O que é característica no futebol?

O que é característica no futebol?

Caracter�sticas do futebol e do futsal: implica��es 

para o treinamento de adolescentes e adultos jovens

Laborat�rio de Treinamento e Esporte para Crian�as e Adolescentes (LATECA)

Escola de Educa��o F�sica e Esporte da Universidade de S�o Paulo, S�o Paulo

(Brasil)

Prof. Dr. Alessandro Nicolai R�

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Resumo

          A pr�tica do futebol e do futsal abrange diferentes faixas et�rias e pode ser utilizada como uma importante ferramenta de lazer, entretenimento e promo��o da sa�de, sem que com isso seja diminu�da a import�ncia de um treinamento visando � evolu��o do desempenho individual. Assim, este texto aborda a intera��o dos componentes t�ticos, t�cnicos e f�sicos presentes nos jogos e discute a especificidade de cada um deles no futebol e no futsal, considerando a faixa et�ria de adolescentes e adultos jovens, n�o necessariamente atletas. Primeiramente, s�o considerados os aspectos t�ticos, t�cnicos e f�sicos de modo generalizado ao futebol e ao futsal; em seguida s�o destacadas as rela��es entre esses fatores e, na �ltima parte, esses aspectos s�o vistos de modo integrado e espec�fico � modalidade.

          Unitermos

: Futebol. Futsal. Treinamento esportivo. Capacidade f�sica. T�tica. T�cnica.http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 127 - Diciembre de 2008

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Considera��es iniciais

    O futebol e o futsal s�o modalidades coletivas que se caracterizam pela necessidade de execu��o de a��es motoras em um contexto (jogo) de elevada instabilidade e imprevisibilidade, ou seja, s�o modalidades que exigem a execu��o de habilidades motoras abertas. As a��es t�cnicas (fundamentos) devem ocorrer em fun��o das requisi��es moment�neas do jogo. Sendo assim, isoladamente, os diferentes fundamentos n�o s�o capazes de predizer a capacidade de desempenho (R�, 2007), pois existe uma intera��o entre as a��es motoras (com e sem bola) coletivas e individuais e o sistema de jogo.

    Comumente, o desempenho nas modalidades coletivas � subdivido em componentes t�ticos, t�cnicos, f�sicos e psicol�gicos. Ainda que, didaticamente, essa subdivis�o tenha sentido e facilite o entendimento, na pr�tica, esses fatores ocorrem de modo conjunto, por exemplo, uma condu��o de bola em velocidade exige a coopera��o simult�nea de todos os fatores, sendo dif�cil, sen�o imposs�vel, diferenciar o grau de participa��o de cada um deles.

    Dentro desse contexto, o presente texto aborda a intera��o dos componentes t�ticos, t�cnicos e f�sicos presentes nos jogos e discute a especificidade de cada um deles no futebol e no futsal, considerando a faixa et�ria de adolescentes e adultos jovens, n�o necessariamente atletas. Primeiramente, s�o considerados os aspectos t�ticos, t�cnicos e f�sicos de modo generalizado ao futebol e ao futsal; em seguida s�o destacadas as rela��es entre esses fatores e, na �ltima parte, esses aspectos s�o vistos de modo integrado e espec�fico � modalidade.

T�tica no futebol e no futsal: aspectos gerais

    Nas modalidades esportivas coletivas, o jogo pode ser considerado um sistema composto por elementos em intera��o, ou ainda, uma unidade complexa constitu�da por subunidades que cooperam e preservam sua configura��o de estrutura (Chow, 2006; C�rrea & Tani, 2006; Prangea, 2006). Assim, quando � pensado o sistema t�tico de jogo, devem ser levadas em considera��o as possibilidades de intera��o entre os membros da equipe.

    A t�tica comp�e-se de a��es individuais e coletivas (do advers�rio e da pr�pria equipe). A t�tica individual manifesta-se na escolha e aplica��o dos elementos t�cnicos (fundamentos) e f�sicos. A escolha da t�tica depende do n�vel t�cnico dos jogadores, das capacidades f�sicas, da t�tica do advers�rio, do n�vel de prepara��o dos jogadores, assim como dos fatores exteriores (objetivos pedag�gicos, metas a serem atingidas, etc.). A t�tica coletiva exprime-se, em grande medida, atrav�s do sistema de jogo adotado.

    Por "sistema de jogo" entende-se, geralmente, determinada distribui��o dos jogadores na �rea de jogo e a suas respectivas fun��es. De modo geral, existem os sistemas (t�ticos) que priorizam o ataque ou a defesa. Na qualidade de sistemas de defesa, quase em todos os jogos aplicam-se a cobertura do espa�o (a defesa por zona), a cobertura dos jogadores (a "marca��o" individual) ou ainda a cobertura mista (por zona e individual). Os sistemas de ataque podem ser, de modo gen�rico, categorizados em ataque posicionado e contra-ataque.

