Composição química de estrelas ajuda a conhecer formação do universo resumo

Pergunta enviada por Antônio Guimarães, Natal, RN

Composição química de estrelas ajuda a conhecer formação do universo resumo

Estrelas são formadas por nuvens de gás interestelar, que por sua vez são constituídas por poeira e hidrogênio. A baixas temperaturas, átomos desse elemento se combinam para formar moléculas, dando origem a essas nuvens. Quando completa seu desenvolvimento, a estrela lança o material do qual é feita de volta ao espaço interestelar, enriquecendo o meio no qual novos corpos celestes se formarão. Veja o processo de formação no infográfico.


Consultoria Hélio Jaques Rocha Pinto, doutor em Astronomia e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Estrelas são esferas luminosas de plasmas que contêm luz própria. Além disso, são formadas pelos elementos hélio e hidrogênio.

Quem nunca se deparou olhando perdidamente pelos pontinhos brilhantes no céu? As estrelas atraem olhares de qualquer pessoa, seja ela criança ou adulto. E, para que aquele pontinho lá no alto possa ser visto, é necessário uma série de fatores como a luz da estrela, o calor e a radiação emitida por meio de processos de fusão nuclear.

A partir desses processos de fusão, as estrelas conseguem transmitir energia. Além disso, para que uma estrela seja formada é necessário que ocorra atração gravitacional e a condensação de gases. Nesse sentido, exitem corpos estelares que são responsáveis pela formação de outros pontos de luz, como é o caso das “nebulosas”.

Esses astros em estágio inicial denominam-se protoestrelas. Assim, são necessários cerca de 10 milhões de anos até que adquira-se a capacidade de compactar a gravidade. Após isso, as estrelas conseguem adquirir o estágio de fundição do hidrogênio. Em seguida, núcleos de hélios são formados. A partir dessa formação, surgem as estrelas de sequência principal, sendo as principais do Universo, cerca de 90% no total. Portanto, a ciência que estuda as estrelas é a Astronomia.

As estrelas são feitas de que?

Após o surgimento de uma estrela, as protoestrelas, elas passam por diversos estágios até chegar ao estágio final de vida. Assim, inicia-se com as fusões termonucleares e o consumo de combustível. Para que cada fase seja realizada alguns fatores são importantes. Dessa forma, é possível analisar o futuro de uma estrela a partir da massa e do raio de cada ponto de luz. Mas afinal, do que as estrelas são feitas?

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Fonte: New Scientist

Pois bem, grande parte das estrelas são formadas pelos dois elementos mais abundantes do Universo, o hélio e o hidrogênio. Além disso, a massa de uma estrela varia pode variar entre 0,5M☉ e 2,5M☉. Você deve estar se perguntando o que significa esse símbolo ☉. Nada mais é do que o raio solar (R☉), medida para calcular as grandezas estrelares junto à massa solar (M☉).

Vale lembrar que as estrelas são formadas apenas por hélio e hidrogênio porque elas não são capazes de fundir elementos mais pesados. Isso ocorre porque a gravidade e temperatura de uma estrela não é alta o suficiente.

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A explosão de um estrela é denominada de supernova. Fonte: Hyperscience

Visto isso, quando uma estrela possui a massa muito elevada, tipo 5M☉ e 10M☉, o elemento que predomina é o hélio. Além disso, são estrelas supergigantes que, ao chegar na fase final, dão origem à uma explosão denominada supernova. Neste caso, uma supernova produz no espaço matéria e energia. Como resultado da explosão surgem novas estrelas e planetas.

Ciclo de vida de uma estrela

A vida de uma estrela está relacionada à massa que ela possui. Isso porque, dependendo da quantidade de massa, o astro consumirá mais ou menos combustível. Além disso, o combustível é o que determina e mantém o brilho de um corpo estelar.

Ou seja, se a estrela não consome muito da massa, mais temperatura e luminosidade ela terá. Corpos estelares assim são denominados estrela de sequência principal, como o Sol. Nesse sentido, acredita-se que o brilho do Sol tenha aumentado, aproximadamente, 40%. Isso porque, ele consome apenas 1% de sua massa.

