Apresentação/Introdução A mortalidade infantil é um importante indicador de condição de vida, que reflete desigualdades sociais, além de revelar fragilidades no acesso e na qualidade dos serviços de atenção à saúde da mulher e da criança. A análise espacial configura-se como uma metodologia que pode ser utilizadas para auxiliar a atuação da vigilância do óbito infantil e subsidiar o direcionamento de ações em saúde. ObjetivosDescrever a ocorrência e a distribuição espacial dos óbitos infantis investigados no Recife, PE. MetodologiaEstudo de análise espacial exploratória realizado no Recife, PE. A fonte de coleta de dados foram as fichas confidenciais de investigação do óbito e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). A população do estudo foi composta por 183 óbitos infantis investigados. Para detectar padrões de distribuição espacial utilizou-se a estimativa de kernel da mortalidade infantil, neonatal e pós-neonatal. ResultadosOs óbitos foram principalmente do tipo, neonatal (n=144; 78,69%), pré-termos (n=147; 80,33%) e baixo peso ao nascer (n=143; 78,14%). As principais causas dos óbitos infantis foram às afecções originadas no período perinatal, com destaque para os transtornos hipertensivos (n=31; 16,94%). O mapa de kernel mostrou uma maior densidade em 10 bairros localizados nas áreas Norte, Noroeste, Centro e Sul da cidade. Visualiza-se um padrão heterogêneo na distribuição dos clusters dos óbitos investigados. Constatou-se um padrão heterogêneo na distribuição das mortes no território. A caracterização dos óbitos e a detecção de clusters de mortalidade podem auxiliar a vigilância do óbito infantil na identificação de áreas prioritárias às intervenções em saúde. A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas. Esse dado é um aspecto de fundamental importância para avaliar a qualidade de vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos serviços públicos, tais como: saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada, entre outros. Esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres são as mais atingidas pela mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de água, resultando em outras doenças) e desnutrição. As menores taxas de mortalidade infantil são dos países desenvolvidos – Finlândia, Islândia, Japão, Noruega e Suécia (3 mortes a cada mil nascidos). As piores médias são dos países pobres, especialmente das nações africanas e asiáticas. O Afeganistão apresenta a incrível média de 154 óbitos por mil nascidos vivos. No Brasil, assim como na maioria dos outros países, essa taxa está reduzindo a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mortalidade infantil no Brasil segue em declínio. Em uma década (1998 – 2010) passou de 33,5 crianças mortas por mil nascidas vivas para 22. Acompanhe os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxa de mortalidade infantil, segundo as regiões do Brasil, de 1990 a 2010 Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Ano Norte
Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Ao analisarmos os dados, fica explícito que a região Nordeste, historicamente, apresenta a maior média de óbitos de crianças. Políticas públicas mais igualitárias entre os complexos regionais brasileiros fazem-se necessárias, com vistas a proporcionar infraestrutura adequada para a população (saneamento ambiental), maiores investimentos em saúde, redistribuição dos recursos hospitalares, subsídios para a alimentação, além do processo de conscientização familiar. Apesar da redução da taxa de mortalidade, o Brasil está distante de atingir a média estipulada para as Metas de Desenvolvimento do Milênio, desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com estimativas, em 2015, ano de divulgação dos resultados do documento, a taxa de mortalidade infantil brasileira será de 18 crianças mortas por mil nascidas vivas, sendo que a meta a ser atingida é de 15 crianças. Dados da mortalidade infantil nos estados brasileiros Acre - 28,9 Por Wagner de Cerqueira e Francisco Como podemos descrever a distribuição espacial da mortalidade infantil no?Resposta verificada por especialistas. A distribuição espacial da mortalidade infantil no Brasil alinha-se com a falta de infraestrutura adequada às crianças, mais presentes em algumas regiões do país, como Norte e Nordeste.
Como podemos descrever a distribuição espacial da mortalidade?Resposta verificada por especialistas
A distribuição espacial da taxa de mortalidade no Brasil associa-se diretamente com o Índice de Desenvolvimento humano presente em cada região.
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