    No ataque posicionado, a equipe atacante encontra a defesa em igualdade num�rica e corretamente distribu�da, o que exige uma movimenta��o r�pida da equipe atacante, com penetra��es no espa�o vazio, corta-luzes e outras estrat�gias ofensivas para romper o equil�brio da defesa advers�ria. J� no contra-ataque, a equipe atacante realiza uma a��o em velocidade e obt�m vantagem num�rica sobre a defesa. Logicamente, os sistemas de ataque e defesa n�o podem ser entendidos de forma determinista e segregada, pois existe uma forte intera��o entre o posicionamento da defesa e do ataque. Mais adiante, ser�o abordados os esquemas t�ticos de cada uma das modalidades.

T�cnica (fundamentos) no futebol e no futsal: aspectos gerais.

    Devido � proximidade das regras do futebol e do futsal, as a��es t�cnicas (fundamentos) s�o bastante semelhantes. Assim, apesar de algumas diferen�as quanto � especificidade de sua aplica��o em situa��o real de jogo, os fundamentos do futebol e do futsal s�o o passe, o drible, o chute, o cabeceio, o desarme e o dom�nio/controle de bola com diferentes partes do corpo. Evidentemente, existem in�meras varia��es desses fundamentos, assim como a a��o conjunta, por exemplo, controlar a bola durante um drible ou dominar e chutar.

    Uma caracter�stica importante dos fundamentos t�cnicos � a relativa precis�o com que os mesmos devem ser executados e a conseq�ente depend�ncia de uma adequada capacidade de organiza��o e controle do movimento. Considerando que o sistema nervoso central (SNC) est� diretamente relacionado com a capacidade de organiza��o e controle do movimento (coordena��o motora), � poss�vel afirmar que, durante a adolesc�ncia o treinamento e aperfei�oamento da t�cnica deve ocupar um lugar de destaque nas aulas.

    Todavia, conforme j� destacado, a execu��o de determinada a��o est� diretamente ligada � necessidade do jogo, logo, � dif�cil prever seu resultado sem considerar tal necessidade, fato que exige um forte envolvimento cognitivo durante a execu��o dos fundamentos. Ademais, a tomada de decis�o em situa��o real de jogo n�o acontece de modo desvencilhado das �affordances� (possibilidades de a��o) do executante, ou seja, n�o basta identificar qual a �melhor� solu��o, mas sim a solu��o mais adequada para as caracter�sticas do executante (Ara�jo et al., 2006). Por exemplo, caso o executante n�o saiba realizar um drible, essa n�o seria melhor decis�o, mesmo que no contexto do jogo fosse a op��o mais adequada. Portanto, o processo de tomada de decis�o deve ser visto como uma manifesta��o da intera��o entre os aspectos individuais e as condi��es situacionais do jogo.

    Essa caracter�stica do futebol e do futsal dificulta um maior entendimento dos fatores relacionados ao desempenho nos jogos, pois � poss�vel que o(a) jogador(a) compense uma eventual defici�ncia t�cnica com uma grande efici�ncia no processamento cognitivo de tomada de decis�o. Ao mesmo tempo, a intera��o de diversas vari�veis dificulta um progn�stico do desempenho a partir de medidas isoladas de capacidade t�cnica (R�, 2007; Reilly & Gilbourne, 2003).

Capacidades f�sicas no futebol e no futsal: aspectos gerais

    Ambas as modalidades caracterizam-se pela execu��o de esfor�os de car�ter intermitente, ou seja, h� uma intercala��o entre esfor�os de elevada intensidade e per�odos de recupera��o. Evidentemente, estes per�odos de esfor�o e recupera��o dependem muito das caracter�sticas do jogo e dos jogadores. Especificamente para adolescentes e adultos jovens, � desej�vel que sua condi��o f�sica seja adequada para a utiliza��o do futebol e do futsal como ferramenta de lazer e entretenimento. � razo�vel admitir que a motiva��o para jogar tenda a ser maior em indiv�duos com uma condi��o f�sica adequada.