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Fonte: Azeheb

Portanto, de acordo com a massa, as estrelas assumem estágios evolutivos diferentes. Nesse caso, o Sol, por exemplo, é caracterizado como um astro anão amarelo devido à baixa temperatura que apresenta. Por outro lado, aqueles corpos estelares considerados mais quentes recebem o nome de anãs azuis. Portanto, dependendo da massa, uma estrela pode ser classificada em quatro estágios.

Classificação de acordo com a massa

De acordo com a massa, uma estrela pode ser classificada da seguinte maneira:

  • Muito pouco massivas: são aquelas em que o a massa é metade da massa solar. Além disso, possuem a capacidade de se resfriar após consumir hidrogênio e tornam-se anãs brancas. O tempo de vida desse tipo de estrela é maior que o tempo do Universo, além de serem formadas apenas por hélio.
  • Pouco massivas: são astrosque no final do ciclo de vida se transformam em nebulosas planetárias. Porém, antes disso, átomos são formados no interior, principalmente em astros que possuem massa de até 2,5M☉.
  • De massa intermediária: O processo é parecido com um corpos estelar pouco massivo. Porém, no estágio final, o núcleo da estrela é deixado e assim, surgem, versões anãs.
  • Massivas: São corpos estelares que adquirem a forma de supergigantes, após terem fundido todo o hidrogênio que existia. Em seguida, há a expansão desse astro e, consequentemente, a explosão. Além disso, conseguem fundir elementos pesados. Após a explosão, as partes da estrela são lançadas no Universo em alta velocidade.

Quais os tipos?

Os tipos de estrelas são definidos levando em consideração dois aspectos importantes: a classificação espectral e ao tamanho da massa. Nesse sentido, a classificação espectral define um corpo estelar pela temperatura que é dada em cores. Portanto, existem as estrelas vermelhas, laranjas, amarelas, amarelas-brancas, brancas, azuis-brancas e azuis.

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Fonte: Freepik

Visto isso, a classificação define-se a partir da temperatura que o corpo negro apresenta, além da frequência emitida por ela. Vale ressaltar que à olho nu todas as estrelas possuem a mesma cor porque a frequência de radiação emitida por cada ocorre de maneira simultânea.

Além dos tipos já citados, existem outras estrelas que merecem destaque. Dessa forma, temos:

  • Azuis – são consideradas “novas” e com temperaturas muito altas;
  • Anãs amarelas – existem há bilhões de anos, assim como o Sol. Tem como futuro se tornar uma gigante vermelha;
  • Anãs vermelhas – São massivas, apresentam brilho fraco. Porém, representam cerca de 73% das estrelas do Universo;
  • Gigantes azuis – apresentam temperaturas superiores a 10.000 K. Além disso, são massivas.
  • Supergigantes azuis – São raras e massivas. Sua massa pode ser até mil vezes maior que a do Sol. Além disso, são quentes e brilhantes;
  • Anãs brancas – surgem a partir da explosão de outras estrelas. Assim, não conseguem mais produzir fusões nucleares;
  • De nêutrons – São pequenas e possuem temperaturas elevadas. Além disso, não possuem prótons e elétrons por conta da repulsão elétrica.

Contando uma estrela

Quem já ouviu o ditado que se contar estrelas no céu faz nascer verrugas no dedo? Você, provavelmente, já deve ter ouvido. O fato é que é impossível contar e calcular ao certo o número de estrelinhas que existem no céu. E você sabe porquê? Porque o Universo é composto por, aproximadamente, 1010 galáxias. Porém, os astrônomos acreditam que existam cerca de 1021  pontos luminosos em todo o Universo.

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Céu do povoado de Feliciana no Maranhão, Brasil. Fonte: O imparcial

Entretanto, por mais que haja um número estrondoso de estrela no Universo, à olho nu não conseguimos ver nem a metade desse total. Dessa forma, os estudiosos acreditam que possamos ver, apenas, cerca de 10,000 estrelas.

Dando nome às luzes

Cada pontinho que vemos no céu recebe um nome. De maneira oficial, existem aproximadamente 330 nomes registrados. Além disso, cada um recebe um significado diferente.

