anos pela falta dela ou de saneamento básico.

Parece controverso que o planeta terra, que é constituído por dois terços de água, não possa abastecer sua população que já ultrapassou os 6 bilhões de indivíduos. Teoricamente, ela não deveria faltar. O problema que quase toda esta água encontra-se distribuída sob a forma de gelo ou água salgada, o que impede seu consumo imediato pelo homem. E para piorar, sua distribuição pela superfície do planeta é desigual.
Alguns lugares são naturalmente secos, o que exige que a água tenha que ser captada longe do local onde será consumida, tornando necessários investimentos em estruturas de captação e distribuição, além do tratamento. Isso encarece e, muitas vezes inviabiliza seu acesso às pessoas que não tem tantas (ou nenhuma) condições de pagar.

Como se já não bastassem todas as dificuldades impostas pela natureza, junta-se a isso, as dificuldades impostas pelo homem. Em regiões como o Oriente Médio, por exemplo, a água virou objeto de disputa entre países e um dos motivos que fazem perpetrar um dos conflitos mais antigos da humanidade. Na África, a água já foi elemento de discriminação racial quando, na época doapartheid só os brancos podiam ter acesso a ela.

O grande problema, além dos já apontados, é que nos lugares onde há grande disponibilidade de água, há uma “cultura de desperdício” onde se prega, erroneamente, que a água é um bem que nunca faltará.
Felizmente, essa cultura vem sendo combatida e, aos poucos, a população do mundo todo têm se conscientizado da importância de economizar e encontrar meios de reutilizar a água de maneira mais racional.

No Brasil, um tema bastante discutido é a questão da “cobrança pelo uso da água”. Em alguns países, como a França e a Alemanha, a prática de se cobrar pela captação e diluição de resíduos em corpos d’água já é bastante difundida, mas no Brasil, ainda são poucos os Estados que aderiram à idéia.

Na experiência brasileira os recursos conseguidos com esta cobrança não são suficientes para financiar todos os custos que envolvem a recuperação da bacia impactada. Contudo cobrar pela utilização da água faz com que haja o que podemos chamar de “conscientização forçada”: já que é difícil convencer pela razão, convence-se pelo bolso. Claro que, neste caso, a cobrança é feita apenas para a captação e dissolução de poluentes, ou seja, aplica-se apenas às indústrias, companhias de saneamento e abastecimento e uso agrícola, todas estas, atividades que lucram com este uso.

Já quando falamos na possibilidade de se cobrar pelo uso da água do consumidor final (pessoa física), a proposta, embora com boas intenções, esbarra em um dos direitos básicos do homem que é ter suas necessidades básicas de sobrevivência supridas; o que inclui acesso a água potável. Por isso, as propostas neste sentido, costumam englobar um limite mínimo de consumo dentro do qual o uso não é cobrado.

Parece demais dizer que se deve pagar pelo uso de um bem que deveria ser, por direito, de todos, para pessoas que vivem em um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo. A questão é que tudo isso visa inibir o desperdício de um bem escasso e caro. Segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas, nos locais de menor renda o acesso à água costuma ser mais caro. As populações que vivem em favelas na América do Sul, por exemplo, gastam em média 10% de sua renda com água, enquanto que na Inglaterra isso não ultrapassa os 3%.

Enfim, há quem se preocupe com possíveis guerras futuras por causa da água. Estes talvez pensem que dois milhões de crianças mortas por ano ainda é pouco. A verdade é que muito mais que dificuldades geográficas e climatológicas, o que existe de fato é o que Kemal Dervis, administrador do PNUD, e Trevor Manuel, ministro de Finanças Públicas da África do Sul, chamaram de falta de vontade política (artigo publicado em novembro de 2006 no site da ONU Brasil) por parte de governos e instituições. (Sociologia/Filosofia)

Consultoria Roberto Giansanti, professor de Geografia e consultor educacional, e Maria Teresinha Figueiredo, consultora em Ensino de Ciências e Educação Ambiental, Formação, Currículo e Material Didático do Instituto Sangari
Uma em cada três pessoas não tem acesso a água potável e duas em cada cinco não têm instalações básicas para lavar as mãos com água e sabão.

A água é um elemento mais escasso do que pensamos. Embora 70,8% da superfície terrestre seja ocupada por água, apenas 2,5% dela é água doce, ou seja, água adequada para consumo humano. Destes 2,5%, a grande maioria encontra-se em áreas inacessíveis, tais como glaciares nos pólos. Assim, apenas 0,5% de apenas 0,5% da água do planeta é adequada e acessível para o consumo humano..