    Desse modo, destacam-se as capacidades motoras de resist�ncia, for�a, velocidade, resist�ncia de velocidade e agilidade, exigindo do praticante importantes adapta��es neuromusculares e metab�licas (anaer�bia al�tica, anaer�bia l�tica e aer�bia). Talvez no aspecto f�sico, as diferen�as entre o futebol e o futsal sejam mais evidentes, no entanto, o conhecimento de aspectos t�ticos das modalidades permite que o(a) jogador(a) �corra certo�, realizando os esfor�os realmente necess�rios ao contexto do jogo e executando as a��es t�cnicas com maior probabilidade de acerto. Mais uma vez, fica evidenciada a necessidade de intera��o entre diversos fatores.

    Particularmente em rela��o �s capacidades f�sicas e ao tamanho corporal, especialmente durante a puberdade, devem sempre ser consideradas as poss�veis diferen�as entre os jovens no ritmo de desenvolvimento biol�gico, pois as crian�as com desenvolvimento f�sico precoce podem ter certa vantagem em situa��es onde o tamanho corporal e a capacidade f�sica exercem influ�ncia no desempenho (Malina et al., 2000; Pearson, Naughton & Torode, 2006; R� et al., 2003; R� et al., 2005). R� et al. (2003), em estudo transversal realizado com jovens entre 9 e 16 anos de idade, demonstraram que, especialmente na faixa et�ria entre 13 e 14 anos, as poss�veis diferen�as no ritmo de matura��o biol�gica mostraram-se determinantes na distin��o dos jogadores de diferentes n�veis competitivos (federados e n�o-federados) no futsal.

Futebol e futsal: aspectos espec�ficos

    Apesar da semelhan�a entre as modalidades, diversos aspectos da t�tica, t�cnica e capacidade f�sica s�o espec�ficos � modalidade. Assim, sem deixar de considerar os aspectos gerais relatados acima, o foco agora ser� dirigido para aspectos espec�ficos do futsal e do futebol.

Futsal

    O futsal � uma das modalidades esportivas mais praticadas no Brasil, com forte apelo cultural. Popularmente, � tido como uma reprodu��o do futebol em dimens�es reduzidas. Basicamente, as regras de ambas as modalidades s�o as mesmas, com o futsal apresentando algumas particularidades como um menor tamanho e peso da bola, menor n�mero de jogadores (cinco), n�mero livre de substitui��es, cobran�a de lateral com os p�s, aus�ncia do �impedimento�, menor tamanho do gol, menor dimens�o do espa�o de jogo e piso r�gido (quadra).

    Devido � proximidade com o futebol, a transi��o de jogadores entre essas modalidades � elevada, destacando-se o fato de diversos jogadores com hist�ria de sucesso na sele��o brasileira de futebol adulta, terem iniciado seus treinamentos no futsal, quando crian�as. Por�m, pode ser argumentado que durante a inf�ncia esses jogadores praticavam ambas as modalidades simultaneamente, e desse modo, � dif�cil afirmar que houve transfer�ncia direta do futsal para o futebol. Infelizmente, n�o s�o conhecidas investiga��es cient�ficas relacionadas � interfer�ncia do processo de treinamento no futsal para a forma��o de jogadores de futebol. De modo informal, se aceita que o elevado n�mero de contatos individuais com a bola, devido ao menor n�mero de jogadores, o espa�o reduzido de jogo e a rapidez nas tomadas de decis�es, sejam fatores determinantes para o sucesso do Brasil no contexto tanto do futsal como do futebol mundial.

    O futsal � jogado em quadra retangular, plana, horizontal, medindo 40m de comprimento por 20m de largura (dimens�o para jogos oficiais). Ocorre um contato f�sico constante entre os atletas na disputa pelo espa�o de jogo, sendo este muitas vezes um fator importante para a vit�ria de uma equipe (R� et al., 2003). Os jogadores necessitam possuir uma elevada capacidade de velocidade e agilidade de movimentos, al�m de excelente dom�nio espa�o-temporal, permitindo assim uma r�pida acelera��o e mudan�a de dire��o, em espa�os reduzidos e compartilhados por advers�rios e companheiros de equipe. A proximidade dos advers�rios faz com que as a��es tenham que ocorrer de forma r�pida e muitas vezes inesperada, motivo pelo qual os movimentos automatizados e inflex�veis limitam as possibilidades de desempenho (R� & Barbanti, 2006).

    Dentro dessa linha de racioc�nio, as habilidades de contato com a bola assumem um papel discriminante no desempenho, juntamente com mecanismos perceptivos e decis�rios que permitem o sucesso das a��es individuais e coletivas. Assim, durante o processo de forma��o esportiva, deve-se privilegiar a intera��o dos diversos fatores que comp�em o desempenho; o treinamento de uma determinada caracter�stica de forma isolada provavelmente n�o apresentar� resultados positivos (R� & Barbanti, 2006).