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Fonte: Pinterest

Dessa forma, confira alguns dos nomes e características desses astros:

  • Canis Majoris: É uma estrela hipergigante com 1420 raios solares. Além disso, é uma das mais conhecidas. Tem como nome científico: VY Canis Majoris.
  • Sirius: Sirius é um astro binário. Além disso, é o mais brilhante do céu, localizado a 8,6 anos-luz da Terra.
  • Canopus: É o segundo corpo estelar mais brilhante do céu. Outra característica é a distância de 310 anos-luz da Terra.
  • Aldebarã: É uma gigante vermelha, a mais brilhante da constelação de Touro, localizada a 65 anos-luz da Terra.
  • Rigel: É a estrela mais brilhante da constelação de Órion e a sétima mais brilhante do céu.
  • Betelgeuse: É a décima segunda mais brilhante do céu e a estrela mais brilhante da constelação de Órion.
  • Antares: É supergigante, com rádio superior a 822 raios solares, localiza-se a 600 anos-luz da Terra.
  • Canopus: É uma supergigante vermelha, a mais brilhante da constelação de Carina.

O que são as constelações?

Já percebeu que no céu existem estrelas que formam constelações? As constelações são um conjunto desses pontos luminosos e que podem ser visto a olho nu. Entretanto, por mais que pareçam estar próximas, as constelações estão muito distantes no espaço.

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Exemplos de constelações. Fonte: Galeria do Meteorito

Dentre as mais conhecidas constelações podemos citar a Cruzeiro do Sul, sendo vista no hemisfério sul; Ursa Maior e Ursa Menor, vistas do hemisfério norte. Entretanto, existem cerca de 88 constelações espalhadas pelo Universo.

Você sabia?

  • Uma estrela cadente é, na verdade, um meteoro, formados por fragmentos do espaço e que possuem um rastro luminoso;
  • As estrelas que vemos no céu são maiores e possuem mais brilho que o Sol e o número que enxergamos não chega nem perto da quantidade real que existe no Universo;
  • O que vemos em uma estrela não é ela piscando e sim o movimento da atmosfera terrestre.

O que achou da matéria? Interessante, não é? Aproveita que já está aqui e corre pra conferir mais textos. Você pode conhecer mais sobre o que formas as Cruzadas e como funciona o Hinduísmo.

Fontes: Mundo Educação, Só Biologia, Toda Matéria e Mega Curioso

Bibliografia:

  • HELERBROCK, Rafael. Estrelas. [20–]. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/estrelas.htm. Acesso em: 5 mar. 2020.
  • “Estrelas” em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021. Consultado em 05/03/2020 às 03:42. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/estrelas.php
  • DENCK, Diego. 8 VERDADES SOBRE AS ESTRELAS QUE VOCÊ VAI ADORAR DESCOBRIR. 2019.

Fonte imagem destaque: Só Ciência 

Como a composição química de estrelas ajuda a conhecer a formação do Universo?

A observação da composição química das estrelas pode apontar como era o universo em sua origem. É com essa premissa que trabalham os grupos que pesquisam estrelas pobres em metais no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Qual é a composição química de uma estrela?

Estrelas são corpos celestes formados por gases, como hélio e hidrogênio, e poeira, com a presença de um núcleo denso no interior do qual acontecem as reações de fusão que resultam na liberação de energia.

Qual a importância das estrelas na história do Universo?

O estudo dos movimentos dos planetas e estrelas permitia aos povos antigos a distinção entre épocas de plantio e colheita, por exemplo. Algumas culturas antigas, como os maias, os chineses, os egípcios e os babilônios, foram capazes de elaborar complexos calendários baseados no movimento do Sol e outros astros.

Como se formam as estrelas no Universo?

As estrelas nascem nas nebulosas, que são imensas nuvens de gás compostas basicamente de Hidrogênio e o Hélio (os elementos mais comuns no Universo). Pode haver regiões da nebulosa com maior concentração de gases. Nessas regiões a força gravitacional é maior, o que faz com que ela começe a se contrair.