As categorias taxonômicas básicas, do grupo mais abrangente para o mais restrito, são: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Um hábito comum dos humanos é a sua necessidade constante de classificar tudo em sua volta. Com os seres vivos não seria diferente e, por isso, desde a Antiguidade há uma constante tentativa de agrupar os organismos mais semelhantes a fim de facilitar o seu estudo. A primeira pessoa a tentar classificar os seres vivos foi o filósofo grego Aristóteles (348-323 a.C.). Primeiramente ele dividiu os seres em dois grupos: aqueles que possuíam sangue e aqueles que não possuíam. Dentro desses grupos, usou outras características para agrupá-los, como a presença ou não de ovo. Percebe-se que, apesar da tentativa de classificação, Aristóteles utilizou características compartilhadas por vários seres. Após Aristóteles, a ideia de classificação biológica foi retomada apenas pelo botânico Karl von Linné em 1735. Esse pesquisador acreditava que a classificação deveria ser feita por meio de critérios anatômicos. Segundo o pesquisador, utilizar critérios como habitat, por exemplo, poderia fazer com que organismos bastante diferentes fossem colocados no mesmo grupo. Linné, também chamado em português de Lineu, foi o responsável pela criação dos chamados táxons, que são grupos de seres vivos que apresentam determinada característica em comum. No sistema proposto por ele, existe um táxon mais abrangente (Reino) que vai se desmembrando em outros táxons de menor abrangência (Espécie). A espécie é considerada o táxon básico da classificação, uma vez que nesse grupo estão organismos únicos e com características não encontradas em nenhum outro ser. Hoje a espécie pode ser definida como um grupo de organismos semelhantes que conseguem se reproduzir em condições naturais e produzir descendentes férteis. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Acima da espécie, encontramos o gênero, que é um grupo que possui espécies semelhantes. Após o gênero, temos a família, que agrupa um conjunto de gêneros semelhantes. Na sequência, encontramos a ordem, que nada mais é do que um grupo de famílias com características próximas. Acima desse táxon está a classe, que pode ser definida como um grupo com ordens bastante similares. O filo aparece logo em seguida agrupando classes semelhantes. Por fim, temos o reino, que é um conjunto de filos e o grupo mais abrangente de todos.
É importante destacar que no sistema proposto originalmente por Lineu não existiam os táxons família e filo, que foram acrescentados posteriormente. Outros táxons intermediários também são usados hoje em dia, como subfilo, infraclasse, superclasse, superfamília, subfamília e subgênero. Exemplo de classificação – Gato doméstico (Felis catus) Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Carnivora Família: Felidae Gênero: Felis Espécie: Felis catus Se hoje a natureza tem uma ordem aos olhos do homem, isso se deve ao trabalho do naturalista sueco Carl Lineu, que no século XVIII, ao comparar órgãos e estruturas reprodutivas de animais e plantas, formulou o sistema de classificação binomial das espécies. Ou seja, se atualmente podemos nos denominar homo sapiens, tal nomenclatura de gênero e espécie, respectivamente, é fruto do trabalho de Lineu. Suas contribuições não pararam por aí, já que além do nome das espécies, o naturalista as agrupou em um sistema hierárquico de classificação. Nasciam, assim, os Reinos, Filos, Classes, Ordens e suas subcategorias. Mas será que as regras estipuladas por ele ainda são referências para o mundo da Ciência de hoje? Para responder a essa e a outras perguntas, o site do Globo Ciência conversou com o pesquisador Alexandre Kellner, do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com doutorado em Paleontologia pela Universidade de Columbia, em Nova York, Alexandre, que é membro da Academia Brasileira de Ciência, nos conta a importância das observações de Lineu para a ordenação da natureza. Qual a importância de Carl Lineu para a classificação dos seres vivos? Carl Lineu teve a ideia de designar as espécies, sendo que cada uma deveria ter um nome, relacionado ao gênero, e um sobrenome, relativo à espécie. Surgia, então, o sistema binomial. Em Homo Sapiens, por exemplo, temos o gênero Homo e a espécie Sapiens. Dessa maneira, não importa em que parte do mundo o pesquisador esteja, pois ele vai entender a classificação criada por Lineu. Um segundo desenvolvimento de Carl Lineu foi a ordenação da natureza, ou seja, além do nome das espécies, ele as agrupou em um sistema hierárquico de classificação, incluindo, em ordem decrescente, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. O sistema de categorização de Lineu ainda é usado atualmente? Hoje, como se estabelece o agrupamento de espécies? O agrupamento das espécies pode ser feito em três linhas: a primeira é pelo estudo das características principais do tipo anatômicas, tanto do esqueleto, como do tecido mole, incluindo músculos, órgãos, pêlos e penas. A segunda linha é referente às características biomoleculares, como a sequência de DNA, por exemplo, e a terceira diz respeito ao comportamento das espécies. É importante lembrar que toda essa análise começou com Carl Lineu, sendo ele o primeiro a organizar a natureza, estabelecendo o Sistema Binomial. O que é preciso para descrever uma nova espécie? Para isso é preciso elaborar um desenho ilustrativo do animal, ou da planta? O nome da nova espécie fica a critério do descobridor? Atualmente, é difícil identificar novos gêneros e espécies? Como Lineu definir os reinos?A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões.
Quais são os critérios utilizados para a classificação dos seres vivos?Somente no século XVIII, o botânico Carolus Linnaeus elaborou uma forma de classificação dos seres vivos, dividindo-os em três reinos: mineral, vegetal e animal, e cinco categorias, eles se diferenciariam quanto à: Classe, Ordem, Gênero, Espécie e Variedade.
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