    Idealmente, o jogo de futsal � r�pido e as a��es ocorrem em espa�os reduzidos. Assim, o desenvolvimento de uma boa t�cnica integrada a uma r�pida capacidade de tomada de decis�o, � fundamental para a otimiza��o do desempenho e, se esses fatores n�o forem adquiridos de forma consistente durante a inf�ncia e a adolesc�ncia, podem comprometer aquisi��es futuras e a continuidade do envolvimento com a modalidade (Martindale et al., 2005; R� & Barbanti, 2006; Williams & Hodges, 2005). Segundo Reilly et al. (2000a), a �nfase do treinamento com crian�as e adolescentes, deveria ser dada em habilidades t�cnicas e/ou t�ticas, com o desenvolvimento das capacidades f�sicas sendo realizado durante os jogos e/ou jogos adaptados.

    Em rela��o aos sistemas t�ticos, � dif�cil falar em um sistema fixo, pois a troca deposi��es � constante, fato que exige uma elevada taxa de movimenta��o (R� et al., 2003). De modo geral, podem ser destacados os sistemas defensivos: 1-2-1; 2-2(quadrado); 3-1 (tri�ngulo na defesa e flutua��o piv�); 4-0 (linha defensiva � pouco utilizado, pois deixa muito espa�o para o advers�rio, dificulta a roubada de bola e o contra-ataque). Com a possibilidade de utiliza��o do goleiro, muitas vezes quando o time det�m a posse de bola, ocorre varia��o desses sistemas, com o goleiro ocupando a �ltima posi��o na linha defensiva. Quando isso ocorre, normalmente o sistema utilizado � o 1 (goleiro)-2-2.

    Considerando as exig�ncias motoras, durante uma partida de futsal, os esfor�os intensos realizados por curto per�odo de tempo e a altern�ncia com per�odos de baixa intensidade (Alvarez et al., 2008; Medina et al., 2002) indicam que a demanda metab�lica seja suprida pelos tr�s sistemas energ�ticos (aer�bio, anaer�bio l�tico e anaer�bio al�tico). Os diferentes tipos de deslocamento, com grandes acelera��es, desacelera��es, mudan�as de dire��o, chutes, passes, fintas, desarmes, saltos, etc. proporcionam uma significativa adapta��o neuro-muscular, favorecendo a pot�ncia e a agilidade. Devido ao pequeno espa�o de jogo, essas capacidades podem ser consideradas decisivas para o resultado de uma partida.

    Em estudo com atletas adultos de futsal espanh�is (Molinuevo & Ortega, 1989), foi observado um elevado valor nas vari�veis de for�a de membros inferiores, for�a abdominal e agilidade, seguido por tamb�m elevados valores de VO2m�x (60,7ml.kg-1.min-1). Palma (1995) encontrou valores de freq��ncia card�aca de 187�5 bpm, com 25% da dist�ncia percorrida em velocidade supra limiar. Ara�jo et al. (1995) analisaram o perfil de aptid�o f�sica � VO2m�x., for�a de preens�o manual, salto vertical e horizontal, for�a abdominal, e agilidade (shuttle-run) � de 22 atletas de futsal adultos, de acordo com a posi��o t�tica de jogo, n�o encontrando diferen�as estatisticamente significantes entre as posi��es, o que demonstra uma homogeneidade entre os praticantes dessa modalidade em rela��o aos n�veis de aptid�o f�sica. As posi��es ocupadas pelos jogadores s�o apenas representa��es te�ricas, pois o rod�zio constante obriga a passagem em todas as fun��es t�ticas, e conseq�entemente, imp�e exig�ncias f�sicas semelhantes.

    Em rela��o �s intensidades de esfor�o estimadas por meio da freq��ncia card�aca (FC), Medina et al. (2002) realizaram estudo com 33 jogadores de futsal, sendo 14 profissionais e 19 n�o profissionais; foram medidas as freq��ncias card�acas m�ximas, atrav�s de testes em esteira ergom�trica e o comportamento da mesma em situa��o real de jogo. A FC m�dia de jogo foi de 165�10bpm, sem diferen�as significantes entre os n�veis competitivos. Vale ressaltar que a dispers�o dos valores em rela��o � m�dia de cada atleta por jogo foi elevada, apresentando uma amplitude de 141 a 181 bpm. Somando-se o tempo de jogo em que os atletas estiveram com FCs entre 150-190 bpm, foi obtida uma m�dia de 86,1% para os profissionais e 75,1% para os n�o profissionais. Com base nos valores relativamente elevados de FC e tempo em que os atletas permaneceram com esses valores, os autores conclu�ram que o futsal tem um elevado componente anaer�bio, requisitando entre 85-90% da FC m�xima medida em laborat�rio, chegando, em algumas situa��es, a ultrapassar os valores m�ximos de laborat�rio. Ainda segundo esses autores, o componente aer�bio teria uma participa��o importante durante as pausas de jogo, contribuindo na recupera��o dos esfor�os e permitindo ao jogador manter-se em n�veis elevados de desempenho anaer�bio por um maior intervalo de tempo.

