Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Só podemos enxergar os objetos que nos cercam porque eles estão emitindo ou refletindo luz, que, ao atingir nossos olhos, proporciona a formação nítida de imagens. A luz gasta determinado intervalo de tempo até ser percebida e proporcionar as imagens que vemos. Como sua velocidade é extremamente elevada, a distância entre nós e os diversos corpos ao nosso redor é insignificante.

Mesmo que a luz possua uma velocidade tamanha que a permita viajar entre a Terra e a Lua em aproximadamente 1 s, quando olhamos para alguns corpos celestes, percebemos que o tempo de recepção da luz emanada por eles pode levar milhões ou até bilhões de anos para atravessar todo o espaço e chegar a nós.

Ano-luz

Ano-luz é uma unidade de distância utilizada em Astronomia e representa a distância percorrida pela luz durante um intervalo de tempo correspondente a um ano. Sabendo que a velocidade da luz é de 3,0 x 105 km/s e que um ano possui 31.536.000 s, podemos determinar o valor em quilômetros de um ano-luz. Veja:

1 ano-luz = 3,0 x 105 km/s. 31.536.000 ≈ 9,5 x 10 12 km

1 ano-luz ≈ 10 trilhões de quilômetros

Caso um objeto esteja a uma distância de 5.000 anos-luz da Terra, isso significa que o tempo gasto pela luz para deixar esse determinado objeto e tornar-se observável é de 5.000 anos. As imagens desse suposto corpo celeste, quando observadas da Terra, não representariam seu estado atual, mas revelariam sua forma de 5.000 anos atrás. Por essa razão, podemos dizer que olhar para o céu é ver o passado do universo.

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A imagem abaixo se refere à nebulosa de Orion, que contém a constelação de mesmo nome. A distância entre a Terra e essa nebulosa é de aproximadamente 1500 anos-luz, ou seja, a luz que vemos hoje saiu da nebulosa há 1500 anos, aproximadamente no período da queda do Império Romano.

Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Distâncias de corpos celestes

As imagens a seguir trazem em sua descrição o nome dos corpos celestes e a distância em ano-luz em relação à Terra.

Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Galáxia andrômeda: 2,5 milhões de anos-luz, galáxia mais próxima da Terra

Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Estrela Sirius: 8 anos-luz, estrela mais brilhante do céu noturno

Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Pilares da criação – 7.000 anos-luz

Como é possível saber o que aconteceu no passado?

Nebulosa de ômega – 5.000 anos-luz


Por Joab Silas
Graduado em Física

O autor ou a autora de memórias literárias usa os verbos para marcar um tempo do passado. Esta oficina trata dos tempos verbais essenciais no gênero memórias: pretérito perfeito e pretérito imperfeito.

Atividades

Para saber mais

Verbos

Ataliba Castilho, em Nova gramática do português brasileiro, considera como verbo a palavra (1) que introduz participantes no texto, via processo de apresentação, por exemplo; (2) que os qualifica devidamente, via processo de predicação; (3) que concorre para a constituição dos gêneros discursivos, via alternância de tempos e modos.

    1. Mostre o texto, por meio do projetor, destacando o trecho.

Cheguei a Nova Granada de manhãzinha, quase escuro, quase claro, a noite indo embora sem pressa e o dia, menos apressado ainda, dando as caras. Passei a alça da mochila pelo ombro, e comecei a caminhar em direção da casa de meus pais, localizada no centro da cidade, para uma visita de carinho e saudade.

Edson Gabriel Garcia. Nas ondas do rádio. Cenpec, 2004.

    1. Instigue a turma com perguntas:
      • É possível identificar o tempo em que os fatos se deram?
      • Há expressões que marcam o momento exato em que as ações ocorreram?
      • Pelos verbos usados, é possível saber se a ação ocorre no presente ou no passado?
    2. Avise então que você vai lançar um desafio. Projete outro trecho de memórias, desta vez de Ilka Brunhilde Laurito:

Naquela grande casa de pedra em que vovô Vincenzo e vovó Catarina moravam […] havia uma escadinha misteriosa que subia de uma das grandes salas e que parava numa porta sempre trancada.

Ilka Brunhilde Laurito. As almas do Amém, in: A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 2002.

    1. Novamente provoque a turma com perguntas:
      • Em que tempo ocorreram os fatos relatados?
      • Também no passado?
    2. Peça aos alunos que comparem os dois textos e observe se percebem que, no primeiro trecho, predomina o pretérito perfeito e, no segundo, o pretérito imperfeito.
    3. Explique-lhes a diferença entre os tempos verbais do passado. O pretérito perfeito indica uma ação pontual, completamente terminada no passado, como: cheguei, passei, comecei. Ele é adequado para relatar as ações “fechadas”, terminadas no início da visita do autor à sua cidade natal. E o pretérito imperfeito indica ação habitual no tempo passado, fato cotidiano que se repete muitas vezes. Ele é adequado quando a autora descreve “a vida sempre igual de todos os dias”.
    4. Peça aos alunos que leiam o último parágrafo de As almas do Amém:

E foi assim que acabei descobrindo que, quando vovô Vincenzo acabava o terço e erguia as mãos para o teto, talvez estivesse pedindo às almas do AMÉM que velassem pela fartura dos campos da Calábria e que nunca deixassem faltar o pão e o vinho sobre as mesas a fim de que nenhum calabrês, nunca mais, precisasse emigrar para terras alheias.

Ilka Brunhilde Laurito. As almas do Amém. In: A menina que fez a América. São Paulo: FTD, 2002.

  1. Chame a atenção da turma para a utilização da forma verbal das palavras destacadas no trecho acima. Pergunte se sabem que tempo verbal é esse. Caso não saibam, informe que o verbo está sendo empregado no pretérito, mas do modo subjuntivo, e não do indicativo. Pergunte, então, por que a autora utiliza o modo subjuntivo, e não o indicativo.
  2. Veja se percebem que não há tom de certeza, mas de possibilidade de aquilo acontecer. Talvez o avô estivesse pedindo que os campos continuassem fartos, talvez pedisse outras coisas.

Para saber mais

Indicativo ou subjuntivo

Sempre que o autor quer marcar o grau de certeza de que um fato realmente ocorreu, está previsto ou prestes a ocorrer, utiliza o modo indicativo, que retrata situações consideradas reais por parte de quem fala.

Quando ele quer narrar uma ação hipotética, utiliza o modo subjuntivo, que retrata situações consideradas possíveis.

Como podemos descobrir sobre os fatos que aconteceram no passado?

Resposta verificada por especialistas Podemos descobrir informações sobre os fatos que aconteceram no passado por meio da pesquisa documental e arqueológica.

É possível saber que o tempo em que a história se passa?

Não é possível saber com exatidão quando a história aconteceu. Sabe-se apenas que ela ocorreu em um passado remoto, em tempo indefinido.

Qual é a importância de pesquisar o passado?

Resposta. Resposta: Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo. ...

Qual a importância das memórias do passado para o presente e para a construção do futuro?

A memória histórica é essencial para a manutenção das atividades de uma determinada sociedade no longo prazo porque fornece as bases para a sobrevivência da forma de vida da sociedade.