Como varia a umidade relativa com a temperatura

Você pode até não conseguir ver, mas diante dos seus olhos tem água. É isso mesmo, tem água diante de você! Mas é claro que não é a água na forma líquida, e sim na forma gasosa, contida no ar que você está respirando nesse momento. A quantidade de gotículas de água presente na atmosfera é chamada de umidade do ar.

A umidade do ar é um elemento muito importante, pois auxilia a nossa respiração. Tanto é que, quando os índices de umidade caem muito em algumas localidades, algumas pessoas começam a sentir os efeitos do ar muito seco, como a respiração dificultada. Além de interferir na nossa saúde, ela também exerce uma grande influência sobre o clima.

Mas para entender isso, primeiro precisamos compreender outro conceito: o de amplitude térmica. Esse termo designa a variação de temperatura, ou seja, a diferença entre a maior e a menor temperatura de uma determinada localidade em um período de tempo.

Por exemplo: suponha que hoje, na sua cidade, a menor temperatura tenha sido de 18ºC e a maior de 28ºC. A diferença entre as duas temperaturas é de 10ºC. Isso significa que 10ºC é o valor da amplitude térmica da cidade, ou seja, o quanto a temperatura variou ao longo do dia.

Nesse sentido, a umidade do ar interfere no clima alterando a amplitude térmica em uma relação inversa, isto é, quanto maior for a umidade do ar, menor será a amplitude térmica e, do mesmo modo, quanto menor for a umidade, maior será a amplitude. Em outras palavras, quanto mais umidade o ambiente apresentar, menor será a variação das temperaturas ao longo do tempo.

Em áreas de deserto, por exemplo, as temperaturas variam muito (o que também tem influência da temperatura da areia). Como a umidade dessas áreas é muito baixa, não há nada que conserve as temperaturas, que chegam a apresentar uma variação de 50ºC entre o dia e a noite. Já em locais muito úmidos – a exemplo da Floresta Amazônica –, as temperaturas mantêm-se por mais tempo conservadas, variando, no máximo, 3ºC ou 4ºC ao longo do dia.

Já na região da Amazônia, a variação das temperaturas é baixa, com média de 30ºC o dia todo

A umidade atmosférica é, por definição, a quantidade de água presente no ar em forma de vapor, ou seja, além dos vários gases que compõem a atmosfera, é possível encontrar também a água em sua forma gasosa no ambiente em que vivemos. Essa substância é fundamental para regular a dinâmica climática e também nos auxiliar em diversos processos biológicos.

Mas qual é a diferença entre umidade do ar e umidade relativa do ar?

A umidade relativa do ar, termo frequentemente utilizado na divulgação de previsões meteorológicas, é um elemento atmosférico referente à saturação da água presente no ar. Para entendê-la, é preciso considerar a seguinte premissa: quando a umidade absoluta do ar for superior a 4% (isto é, quando houver quatro partes de água para cada cem partes de ar), ocorrerá a sua saturação e a água precipitar-se-á. No entanto, a depender da variação das temperaturas, o Ponto de Saturação do ar pode ser maior ou menor.

Nesse sentido, a umidade relativa do ar é a quantidade de água presente no ar em relação ao seu ponto de saturação. Assim, quando dizemos que a umidade relativa do ar é de 60%, significa que o ar está com 60% da sua capacidade máxima de água.

Se considerarmos, portanto, que o ponto de saturação do ar é de 4%, conforme citado acima, então, quando a umidade relativa for de 60%, a umidade absoluta será de 2,4% . Consequentemente, quando está chovendo, significa que a umidade relativa do ar no local está em sua porcentagem máxima.

Além de interferir nas condições meteorológicas, a umidade do ar também altera as condições climáticas. Em ambientes em que a umidade é mais elevada, as temperaturas costumam variar menos, havendo uma oscilação menor ao longo do dia. O processo inverso acontece quanto o ar está mais seco.

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A umidade relativa do ar e a saúde

Ambientes muito úmidos são considerados desconfortáveis pelas pessoas, pois dificultam a transpiração do corpo, além de dar a sensação de um ambiente mais “abafado”. Por outro lado, a redução extrema dos níveis de umidade também provoca efeitos que podem prejudicar a nossa saúde, pois quando o ar está muito seco, sentimos a rápida perda de água em nosso corpo, além da desidratação das vias respiratórias e mucosas.

Os baixos níveis de umidade do ar são assim classificados:

De 20% a 30% – Estado de Atenção: recomenda-se, nesse tipo de situação, a não realização de atividades físicas ou esforços muito grandes durante as horas mais quentes do dia, entre 11h e 15h no horário comum.

De 12% a 20% – Estado de Alerta: o melhor, nesse caso, é não realizar grandes esforços entre 10h e 16h, consumir bastante água, evitar ambientes muito aglomerados e fechados e, se necessário, utilizar soro fisiológico para os olhos e narinas.

Abaixo de 12% – Estado de Emergência: deve-se manter todas as recomendações dos estados acima, além de evitar ao máximo a realização de esforço físico durante todo o dia. É recomendado que se procure umidificar locais fechados com aparelhos específicos ou até com toalhas molhadas.

Por Me. Rodolfo Alves Pena

Qual a relação entre umidade relativa e temperatura?

Por que a umidade relativa diminui quando a temperatura aumenta?

Como a umidade afeta a temperatura?

Que fatores podem influenciar diretamente a umidade relativa do ar?