    MacLaren et al. (1988), em estudo realizado com jogadores de futsal de Liverpool (�4-a-side soccer�) encontraram uma concentra��o de lactato ap�s o jogo variando entre 3,1 a 7,3mM, com m�dia de 5,50mM e uma intensidade relativa de 82% do VO2m�x.. Essa intensidade relativamente alta de exerc�cio � coerente com a hip�tese de alta requisi��o de metabolismo anaer�bio durante os jogos. Nesse estudo, a compara��o entre jogadores de diferentes n�veis competitivos em diferentes jogos, n�o detectou diferen�as significantes em rela��o � freq��ncia card�aca e consumo de oxig�nio, levando os autores a concluir que diferen�as qualitativas no padr�o de esfor�o devem ser feitas por meio de an�lise dos movimentos.

    Moreno (2001), atrav�s de estat�stica de jogo no futsal espanhol adulto, reportou que os jogadores de linha percorrem, em m�dia, 6 km durante uma partida, sendo que 11% dessa dist�ncia foi realizada caminhando lentamente (0 a 1 m/s), 46% trotando (1 a 3 m/s), 26% correndo (3 a 5 m/s), 15% correndo velozmente (5 a 7 m/s) e 2% em velocidades superiores a 7 m/s. Considerando essa mesma faixa de velocidades, a dist�ncia total percorrida com condu��o de bola foi de 15m em velocidades superiores a 7 m/s, 57m entre 5 e 7 m/s, 152m entre 3 e 5 m/s, 147m entre 1 e 3 m/s e 26m abaixo de 1 m/s. Calculando as diferen�as, dos 6 km percorridos durante o jogo, 400m s�o percorridos com a bola e 5600m sem a posse de bola. Devido ao pequeno espa�o de jogo, existe a necessidade de movimenta��o constante dos atletas sem a posse de bola para que sejam �criados� espa�os.

    Com base no exposto, pode ser afirmado que o adolescente e o adulto jovem t�m condi��es de jogar futsal com alta intensidade de esfor�o, elevada requisi��o t�cnica e de modo taticamente correto. � evidente que uma grande parcela dos jovens n�o possui essas condi��es (f�sicas, t�cnicas e t�ticas), no entanto, essa pode ser uma das preocupa��es das aulas nessa faixa et�ria, sem que seja diminu�da a import�ncia de aspectos psicol�gicos e sociais.

Futebol

    O futebol � a modalidade esportiva mais praticada no mundo. Apesar de possuir muitas caracter�sticas em comum com o futsal, apresenta aspectos f�sicos, t�ticos e t�cnicos que s�o espec�ficos. Evidentemente, existe uma elevada taxa de transfer�ncia de desempenho entre modalidades, em fun��o das diversas caracter�sticas em comum (Abernethy et al., 2005).

    Sistemas t�ticos no futebol

. No futebol, os principais sistemas s�o o 4-4-2 (�nfase defensiva); 5-3-2(defensivo); 4-3-3 (ofensivo); 4-5-1 (defensivo) e varia��es do sistema no decorrer da partida. Por isso, � dif�cil falar sem considerar a an�lise subjetiva e as caracter�sticas espec�ficas dos jogadores que comp�em determinado sistema. Basicamente os sistemas defensivos s�o: marca��o individual, por zona e misto.

    Na marca��o individual, cada jogador advers�rio recebe marca��o individual; esse sistema � altamente desgastante e, muitas vezes, exige deslocamentos desnecess�rios, comprometendo a forma��o t�tica da equipe que realiza a marca��o. Por isso, � pouco utilizado. No sistema por zona, a equipe advers�ria recebe a marca��o nas regi�es do campo que oferecem maior perigo � defesa. Assim, o advers�rio que ocupa determinada zona recebe a marca��o do jogador respons�vel por essa zona do campo; esse tipo de marca��o � importante, mas muitas vezes permite ao advers�rio ficar sem marca��o no momento em que se desloca entre diferentes zonas. Para minimizar esse problema, a marca��o mais utilizada � a mista, onde o advers�rio recebe marca��o individual dentro de zonas cr�ticas para a defesa, por exemplo, a grande �rea, e recebe marca��o por zona em �reas mais distantes do gol, como o meio de campo. Sem d�vida, o empenho coletivo � determinante para o sucesso da marca��o e a conseq�ente transi��o da fase defensiva para a ofensiva.