O consumo de água não é responsável, seja qual for a sua opinião.

Do ponto de vista do uso doméstico, os dados da AEAS revelam que o consumo diário de água por pessoa é de 139 litros quando o recomendado pela ONU e pela OMS é de 100 litros. Meça a sua pegada de água e aprender a usar a água de forma mais eficiente. A responsabilidade individual é fundamental.

Do ponto de vista da actividade industrial, a situação é muito pior. Globalmente, a indústria utiliza 20% de água potável fresca para a sua actividade. Na Europa, um quarto da água é utilizada para actividades industriais.

Bruce Logan, um engenheiro da Universidade de Penn State, declara que :”Usamos cerca de 5% da eletricidade global apenas para manter nossa infraestrutura de água. Tratamento, distribuição, recolha, transporte. Isso não é sustentável globalmente quando se considera que um bilhão de pessoas não tem saneamento, e mais de dois bilhões de pessoas estão realmente lutando para ter acesso à água limpa.”.

Tendo em conta que o planeta ainda tem a mesma quantidade de água que há 2.000 anos e que a população mundial, a sobreexploração, a poluição e os efeitos da mudança climática aumentaram exponencialmente, estamos num momento crítico em que se não mudarmos os nossos hábitos de consumo, a vida como a conhecemos hoje vai desaparecer, a vida como a conhecemos hoje vai desaparecer..

Se os recursos renováveis forem explorados para além da sua taxa de regeneração, correrão o risco de se esgotarem e poderão eventualmente tornar-se recursos não renováveis.

Que indústrias consomem mais água nos seus processos de produção?

Graças a um estudo realizado pela Aquae Foundation em Madrid, sabemos que na indústria, a água é utilizada em grande parte para permitir o arrefecimento das máquinas utilizadas para fazer o produto ou bem. E em muitos outros casos, é utilizado para fins higiénicos, como instalações de limpeza e higienização.

Assim, as indústrias que requerem o maior uso de água em seus processos e mecanismos operacionais são:

  1. A indústria do papel e cartão. No topo da lista com 27% do total 27% do consumo total de água pela indústria.
  2. A indústria química. Isto representa 25% do consumo total. O próprio estudo afirma que a maioria destas instalações tem sistemas de recuperação. Assegurando assim a reincorporação da mesma água, uma vez tratada, ao ciclo produtivo repetidamente.
  3. A indústria agro-alimentar e as explorações pecuárias. Responsável por 17% do consumo total de água por indústria. A maior parte desta água é usada para alimentar o gado.
  4. Produção e processamento de metais. Isto representa 13% do consumo de água por indústria. A maior parte desta água é utilizada para o arrefecimento no processo de produção e transformação.
  5. Indústrias minerais. Com 7% do consumo, tanto no processo de produção como no fornecimento de sistemas de refrigeração.
  6. Indústrias relacionadas com o consumo de solventes orgânicos. Referente ao funcionamento das instalações de combustão. Que utilizam 5% do consumo total de água pelas indústrias.

Indústrias de gestão de resíduos. Com 1% do consumo total fazendo um uso sanitário do líquido para garantir uma higiene adequada. Muitas organizações recolhem a água da própria chuva em grandes lagoas para reutilizá-la para usos não sanitários.

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Por que a água potável é um recurso cada vez mais escasso?

Apesar da água se renovar através do chamado ciclo hidrológico, ela vem se tornando escassa, pois ocorre um desequilíbrio entre a demanda – o uso da água – e a oferta – a disponibilidade de água. Este desequilíbrio é chamado de estresse hídrico.

Por que a água é um bem tão escasso?

É um recurso escasso A água potável é considerada um elemento natural finito, já que os recursos voltados à sua renovação são escassos, lentos e principalmente, limitados.

O que é a escassez da água potável?

A escassez de água é a falta de recursos de água doce para atender à demanda padrão de água. A escassez de água pode ser causada por secas, falta de chuvas ou poluição. A escassez de água foi listada em 2019 pelo como um dos maiores riscos globais em termos de impacto potencial na próxima década.

Quais os motivos que levam ao desperdício de água?

DESPERDÍCIO DE ÁGUA NO BRASIL falta de manutenção de equipamentos públicos, pelo emprego de materiais mais baratos; elevada pressão de água, para o abastecimento de água; extravasamento e vazamento nos reservatórios; ligações hidráulicas clandestinas, entre outros.