    Considerando as exig�ncias motoras durante o jogo, em estudos realizados com jogadores de n�veis competitivos distintos, Santos (1999) n�o encontrou diferen�as significantes no VO2m�x, limiar anaer�bio, salto horizontal, massa corporal, estatura e porcentagem de gordura corporal, em equipes de adultos portugueses que disputavam campeonatos locais de futebol em quatro divis�es de categorias (1a. a 4a. divis�es). Franks et al. (1999), realizaram um estudo com 66 jogadores de futebol ingleses de n�vel internacional, categoria sub-16, e acompanharam seu desenvolvimento, identificando aqueles que assinaram contratos profissionais. Na compara��o entre os grupos, n�o foi poss�vel discriminar os jogadores com base em caracter�sticas antropom�tricas (estatura, peso corporal e dobras cut�neas), VO2m�x. e velocidade de corrida (15m, 40m). Bangsbo (1994), em estudo com jogadores dinamarqueses de elite, n�o verificou diferen�as no VO2m�x. de atletas de diferentes n�veis competitivos.

    Em estudo realizado com jogadores da sele��o brasileira de futebol adulto (Gomes et al., 1995), campe� mundial em 1994, n�o foram localizadas diferen�as estatisticamente significantes entre as diferentes posi��es de jogo (goleiros, defensores, meio campistas e atacantes) nos valores de VO2m�x., limiar anaer�bio, pico de pot�ncia anaer�bia (Wingate, dados reportados a cada 2 segundos) e massa isenta de gordura. Sem d�vida, existem diferen�as individuais no desempenho de jogo, por�m essas diferen�as n�o foram detectadas nas vari�veis fisiol�gicas e morfol�gicas mensuradas, fortalecendo a hip�tese de que as habilidades motoras espec�ficas e o posicionamento t�tico s�o determinantes para o desempenho em situa��o real de jogo.

    Em contrapartida, Reilly et al. (2000b) realizaram diversos testes com adolescentes ingleses de 16 anos de idade, e alguns dos fatores de maior diferencia��o entre os grupos eram uma melhor agilidade e velocidade de corrida em favor do grupo de elite. Raven et al. (1976) reportaram que o teste de agilidade distinguiu os jogadores de futebol profissional da popula��o normal melhor do que qualquer outro teste de for�a, pot�ncia e flexibilidade. Garganta et al. (1993) realizaram estudos com 23 jogadores de futebol da equipe nacional portuguesa, com idade m�dia de 16 anos. Os testes de aptid�o f�sica realizados foram a corrida com mudan�a de dire��o e saltos verticais. Os jogadores de elite foram melhores em todos os testes, quando comparados com jogadores regionais.

    Panfil et al. (1997) tamb�m identificaram melhor desempenho em adolescentes de 16 anos, considerados de elite nos testes de corridas e saltos. Em estudos com jogadores de futebol profissionais e amadores, Faina et al.(1988) realizaram testes que estimavam o VO2m�x., for�a explosiva e for�a isom�trica de membros inferiores. Somente os testes de for�a explosiva (saltos) diferenciaram significantemente os grupos, com melhor desempenho dos profissionais. Gissis et al. (2006), comparando 54 jogadores de futebol adolescentes (M = 16 anos de idade), divididos em tr�s n�veis competitivos, encontraram diferen�as estatisticamente significante, a favor dos jogadores considerados de elite em testes de for�a m�xima isom�trica de extens�o do joelho, salto vertical, rota��es m�ximas por minuto em bicicleta estacion�ria (sem sobrecarga) e velocidade nos 10m de corrida retil�nea, concluindo que jogadores de elite podem ser distinguidos de outros de n�veis inferiores por meio de testes de for�a e velocidade. Essa conclus�o � altamente question�vel, pois, apesar de potencialmente importantes, as medidas utilizadas no estudo n�o s�o espec�ficas para o desempenho na modalidade.

    Os resultados contradit�rios desses estudos n�o permitem inferir, tanto no futebol quanto no futsal, que as capacidades fisiol�gicas (f�sicas) e caracter�sticas antropom�tricas sejam aspectos determinantes para o desempenho, especialmente quando o jogo � realizado com o objetivo de lazer dos praticantes. Todavia, um desenvolvimento harmonioso dos praticantes � importante para que o jogo tenha uma melhor qualidade.

    Um aspecto muito destacado nos estudos relacionados ao futebol, � a preocupa��o com a transfer�ncia de diferentes m�todos de treino para o jogo. Nesse sentido, Helgerud et al. (2001) investigaram o efeito do treinamento aer�bio no desempenho em jogo de futebol e em testes de habilidades motoras espec�ficas. Dezenove jogadores (18,1�0,8 anos de idade), foram randomicamente divididos em grupo de treino (n = 9) e grupo controle (n = 10). O treinamento aer�bio consistia de uma corrida intervalada, com 4 s�ries de 4 minutos entre 90-95% da FC m�xima, intercalada com 3 minutos de trote lento, duas vezes por semana, durante 8 semanas. No grupo de treino, houve evolu��o nos valores m�dios do VO2m�x. de 58,1 para 64,3 ml.kg-1.min-1, do limiar anaer�bio de 47,8 para 55,4 ml.kg-1.min-1 e um aumento de 6,7% na economia de corrida.

    Nesse mesmo estudo tamb�m foi observado, durante os jogos, um aumento de 20% na dist�ncia total percorrida, o n�mero de sprints aumentou em 100%, o n�mero de envolvimentos com a bola aumentou 24% e a intensidade m�dia de FC durante o jogo aumentou de 82,7 para 85,6% da FC m�xima. N�o foram relatadas diferen�as estatisticamente significantes nos testes de salto vertical, for�a (1 RM no �supino� e no agachamento), velocidade (corrida 40m), chute sem precis�o (velocidade m�xima de sa�da da bola) e chute com precis�o, no qual foram colocadas 10 bolas a 16m de dist�ncia de um gol (alvo), dividido em zonas, com diferentes valores de pontua��o. O objetivo era fazer a maior pontua��o poss�vel, durante 1 minuto. No grupo controle, n�o houve altera��o estatisticamente significante em nenhum dos par�metros avaliados. Os autores conclu�ram que o aumento na resist�ncia aer�bia melhorou o desempenho no jogo atrav�s de uma maior dist�ncia percorrida, aumento da intensidade dos esfor�os e do n�mero de sprints e envolvimentos com a bola, n�o apresentando nenhuma influ�ncia negativa nos testes de salto vertical, for�a, velocidade e chutes de velocidade m�xima e de precis�o. Apesar da importante rela��o demonstrada entre o treinamento utilizado e o desempenho em situa��o real, n�o foram investigados par�metros t�cnicos e t�ticos em situa��o de jogo, fato que limita um melhor entendimento das rela��es entre os par�metros fisiol�gicos avaliados e o desempenho no jogo.

    De acordo com Reilly e Gilbourne (2003), a an�lise do jogo � uma ferramenta promissora para estudos futuros, justamente porque gera conhecimento aplicado, possibilitando um maior entendimento das vari�veis identificadas como importantes em determinada modalidade. Al�m disso, especialmente em n�o atletas, parece que o est�mulo proporcionado pelo pr�prio jogo e suas varia��es (regras adaptadas) s�o suficientes para a evolu��o dos par�metros f�sicos, t�cnicos e t�ticos (Impellizzeri et al., 2006; Rampinini et al., 2007). � importante ressaltar que para que isso ocorra, os jogos devem ser praticados com uma elevada intensidade de esfor�o e com a execu��o de diversas a��es t�cnicas, preferencialmente, sob press�o temporal.

Organiza��o do treinamento no futebol e no futsal

    De modo geral, o treinamento do futebol e do futsal na adolesc�ncia deve ser organizado em fun��o da disponibilidade de tempo, objetivos, est�gio de matura��o biol�gica e n�vel de desempenho dos praticantes. Em geral, o treinamento f�sico, t�cnico e t�tico para o jogo como forma de lazer, pode ser realizado com a utiliza��o dos jogos formais e jogos reduzidos (regras adaptadas). Todavia, na figura 1, s�o apresentadas diferentes formas de treinamento em fun��o do est�gio de matura��o biol�gica e do n�vel de desempenho individual.

O que é característica no futebol?

Figura 1. Representa��o esquem�tica da organiza��o do treinamento para indiv�duos 

em diferentes est�gios de matura��o biol�gica e n�vel de desempenho na modalidade.

    Caso seja vi�vel, � poss�vel utilizar m�todos intervalados de corrida, com intensidade de esfor�o de 10� a 1� (no caso do futsal) e de 10� a 2� (futebol). Esse m�todo de treinamento tem sem mostrado adequado tanto para a evolu��o do VO2m�x., como do limiar anaer�bio (Gibala et al., 2006; Gormely et al., 2008), promovendo um adequado est�mulo para a solicita��o anaer�bia e aer�bia presentes nos jogos. O m�todo cont�nuo de treinamento n�o � indicado para o futebol e o futsal, uma vez que nos jogos os esfor�os s�o de car�ter intermitente.

    Quando utilizado os jogos adaptados como meio de treinamento da capacidade f�sica, a mesma condi��o descrita no treinamento intervalado deve estar presente, ajustando-se as regras para que ocorram deslocamentos constantes e em elevada intensidade. Por exemplo, para que um gol seja validado, todos os jogadores da equipe atacante devem estar � frente da linha da �rea. Caso algum defensor esteja atr�s dessa linha no momento em que todos os atacantes estiverem � frente, seu time perde 1 ponto. Essa regra exige deslocamentos constantes de ambas as equipes para os diferentes lados da �rea de jogo. Manipulando o tamanho dessas �reas, � poss�vel exigir esfor�os com diferentes tempos de dura��o. A maior vantagem desse tipo de treino � que a evolu��o dos par�metros fisiol�gicos ocorre em conjunto com as solicita��es t�cnicas e cognitivas.

    Considerando o treinamento t�cnico, primeiramente, deve ser reconhecido que sua execu��o � condi��o b�sica para que o jogo tenha condi��es de ocorrer. Em outras palavras, se os fundamentos n�o forem dominados, � dif�cil pensar em um jogo de futebol ou futsal. Sendo assim, caso o praticante n�o domine os diferentes fundamentos, o treinamento deve ocorrer em situa��o de pouca ou nenhuma influ�ncia externa (ambiente est�vel) e que permita a repeti��o constante desse fundamento. Normalmente, esse m�todo de treino tem recebido a denomina��o de treinamento anal�tico ou tecnicista. Foge do escopo deste texto as discuss�es conceituais acerca dessas denomina��es, mas vale ressaltar que esse tipo de treino n�o � necessariamente ruim nas fases iniciais de aquisi��o da t�cnica. Todavia, deve ser utilizado somente em condi��es onde a aquisi��o dos fundamentos seja invi�vel por meio dos jogos e jogos reduzidos (Williams & Hodges, 2005).

    Caso o praticante j� domine os fundamentos (o que � desej�vel na adolesc�ncia), eles podem e devem ser aperfei�oados nos jogos e jogos adaptados. Portanto, seu treinamento deve ocorrer em situa��es de elevada interfer�ncia contextual (pr�tica aleat�ria) e elevada variabilidade (pr�tica variada) (Reid, 2007; Williams & Hodges, 2005); esse tipo de pr�tica � conhecida como pr�tica global. Como o pr�prio nome indica, ela � muito pr�xima da realidade (global) da modalidade, por isso, muitas vezes � tamb�m adequada para o treinamento t�tico e f�sico.

    Para finalizar, � importante ressaltar que o texto teve seu foco voltado aos aspectos f�sicos, t�cnicos e t�ticos relacionados ao desempenho no futebol e no futsal. O conhecimento das caracter�sticas individuais de crescimento e desenvolvimento e do n�vel de familiaridade com a modalidade permite uma melhor organiza��o dos treinos/aulas, favorecendo o envolvimento e a evolu��o do desempenho. Evidentemente, tamb�m devem ser enfatizados os aspectos psicol�gicos, culturais e sociais presentes em qualquer atividade humana.

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    Quais são as característica de futebol?

    O futebol é um esporte cujo campo de grama apresenta 105 metros de comprimento por 68 metros de largura, uma padronização da Fifa. Duas equipes compostas por 11 jogadores disputam uma partida em que o objetivo é marcar o máximo possível de gols.

    Quais as características e objetivos do futebol?

    O objetivo do futebol é colocar a bola na rede do adversário. Para realizar essa tarefa, os jogadores passam a bola entre si, cruzando o campo. Quando um gol é marcado, os atletas se alinham em seu próprio lado e a bola é colocada no centro do campo para a equipe adversária recomeçar o jogo.

    Quais são as cinco características do futebol?

    Isso exige percepção, estratégia, visão de jogo, rapidez de raciocínio, técnica apurada e um excelente e eclético condicionamento físico, com ótimos níveis de força, resistência, velocidade, agilidade e destreza.

    Quais são as características dos jogadores?

    Físico: 1) estatura elevada; 2) agilidade; 3) força; 4) impulsão; 5) bom porte físico; 6) equilíbrio; 7) reação rápida. Técnica: 1) cabeceador; 2) manejo de bola; 3) desarmador; 4) boa antecipação; 5) tempo de bola no ar; 6) drible curto; 7) visão periférica.